No Roses escrita por AleyAutumn


Capítulo 11
11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/687198/chapter/11

 

 

11

Natalia ajustou a câmera em HD que ganhara de Kol na noite passada, os olhos sondando todo o local a procura da morena logo a encontrando, ela vira Damon andando de um lado para o outro, após alguns minutos o loiro de olhos cor de avelã surgiu junto com a morena sorridente. Natalia insistira ser a sádica que a encarava alguns dias atrás quando fora dar um passeio com Rebekah pelo local, para a vampira entediada ao lado dela não passava de uma adolescente irritante como qualquer outra.

— Você tem certeza mesmo que essa menina fez isso Natalia? Ela poderia estar olhando para Rebekah, tenho certeza que é isso afinal ser desagradável é com ela mesmo. – questionou olhando a mulher que sorria para o loiro ao lado sem se tocar que estava sendo vigiada.

— Absoluta que sim, sem dúvidas. -a jovem confirmou tirando uma fotografia do casal enquanto se ajeitava no banco aos pés de Valerine que estava sentada no apoio do banco.

—Ela apenas sorriu para você. – a jovem revirou os olhos estranhando o comportamento nada comum de Valerine – Por que se preocupar? – a vampira suspirou com o semblante desanimado enquanto mexia os pés sem animação alguma, se sentia esgotada.

— Você é que não viu como ela sorriu para mim! Eu queria muito ser uma vampira agora, minha vida melhoraria muito. - a mulher a olhou de lado e rolou os olhos sem se interessar muito pelo assunto, Valerine só queria desaparecer dentro de um monte de terra - Eu a estriparia, a obrigaria sorrir na frente de todos os cadáveres da família dela. - rolou os olhos novamente com isso, ela fazia as coisas de maneira tão simples e rápida que se cansava só de ouvir falar em torturas psicológicas.

— Hum. Eu tenho uma faca. - a estendeu para a jovem - A decepe. - indicou e fechou os olhos cobrindo a cabeça com as mãos.

— O que você tem? - a vampira a olhou.

— Não me sinto bem. Rebekah deve ter me envenenado. Ou eu estou grávida. - Natalia rolou os olhos.

— Duvido muito das duas opções.

Ambas deram de ombros e viram o casal desaparecer enquanto continuavam de tocaia na escola, algumas horas se passaram e Natalia percebeu que teria que ser vista para provar que não estava louca, alguém queria o mal dela. Isso fez Valerine a olhar e comparar a Niklaus, uma súbita mudança do ritmo de uma respiração poderia provocar suspeitas no loiro, com sua criação isso obviamente não seria diferente.

A morena passou a andar pelo local fazendo questão de ser vista e suspirou frustrada quando a morena nem a olhou direito e quando se virou em sua direção apenas passou os olhos pelo rosto da jovem sem se importar em a olhar novamente para tentar a observar melhor. Isso frustrou Natália que foi em direção ao banheiro e levou um susto quando foi jogada para dentro dele com força junto a um moreno que teve a cabeça brutalmente batida contra a pia de mármore que teve uma boa parte da pedra quebrada. O abdômen do homem foi chutado com extrema força o fazendo cuspir sangue e um pedaço imenso de uma porta de madeira de uma das cabines foi quebrada atravessando a barriga dele.  

— Eu vou perguntar uma única vez e espero que eu não seja obrigada a fazer com que sua dor seja pior ainda, e que o seu descanso após ela seja eterno. O que você quer? - Valerine sussurrou no ouvido dele completamente transformada enquanto o forçava a ajoelhar segurando o imenso pedaço de madeira que lhe atravessava.

— Curiosidade, vocês não são alunas. - Damon olhou para as duas figuras que os encaravam.

— Vai me dizer que você é pai de alguma.- Valerine riu de maneira sádica e olhou para Natalia que mais do que de pressa tratou de enfiar mais dois pedaços de madeira na perna do vampiro quando ele fez menção de se levantar - Se não quiser ser mordido por uma lobisomem acho melhor falar logo o que quer conosco, Klaus pode não estar por perto... mas eu sei me virar muito bem, afinal se eu consegui acabar com um original... em você eu só piso e já estará morto.

