A Casa de Vidro escrita por Hemy Scarlet


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Caso tenha erros, me perdoem. :33



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Então você tem medo do escuro? – Perguntou Hemy segurando seu machado o apontando para sua próxima vitima.

—Depende no que sem tem no escuro, mas como vivo nele, o máximo é um arrepio que sinto.

—E de mim, tens medo?

—Faça logo o que queres se você considera isso um motivo para querer me matar. Cuidei de você esse tempo todo, te conheço muito bem. –Vendo lagrimas escorrerem pelas bochechas vermelhas de Hemy, ele acaricia-as. –Scarlet, faça logo o que pretende, sabe que é agora ou nunca conseguira, seu coração não deixará.

 Largando seu machado no chão, Hemy se aproxima dele, estava  jogado no chão com suas roupas rasgadas.

 -O que sente? –Perguntou Hemy agora em cima dele, seus seios encostando-se a ele enquanto ela puxa a pele de seu pescoço com os dentes.

—Dor, não acha isso óbvio?

—Não banque o bobo, entendeu o que eu quis dizer. –Após dizer isso, uma grande dor sente em seu coração, como se alguém tivesse atirado nele.

 E foi isso que aconteceu, mas o tiro foi em suas costas. Suas asas de penas negras, agora estavam perfuradas, sangue escorria por suas costas, olhará para trás para ver quem acaba de atirar.

 Surpresa, um jovem de terno, e olhando para trás dele, uma mulher, linda, chorava abraçando-o.

 Hemy sentia sua morte chegando. Olhando fixamente para o jovem, percebe que tremia, tremia muito. Com seu dedo indicador, ela aponta para ele controlando-o como um fantoche o fazendo apontar a arma para sua cabeça e atirar fazendo a mulher gritar.

A seis messes atrás...

Guro, o que acha dessas estrelas, apaixonantes, não?!

—De fato, Hemy!

 As duas sentadas sobre a escada de um palco que tinha frente à porta na casa de Hemy, observavam as estrelas enquanto Zé se aproximava das duas.

—Senhoritas, o jantar esta feito, vamos para dentro ou vão acabar pegando sereno.

—Já vamos, Zé! –Respondeu Guro com um lindo sorriso nos lábios.

 Zé agora sorria também, mas seu sorriso some ao perceber que uma aranha se aproximava das duas.

—Saiam dai agora!

 Ouvindo isso, Hemy olha para trás e vê a aranha logo atrás, e se levanta puxando pela mão, Guro.

 -Mata, mata, mata! –As duas gritavam enquanto observavam Zé pisar em cima da aranha.

 Ouvindo os berros, de dentro da casa de vidro de três pisos, sai Yuen, assustado com os gritos e com o barulho que parecia um sapateado.

—Tudo bem ai fora?

—Claro que não!  -Disseram as duas.

 Yuen da uma gargalhada enquanto Zé da um suspiro e diz “Finalmente”. Hemy logo olha para o céu e avista uma estrela cadente, e agora dava puxões na roupa de Guro.

—Vamos fazer um pedido, Hemy!

—Você acredita nessas coisas? Eu te puxei só para ver mesmo.

—Por favor.

—Não sei não, de qualquer forma, eu nem teria o que pedir... –Em seguida olhou para Zé e Yuen que agora sapateavam no palco e assim irritando-a. - Quer saber, Guro? Vamos tentar.

...

—Pronto? –Disse Hemy a Guro.

—Sim! Eu pedi que eu pudesse ter uma loja só para mim! E você, Scarlet?

—Pedi que, que a maturidade chegasse a aquelas duas pragas ali. –Apontando para Zé e Yuen, mas principalmente para Yuen e que, após isso, um vento passa por eles, mas derrubando apenas Yuen do palco.

 Todos entram em desespero, menos Hemy que estava parada ali encima do palco olhando para suas mãos e vai correndo para dentro de sua casa.

