Vidas Secretas escrita por skammoon


Capítulo 34
Capitulo 34


Notas iniciais do capítulo

Surpresas do destino



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Meu pai saiu pela janela do carro, o vidro havia despedaçado.

Ele estava se arrastando e depois se ajoelhou para nós.

Seu rosto estava com algumas feridas, assim como seu corpo, o sangue escorria pela roupa.

—Fiquem longe! – sua voz era fraca.

Os policiais correram até ele. Em um segundo meu pai tirou um revolver da calça.

—Eu disse pra ficar longe! – ele mirou em mim e Luan – ou atiro neles.

—Não pode fazer isso! – gritei.

—Ah minha filhinha. Eu já te amei muito, sabia? Quando você era pequena, mas depois você foi crescendo e não me orgulho do que você se tornou. Você devia ter ficado do meu lado.

—Pai, por favor, abaixa a arma.

Tentei dar um passo, mas Luan me apertou mais aos seus braços.

—Abaixe a arma agora! – um dos policiais disse. – se atirar, você morre.

—Eu não ligo – ele começou a rir.

—Deveria.

—Não pode atirar! – supliquei.

—Não vejo nenhum motivo para não atirar.

—Eu... – suspirei – eu estou... Gravida.

—O que? – ele pareceu surpreso. – esta me dizendo que esta carregando meu neto?

—Sim, você também não se importa?

—É claro que eu me importo. – seus olhos se esbugalharam e sua boca se abriu em um sorriso. – é meu neto.

—Ele esta ficando louco. – ouvi um policial sussurrando para o outro. - provavelmente vai acabar em um manicômio.

—Pai, olha pra mim. – forcei um sorriso. – abaixa a arma, por favor, pelo seu neto.

—Você vai me deixar conhece-lo? Não vai?

—Sim, eu vou.

—Me abraça filha.

—Meu amor... – Luan sussurrou ao meu ouvido. – não vou deixar você se aproximar dele.

Eu estava tremendo de tanto medo. O meu pai realmente não estava bom da cabeça. Ele estava pagando por todo mal que já havia feito às pessoas.

—Coloca a arma no chão! – o policial gritou. – ou fique sem abraçar sua filha!

—Tudo bem. – assim meu pai fez lentamente.

Luan fez um grande esforço para conseguir me soltar e só soltou quando um policial disse que me acompanharia. Eu mal conseguia andar de tanto que tremia.

Ajoelhei-me de frente para o meu pai e ele me puxou para um abraço. Sua cabeça se enterrou no meus ombro.

O cheiro da bebida exalava sobre si e aquilo estava revirando meu estomago.

Afastei-me e os policiais colocaram as algemas no meu pai.

O levaram para o camburão.

Luan estava dando depoimento a policia de tudo que havia ocorrido, enquanto eu estava processando cada detalhe.

—Vamos embora. – Luan foi até mim.

—Não vamos à delegacia?

—Não. – ele tocou meu rosto. – você precisa descansar, os policiais vão cuidar do seu pai agora.

Assenti.

Voltamos com o mesmo carro de táxi. Mas tivemos que devolver quando chegamos la.

Luan havia pedido desculpas ao motorista e havíamos voltado para o hotel.

Senti enjoo e corri para o banheiro.

Luan foi atrás e quando percebi ele estava segurando meu cabelo.

—Como eu disse. – pude ouvir seu sorriso. – ninguém segura seu cabelo melhor que eu.

—Você tem razão. – levantei-me e lavei o rosto. – preciso de um banho.

—Vou te deixar tomar.

—E se tomarmos juntos? – não queria que ele se afastasse.

—Ótima ideia!

Estávamos na enorme banheira cheia de espuma. Puxei Luan para cima de mim, suas mãos percorreram pelo meu corpo e gemi quando ele tocou nas partes mais sensíveis.

Eu estava bem mais sensível devido à gravidez.

Ele olhou profundamente nos meus olhos e se aproximou até tocar seus lábios aos meus.

Seu beijo estava quente e suave, mas foi ficando cada vez mais ardente e selvagem.

Arranhei suas costas e o puxei para mais perto.

Pequei um pouco de espuma no dedo enquanto ele beijava meu pescoço. Quando se voltou a olhar pra mim, coloquei-a na ponta de seu nariz.

—Então você quer brincar? – ele sorriu.

Enchi a mão de espuma e passei no seu cabelo.

Ele fez o mesmo. Estávamos em uma guerrinha de espumas, jogávamos pelo banheiro todo.

Dávamos altas risadas e ao mesmo tempo nos beijávamos.

—Eu te amo. – Luan sussurrou.

Sorri roçando meus lábios aos seus.

Ele afastou um fio de cabelo que estava em meu rosto e me beijou na testa.

Depois do melhor banho de todos, nos deitamos para dormir.

Eu havia colocado uma de suas camisas e a cueca preta que ele havia me dado quando o conheci.

Luan me puxou para perto do seu peito e é claro que eu fui. Entrelaçamo-nos exatamente como na primeira vez em que eu havia dormido no seu apartamento.

Era uma linda manha. O sol havia inundado o apartamento.

Abri lentamente os olhos buscando por Luan, mas ele não estava la.

Sentei-me na cama e vi Shelby comendo rosquinhas.

—Quer? – ela sorriu. – que pergunta idiota. É claro que você quer.

—Sim, eu quero. – eu amava rosquinhas. – mas, cadê o Luan?

—Ele foi resolver umas coisas.

—Que coisas?

—Uma delas era ir na delegacia, e ele foi.

—E?

—Seu pai foi preso, ele vai ser avaliado. Ele não esta muito bem da cabeça, esta maluquinho, talvez acabe em um manicômio.

—Eu sabia que ele acabaria assim.

—Depois de tudo que fez, é o mínimo que merece.

—Quais as outras coisas?

—Ele não me disse.

—Esta mentindo.

—Como você sabe?

—Você desviou o olhar e ergueu uma sobrancelha. Você faz isso quando mente.

—Que fofa, me conhece tão bem.

—Não muda de assunto.

—Não tenho o direito de te dizer.

—Tem sim. Eu te dou esse direito.

—Não, você não vai me convencer.

—Vai, por favor!

—Sorry amiga. Não posso.

—Eu estou gravida!

—E o que isso tem a ver?

—Estou com desejo de saber o que Luan esta aprontando, você não pode negar isso.

—Posso sim! Estou me segurando, não insiste!

—Ok. – revirei os olhos. – então só me da uma dica.

—Ah... – ela suspirou. – se eu te der uma super dica você vai parar de insistir?

—Eu prometo que vou.

—Uma das coisas que ele esta resolvendo tem a ver com sua mãe.

—O que tem a minha mãe?

—Não vou falar mais nada. Você prometeu que não insistiria.

Suspirei revirando os olhos. Shelby não me contaria, ela sabe guardar segredo quando quer.

Mas o que teria minha mãe?

Luan era cheio de surpresas. O que ele estaria aprontando agora?


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