25 

— Isso dói muito. – ouviu Rebekah lamuriar – Próximos e ao mesmo tempo tão distantes. Como as coisas puderam mudar tão rápido? – penteou os cabelos cuidadosamente ouvindo a loira conversar sozinha – Em todos esses anos, nunca estivemos tão... fragilizados. Eu ainda estou surpresa de não estarmos mortas, ou algo parecido.  

— Nós já estamos Rebekah. – isso fez a loira a encarar – Não se esqueça, nós estamos vivendo a vida de Niklaus e não a nossa.  

— Você  costumava ser mais fofa quando criança, talvez mais inteligente, manipulava Niklaus como ninguém conseguia. – Kol surgiu com os braços cruzados. 

— Eu não sou mais fofa, vai ver por isso não sou manipuladora com Klaus. Eu duvido muito que ele sinta algum tipo de desejo carnal em relação a mim que eu possa usar contra ele. – arqueou a sobrancelha. 

— Precisaria bem mais do que isso. – o moreno discordou dela.  

— O que sabemos sobre Esther?  

— Davina está chegando ao final. Pelo visto foi como o tal Sebastian disse, só existe uma cura até agora. Na realidade duas. – Kol passou a pequena seringa para a morena – Não disse para Niklaus que possuía a cura, provavelmente você vai saber usar isso melhor do que ele, Davina conseguiu extrair tudo do sangue de Valerine.  

— Ótimo. 

— Ela descobriu como. – Niklaus entrou no local – Nós iremos hoje até onde o caixão de Esther está, é muito simples. Acordamos ela e Finn estará de volta a seu corpo. É só isso.  

— E estamos preparados para isso? Enfrentar uma bruxa poderosa de mais de mil anos que esta disposta a matar cada um de nós? – Klaus a olhou intensamente ainda estando profundamente irritado com a ousadia da jovem.  

— Eu estou. Você não.- a mente do loiro trabalhava rapidamente e o pensamento um tanto cruel lhe ocorreu – É por isso que você ficará aqui com Elijah. – ele a avisou vendo-a empalidecer, era óbvio que seria algo horrível, afinal Elijah se mantivera extremamente quieto e frio desde que vira o misterioso Sebastian, isso era o suficiente para acabar com Natalia e ele sabia muito bem disso. 

— Eu vou com vocês. 

— Você é uma vampira comum, se Esther nos desacordar...ela te tem e consequentemente nos tem minha querida filha. – debochou – Por esse motivo você irá ficar.  

— Como vão acordar ela? – os questionou - Eu ainda não entendi nada disso! Se não vão matar Finn para ela voltar ao seu corpo, e nem se ela está em meio a uma transição... 

— Eu fui esperto o suficiente para evitar que dessa vez minha mãe fosse para o mundo dos mortos e então “pedi” um favor a uma amiga. Um amuleto dentro de seu coração mantém seu corpo preservado, mas inabitável, Esther está no corpo de um vampiro, mas durante algum tempo permaneceu no corpo de um humano tendo controle sobre magia, mas algo bem abaixo de seu nível. – ele se gabou sorrindo orgulhosamente.  

Era óbvio que Klaus faria algo assim. Natalia respirou fundo e apenas deu as costas a todos indo em direção ao andar de cima, Niklaus vinha sendo mais que uma pedra em seu caminho. Se sentira mais como uma inimiga do que filha de criação o vampiro. Mas já estava acostumada, agora teria a eternidade para ver Niklaus tentar se redimir e ela sabia que um dia, ele iria parar.  

— Oi Elijah. - bateu na porta dele algumas horas mais tarde, o vampiro lia um livro com a expressão entediada e logo Natalia percebeu que era algumas anotações de Klaus, teve certeza que lá estava escrito o quão magnifico ele era e como matava seus inimigos. 

— Natalia. - sua voz saiu alta e empolgada como se ele tivesse achado um meio de escapar daquele tortura – Em quê devo ajudar? 

