The mine word: Fire Gates. escrita por gurozu


Capítulo 35
Capítulo 33: A procura.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo bem? Trazendo aqui o capítulo. Bora lê?



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A manhã começou fria e dura. Meus olhos foram banhados pelo ar da última fria noite logo após abri-los. Meu braço direito se encontra sobre Pompo, enquanto o esquerdo se encontra dormente debaixo de seu corpo. Gisele dorme da forma menos elegante quando possível, por cima das cobertas, com uma perna sobre o corpo da Pompo, um braço dobrado sobre sua cabeça e com seu braço ferido apoiado sobre o peito, com uma fina linha de baba caindo de sua boca até o travesseiro.

—Eu mereço... –Pensei. –Será que o Alex acorda assim todo dia?

O idiota sempre foi um cara preocupado, sempre perguntado coisas como: “Tem alguma garota na faculdade?” ou “O que vai fazer da vida, Steve?”. Chega a ser hilário lembrar disso. O que ele havia falado sobre a minha viagem? Acho que disse que era idiotice cruzar o país sozinho. E não é que o idiota realmente tinha razão?

Visão do Steve: Passado.

—Não é culpa minha se a Rachel, o Jack, o Zack e a Jessye não puderam ir de última hora, Alex.

—Não interessa, Steve! É idiotice cruzar o país sozinho.

—Eu sei, eu sei... Mas é uma oportunidade única! Imagina! Eu ir ao Grand Canyon! Seria incrível.

—Depois não diga que não avisei. –Disse Alex com a mão sobre a testa. –Apenas... Ligue quando chegar lá.

—Pode deixar. A viagem é só amanhã. Vou ligar, mandar e-mail, pombo-correio, e tudo mais que puder imaginar. –Coloco a mão sobre seu ombro. –Relaxa, mano, eu vou ficar bem.

Visão do Steve: Presente.

Não posso reclamar da minha atual situação, mas não aguento o fato do idiota sempre estar certo até nos últimos momentos.

Puxei meu braço bem calmamente até conseguir tira-lo de debaixo da Pompo. Senti um calafrio percorrer o membro adormecido conforme o sangue retornava a ele. Olho pro canto do quarto e vejo Adreu e Atie paradas, imóveis como estátuas.

Gisele ronca e chuta o ar com uma fúria que não gostaria de ver em uma luta, voltando a sua relaxada posição logo em seguida. Ela pode ser uma dama, querer vestir boas roupas, comer como uma princesa, mas tem a alma de uma pessoa relaxada e largada.

Sentei-me na cama, apoiando as costas na parede, e fico apenas olhando aquela cena e pensando no passado. Estou mais feliz agora do que em qualquer momento da minha vida.

—Já sei... Isso seria perfeito! –Digo em um tom mais alto do que gostaria. As duas continuam a dormir, mas um calafrio passou pela espinha.

Visão do Lhelt:

Acordamos cedo e fomos caminhar na neve que caíra noite passada antes que fosse removida pelos Golens de neve. Alguns já absorviam a neve e a despejavam no bosque a fora.

—Sente esse cheiro? –Pergunto.

—Cheiro de que?

—Do frio. O cheiro do frio não é magnífico?

—Acho que você continua bêbado.

Eu ri. –Talvez eu esteja.

Uma sombra se aproximou de nós e logo se revelou um rapaz de cabelos escuros e pele levemente bronzeada, trajando um casaco de pele de lobo-do-vento e a mesma calça de um estranho tecido azul. Steve parecia inquieto, talvez pelo frio.

—Bom dia, Steve.

—Bom dia. –Cumprimentou Ponko.

—Bom dia. Lhelt, a um ferreiro bom aqui?

—E isso aqui é uma fortaleza? É claro que a um. A forja fica atrás da torre leste. –Digo apontando para o lugar. –Quer alguma arma ou coisa do tipo?

—Não é bem isso... Depois eu falo. Até mais. –Disse ele saindo correndo.

—Seu genro é um cara engraçado. –Comento.

