The mine word: Fire Gates. escrita por gurozu


Capítulo 19
Capítulo 18: Proposta.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo bem? Não, eu não estou morto. Minha maquina do tempo quebrou e eu fiquei preso no período jurássico durante uma semana, mas isso é outra história. Voltando com o maior capítulo que já existiu ou existirá (será?), eu tentei compensar os outros dias fazendo o capítulo maior, então bora lê?



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Visão da Pheal: Passado.

—A-Aqui estão os livros! –Disse derrubando os livros sobre a mesa.

—Por que não trouxe um de cada vez? Seria mais fácil de carregar. –Disse meu pai.

—Você anda muito ocupado e eu não queria que ficasse esperando.

—Você é uma boa garota, Pheal. –Disse ele fazendo carinho em minha cabeça. –Agora vá se arrumar. Nós teremos visita.

—Quem vai vir aqui? –Perguntei meio surpresa.

—O Senhor Slen virá aqui para tomar chá e conversar um pouco. Ele disse que está ansioso para conhecê-la.

—Jura?!

—Juro.

—Eba! Eu vou colocar aquele vestido novo que o senhor me deu de aniversario.

Eu saí correndo em direção as escadarias e fui direto para o meu quarto. O Senhor Slen é o homem que governa a cidade e conhecê-lo seria uma enorme honra para uma garota como eu.

Abri meu armário e peguei o vestido. Ele era preto com babados de cor roxa e azul marinho, espalhados por todos os lados do vestido. Eu retirei a roupa que estava usando e coloquei o vestido. Procurei mais atrás no armário e peguei uma caixa onde estavam as minhas sapatilhas roxas, eu as coloquei e saí do quarto.

Eu desci as escadas, com cuidado para não tropeçar, e fui até o laboratório do papai. Ele continuava lendo seus livros em vez de se arrumar. –Não vai se arrumar, pai?

—Já vou! Já vou! Só preciso terminar isso aqui.

A campainha toca, indicando que alguém estava na porta.

—Deve ser ele. –Falei de modo sarcástico.

—Minha nossa! Vá abrir a porta para ele que eu vou me arrumar.

—Tudo bem.

Meu pai saiu correndo as pressas para o seu quarto. Eu fui até a porta e a abri. –Olá. Você deve ser a Pheal.

—Você é o Senhor Slen?

—Sou. Eu posso entrar?

—Claro que pode! Entre! –Disse meio animada.

—Com licença. –Ele limpou os pés no tapete e entrou na casa. Eu retirei seu casaco e seu chapéu e os guardei para ele enquanto ele se dirigia até a sala. –Onde está seu pai?

—Ele está se arrumando.

—Aquele homem nunca foi de se arrumar antes de uma visita. –Ele se curvou e me olhou de cima a baixo. –Então você é a Pheal? Eu ouvi falar de você.

—E-Eu também ouvi falar do Senhor.

—É uma menina que presta atenção nas coisas pelo jeito. De onde você é?

—Eu sou de um orfanato que fica nas periferias perto da parte noroeste da muralha, Senhor.

—Você gostava de lá?

—As crianças eram chatas. Ficavam dizendo que eu nunca poderia sair da cidade e conhecer o mundo.

—Então você quer sair da cidade? Alguma coisa aqui não lhe agrada?

—É muito pequeno. Nos livros do papai eu descobri que existe um mundo enoooorme lá fora. Eu quero conhecer ele todinho!

—Com certeza é um sonho que não se vê muito nas pessoas da sua idade. –Ele olhou para os lados. –Se você quiser eu posso dar um jeito de você sair.

—Verdade?!

—Sim, mas só quando for adulta. Quando crescer você pode se juntar a guarda da cidade e terá permissão para sair se desejar.

—Parece incrível!

—É uma promessa então? –Ele estendeu o mindinho para mim, sinalizando que era uma promessa séria.