— Eu fiquei entediada. - cruzou os braços diante do peito o olhando atentamente por alguns segundos antes de seus olhos fugirem para a janela quando ele a encarou com mais intensidade ainda – Niklaus sumiu com o resto da família.  

— Achei que tinha mais amigos. - as mãos dele foram direto para os bolsos da calça. 

— Eu só tenho minha família... e vítimas. - a expressão era dura quando o encarou de volta, Elijah tinha a postura de um homem que se sentia ameaçado e Natalia sentia apenas vontade de rir disso.  

— O quê realmente veio fazer aqui? Tentar me convencer a te deixar ir atrás de Niklaus? Seja direta Natalia... não temos mais idade para ficar com brincadeiras. Nem mesmo tempo para isso.  - seus olhos escuros a encaravam  com seriedade.

— Não foi o que vim fazer aqui. - a morena fechou os olhos por um breve momento.  

Os sentimentos percorriam seu corpo se aflorando cada vez mais, já era uma tortura ser uma humana e era uma tortura maior ainda maior ser uma vampira e sentir tudo mais intenso ainda. Natalia passara os últimos meses sendo privada de sua liberdade, de atender a todas as suas vontades com Niklaus controlando cada passo seu, ela era uma Mikaelson. Mas apenas nesses últimos segundos planejando seus passos foi que ela se sentiu como uma deles. 

— Eu vim fazer o que você jamais teve coragem. 

A vampira se lançou para ele antes que ele pudesse se quer pensar em suas palavras, o empurrou com força para cima do colchão macio e colocou as duas pernas ao redor do corpo do vampiro impedindo que ele se libertasse. Os dedos finos se enrolaram no cabelo escuro e macio e os lábios se encaixaram transbordando o desejo, os lábios frios de Elijah se conectaram ao da jovem vampira que o beijava com vontade saciando os próprios desejos. As mãos fortes do vampiro encostaram em seu quadril subindo vagarosamente a barra da camisa azul que ela usava e em uma fração de segundos ele a girava afundando o corpo feminino no colchão e a prendendo sob seu corpo. Natalia se afastou por um breve momento olhando fixamente para o homem, os olhos escuros e intensos já diziam muito e isso assustou Elijah por um breve momento. 

Ela partiria e essa seria a última oportunidade que teriam.  

— Você pode desistir. Antes que se arrependa de me deixar ir, sem nunca ter feito sua a mulher que você ama.  

.... 

A morena ajeitou os longos cabelos quando sentiu os braços de Elijah se afastarem de seu corpo enquanto ele se mantinha desacordado. A morena se vestiu calmamente evitando fazer qualquer barulho sabendo que ele acordaria em alguns segundos, Natalia sabia que já havia se atrasado demais e que Niklaus provavelmente já saberia para onde o corpo de Esther havia sido movido. Sim...ele havia se movido. 

Ela o havia feito quando ainda não possuía a cura que Kol havia lhe dado pela manhã, retirara Esther do local sabendo que Niklaus desapareceria e que Rebekah e Kol não dispensariam uma discussão e possível reconciliação com a mãe que tanto lhes causou dor. Era simples assim, Natalia estava dando o seu adeus definitivo. Sabia que em um momento Esther acordaria e ela seria a primeira a morrer por ela. 

— Você precisa ir. - olhou para Elijah que a encarava – Antes que Klaus volte, essa é a única chance de você fugir dele... e se libertar dos Mikaelson. Eu te entregarei a pedra quando ele trouxer... e você vai poder se livrar dessa maldição que nós somos.  - sua voz saíra rouca enquanto ele tratava de se vestir rapidamente.

Natalia assentiu com a cabeça, ela sabia que era isso que ele imaginava. Uma fuga. 

— Eu estou indo.  

Em poucos segundos ele estava diante dela tocando seu rosto. 

— Eu a encontrarei.  