—Acho que quebrei minha perna! –Disse Yuen desesperado tentando levantar do chão.

—Quebrou nada, levanta ai, vai. -Respondeu Zé.

—Vamos logo para dentro, rapares! Disse Guro procurando por Hemy.

 Zé e Guro já iam a procura  por Hemy enquanto Yuen ia de volta para a cozinha. Quando reclamando de cansaço, Zé diz a Guro. “Vamos comer primeiro, a comida deve estar esfriando já”.

 Ao chegarem à cozinha, observam que as panelas já estavam vazias, e Hemy estava lá olhando para fora pelas paredes de vidro, parecia concentrada em algo lá fora.

—Vocês voltaram, finalmente! –Disse isso colocando dois pratos sobre a mesa. –Me desculpem, a comida sumiu, acho que fiz pouco e acabei comendo tudo sozinho.

—Tudo bem, Yuen, posso te ajudar, se quiser.

—Agradeço, mas vai lavando as panelas enquanto vou ao mercado antes que feche, tchau! –Correndo em direção à porta.

 Guro se aproximava devagar de Hemy. –Hemy? -Acaba se queimando ao encostar-se a Hemy, o corpo estava quente, comparou-o com o fogo.

—Guro, você está bem?! –Perguntou Yuen voltando até a cozinha, vendo que a mão de Guro estava muito vermelha.

—Água, gelo, por favor! –Tremia sem entender nada e se assusta após ver que Zé acaba de tocar em Hemy e sem reclamar de dor, chama a atenção de Hemy.

—Você está bem? –Perguntou enquanto colocava o cabelo de Hemy atrás da orelha e sua a franja para o lado, e tocando em sua testa, Zé diz. –Você está fria, muito fria.

 Guro o olhou com desprezo. –Fria? Do que você está falando?!  Eu diria que ela está pelando de quente, literalmente...

 Após isso, Hemy desmaia nos braços de Zé.

 Os dois entram em pavor, Hemy nunca apresentou esses sintomas assim, do nada.

...

 Hemy só foi acordar ao pôr do sol do dia seguinte, e, ao acordar, percebeu na hora que sua visão estava péssima, mas pode reconhecer seu quarto, que era quase que o terceiro andar inteiro.

Mesmo sem enxergar direito, aparentou estar sozinha, então decidiu olhar pelas paredes para as macieiras que ficavam frente ao palco.

Percebeu então que lá em baixo estava três pessoas, só pode reconhecer Guro e Yuen, quando...

 Nuvens que tampavam o sol se desmancham virando duas e indo para caminhos diferentes. Seus olhos começavam a arder, quando ouviu uma voz masculina dizer.

—Não se preocupe, estou aqui ainda. –Abaixando as cortinas.

 Sem tem o que responder, Hemy apenas tenta voltar para sua cama, agora com dificuldades por não ver absolutamente nada.

—Por favor, ligue a luz! –Batendo seu joelho na cabeceira da cama.

—Por que eu deveria? – A respondeu deitando-a na cama e subindo em cima dela.

 Sua visão agora melhorava e já se acostumava com o escuro, e sendo assim, reconhecendo à pessoa a cima dela e acariciando seu rosto.

—Não deveria estar aqui, sabe disso né? 

—E você sabe que tranquei a porta, né? –Lambendo o pescoço de Hemy e descendo sua mão até a cintura dela, quando.

—Hemy, me desculpe, já acordou? –Perguntou Guro que acaba de abrir a porta iluminando o quarto. –Ah, meu deus, alguém aqui!

 O homem que por lá estava, olha profundamente aos olhos Verdes de Hemy com seus olhos completamente negros, aproximava seus lábios aos dela quando de repente vira cinzas e some no ar.

 Hemy aquietou-se, mas pensava no que acaba de acontecer, “Trancada, é?”.

 Guro corre em sua direção, cheia de duvidas e ia perguntando-as quando.