— Não quero contestar você. - Damon riu e aproximou seu rosto do de Valerine - Você é bem divertida quando está furiosa, mas sinto em dizer que não me assusta.

— Pois deveria. - Natalia sussurrou próxima a orelha dele e aproximou os lábios do pescoço dele o deixando tenso - Se até Niklaus tem medo dela, e você tem medo dele... acho que fica mais do que claro quem é que vai morrer aqui, não é? - se afastou rindo e suspirou quando viu o loiro invadir o banheiro.

— Damon. - Stefan cruzou os braços os olhando com cautela - O que você fez?

— Estou apenas conversando. - Valerine quebrou o pedaço de madeira dentro dele e deixou que Stefan se aproximasse para o amparar.

— O que querem com meu irmão?

— Nada, mas se ele deixar de nos perseguir, tenho certeza que você vai me agradecer por isso. Acredito que isso seja o suficiente para o assustar. -cruzou os braços - Quem é você?

— Stefan Salvatore. Esse é meu irmão Damon, moramos em Mystic Falls, como pode ver somos vampiros. - continuou com os olhos focados nas duas enquanto o moreno enfiava a mão no próprio estômago e arrancava a madeira.

— Valerine e Natalia Gustach, monstros.

—-

— Então Esther é uma mulher má? - Natalia olhou Elijah atentamente vendo que ele estava concentrado em olhar uma pintura da mãe, os olhos escuros presos na figura e a expressão completamente fechada impedindo que ela visse muito sobre ele.

— Sim, minha mãe é uma mulher terrível. Agora entendo as coisas com mais facilidade, Niklaus não estava te protegendo de nós, mas sim dela. - ele fechou um álbum novo que viera com Natalia e se virou a encarando com intensidade paralisante, os olhos tão profundos que poderia sentir que estava caindo dentro de um poço sem fundo, para Natalia era isso... um caminho sem volta. -

 O que ela pode querer comigo?

— Você é tudo que Niklaus mais ama. E ele é tudo que ela mais odeia. - Natalia franziu o cenho. - Como o pode odiar? - sussurrou sem se dar conta que o loiro estava próximo a observando de longe sem se incomodar em ser visto - Ele tem milhares de defeitos, mas por que ela o odeia? Sei de toda a história, mas... a culpa não é dele. Ele é bom... pra mim. - o loiro sorriu brevemente antes de ter a orelha puxada por Valerine que o levou para longe.

— Talvez seja algo que ninguém nunca entenda. - o moreno confessou - Niklaus é a pessoa mais complicada com a qual tive contato em tantos anos, eu nunca achei alguém que o igualasse ou ultrapassasse.

— E você o ama? - ele a olhou intensamente antes de responder calmamente.

— Da mesmo forma que ele a ama. Natalia desviou os olhos soltando o ar com força se lembrando do relacionamento turbulento e ao mesmo tempo tranquilo que tivera com ele e então se lembrou de um detalhe, algo que deu a chance dela de os conhecer.

— Quem é Katherine? Klaus me falou dela, mas foram coisas vagas. - o moreno suspirou se levantando e ficando de frente para a imensa janela da sala colocando as mãos no bolso e ficando completamente parado, como uma estátua

— Katherine... ou Katerina foi a mulher por quem fui apaixonado por anos. É uma duplicata Petrova, uma mulher manipuladora, arrogante e calculista. - seu tom de voz era perdido lhe trazendo as lembranças duras da vida com essa mulher.

— E a ama. - ela afirmou com convicção sentindo a garganta fechar.

— A amei, até descobrir que ela tramava matar Rebekah, Niklaus e Kol. Eu teria a ajudado... eu ainda a ajudaria. Eu estava a ajudando, quando você chegou. - a jovem ficou imediatamente alerta com isso - Mas eu vi que a minha família é a única coisa que vem tornando a eternidade suportável, nenhum de nós vale os caprichos de uma desequilibrada.

— Nós? - ele se virou para ela e parou diante dela que ainda estava sentada no divã, ele ergueu o rosto dela com um dedo a forçando a olhar para cima.