A jovem deu um sorriso pequeno e se afastou rapidamente correndo para fora, contou os segundos e logo depois alguns passos antes de invadir a pequena cabana afastada da cidade. O breu rodeava absolutamente tudo, não havia nem mesmo uma estrada para o local, era tudo completamente rodeado por árvores sendo quase impossível de ser vista, mas não era isso que lhe interessava e sim o poço ao lado da casa que já tinha a pesada tampa aberta. 

A morena se lançou atingindo o chão e parando suavemente atrás de Rebekah e quebrando seu pescoço e logo em seguida o de Kol que se virou procurando pela irmã, era um fato. Eles não deveriam estar acordados, Rebekah e Kol seriam uma distração e eram o ponto fraco de Klaus... além de que...

—  Kol vinha relutando muito nos últimos dias em relação a Esther. - ela falou chamando atenção de Klaus que encaravam um cômodo imenso com o caixão de Esther.  

Seu corpo estava tenso enquanto ele se virava levemente vendo os dois corpos no chão, não era como se ele não tivesse pensado em fazer o mesmo. Era fato que Natalia estava mais parecida com ele do que  imaginava, e Niklaus sabia muito bem como isso acabaria.

— Eu sei... imaginei que teria problemas quando... ele a visse. Rebekah as vezes pode ser uma grande traidora. - ele respirou fundo passando a mão pelo cabelo - Mas pior do que isso, ela é uma sonhadora. - a encarou duramente.

— É minha tia, eu a amo. Amo o suficiente pra entender que ela não é confiável quando se trata de interesses. Ainda mais quando Esther pode dar algo que ela quer. - a morena entendia a mente diabólica de Rebekah, ela não queria aquela cura por acreditar que ela fora a culpada pela morte de Valerine, a pobre Lerry fora um experimento tanto par Esther quanto para Rebekah,

— Já teve o que queria? - a voz dele era tensa, baixa como um sussurro que ela quase não pode escutar. 

—  O quê? 

— Elijah. É  a sua despedida não é? - ele se virou a encarando – Eu fiquei tanto tempo sozinho, que não aprendi a lidar com mais nada. Natalia...- os olhos de Klaus brilhavam, vermelhos parecendo arderem em chamas tamanha a emoção que segurava lutando contra si mesmo – Elijah estava certo quando disse que sempre estive sozinho e que mesmo tendo vocês... fiquei mais sozinho ainda. Você é minha criação, sangue do meu sangue... minha filha, que vem seguindo os meus mesmos passos e que um dia vai se tornar alguém como eu. Alguém que vai fazer com outro pessoa o que eu fiz com Larry e é por isso que depois daqui... você irá embora e esquecerá Elijah antes que seja tarde demais. Eu não sacrificarei nenhum de vocês dois de novo. 

—  Oh...? - o encarou completamente em choque.  

— Elijah é o preço da sua liberdade. A chance de você se livrar de mim e do fantasma que eu me tornei em sua vida. - a voz tremula se enchera de determinação - Aceite de uma vez Natalia. É sua última chance... 

— E se eu quiser ficar? - ele a encarou surpreso por breves momentos.  

— Então eu terei de te hipnotizar e te fazer esquecer tudo sobre sua vida, inclusive o seu amor por meu irmão,  o transformar no mais puro ódio.  

Natalia respirou fundo sentindo o peito se preencher de dor, Klaus era cruel, a machucava como ninguém jamais conseguira. Elijah? Se tornando alguém que ela odiava? Como poderia? A mente de Natalia se preencheu com a imagem dela o perseguindo, o fazendo sofrer enquanto ele continuava a amando mesmo sob toda a dor que ela poderia lhe causar. Não era justo que ela ganhasse sua liberdade, paz e felicidade a custo do sofrimento de Elijah. Natalia não era covarde. 

— Abra o caixão. - pediu trêmula. 