—O que, ou melhor, por que alguém estava aqui? Ele era tão...  –Interrompida por Yuen que estava agora na porta.

—Oi? –Ia entrando se aproximando das duas.

—Yuen saia já daqui! –Disse Hemy apontando para Yuen, sendo novamente jogado para trás por algo “Invisível” e batendo sua cabeça na parede de vidro.

—Yuen!  -Guro agora acaba de sair do quarto de Hemy e vai correndo até ele.

—Hoje não está um dia muito bom para mim, né?

—Ah, nem me diga. –Ajudando Yuen a se levantar, olha para o quarto de Hemy e percebe que lá estava ela e novamente alguém com ela, abraçando-a por trás.

 Ele colocava agora uma de suas mãos no rosto de Hemy, tampando seus olhos, e com um sorriso sarcástico no rosto, ele vira cinzas novamente levando Hemy junto.

 Guro entra em desespero, não sabia direito o que achar ou que fazer naquela situação quando, impulsivamente ela desse as escadas e vai até a cozinha.

—Olá Guro, houve algo? –Perguntou Zé que colocava cupcakes no forno.

—Está pálida, Guh. –Disse Hemy que estava sentada no balcão da cozinha sem expressão no rosto.

—Hemy, do que você está falando? Acabei de lhe ver no seu quarto, lá em cima!

—Não, Guro. Hemy está aqui há alguns minutos.

 -Estou falando com a Scarlet e não com você, Zé. -Apertando suas mãos, estralando seus dedos, Guro responde.

 Zé decidiu aquietar-se até olhar para Hemy e sorrir, dizendo. –Vamos, desce do balcão, não se deve sentar ai.

—Ótimo, me tire daqui! –Esticando seus braços em direção ao Zé.

—Não acho que eu deva... –Hemy o interrompe enquanto falava dando um beijo em seu queixo e pegando suas mãos e colocando-as sobre suas cinturas.

—Me desce e sem mimimi! –Fazendo beiço.

—Como quiser pequena. –Apertando-a na cintura e a colocando no chão. –Pesadinha, só acho.

 Após descer, Hemy vai em direção a Guro e fica nas pontas dos pés assim podendo roubar-lhe um beijo.

—Guro, não trate Zé tão mal assim.

 Sem resposta, Guro apenas sai correndo para o quintal da casa, enquanto Yuen descia das escadas.

—Zé, houve algo para a Guro sair correndo assim?

—Não, acho que ela só quer um tempo para respirar, por que não vai atrás para saber?  -Enquanto se aproximava de Hemy.

—Tem razão, ela me ajuda quando pode, hora de ver como ela está.

—Ótimo, então até, Yuen. –Acenando para ele que já estava saindo pelas portas do fundo.  Zé então esperou o momento certo para empurrar Hemy contra a parede, mas.

—Estou aqui, e não ai. –Disse Hemy que agora estava preste a subir a escada.

—Precisamos ter uma conversa, espere aqui que já iremos subir. –Zé colocava água em duas xicaras de chá.

—Como quiser. –Voltando a sentar no balcão.

 De repente entra Yuen na casa afirmando que precisava pegar algo em seu quarto. Corria a pressas dizendo que Guro precisava ver aquilo.

—Cuidado para não cair, Yuen.

—Deixa-o cair, vai ser só um machucado se isso acontecer.

—Obrigado por se importar, Zé, mas está tudo bem!

 ...

—Certo, vamos? –Segurando uma bandeja com duas xicaras de chá.

—Tudo bem, vamos. –Pulando do balcão e indo em direção à escada, Hemy diz. –Zé, vai à frente não deixe as xicaras cair ou eu te mato.

—Ah, por favor, você me mataria por qualquer coisa.

—Isso é um fato, não? –Após dizer isso, Yuen sai do seu quarto e já vai descendo as escadas, quase esbarrando em Zé.

—Eu pedi para ter cuidado, Yuen. –Dando um passo para trás.

