Isso não é um conto de fadas escrita por Liza Weasley


Capítulo 2
I Hate Everything About You - parte 2




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Yasmin estava deitada na cama, mexendo no celular. Não parava de pensar em que tipo de assunto puxar com aquele garoto do primeiro ano que era bem bonito e legal demais. Eles poderiam falar de música, mas ele parecia ser o tipo de cara que desinteressaria de uma garota que curte funk, mesmo que ela também curtisse rock.

Séries? Mas ele ia ver como ela era fanática.

Livros? Ela nem gostava de ler.

Filmes? Mas ela nem conhecia tantos.

Comida? Ela amava tanto..., mas ia ser estranho.

E era no meio desse dilema que ela se encontrava quando sua avó a gritou duas vezes seguidas (com carinho).

Suspirou antes de bloquear o celular e levantar da cama. Depois suspirou de novo e caminhou até a porta, abrindo-a.

— O que foi, vó? - perguntou.

— Sabe que horas são?

— Cinco e meia.

— E você ainda não foi comprar o pão?

Yasmin suspirou mais uma vez e pegou o dinheiro e as chaves para sair da casa.

Sabe o que era pior? Ainda estava claro. A rua não estava cheia, mas não era aquele deserto assustador. Por isso, ela nem ficou com medo. Já estava acostumada. Simplesmente foi andando até a padaria, com calma.

Um carro surgiu do nada. Era como se tivesse brotado do chão. Yasmin acelerou o passo, mas não ia adiantar, ela sabia. Claro, podia não significar nada. Como sempre era. Afinal de contas, por que alguém faria alguma coisa com ela?

O carro parou ao seu lado. Era vermelho. O vidro foi baixado, revelando um homem cheio de rugas na bochecha.

— Licença, sabe me dizer onde fica a rua Filho de Carlos?

Yasmin pensou em correr, mas ele ia pensar que ela era maluca. Então aproximou-se um pouco do carro e disse:

—Hã, não faço ideia.

— Não faz ideia?

O seu tom de voz foi assustador. Agora não restavam dúvidas: ele ia fazer alguma coisa. Por isso, começou a correr, mas estava tão cansada e parecia não ser o suficiente. Seu coração estava acelerado e sua respiração, pesada.

Mesmo assim, o carro a acompanhou e o homem começou a rir alto dentro dele.

Então ela parou e virou para ele, como se estivesse se rendendo.

— O que você quer de mim? - perguntou.

Ele sacou uma pistola prateada que refletia o rosto apavorado dela. Engatilhou-a e sorriu.

— Que você entre na porra desse carro agora. Sem gracinhas ou eu explodo a sua cara.

Yasmin suspirou, mas dessa vez estava doendo. Andou rápido, abriu a porta do carro e entrou. O homem acelerou a toda, sem se importar com o fato dela estar chorando descontroladamente.

De vez em quando, ele ficava olhando para o rosto dela, como se a achasse completamente sexy. Parou num sinal e, encarando os seios dela, passou a mão na sua coxa.

Ela começou a soluçar. Era como se tudo o que conseguisse ouvir fosse os batimentos do seu coração.

É um sonho. Só pode ser um sonho. Tem que ser um sonho. Não é possível. É um sonho. Isso não tá acontecendo comigo. É só um sonho. Só um sonho. Só um sonho. Por favor. Só um sonho. Nada demais. Só um sonho. Daqui a pouco vou acordar na minha cama, chorando. Mas significaria que é só um sonho. Porque é. Só um sonho. Só um sonho. Só um sonho.

Ele sorria, se divertindo com tudo aquilo. Pôs as mãos no volante e pisou no acelerador. Então disse:

— Fica calma. Vou fazer você se divertir bastante.


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