— Você faz parte de nossa vida desde que meu irmão colocou nosso sobrenome em você. – um sorriso malicioso brotando em seu rosto a medida que ele a olhava de cima a baixo – Você foi a única coisa boa que Niklaus nos deu em milênios. Não tive a oportunidade de lhe dizer antes Natalia, mas seja bem-vinda aos Mikaelson.

E a abandonou com o coração pulsando com força.

—-

— Eu gostei desse aqui, achei super interessante, mas seria legal um diferencial. Que tal branco? Posso ser enterrada quando morrer? Ou vocês vão me queimar?- Valerine questionou Niklaus que apenas deu de ombros.

— Valerine você não vai morrer.- o loiro resmungou e ela rolou os olhos com descaso sem e incomodar em o responder, Valerine estava deitada no antigo caixão da família, onde Mikael deveria estar.

— Você vai fazer um caixão para mim?

— Você não vai ser entalhada.

— Niklaus eu sou da sua família. - reclamou.

— Não você não é. - ela se sentou em um átimo e grunhiu irritada.

— Eu não acredito que virei uma vampira para eu ser humilhada, pois quando ela começar com as perguntas de sexo responda você!

— Acho que já passou dessa fase. - ele sorriu e ela saiu do caixão com dificuldade quase o estraçalhando por completo.

— Eu te odeio, eu te odeio muito. Você não tem noção do quanto. - ela saiu do local com ele logo atrás que se divertia cada vez mais com a visível irritação dela.

— Valerine. – ela parou o olhando vendo o rosto vermelho dela – Você está ridícula com essa roupa de funeral amor. – ela o olhou irritada – Já que quer tanto a mortalidade assim... esse será o meu presente para você, por tudo que fez, mas não irei a ajudar. Terá de descobrir tudo sozinha. – ela bufou em fúria – A cura está sendo criada, e Katherine pode saber exatamente onde está. E a chave para chegar até ela é Elena.

A vampira disparou pela casa e pegou algumas centenas de lençóis, antiguidades, espadas, vestidos e joias e juntou tudo em malas grandes enquanto ele a olhava com a sobrancelha arqueada. Sem mais explicações Valerine desceu os andares esbarrando em Rebekah e a jogando no sofá, abraçou Elijah quase o derrubando no chão, fez o mesmo com Kol e bagunçou o cabelo de Natalia e sem dizer absolutamente nada ela partiu os deixando em choque.

— Klaus o que você fez? - Natalia o questionou enquanto Kol o olhava da mesma maneira tentando entender o que havia acontecido.

— Valerine decidiu que ia embora, simples assim. - ele deu de ombros mostrando despreocupação mesmo que estivesse fervilhando de ódio por dentro.

— Simples assim?

— Não estou surpresa. - Rebekah cruzou os braços - Ela deve ficar por perto, Marcel disse que ela nunca fica muito longe de casa. Sempre está ao redor, se não estiver nos braços do inimigo... bem... ela pode estar até no nosso porão.

— Mais tarde irei a procurar. - ele avisou - Ela não estará longe, não gosta de ficar sozinha.- ele não o faria.

A essa altura a morena já entrava na mansão sem ser convidada, precisava de aventura, mas fingiria para Niklaus que estava completamente entediada a respeito de tudo e que não faria nada por hora, imaginava que talvez ele fosse se intrometer e arruinar seus planos. E depois jogaria na cara dele que era um inútil e que era ela quem não queria fazer parte da família dele. Ela já tinha Marcel, por que precisaria dele?

— Ah eu achei vocês uma gracinha quando os conheci, principalmente você! - ela apontou para o vampiro loiro sem se incomodar em jogar as malas em cima dele e o abraçar antes de se jogar no sofá ao lado de Damon.

  - Quem é você?

—  Sou "filha" do Marcel, uma criação dele basicamente. Que é filho de Niklaus. - tomou a revista que o moreno lia e se aconchegou mais ainda ao lado dele antes de o olhar intensamente com uma expressão capaz de causar arrepios - Quem é essa vadia Katherine e quem é a mosca morta Elena?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "No Roses" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.