Hidden on the Bus escrita por Loran Leon


Capítulo 21
I love you


Notas iniciais do capítulo

YOOOOOO GENTIIIIIII
Tudo bem?
Fiquem com um novo capitulo c:
Boa leitura ^^



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Eu estava preocupada. O médico tinha dito que o estado de Sofia era muito reservado.

"Ela pode acordar a qualquer momento: hoje, amanhã ou até mesmo nos próximos meses."

Eu odiava aquele médico. Talvez se fosse outro medico qualquer eu iria odiá-lo de qualquer maneira.

Ele não queria ninguém perto de Sofia. "Já tiveram o vosso tempo por hoje." Que irritante.

Acabei por ser tirada à força do quarto hospitalar por Michael.

O ar do hospital deixou-me aborrecida e cansada. Caminhei até à maquina de café, uma das muitas que havia no edifício. Quando me deparei com a mesma, coloquei umas quantas moedas clicando depois num numero qualquer. Desde que saísse café eu poderia expressar um pouco de felicidade.

Suspirei com a quantidade de tempo que esperei por algum sinal de gotas. Ja tinham passado uns bons trinta segundos e nada de café no copo.

Dei um chute na porcaria da maquina e deixei-me cair no chão.

—Sara? -não vou mentir. Ouvir a voz de Luke agora sabia bem, assim como ouvir seus passos que se aproximavam rapidamente. Senti algo de magico quando a sua mão pairou gentilmente sobre o meu ombro. Eu devo ser uma pessoa horrível. Sentir coisas fantásticas enquanto a minha amiga está mal é algo horrível. -Vai correr tudo bem. -Luke disse num abraço.

—A porcaria da maquina não funciona. -falei abafada no seu ombro. Um sentimento de culpa invadiu o meu corpo assim como uma enorme vontade de chorar. Nunca deveria ter aceitado aquela estúpida ideia de nos escondermos no autocarro. Sofia poderia estar bem neste momento. -Quem é que eu quero enganar? Eu nem gosto de café. -confessei lembrando-me do sabor amargo da bebida. -Eu estou cansada.

—O Michael disse que podíamos ir para o hotel. O hospital liga-nos quando houver noticias.

—Eu tenho de ficar. -disse separando-me do mais velho.

—Não seja idiota. -ele levantou depois de mim. -Você vai descansar e é agora.

—Como assim? -olhei-o com receio.

*

Eu até podia ignorar o facto de ter estado nos braços de Luke à minutos atrás mas isso implicava esquecer-me do acidente de Sofia. E isso era impossível de esquecer.

—Mesmo sabendo que um dia a vida acaba...Nunca estamos preparados para perder alguém. 

—A ultima musica? -olhei para ele que sorriu.

—Fui apanhado. -Luke suspirou. Lembrei do filme por uns instantes.

—Talvez seja melhor você ter as suas próprias frases. -ri fraco.

—Talvez.

Depois de me trazer até ao hotel Luke insistiu levar-me até à cafetaria do mesmo. Eu podia até perguntar o porquê mas neste momento não consigo pensar sobre isso.

—Você esta melhor? -ele perguntou bebendo um pouco de água depois. Tanta coisa para beber e ele escolhe água?

—Eu já parei de chorar à algum tempo. -disse brincando com os cubos de gelo do meu copo usando uma palhinha.

—Eu reparei. -sorriu torto. -Mas não é essa a resposta à minha pergunta.

—Eu estou bem. Mas preferia estar no hospital. -suspirei. -Devia ser eu no lugar da Sofia.

—Não seja parva. E ela vai ficar bem.

—Até parece que você é algum medico.

—Eu sou o Dr. Fluke. -deixei escapar uma risada (nada mais que isso) com o comentário de Luke.

Permaneci calada. Na minha cabeça passavam infinitos pensamentos mas nenhum era suficientemente bom para eu partilhar. Mas...eu partilhei mesmo assim.

—Eu estou perdidamente apaixonada Luke. -se arrependimento matasse eu estaria no inferno a esta hora.

Luke parecia curioso e espantando, tudo na mesma expressão. Sorri sem mostrar os dentes e bebi um pouco mais de coca-cola.

Esperei um bom tempo para pelo menos perceber se o rapaz iria responder à minha fala. A única coisa que recebi em troca foi um sorriso -que parecia verdadeiro- e uma boa dose de confusão.

Finalmente ele tinha descolado os lábios e eu preparei-me. Mesmo sem sabendo o porquê, tenho a estranha sensação que daquela boca pode sair ou algo fantástico  ou algo horrível para mim.

—Isso é bom...-ele olhou-me sorrindo mais uma vez. -Não é?

Não pude evitar largar uma risada leve.

—Depende muito da situação. -um nervoso miudinho foi me consumindo aos poucos e uma vontade de explicar o que sinto fez me morder o lábio.

—Eu acho que não. Ou é ou não é. -o mais velho disse e eu franzi o rosto. É um pouco estranho falar sobre amor  com Luke? Sim.

Sinto-me farta de coisas assim como o amor. Nunca na vida me deu algo em troca, mesmo depois de eu ter dado o possível por ele. O amor é uma treta. E eu não tenho nada a perder.

—Eu não teria tanta certeza. -existia apenas um pouco de líquido no meu copo, o que fez aquele barulho familiar quando a palhinha tentou sugar algo que não havia mais nele. Levantei-me e senti Luke olhar-me com uma certa estranheza. -Eu gosto de você e é horrível. -sorri fraco. -Vou tentar dormir um pouco antes de amanhecer. Obrigado pela cola-cola. -não tirei o sorriso dos lábios mas não tive a coragem precisa para o olhar. Ele deve achar que eu sou mais uma iludida.