—Não começa, Lhelt. –Reclamou Ponko. –Não sei o que ele está tramando, mas posso garantir que tem a ver com a Pompo.

—Uhh... E como pode ter tanta certeza?

—Eu posso ver nos olhos dele. Aquele é o olhar que ele sempre faz quando fala da Pompo.

Visão do Skel:

—Ai! Cuidado, Hedyps!

—Desculpa, mas não é culpa minha se você não trocou o curativo desde aquele dia. –Ela disse e continuou a desenrolar as faixas.

—Tudo bem. Eu não quis ser rude, desculpa. Eu sou um inútil com esse braço quebrado.

—Você pode ser um inútil, mas é o meu inútil. –Ela sorri. –Precisa se animar, Skel. Precisa... Não sei... Se distrair. Você tem andado muito focado na administração da fortaleza ultimamente.

—Me distrair com o que?

—Não sei... –Ela termina de tirar as faixas. –Poderíamos tentar continuar o que não acabamos naquela tenta.

—Você diz para continuarmos com o desastre total? Acho que não consigo até que meu braço esteja bom.

—Vamos, Skel. A Pheal e o Sekka fazem igual coelhos e a Pompo está grávida. Não podemos desistir sem ao menos tentar.

—Não estou desistindo. É só... Um adiamento.

Ela passa o remédio sobre a pele machucada e começa a enrolar uma nova faixa. –Você está muito melhor agora do que antes. Se quiser adiar eu entendo, mas se estiver me evitando eu vou ficar muito triste com você.

—Olhe para mim, Hedyps. –Digo levantando seu queixo com minha outra mão. –Eu te amo. Posso não te amar como o Sekka ama a Pheal ou como o Steve ama a Pompo, mas eu te amo. E eu prometo que nós teremos a nossa noite.

—Acho bom mesmo. –Ela aperta as faixas e termina o curativo. Hedyps senta-se ao meu lado na cama e joga o corpo para trás, expondo o volume de seus seios. –Por que não chama a Kabi e faz alguma coisa com ela? Pompo me disse que a encontrou sozinha ontem no bosque.

—A Kabi adora lutar, contudo eu não seria um bom oponente para ele nesse meu estado atual. Precisava que alguém para treinar com ela.

Ela se inclina para frente e me olha com um sorriso no rosto. –Já sei quem pode ser essa pessoa.

Visão da Pheal:

Essa foi uma das melhores noites de sono que já tive. Fico sentada sobre a cama com a cabeça apoiada em meu joelho enquanto o Sekka esfrega uma de suas espadas. Ele fica tão fofo quando está concentrado em algo.

Estico minha outra perna e cutuco sua cabeça com a ponta do meu dedo. –Ei, larga essa espada e vem ficar com a sua mulher. –Disse em um tom manhoso.

—Elas estão largadas há muito tempo, Pheal. Se eu não fizer isso a lâmina pode enferrujar.

—Por que não fecha os olhos e finge que eu sou uma espada?

—Se você fosse uma espada eu nunca a levaria pra cama.

—Você é mau...

Sekka suspirou calmamente e largou sua espada sobre o tapete. Ele se virou, me encarando com olhos profundamente claros. –Se você fosse uma espada, primeiro eu a pegaria. –Ele puxa minhas pernas e as coloca lado a lado. Seu rosto está com uma expressão séria. –Então, eu levantaria levemente a bainha. –Disse ele. Sekka ergueu minha camisa até abaixo dos meus seios. –Aí eu testaria a maciez do aço. –Suas mãos se infiltraram por debaixo da camisa e começaram a apalpar meus seios.

—Ahh... –Suspirei. Aquilo era o que eu queria.

Sekka começou a afastar minhas pernas com o tronco e depois com os ombros. Deslizou suas mãos pela minha barriga e abaixou cuidadosamente a minha calcinha. –Então, finalmente, eu...

—Sekka, será que você não poderia...

—H-Hedyps?! –Gritei, me cobrindo com as mãos.

—D...Desculpa atrapalhar vocês! –Gritou ela ao bater a porta.

