The mine word: Fire Gates. escrita por gurozu


Capítulo 25
Capítulo 24: Lagoa da pedra quente.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo bem? Voltando aqui com o capítulo. Não que eu não tenha mil coisas a falar, que se eu não dizer eu vou acabar explodindo de tanta ansiedade, então eu vou deixar nas notas finais, certo? Bora lê?



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Visão do Gafuku:

O templo do Sol, uma das únicas construções de pedra que existem na vila, é um lugar de grande importância religiosa pros Ghasts e pros Blazes, que são os seguidores dessa fé. O lugar é enfeitado com bastante vermelho e amarelo, além de peças de ouro e algumas de obsidiana.

Fomos recebidos aqui pelo Exsolis do templo, um senhor de idade avançada, que possui cabelos brancos com um tom prateado, olhos azuis claros e vestindo roupas de cerimônia adornadas com bastante cor vermelha e um pouco de amarelo.

Estamos sentados de joelhos sobre o tapete do templo, esperando que a oração do senhor termine. Kouko está impaciente, já não se aguenta ficar tanto tempo esperando alguém.

—Muito bem, oque os viajantes buscam na terra do fogo? –Perguntou ele com uma serenidade no olhar.

—Queremos pedir pelo auxilio de um de vocês pra curar a general do portão de fogo norte.

—Entendo. Lamento não poder ajudar vocês.

—Como é? Eu não fiquei aqui esse tempo todo pra receber uma resposta dessas! –Reclamou Kouko.

—Poderia ao menos nos dizer o motivo? –Perguntei.

—Venham comigo. –Ele estendeu as mãos pra que nos levantássemos e nos levou até a entrada do templo. –Estão vendo essas pessoas? Quase todas elas já foram escravas, inclusive eu. Eu trabalhei forçadamente durante quarenta anos em minas de Lucidiun no território dos Blazes, mas agora estamos todos livres.

A vista era realmente bela. Existia uma faixa de luzes que rodeava a lagoa, algumas tão longe que quase não dava pra ver. Pelas ruas, crianças corriam felizes, homens trabalhavam contentes e mulheres os acompanhavam depois do dia de trabalho. Era uma coisa que nunca havíamos visto dentro do regime militar que é a fortaleza do portão de fogo.

—Eu entendo oque quer dizer, mas eu imploro, a vida da general está em perigo e somente o craft de vocês é capaz de salva-la.

Ele coloca a mão direita sobre o meu ombro esquerdo e me olha nos olhos. –Filho, se sua líder for uma pessoa forte e digna de viver neste mundo, então o Sol irá mandar a resposta sem que vocês precisem pedir por ela.

—Está dizendo que eu devo deixar ela a própria sorte?! –Pergunto meio irritado.

—Não, é claro que não. Oque estou dizendo é que vocês devem deixar que a vontade de viver da sua líder seja forte o bastante para se manifestar no mundo material. Por que não fazem uma oração para ela e depois descansam da viajem que fizeram até aqui?

Decidimos aceitar a oferta dele por enquanto. Fizemos uma oração, muito embora não acreditássemos ou seguíssemos o seu deus, e saímos do templo pra contar aos outros oque havia acontecido.

Chegando lá, encontramos Pheal e Sekka transando como animais, oque, a primeira vista, foi chocante, tanto pra mim quanto pra Kouko.

—Vamos deixá-los a sós? –Sugeriu Kouko.

Eu apenas concordei com a ideia e ambos demos meia volta. Decidimos ver como eram as tão faladas “águas quentes de Guttusasu”. Dizem que toda a lagoa é, na verdade, uma enorme fonte termal natural, detentora de poderes milagrosos de cura. A primeira vista, parecia uma lagoa normal, mas a água era realmente quente como a de uma fonte e cristalina como uma jóia. Decidimos tirar as botas e nos sentar na fofa areia que ficava a margem da lagoa, com nossos pés mergulhados na água quente.

—Isso me lembra você. –Comentei com Kouko.

—Eu? Oque isso tem a ver comigo?

Eu me levanto e seguro suas mãos. –Ela é linda e misteriosa, dando medo no inicio, mas, quando se aproxima, percebe que ela é quente e doce, fazendo você se sentir bem perto dela.

—Isso é tão fofo, Gafuku.

—Estar aqui me lembra do dia em que nos casamos. Foi uma coisa simples, só entre amigos, mas, pra mim, foi um dos melhores dias da minha vida.

—Se acha que vai conseguir fazer oque aqueles dois estavam fazendo pode tirar o seu cavalinho da chuva.

—Por que não? Você sempre fica brava quando eu recuso.

—Isso é diferente, estamos em uma missão, não podemos transar enquanto a Rhoku morre de fome.

—Você ouviu oque o Exsolis disse, nós não vamos convencer ninguém a vir conosco. Talvez nós devêssemos voltar pra onde deixamos o Steve e os outros e tentar bolar outro plano.

—Que outro plano? Está pensando em ir até o Sul trás de um Ghast?

—Você fica tão linda quando está brava.

—Fico é...? Não muda de assunto!

—Parece que a vida de casado não é fácil.

Eu olho pro lado e ali está o Exsolis, parado e nos olhando. –Como chegou até aqui?

—Vim andando. –Esse homem me assusta. –As águas daqui são realmente aconchegantes, não são?

—São sim, parece que estou com os pés dentro de uma banheira de água quente. –Descreveu Kouko.