Klaus abriu  a tampa visualizando o corpo da mãe, Natalia se aproximou se espantando com a beleza da mulher e seu corpo completamente conservado. O loiro esticou a mão e pressionou contra o peito dela rasgando a carne enquanto a mão o atravessava e então quando a mão de Klaus estava prestes a sair por completo do peito o corpo de Esther quando essa se lançou para frente com a mão direita indo em direção ao pescoço do hibrido, Natalia tentou a agarrar, mas ela se virou e tudo que a morena sentiu fora o corpo sendo lançado contra a parede de concreto. 

A morena caiu vendo Niklaus cambalear enquanto Esther ia em direção a ele, Natalia mordeu os lábios sentindo a cabeça doer e quando Klaus caiu desmaiado no chão, ela se levantou e correu em direção ao caixão o chutando em direção a Esther que o desviou, mas logo em seguida se surpreendeu ao sentir o pedaço de metal entrar em seu pescoço e o líquido quente invadir suas veias. Olhou  morena a frente que tinha a expressão de puro ódio antes de lhe dar um soco que a deixou desacordada.  

— Klaus. - Natalia chamou esperando que ele acordasse, mas nada aconteceu. Os olhos dispararam ao redor e ela encontrou a seringa presa no pescoço do loiro, ela a puxou e analisou por um breve momento antes de entrar completamente em choque. 

A última cura... Havia sido usada em Niklaus. 

 - Droga. - resmungou baixo e se abaixou levantando o corpo dele e visualizando Esther que tremia descontroladamente no chão enquanto a injeção fazia efeito em seu corpo a medida que ela tentava usar seus poderes.

— Ah. - Klaus arfou antes de desmaiar novamente levando a vampira junto, o corpo do híbrido pesava como chumbo, estava praticamente impossível de o arrastar sozinho e seria mais difícil ainda escalar as paredes do poço.

— Eu achava que seria um desafio maior. - resmungou vendo os quatro corpos no chão.

A morena se soltou do loiro e se virou em direção ao poço vendo a figura ao longe se aproximar, o mesmo  porte alto e forte de Elijah, mas não era ele. 

— Sebastian. - sussurrou e viu o olhar gélido dele enquanto o homem colocava as mãos dentro dos bolsos.

— Natalia. Eu bem que deveria ter desconfiado, era óbvio até demais que você fosse a tal filha de Niklaus. Ao invés daquela outra maluca... você sabe. A mais esperta. - ele deu um sorriso pequeno a encarando - Pena... que eu descobri tudo cedo demais não é? Seu querido papai... tem muitos inimigos.

— Grande novidade. - ironizou - Como se você pudesse se nomear uma ameaça em potencial.  - os olhos dele brilharam.

— O nome dele era Fin... Mas na realidade Esther estava em seu corpo. Ele me mandou aqui... atrás da filha de Klaus. Admito que por um momento achei mesmo que a outra fosse filha dele, afinal possuíam personalidades parecidas. 

— Não quero saber, eu não me importo com você. - olhou para Klaus vendo ele empalidecer cada vez mais, ele não sobreviveria a cura.

— Deveria, eu sou um risco maior do que você imagina. Não sabe meu choque quando Esther veio me dizer que você era a filhinha dele, procurando loucamente por um meio de salvar a vida daquela mulher. Ela sabia de todos os seus passos... Quem você acha que colocou a cura na mão dela? - ele gritou - A última cura estava o tempo inteiro com o corpo de Fin! Mas que melhor maneira de levar não só Niklaus, mas você também junto, do que levar os dois ao corpo dela?

Natalia tremeu, não imaginava que Esther soubesse tanto. Aparentemente eles não haviam sido tão discretos quanto Lerry implorara. No fim, Klaus morreria.

— Eu não tenho realmente tempo pra você.

