Acordei sobressaltada diretamente para o banheiro.

Depois de vomitar o meu jantar e a pequena ceia da madrugada me levantei escovei meus dentes na pia e aproveitei para tomar meu banho e começar o meu dia longo. Vou ter que contar para o Steve, não acredito que isso está realmente acontecendo, realmente não sei como é possível.Mas para tirar meus pensamentos disso meu telefone tocou e desliguei o chuveiro indo atrás do celular que se encontrava no criado mudo. Era o Nick e então atendi. 

—Senhor?

 -Natasha, está na hora de voltar. Estamos realmente precisando de você, daqui a pouco os heróis que salvaram o mundo vão se matar!

 Ri internamente. 

—Mas não irei mentir que ele está aqui. –faz uma pausa- antes de vir quer que eu faça algo para você? –diz tentando ser doce. 

—Preciso falar com o Rogers, apenas. 

—Entendo, até.- desliga em seguida. 

Deixo meu telefone de lado e vou me arrumando para quando o Steve chegar, quando ele me ver provavelmente vai enfartar –ri imaginando a cena- pois saiu para uma missão na Rússia e apareço grávida!(?) deve realmente fazê-lo tentar entender, é o que me dá mais medo, então novamente alguém tira minha concentração, pois tocaram na campainha, me ajeitei no espelho e enfim estava pronta, assim vou abrir a porta e fico estática.

Era Steve, mas como tão rápido?  Na primeira impressão ele aprece com um sorriso de orelha a orelha, então sua cara meio que forma uma interrogação gigante ao olhar para minha barriga que já dava sinais de vida –para ser exata quase cinco meses- e assim franzi o cenho. 

— Ma-Mas o quê...- o interrompo puxando o para dentro do pequeno apartamento onde habito á estes meses.

 -Primeiro respire, por favor. –digo indo na cozinha pegando um copo d’água.  

Vou até ele novamente, assim que lhes dou o copo, ele bebe o liquido em uma “tacada” só. E me olha –para a barriga fixamente-. 

—Quando aconteceu exatamente?  

—Descobri logo que saí na “missão”. Lembra se?- ele logo afirma. 

—Mas por que só agora você vem logo me dizer? Achei que fossemos melhores amigos, Nath. –diz meio chateado com a melhor amiga. 

—Não espero que me perdoe, mas precisei por medidas protetivas minhas e dela. —digo sorrindo e alisando a barriga.

 Mesmo chateado ele sorri com minha ênfase afirmando ser uma menina - sei que ele sempre quis ter uma família e quem sabe um “casal”- senti uma lagrima descer pela minha bochecha –malditos hormônios- e assim o vi me abraçar, mas logo se afasta o suficiente para que se sinta confortável. 

—Ele sabe? 

—E quem diz que é dele? –digo tentando afasta-lo destes pensamentos. 

—Não tente me enganar Nath, sabe que estou aqui sempre para te ajudar, não sabe?

—Sei..-digo abaixando os olhos, mas sinto ele se aproximar e levantar meu queixo com seu indicador. 

—Sabe que um dia essa criança vai querer saber quem é o pai, não? 

—Mas enquanto isso... e-eu..-gaguejo. 

—O que foi? 

—Gostaria de sua ajuda nisso, sei que é um absurdo, mas quer ser o pai da minha menina? –digo, meio que foi uma decisão precipitada.

 Vejo ele me olhar fixamente e suspira, ele sabe que se não ajudar, arrumarei alguém que me possa acobertar. 

—Sei que é teimosa, mas por incrível que apareça eu irei aceitar, não por ser seu melhor amigo, mas também por querer ver esta menininha ter um pai presente em sua vida, sua sorte que fiquei fora o mesmo tempo que você.

 Não me aguentei e soltei uma gargalhada que ele nem ligou e ficou alisando minha barriga. Estou fazendo a coisa certa, repito para mim mesma.