Stuart

Stuart levantou-se da cama sem grandes ânimos. Depois da morte de sua mãe, parecia que seu pai só queria mais trabalho. Ele nunca estava em casa, sempre atuando como Capitão América. O menino não frequentava a escola, e era difícil arrumar um professor particular que respeitasse o horário de treinos de Stuart, então Bruce Banner desenvolveu um programa que o ensinava durante 2 horas diárias matérias do ensino médio.

Ele era obrigado a escutar o programa todo dia, mas apenas quando quisesse. Stuart sentou-se na poltrona da sala de estar, afundando. Era como se a casa pertencesse a ele. Ao ligar o noticiário, estava passando um assalto à um banco próximo de sua casa. Foi aí que Stuart teve uma ideia brilhante.

Seu pai sempre o subestimava, assim como a SHIELD. Ele precisava provar sua importância, provar que sabia lutar contra crimes. Correu até a sala de treinamentos e pegou uma máscara do seu pai, vestindo-a. O menino apanhou um escudo feito especialmente para ele, um objeto todo azul com uma grande estrela branca no centro, e saiu correndo pelas ruas em direção ao banco. 

Em seu corpo havia uma espécie de soro, que já estava lá quando ele nasceu. Graças à isso, conseguiu chegar rapidamente ao banco, presenciando a cena. Na frente do local, o assaltante fazia negociações, a arma apontada para a cabeça de uma refém.

Stuart posicionou-se bem, de modo que ninguém o visse, pronto para atacá-lo. Só esperava que o assaltante virasse um pouco a cabeça, e o escudo atingiria-o sem machucar a refém. A SHIELD podia estar mandando algum agente, então Stuart tentou ser rápido.

Procurou um lugar para atingi-lo, mas parecia quase impossível. Assim que lançou o escudo, quando finalmente encontrou a posição perfeita e o assaltante não estava alarmado para ele, o objeto foi interceptado. Stuart procurou ao redor quem poderia ter feito aquilo, mas não achava ninguém. 

A parte central do escudo soltava fumaça, mas não estava queimando. Ouviu passos por perto, então encostou-se contra a parede do beco aonde estava, o escudo em mãos pronto para proteger-se.

— Você é mesmo um covarde, não é? – uma voz feminina soou na escuridão, e o escudo de Stuart estava apontado para de onde a voz vinha – Está pretendendo lutar contra mim? – ela disse, em tom de deboche – Pois venha. Mas eu estava no caso do assaltante antes de você aparecer.

A voz chegou mais perto, e saindo do breu, havia uma menina linda. Sua pele era clara, o que destacava seus olhos negros, quase tão escuros quanto os cabelos ondulados cortados no ombro. Não usava uniforme de super-herói, e sim uma roupa comum. Em cada uma de suas mãos havia uma pistola vermelha, que emitia uma estranha luz azul.

Stuart não demorou muito para entender que aquela menina era uma Stark, mais necessariamente a filha de Tony.