Clark Stone

Ela respirou fundo e se encarou no espelho, seus cabelos escuros e curtos estavam bem penteados, seus olhos verdes estavam ardendo pelo fato de ter ficado a noite toda estudando, afinal teria provas no próximo mês. Seus lábios estavam pintados por um batom vermelho vinho, afinal ela não gostava muito de usar muita maquiagem, mas amava usar variados botões escuros.

Ela usava um vestido que ia ate o joelho, ele era de fato o seu preferido, tinha uma cor vermelha tão bonita que chegava a ser rosa, e era cheio de bolinhas pretas, e na cintura tinha um laço preto que marcava a sua cintura, e por fim uma sapatilha branca com bolinhas pretas, com o bico preto e com um laço rosa.

Ela de fato se sentia muito bem assim, ela deu uma giradinha, e sorriu pegou sua bolsa e saiu andando afinal ela iria para a entrevista do seu talvez novo emprego, que havia conseguido por conta de sua melhor amiga Ana Lewis.

***

Ela estava dentro da enorme mansão que iria trabalhar, claro se tudo ocorresse bem e ela esperava que desse certo por que se não, ela estaria perdida, ela suspira mais uma vez e segue a mulher que falava a todo momento de coisas que ela nem ligava, mas concordava com um grande sorriso no rosto, afinal ela era a dona da casa.

— Clark esse é o quarto do Adam, ele provavelmente deve estar dormindo, mas não tem problema se nos acordarmos ele para você o conhecer. – A mulher fala e toca na maçaneta, mas recua e volta seu olhar para Clark que ainda sorria. – Antes de tudo, ele é meio irritadinho de manha, acho que e a pior hora do dia para ele, então não saia correndo, ou chore, por que ele costuma ser muito grosso.

Ela teve que engolir em seco, mas forçou um sorriso, e ergueu o queixo ela precisava muito daquele emprego e não seria a falta de educação de um velho que estragaria tudo.

— Não tem problema, eu aguento. – Ela fala a mulher abre um grande sorriso e abre a porta e as duas entram, ela observa o grande quarto de paredes claras, e sem vida apenas um branco para dizer que não tem nada, um grande guarda roupa também branco posto ao lado da cama de casal, que tinha a madeira branca, e o coxão forrado por coxas brancas e limpas, e em cima de tudo isso um garoto que aparentava ter vinte e quatro anos.

Seu rosto angelical era tão belo, e jovem que ela ate pensou que ele fosse algum modelo, ou coisa assim, pois cada parte dele parecia uma escultura desenhada com cuidado e delicadeza. Os cabelos escuros estavam desgrenhados e espalhados pela cama, enquanto os lábios dele estavam entreabertos, ele era o cara mais lindo que ela já havia visto, e isso a assustava.

— Adam! Adam, meu filho acorde, a garota que se interessou para ficar no lugar do Miguel chegou. – Falou a mulher chacolejando o garoto, que acorda assustado enquanto coçava os olhos. Clark estreitou os olhos e percebeu que ele não olhava bem para a mãe e sim para um ponto mais acima dela.

— Ah! Fala serio mãe! – reclama ele, a mulher apenas bufa e bagunça os cabelos do filho, fazendo ele resmungar e tirar a mão dela de seus cabelos. – Não estou a fim da presença de ninguém, se vocês saíssem daqui eu agradeceria.

— Filho não fale assim...Poxa eu rodei a cidade inteira por alguém que fosse no mínimo descente, e graças a prima de terceiro grau de seu pai eu encontrei a Clark, venha aqui querida não tenha medo, ele não morde só tem uma língua grande demais. – Diz a mulher, Clark meio envergonhada caminha lentamente ate parar ao lado da cama na onde senta na mesma, a senhora pega a mão de Clark e coloca sobre a do garoto, que estava bastante quente, ela ate chegou a pensar que ele estava queimando de febre. – Ele gosta de tocar na mão das pessoas, para saber se são realmente pessoas delicadas ou folgadas.

Ela de fato estava meio intrigada com isso e envergonhada, mas não deixou de sorrir, apenas apertou a mão do garoto de leve, que parecia agora suar frio, ela olhos para o rosto dele, mas ele não conseguia de fato conseguir focar seu rosto, por motivos óbvios, ele era cego, mas seus olhos era muito belos, eram de um castanho surpreendentes e brilhosos, que a deixava com vontade de olhar para os mesmos o tempo inteiro.

 - Hum... Oi. – Diz ele soltando a mão de Clark e abrindo um sorriso curto.