—Sim, é uma promessa! –Disse segurando seu mindinho com o meu.

Visão da Pheal: Presente.

Não tenho certeza do que aconteceu ou onde estou. A minha cabeça está doendo e parece ter um curativo nela. Eu me levanto um pouco e percebo que o Sekka está em uma cama ao meu lado. Ele está com a cabeça e o peito enfaixados.

—Sekka...? Você está bem? –Pergunto, mas não recebo uma resposta.

Eu fico ali um tempo olhando para ele, sua pele escura e seus cabelos azuis claro... Ele é hipnotizante de tão lindo. Nunca olhei para alguém da forma como olho para o Sekka. Ele é gentil, embora seja meio cabeça dura às vezes, e diz não se importar com o fato de eu ser uma Enderman, embora suas ações mostrem o contrario. Talvez seja errado mesmo, um Creeper e uma Enderman? Isso nunca aconteceu antes. Talvez eu devesse desistir e voltar para casa, mas... Eu não quero deixá-lo. Oque será que o meu pai pensaria disso? Ele aprovaria? Ou sentiria nojo dele? Nunca saberei. Afinal...

Visão da Pheal: Passado.

Hoje é um dia triste. Slen está ao meu lado, usando um terno preto, e eu estou ao lado dele, usando um vestido totalmente preto. A nossa frente... Estava o caixão do meu pai.

Eu enfio o rosto na barriga do Slen e começo a chorar. –Não chore, ele não iria querer isso.

—Mas... Ele morreu!

—Eu sei. –Ele me abraça. –Eu sei...

Poucas pessoas compareceram ao enterro, a maior parte era de homens que queriam falar comigo sobre a herança dele. Depois do enterro o Slen me levou até em casa. Ela parecia tão grande e vazia sem o papai por lá.

—Eu vou ter que voltar ao orfanato?

—Não, o seu pai preparou tudo antes de morrer. Essa casa e tudo que era dele agora é seu por direito.

—Entendo...

Eu estava tão deprimida que não conseguia pensar em outra coisa que não fosse o meu pai. –Você poderia contratar uma empregada para lhe ajudar. Eu posso emprestar uma das minhas se você desejar.

—É muita gentileza, mas eu preciso ficar sozinha um pouco.

—Se é assim. Eu venho visitá-la amanhã.

Ele foi embora e eu permaneci no mesmo lugar, tentando segurar o choro. As lagrimas começaram a sair de pouco em pouco e eu comecei a chorar antes de perceber. O chão ficou molhado e minhas roupas ficaram sujas.

—E-Eu vou tomar um banho... –Eu retirei as roupas ali na sala mesmo e fui caminhando nua até a banheira. Preparei a água e me lavei de forma robótica e sem dizer nada, coloquei um pijama e fui para a cama. –Você prometeu que nunca iria me abandonar...

Visão da Pheal: Presente.

Eu consegui forças para me aproximar mais do Sekka. Nossos rostos estão tão perto que eu posso sentir a sua respiração. Àquela hora... Ele me salvou, certo? Quando o pai da Rhoku tentou arrancar as minhas asas.

—Eu preciso agradecê-lo quando você acordar... Ou talvez... –Eu olho atentamente para ter certeza de que ele não vai acordar. –... Eu lhe agradeça agora...

Eu aproximei meu rosto calmamente para perto do seu até que nossos lábios se tocaram. A sensação era eletrizante e eu sentia o meu coração acelerar pouco a pouco. Eu não queria forçar nada, então apenas fiz isso e voltei para a minha cama. Até hoje eu não acredito que tive coragem de fazer isso.

Visão do Sekka:

Eu estava planejando assustar a Pheal me fingindo de desmaiado, mas oque ela fez acabou me assustando mais ainda. Quando seus lábios encostaram nos meus, eu tive que me conter pra não abrir os olhos ou expressar reações exageradas, e no final acabou dando certo e ela voltou pra cama.