Aquilo havia sido muito constrangedor. –O-O que será que ela queria? –Perguntei.

—Não sei. Vamos continuar?

—Não. Coloca a camisa e vai atrás dela. Perdi a vontade.

—Tudo bem, então.

Sekka se vestiu e saiu a procura da Hedyps. Maldita Aranha! Logo quando eu consegui convencer ele a largas as malditas espadas!

Visão da Pompo:

Steve já havia sumido quando acordei. Onde ele pode ter ido? Perguntei ao meu pai e ele disse que o Steve havia perguntado algo sobre um ferreiro, mas nada encontrei quando fui lá.

—Onde você está, idiota? –Suspirei. Estava preocupada com ele. Ele costumava sumir assim quando ia treinar em segredo, mas isso foi há muito tempo. –Pra onde todo mundo foi? –Pensei. O pátio estava relativamente vazio e até os Golens não podiam ser vistos. Algo estava acontecendo. Será o Steve? Vou verificar.

Me aproximei de um dos guardas que vigiava a entrada. Sua armadura era branca com detalhes em cinza-prateado e uma fina camada de neve se encontrava sobre seus ombros. –O que quer? –Perguntou ele.

—Sabe pra onde foram todos?

—Ouvi dizer que um Creeper está lutando com um Golem de neve em algum lugar do bosque. Gostaria de ir assistir, mas não posso sair de meu posto.

—Obrigada. –Um Creeper. Se não sou eu só restam meu pai e o Sekka. Meu pai nunca Faria uma coisa dessas, restando apenas... –Sekka. –Disse aos tropeços enquanto corria pelo bosque. Sons de explosões começaram a ficar mais altos e com eles o som dos gritos da multidão. Cheguei ao lugar, uma enorme clareira com dezenas de espectadores assistindo o Sekka lutar com... Com a Kabi? O que está acontecendo?

—Pompo! –Gritou uma voz familiar no meio da multidão. A pessoa balançava os braços como quem quer espantar um inseto.

—Hedyps? O que faz aqui? –perguntei ao me aproximar. –Na verdade, o que ocorreu aqui?

—A Kabi andava meio pra baixo e o Sekka precisava praticar com suas espadas. Foram duas aranhas mortas com uma só pisada.

—Você viu o Steve? Ele tá aqui?

—Não. Encontramos com ele quando vínhamos pra cá. Disse que ia a biblioteca pesquisar sobre alguma coisa.

—Mas ele não sabe ler.

—Eu sei. Skel também achou isso estranho.

—O que aquele meu idiota está fazendo?

—Não quer ver a luta? A maioria apostou contra o Sekka, mas eu acho que ele pode ganhar.

—Deixa pra uma próxima. Vou procurar o Steve.

—Tudo bem.

Começo a fazer o caminho contrário de volta a fortaleza. Steve, o que você está tramando?

Visão da Gisele:

Pompo saiu do quarto logo após perceber que o Steve havia saído. Estava com fome, então, fui ao refeitório junto da Adreu e da Atie. Tudo estava bem. Eu tomava meu leite e comia meu pão com tamanha tranquilidade. O lugar estava vazio. Até mesmo os ajudantes de cozinha haviam sumido.

Um barulho ao meu lado me assustou. Um grosso livro despencou sobre a mesa. Sua capa era velha, feita de couro talvez. A pessoa se sentou ao meu lado, logo me fazendo perceber que se tratava do Steve.

—Gisele, você poderia me fazer um favor?

—O que foi?

—Poderia ler algumas páginas pra mim?

—Claro.

Peguei o grosso livro com dificuldade e o coloquei a minha frente. Fiquei de joelhos sobre o banco para poder ler melhor. A grande capa era, na verdade, de couro fervido e seu nome estava escrito com gotas de aço-de-gelo. “A língua antiga” era o que dizia. Por que o Steve queria saber dessa história?


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Notas finais do capítulo

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Ainda não sei bem o que fazer com ele, mas, se quiserem podemos nos seguir.
Até o próximo capítulo.