—Eu trouxe isso para vocês, talvez estejam com fome da viagem que fizeram. –Ele nos entrega um peixe embrulhado em algas. Ele é muito grande e tem uma coloração avermelhada bem forte. –São chamados de “Peixes do sol”, mas nós os chamamos de Tairis.

—Parece gostoso. Por que está nos dando isso? –Perguntei.

—É bom que os viajantes saibam das belezas dos lugares que eles visitam. Vocês não conseguem ver, mas essa lagoa é muito profunda. Dizem que um pedaço do sol caiu aqui um dia e, com o passar do tempo, a água foi se acumulando e formando a lagoa. Esses peixes são pescados aqui e somente aqui.

—Então esses peixes vivem nessa água quente? Incrível! –Exaltou Kouko.

—Se quiserem vocês podem retornar aqui algum dia e eu os ensinarei a preparar ele com perfeição. Não tem problema enfiar um espeto nele e colocá-lo na fogueira, mas não fica tão gostoso assim.

—Claro, eu adoro cozinhar. Assim que terminarmos a missão nós retornaremos aqui.

—Por falar na missão, por que você está sendo tão legal conosco, mas não nos ajuda com ela? Estamos desesperados.

Ele fica sério por um momento e então respira fundo. –Se vocês querem tanto um Ghast, então eu posso tentar ajudar vocês com uma informação.

—E oque fez você mudar de ideia tão rápido? –Perguntou Kouko.

—Eu tive uma visão, muito fogo e destruição, mas também havia uma única rosa prateada crescendo entre as chamas. Se encontrarem essa rosa, encontrarão oque procuram.

—Dá pra ser mais especifico?

—Bem, a rosa pode simbolizar um Ghast, ainda existem vários que são escravos em casas de nobre. Já o fogo... Só o Sol deve saber. Eu sou apenas um intermediário, eu apenas passo a palavra dele há vocês.

—O pai da Pompo não disse que existia uma casa de nobre entre a fortaleza e esse lugar? –Questionou Kouko.

—Sim, deve ser lá que encontraremos o Ghast. –Nós concordamos e corremos de volta até o acampamento. –Obrigado, senhor!

—Não há de que, meus jovens. –Gritou ele se despedindo.

Voltamos ao acampamento, Pheal e Sekka parecem ter acabado oque estavam fazendo e agora conversam em frente a uma fogueira. Nos aproximamos e nos juntamos a eles.

Visão da Pheal:

Depois que acabamos de transar, nós nos vestimos novamente e acendemos uma fogueira para nos esquentar. Meu coração ainda bate forte e eu ainda sinto o calor do momento no meu corpo. Eu me sento ao lado do Sekka e apoio minha cabeça em seu ombro, olhando para as chamas que crepitam lindamente.

—Aquilo foi ótimo. –Comentei.

—Também achei... –Ele está com uma cara fechada, parecendo que está pensando em algo. –Você não se arrepende?

—Eu nunca vou me arrepender disso.

—Mas e se você engravidar?

—Então eu terei um lindo filho de cabelos azuis e de pele escura, assim como o pai dele. Por quê? Você se arrepende?

—Se você não se arrepende então eu não tenho com oque me arrepender. –Ele passa o seu braço por cima do meu ombro e me abraça. –Ainda mais depois de experimentar uma mulher tão selvagem quanto você. –Disse ele me apertando um pouco.

—He he he... Miauuu...! –Eu tento imitar um gato, mas acabo assustando ele.

—Oque foi isso?

—Nada, esquece essa parte.

Nós rimos juntos durante um tempo. Ficamos contando piadas, conversando normalmente, parecendo que nada havia mudado ou acontecido entre nós, oque me deixava meio desapontada.

Gafuku e Kouko retornavam da vila, ainda bem que não voltaram antes, teria sido vergonhoso se alguém nos visse fazendo aquilo. Eles trouxeram um embrulho com peixe dentro, que não tardou a ir pra cima do fogo. –E então, conseguiram um Ghast? –Perguntou Sekka.

—Infelizmente não. As pessoas daqui não confiam muito em Whiters, mas nós recebemos uma informação sobre um que talvez aceite. –Respondeu Gafuku.

—Pelo menos conseguiram o jantar. Nós vamos agora? –Perguntou Pheal.

—Não, podemos esperar uma noite e comer sossegados. –Ele olha para a Kouko, talvez tenha rolado algo entre eles também. –Vamos levantar amanhã cedo e voltar até onde estão os outros e depois ir até a casa do nobre que o pai da Pompo falou.

—E oque nós faremos lá? –Perguntei.

—Pediremos um Ghast emprestado.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
Vocês podem não saber (ou até podem), mas esse mês, dia 23, é o aniversario de um ano do inicio do primeiro livro. Eu passei um tempo pensando no que fazer pra comemorar e então eu tive uma ideia que talvez agrade vocês: Eu vou lançar uma pequena fic spin-off nesse dia, contando uma importante história do universo de The mine word.
O spin-off vai se passar no antigo reino de Mortarya, que depois deu origem ao reino Zumbi. Contará a história de Sijôme, uma órfã que vive nas favelas da cidade, mas que é amiga do filho mais novo do rei, Guho. Será bem curta e contará com apenas dez capítulos ou menos, mas será um complemento da estória.
Sobre o mapa: Em teoria ele já está pronto, mas eu ainda vou mexer em algumas coisas antes de coloca-lo aqui. Talvez eu o coloque no prólogo do próximo livro (que não está tão distante) ou no final do livro atual, oque chegar primeiro.
Eai? Oque acharam da surpresa? Comentem oque acham e nos vemos no próximo capítulo.