Eu esperei algum tempo e depois fingi que estava acordando. –Pheal?

—Sekka? Sekka! –Ela saltou da sua cama pra minha e me abraçou com tanta força que eu pensei que fosse morrer.

—Calma! Se não eu vou desmaiar de novo.

—Desculpa, eh he he... –Ela estava vermelha.

—Você está bem?

—Minha cabeça dói um pouco.

—A minha também. –Nós ficamos calados por um segundo olhando um pro outro. –O-obrigado... Por me salvar naquela hora.

—Eu não podia deixar ele arrancar as suas asas depois do trabalho que deu pra você colocá-las pra fora.

—Nem me lembra daquele dia.

—E como está?

—Oque?

—A sua cicatriz. Eu posso ver? –Ela colocou os braços sobre os seus peitos e me olho com cara de desconfiada. –Eu prometo que não vou olhar mais do que o necessário.

Ela ficou apreensiva por um instante, mas depois se virou e tirou a blusa, revelando a enorme cicatriz em suas costas. Embora eu tivesse prometido, eu não fui capaz de não reparar nas curvas do seu corpo, no quanto a sua pele era macia e no quanto seus cabelos eram bonitos. –Como está? –perguntou ela meio envergonhada.

—Eu não sou médico, mas, pelo menos, eu sei que não está infeccionado. Você precisa lavar isso.

—Eu sei. Acabei não tendo tempo de ir até a fonte que a Rhoku me falou.

—Aquela coisa de nós irmos juntos ainda está de pé? –Perguntei pra provocar.

—Aquilo foi uma brincadeira!

—Eu sei! Eu sei! Desculpa! –Eu ri um pouco e logo ela começou a rir também. –Er... Então... Vamos procurar o resto do pessoal?

—Você consegue andar?

—Eu não seria homem se deixasse uma coisinha dessas me abater.

Eu me levantei e me esforcei ao máximo pra ficar de pé. Pegamos algumas coisas e saímos da tenda pra procurar o restante do pessoal.

Visão do Steve:

—Você... Pode repetir?

—Eu acho que eu estou grávida.

—Eu preciso me sentar... –Eu cambaleio um pouco e encontro um lugar pra sentar. –Como isso foi acontecer?

—Eu acho que você sabe como isso aconteceu.

—Eu sei, mas... Eu não esperava.

Ela se aproximou e se sentou ao meu lado. –Está tudo bem, Steve. –Ela agarrou a minha mão e colocou sobre a sua barriga. –Você não consegue imaginar o nosso filho?

—Eu imagino o seu pai explodindo a minha cabeça quando descobrir.

—Deixa de ser idiota! O meu pai não faria isso... Eu acho.

Eu olho pra ela com uma cara de seriedade e ela faz a mesma cara boba de sempre. –Não que eu não esteja feliz com isso, mas com oque estamos passando agora...

—Vamos dar um jeito! –Ela fez a expressão mais seria que eu já vi em seu rosto. –Eu vou destruir qualquer um que ficar no nosso caminho!

—E eu vou te ajudar.

Nós nos beijamos e encostamos nossas testas uma na outra. –Vai dar tudo certo.

—Ei pessoal, vocês... Oque houve aqui? –Perguntou Skel entrando na tenda.

—A Pompo vomitou um pouco, mas não é nada de mais.

—Tudo bem então. A Rhoku quer falar com a gente.

—Já estamos indo.

Ele sai da tenda e eu me levanto junto da Pompo. –Como assim a minha gravidez não é “nada de mais”?! –Perguntou ela meio brava.

—Fala mais alto, eu acho que o seu pai não ouviu. –Ela cruza os braços. –Vamos manter segredo por enquanto até confirmarmos essa história.

—Por mim tudo bem.