—Me desculpe, por pouco, não? –Agora Yuen ria, enquanto, degraus a baixo estava Hemy o encarando. –Vou descendo, tchau Zé. –Disse isso segurando uma pequena caixa velha por de baixo de um lenço.

—Até, mas tenha mais cuidado. –Indo para a escada que levava até o terceiro andar.

 Passando por Hemy com um sorriso no rosto, já imaginava o que Guro ia achar o que tinha dentro da caixa interessante, quando, Yuen cai da escada após Hemy colocar seu pé na frente.

 Sendo assim, o lenço encima da caixa sai e Hemy sentindo um pressentimento ruim após vê-la.

—Vamos logo, não fique ai parada. –Disse Zé que voltará apenas para puxa-la.

...

—Certo, Yuen esta demorando para voltar! –Disse Guro agora revoltada, até enxergar Yuen caído com um liquido vermelho pelo chão.

—Yuen! Você está bem?! –Perguntou enquanto se abaixava e encostava suas mãos no rosto de Yuen.

—Calma, estou bem! –Disse ele se erguendo e juntando a caixa do chão.

—Está sangrando, que merda, como pode dizer que está bem? –Ia lhe dar um tapa no rosto, quando Yuen segura sua mão e a aperta.

—Não faça isso, já me machuquei muito em um dia só.

—Me desculpe, só estou me preocupando!

—Eu sei , perdão por isso. –Largando sua mão. –Não se preocupe isso é só vinho, achei no porão dessa casa e levei para meu quarto.

—Aqui tem porão?

—Sim, mas se entra por fora, amanha podemos vê-lo, se quiser.

—Claro, mas o que é isso ai na caixa?

—É onde ficava o vinho.

—Me referia a essas fotos juntos.

—Que fotos?

 Guro pegou a caixa e colocou sobre o balcão da cozinha, tirando um pano da caixa e achando fotos e cartas em baixo dele.

—Que tal essas?!

—Eu não tinha visto elas ai, juro, Guro.

—Tudo bem, iremos fazer assim, você lê as cartas que vou dar umas analisadas nas fotos, ok?

 E assim foi, mas enquanto isso.

—Vou descendo, boa noite Hemy.

—Você vai acabar voltando.

—Duvido disso, preciso tomar um banho, amanha terminaremos nossa conversa.

—Que seja, até logo. –Hemy já pensando em “ele esqueceu os cupcakes no forno e a bandeja aqui, claro que ele vai voltar”.

 Minutos depois, já ajeitava sua cama para dormir e erguia as grandes cortinas olhando para o céu todo estrelado com a grande lua, ajudando a iluminar o seu quarto escuro.

—Tenho certeza que Guro deve estar olhando para elas lá em baixo. –Enquanto nuvens tampavam a lua no céu.

—Não está não. –Disse o homem que apareceu da escuridão em seu quarto, deitando em sua casa.

—Sempre volta né?  -Tirando o laço de cabelo e seu vestido.

—Eu gosto do seu quarto e, além disso, da para ter uma ótima vista daqui.

—Tem razão, desde quando a casa era de madeira, o terceiro andar sempre foi meu quarto. –Agora indo para sua cama de pijama.

—Bons tempos aqueles, eu podia ir para qualquer lugar a qualquer hora. –Usando as coxas de Hemy como travesseiro.

—Ficar aqui comigo não é bom? –Fazendo-lhe cafuné enquanto sua outra mão passava sobre o corpo dele descendo.

 Ele segurou sua mão e puxou Hemy para cima dele agarrando-a pelos pulsos.

—Claro, é prazeroso até. –Puxando seu corpo contra o dele e mordendo sua orelha.

—Me solte. –Disse Hemy tentando sair de cima dele.

 Soltando seus pulsos, rapidamente segura sua garganta com as duas mãos a apertava, quando alguém abre a porta e.

—Solte-a agora.


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