— Mas eu me sinto realmente mal por Klaus morrer sem ver o quanto eu vou destruir você, assim como ele fez com toda a minha família. - ele ria parecendo não a escutar, Natalia sentira a aura pesada ao redor dele. - Eu deveria achar a cura para a cura? - riu novamente - Da mesma forma que se inicia... se acaba. Uma dupla contraria... o puro e o sujo, a vida e a morte. Reverta-se e transforme-se, meu imortal. - riu após citar - Melodramática como toda a família.

A jovem apenas o olhou tentando achar uma brecha, sabia que aquele mero vampiro não seriam um risco para Rebekah e Kol mesmo eles estando desacordados, mas o fato de Sebastian saber tanto sobre reverter o problema, a fez imaginar que talvez... ele pudesse devolver os poderes a Esther.

— Já perdemos tempo demais. Não há nada... nada que vá te salvar. - ele se lançou contra ela e com uma força monstruosa a jogou contra a parede e segurou seu pescoço com força batendo sua cabeça contra a parede a desnorteando.

Natalia se assustara com a violência, aquele homem parecia ser infinitamente mais forte que qualquer outro vampiro que enfrentara ao longo da vida, parecia quase ter a idade de um vampiro milenar.

Ela o chutou com toda a sua força, mas ele se moveu apenas minimamente a olhando sorrindo e pisando na cabeça de Kol com força quando o mesmo gemeu tentando se erguer. Sebastian riu com os olhos faiscando quando correu em direção a ela puxando seu cabelo com força e o torcendo a deixando praticamente imóvel, seus braços tão fortes e firmes que mais pareciam puro concreto, nem mesmo se moviam quando ela tentava se soltar, ele nem ao mesmo sentira quando ela tentara torcer seu braço.

— Você vai sofrer... e toda sua família vai sofrer com você até o seu último suspiro. - a vampira berrou quando sentiu os dentes afiados queimarem a carne de seu pescoço com brutalidade, o sangue escorrendo pelo pescoço dilacerado enquanto ouvia o grunhido em seu ouvido.

O homem a jogou no chão com brutalidade fazendo-a bater a cabeça no chão, ela arfou e ergueu os olhos enquanto sentia o sangue escorrer, Klaus ofegava a sua frente com os olhos minimamente abertos vendo o movimento do inimigo. Natalia se preparou para sentir o chute que levaria em seu rosto, mas se surpreendera ao ouvir o estrondo e ver Niklaus ser lançado do outro lado do cômodo com o barulho de seus ossos se quebrando.

Sebastian riu.

— Ele acha mesmo que é seu pai. Sua mãe biológica... não teria orgulho. - a olhou vendo a vampira sangrar por inteiro a sua frente.- Boa sorte Natalia. 

Ele se virou para sair, mas foi pego de surpresa por um vulto que o acertou com uma força tremendo utilizando um pé de cabra que lhe fez um corte imenso no rosto, o homem não vira nem ao mesmo quem lhe atacara antes de sentir novamente o golpe, dessa vez no pescoço, por várias vezes consecutivas, até que sua cabeça estivesse rolando pelo chão.

— Natalia. - Elijah se aproximou vendo o corte em seu pescoço e se abaixou diante dela a puxando para seu peito.

— Klaus. - apontou na direção dele - Ele foi curado. - viu o rosto dele se encher de terror.

O vampiro a olhou confuso vendo que ela não cicatrizava rapidamente, isso o fez imaginar que talvez ela também houvesse recebido a cura.

— Você também? - ele a perguntou e ela lhe deu um sorriso duro negando com a cabeça.

— Nós estamos morrendo Elijah. - sussurrou se referindo a ela e Niklaus - Nós vamos morrer.

Ele a olhou sério.

— O sangue de Klaus está contaminado. - fechou os olhos se lembrando do brilho no olhar de Sebastian.

Aqueles olhos.

— O meu não. - ele estava prestes a colocar o pulso na boca dela quando ela o parou.

Os malditos olhos.

— Seu sangue não vai adiantar. - engasgou levemente.

Aquela porcaria daqueles malditos olhos amarelos.

— Sebastian era um híbrido.