Nós saímos da nossa tenda e fomos até a tenda onde a Rhoku estava sendo tratada. Ao chegar lá nós encontramos a ela deitada em um tipo de “maca” com o corpo da Hiffe ainda ao seu lado. Seu braço direito estava apenas osso, mas, por algum motivo assustador, ela ainda conseguia move-lo normalmente. O restante do pessoal estava esperando por nós, incluindo a Hedyps.

—Parece que vocês conseguiram, né? –Disse Rhoku com um tom meio de piada. –Mas, falando sério, eu queria agradecer vocês.

—Não precisa tanto. Você nos ajudou e nós retribuímos o favor. –Disse.

—Ele está certo. Nós ajudamos você e isso já é o bastante. –Disse Skel.

—Vocês me ajudaram muito. Eu sei que não estou em condições de pedir isso, mas... –Ela se forçou a erguer o corpo pra ficar sentada na cama. Ela juntou as duas mãos e abaixou a cabeça. –Eu imploro...! Me ajudem uma última vez! –Sua voz estava instável e ela parecia triste ou, até mesmo, com medo.

—Oque você precisa? –Perguntei.

Ela puxou a sua blusa até abaixo do seu peito. –Estão vendo isso? Quando o meu pai me atravessou com a espada ele partiu o meu estômago. Se fosse só isso estaria tudo bem, mas eu acabei por destruir oque restava dele quando liberei o meu craft. É uma questão de dias até eu morrer de fome. –Todos ficaram em silêncio. Pensar que a Rhoku iria morrer desse jeito era uma coisa pesada de engolir de primeira. –Mas existe uma chance. –Todos ergueram a cabeça de surpresa. –Existe uma raça que possui um craft de cura, os Ghasts. Se vocês conseguissem trazer um até aqui ele seria capaz de recuperar o meu estômago.

—Isso parece milagroso demais. –Comentou Sekka.

—Eu aceito! –Falei dando um passo pra frente. –Você nos ajudou e esse é o mínimo que podemos fazer por você.

—Não, Steve!

—Pompo?

—Nós não precisamos fazer isso! Você a ouviu dizer, a nossa divida com ela está paga! Vamos apenas voltar pra casa.

—Ela tem razão, Steve. Eu não ia dizer isso agora, mas já que a Pompo comentou... Nós não vamos com vocês. –Disse Skel.

—Oque? Por quê? –Perguntei.

—Eu não posso mais usar um arco enquanto o meu braço está quebrado e não quero mais meter a Hedyps nesse tipo de situação. Eu vou levar parte do exército, buscar a irmã da Hedyps na antiga cidade delas e depois nós vamos nos casar na fortaleza do meu avô.

—Desejo felicidades a vocês. –Falou Rhoku.

—Será uma pena ficar sem você. Eu só poderia ter uma conversa de homem com o Steve. –Falou Sekka.

—Você vai sobreviver. –Falou Skel rindo.

Duas pessoas entram na tenda, um homem e uma mulher. Eles estão usando armaduras de Whiter sem capacetes, oque revela que os mesmo também são Whiters.

—Nós queremos falar com a senhora. –Disse a mulher se ajoelhando.

—Por favor, nos deixe ajudá-la. –Disse o homem fazendo o mesmo. –Queremos servi-la, Senhora Rhoku, assim como servimos a capitã Hiffe.

—Quais são seus nomes?

—Eu me chamo Gafuku e ela se chama Kouko, Senhora. Nós servíamos no esquadrão da capitã... Ex-capitã Hiffe.

—Ouvimos que você precisava de pessoas para uma expedição. –Falou Kouko. –Nós queremos ajudar a pessoa que a nossa capitã tanto admirava e amava.

Rhoku olha pra mim. –Você vai aceitar?

Eu olhei pra Pompo e ela estava com uma cara de “se aceitar você já sabe oque eu vou fazer!” e isso me deixava indeciso. A tensão aumentava e eu precisava dizer alguma coisa.