Mas é isso que eu sou.

Sai da cafetaria, seguindo depois para o quarto do hotel. A primeira coisa que fiz foi deitar-me na cama, e também foi a ultima coisa que fiz antes de adormecer.

POV ASHTON

Já tinha passado um dia.

Um dia que pareceu uma data de anos, pelo menos para mim.

Depois de uma manhã -que me pareceu quase tão longa quanto o dia de ontem- de gravações de uma nova musica fui o mais depressa que pude para o hospital.

A proximidade que fui ganhando com a Sofia nas ultimas semanas é algo que não consigo explicar.  Foi tão simples e repentino quanto um estalar de dedos.

Acho que o motivo é claro. Parecemos ter os mesmos gostos desde aquele dia em Paris, o dia em que nos conhecemos. O dia em que ela me pediu um queijo.

Na altura achei aquilo cómico mas agora...Agora tudo o que me faz lembrar dela, faz-me lembrar daquele acidente estúpido.

Se eu não tivesse estado naquele lugar, ela estaria a sorrir de novo. Porque raios foi ela atravessar aquela estrada?

Suspirei numa tentativa de ganhar coragem para entrar naquele quarto do hospital. Tudo o que eu queria era vê-la acordada, o mínimo que eu pedia era que ela ainda estivesse la.

Quando finalmente abri a porta, avistei uma figura ajoelhada aos pés da cama onde Sofia permanecia quieta. Tão quieta que me inquietava.

—Os médicos disseram que se falar um pouco ia ficar tudo bem. Que talvez você me pudesse ouvir e assim ter forças para acordar. -reconheci a voz de Sara seguida por um suspiro. -Por isso prepara-se...

Talvez o meu lugar não era naquele local naquele momento. Talvez ouvir o que Sara tinha para dizer significava que eu era um pouco curioso.

Que se dane.

—Eu e o Luke beijamos-nos. -suspirou. -Nem sei porque lhee escondi isso...sou uma idiota.

—Você e o Luke beijaram-se? -quando percebi que eu tinha realmente falado tapei a boca. A mais nova olhava para mim assustada e eu desejei fugir dali.

—Você e o Luke? -uma voz nova tinha aparecido. Uma faisca acendeu dentro de mim e pude sorrir automaticamente.

—Sofia? Foste tu? -Sara olhava para a menina deitada na cama que resmungava alguma coisa enquanto se espreguiçava.

—Fiquem aqui. Eu vou dizer ao doutor que você acordou. -falei saindo rapidamente.

 *

—Médicos de uma ova. Se ela acordou porque não podemos falar com ela?

—Devem estar a fazer uns exames, apenas isso. -Calum disse.

Era estranho ver os membros da banda todos reunidos por  causa de uma trabalhadora do Staff, mas era engraçado também.

Nada podia dar errado agora. Sofia tinha finalmente acordado. Era uma questão de minutos até eu poder voltar a vê-la. Acho que nunca estive tão ansioso na minha vida.

Um enfermeiro caminhou até nos com um sorriso nos lábios que me fez questionar se aqueles dentes eram reais.

—Algum de vocês é parente da Sofia?

—Eu sou a amiga. A mãe dela estava de férias em outro pais mas em breve chegará a Londres.

—Hmm...estranho. Você é maior de idade?

—Não... -a mais nova disse cabisbaixa.

—So acompanhada por um adulto é que pode entrar e ver Sofia.

—Mas eu ja a vi antes. -Sara disse um pouco irritada.

—Deve ter ocorrido um erro.

—Eu sou o namorado da paciente e sou maior de idade. -disse descruzando os braços. -Agora diga-me onde posso encontrar Sofia.

O senhor não falou mais nada, deixando o caminho livre a mim e a Sara.

—Com que então namorado da paciente? -Sara sorriu-me de canto.

—Com que então você e o Luke? -ri e ela ficou mais vermelha que o antigo cabelo de Michael. -Eu sei que você é a melhor amiga dela e assim mas...Acha que posso vê-la primeiro?

—Que conversa é essa?

—Eu quero dizer-lhe uma coisa importante.

—Tudo bem. -bufou. -Mas não demore. -a rapariga falou empurrando-me para dentro do quarto, fechando depois a porta.

Dei um oi para a pessoa que estava na cama sorridente.

—Sofia. -não sei o que me deu na altura, mas tudo o que eu via parecia estar embaciado. -Não sabe o susto que nos pregou. Eu pensei que você ia...Eu nunca tive tanto medo de perder uma pessoa como eu tive ontem. -Talvez eu esteja a chorar. -E Eu sei que isto é repentino e que você acabou de acordar. -esfreguei o rosto numa tentativa de me acalmar. Respirei fundo. -Eu te amo.


O sorriso que estava antes estampado em Sofia tinha desaparecido e isso assustou-me.

—Mas quem é você -ela parecia confusa.

Isso não pode ser real. Não depois de ontem.

—Sou o Ashton...o Ashton Irwin...você se lmebra não é?

—Não estou a ver...você é aquele meu primo do estrangeiro?

—Não...-eu não aguento mais.

—Eu estou a brincar Ashton.- ela sorriu. -Devia ter visto a sua cara. -ela ria e eu fiquei mais confuso. Olhou-me ainda sorrindo. -Eu nunca me poderia esquecer de você.


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Notas finais do capítulo

E é com um capitulo enorme que me despeço de vocês e.e
Poucos capítulos até ao fim gente ;-;
I LOVE YOU ALL
KISSES



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