—Nós não percorremos todo esse caminho até aqui pra ficar arriscando as nossas vidas em algo que não temos certeza se vai dar certo. Tudo oque fiz, ou foi por mim, pela Pompo ou pelo restante dos meus companheiros, e a Rhoku é uma de nós! Ela nos salvou e ficou conosco durante esse tempo que ficamos quase que isolados dentro das cavernas e, se isso não é razão para considerá-la nossa companheira, então eu não sei oque é.

Pheal da um passo pra frente. –Eu fui envidada para ajudá-los na missão de coletar o Lucidiun e devo permanecer ao lado de vocês até que retornem a cidade dos Endermans. Eu ri, chorei, brinquei e briguei muito com vocês e essas são memórias que eu vou guardas para sempre. –Ela olha repentinamente pro Sekka. –Eu vou ficar ao lado de vocês até o fim.

Sekka parecia meio envergonhado, mas tomou a frente também. –Eu estou aqui pra derrotar a Pompo em um duelo justo! Eu não posso voltar pra casa antes que isso aconteça. Claro que eu me diverti e... Experimentei coisas que nunca imaginei que faria na vida e, assim como a Pheal, isso irá me marcar para o resto da vida. É claro que eu vou com vocês.

Nós três olhamos pra Pompo, que estava de cara emburrada no seu canto até agora. –Eu não quero ir!

—Pompo... –Tento convencê-la.

—Você sabe muito bem oque estamos arriscando. –Ela coloca a mão em sua barriga. –Eu não quero que nada nos separe novamente, Steve. Eu... Quero ficar junto de você.

Eu coloco minhas mãos sobre os seus ombros. –Eu prometo que, assim que tudo acabar, nós vamos voltar pra fazenda dos seus pais e construir a nossa vida lá. Mas antes, eu preciso que você me apóie em momentos como esse.

—Eu vou com vocês então. –Nós nos abraçamos. –Mas, se você não cumprir a promessa...

—Você vai me explodir, certo?

—Eu te ensinei bem.

—Está decidido então? –Perguntou Rhoku.

—Sim, nós vamos te ajudar.

—Eu vou mandar que preparem cavalos para vocês partirem ao amanhecer.

—Nós agradecemos a hospitalidade nesta última noite, Rhoku. –Disse Skel se curvando e empurrando a cabeça da Hedyps pra que ela se curvasse também.

—Eu lhes dei uma escolha, não posso reclamar de terem escolhido oque acharam certo.

Nós saímos da tenda pra que ela pudesse descansar ou fazer outra coisa. Voltamos para a nossa tenda junto da Kouko e do Gafuku e nos sentamos pra arrumar as nossas coisas.

Visão do Skel:

Eu sei que estou deixando de lado os meus companheiros que tanto me ajudaram, mas, nas minhas atuais condições, eu não sou capaz de disparar uma flecha. Eu serei mais útil cuidando da Hedyps e da sua Irmã por enquanto.

—Eu terminei de arrumar tudo. Não era tanta coisa no fim das contas. –Disse Hedyps.

—Deixe tudo separado para que possamos partir amanhã de manhã.

Ela coloca tudo junto e se senta ao meu lado. –Você preparou o “lugar”?

—Eu pedi para o comandante preparar uma tenda afastada do acampamento para nós usarmos.

—Estou ansiosa. –Ela me olha. –Você parece nervoso. Será que eu te deixei excitado?

—O-Oque?! Eu estou perfeitamente bem!

—Eu acredito, mas... –Ela se aproxima quase caindo sobre mim. –... Será que você não ficará nervoso quando começarmos? –Falou ela de uma forma provocante.

—V-Vamos esperar até chegar a hora.

—Se você insiste. Você não acha que o Sekka e a Pheal estão muito próximos ultimamente?

—Também reparei, mas não deve ser nada.

—Ou talvez eles estejam em algum tipo de relacionamento proibido e não querem nos contar.

—Você enxerga coisas onde elas não existem.

—Se você diz. Vamos nos juntar a eles.

—Vamos.

Fomos até o canto onde Steve e Pompo estavam conversando com a Kouko e com o Gafuku.

—Terminaram de arrumar as coisas? –Perguntou Steve.

—Se chama isso de arrumar.

—Senta ai. –Nós nos sentamos. –Bem, eu sei que já se conhecem, mas esses são Gafuku e Kouko.

—Oi. –Respondeu Gafuku.

—Olá. –Disse Kouko.

—Estávamos discutindo por onde deveríamos começar a procurar por um Ghast.

—Eu havia dado uma olhada em uns livros que a Rhoku me emprestou. Eles diziam que os Ghasts são um povo nômade, mas que possuem duas cidades principais, uma no Norte e uma no Sul.

—Você lembra onde eram essas cidades? –Perguntou Gafuku.

—Eu teria que olhar no livro novamente, mas eu o deixei na casa.

—Eu posso ir lá buscar.

—Eu vou com você. –Disse Steve.

—Não vou deixar! –Reclamou Pompo.

—É só um instante. Ele vai se perder se eu não o ajudar.

—Se você demorar eu vou explodir a montanha inteira atrás de você.

—Não duvido disso. Como é esse livro?

—Ele é um livro grosso de capa marrom bem escuro. Eu o deixei no meu quarto.

—Certo. Nós já voltamos.

Eles saíram e nós ficamos conversando.

Visão do Steve:

Demoramos uns vinte minutos pra chegar a casa. Parece que faz séculos desde que saímos daqui, mas foi há poucos dias atrás. Entramos no quarto que o Skel estava usando e o reviramos um pouco até acharmos o livro, que era pesado e indecifrável pra mim.

—Perfeito. Vamos levar ele de volta pro Skel.

—Espera.

—Oque foi, Gafuku?

—Eu queria perguntar já a algum tempo... A Pompo está grávida?

—QUE!!! C-C-Como você de-descobriu?!?!

—Na hora que ela disse que você tinha mais a proteger eu reparei que ela colocou a mão sobre a barriga. Foi um palpite, mas parece que eu acertei.

—Você contou pra mais alguém?

—Não, mas talvez a Kouko tenha percebido também.

—Depois você diz a ela pra manter segredo do restante do pessoal por enquanto.

—Por quê? Não confia neles?

—Não é isso. Eu só não quero que eles se preocupem demais.

—Seu segredo está guardado comigo.

—Valeu.

Retornamos até o acampamento e a Pompo parecia furiosa comigo. –Você demorou!

—Eu fui o mais rápido que pude.

—Da próxima vez você deveria ir ainda mais rápido do que pode.

—Aqui está o livro. –Disse Gafuku entregando o livro ao Skel.

—Pode ser meio difícil de segurar desse jeito. Você pode colocá-lo aqui no chão para mim? –Gafuku posicionou o livro no chão e todos formaram uma roda ao redor do livro. Skel o abriu e começou a procurar a página que falava dos Ghasts. –É aqui. Lagoa Guttusasu ou, também chamada de, “Lagoa da pedra quente”.

—É muito longe? –Perguntou Pompo.

—Talvez vocês levem uns dois dias se forem a cavalo e não descansarem muito.

—A gente da conta. –Digo.

—Tem certeza? A Rhoku pode morrer antes disso.

—Precisamos arriscar. Ela confiou na gente.

—Vocês vão precisar disso. –Skel arranca a página do livro em que estava o mapa da região.

—Valeu, cara. –Eu seguro o mapa na mão e o aperto de leve. –Vamos fazer isso!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
Como esse capítulo acabou saindo mais atrasado do que eu previ então no sábado eu não irei postar o próximo capítulo e na quarta eu volto com o ritmo normal, tudo bem?
Até o próximo capítulo.