my blue neighbourhood escrita por ohmyhulk
Notas iniciais do capítulo
Primeiramente, queria pedir desculpas. Esse capítulo era para ter saído ontem. Mas a titia está passando por uma coisa chamada "Gripe", que deixou ela de cama, totalmente medicada. Dormi mais que Deus permite por causa dos remédios, e não postei ontem. Mas o capítulo ta aqui hj, e semana que vem volta a ser segunda.
Agr, chega de papo. Espero que gostem!
*erratas do capítulo já foram corrigidos, e do capítulo anterior também!
A terra caia sobre o caixão. Judy chorava copiosamente, balbuciando porquês. Finn tinha o filho nos braços. Ele tentava se manter forte. Tinha que ser forte.
Os olhos verdes e o cabelo claro só faziam com que a memória dela voltasse a sua cabeça. Ela era tão linda. Ele nunca mais conseguiria entrar em casa. Seu escritório era um lugar inabitável. O sangue pelas paredes, o seu corpo jogado no chão. Balançou a cabeça, espantando a memória, e secou a lágrima que insistiu em cair do seu olho.
Rachel estava imóvel. Ela estava morta. A realidade era difícil. Seus olhos inchados estavam escondidos por detrás dos grandes óculos de sol, mas aquilo não a impedia de ver a realidade. O caixão fechado deixava a clara.
Quinn Fabray se fora.
A mão de Santana tocou seu ombro. As pessoas começaram a se movimentar ao seu redor, mas ela estava imóvel. A terra continuava a ser jogada em cima do casco de madeira.
— Você não tem culpa disso... – a latina falou, apertando o local, de certa forma tentando lhe consolar – A gravidez dela foi difícil. Não tinha modo nenhum de imaginarmos que ela faria isso consigo mesma.
Claro que não tinha. Quinn não faria aquilo. Quinn amava a vida. A Quinn que eu conhecia tinha tantos sonhos.
Rachel manteve os pensamentos para si. Porque aquela que estava a dois metros de distância não era a mulher que ela amou.
Sem dizer nada, andou até o viúvo, deixando seus olhos cairem sobre o menino que ele tinha nos braços.
— Eu... - ela abriu a boca, mas sua voz embargada não lhe deixou terminar.
— Eu sei Rachel. – Finn respondeu – Você sente muito. Todos sentem.
— Se eu soubesse... – o garoto esticou seus bracinhos, agarrando as pontas de seu cabelo, e ela não fez menção nenhuma para atrapalha-lo.
— Não é como se fosse mudar algo Rachel. – ele falou, ajeitando o cabelo do filho – Nenhum médico conseguiu diagnosticar a depressão pós-parto. Ela estava sempre sorrindo. Sempre feliz. E um dia...
A mudança de expressão dele disse tudo.
— Eu que tenho que dizer que sinto muito. – ele enfiou a mão livre dentro do blazer, e dois envelopes estavam na sua mão – Eu.... Talvez... – ele procura a melhor forma de dizer – Você escreveu para ela. Eu fiquei preocupado, com ciúmes. Talvez se eu tivesse deixado ela ler, as coisas seriam diferentes.
Rachel olhou o conteúdo na mão dele. Um dos envelopes não era seu.
— Eu acho justo, já que ela não pode ler em vida, que pelo menos isso fique com ela em repouso. – ele completou. A morena assentiu.
Eles não disseram adeus um para o outro. Uma troca de olhares amigável seria o termo mais correto para explicar o ocorrido. Finn se virou, indo em direção a senhora Fabray, que tomou o neto nos braços, o abraçando sem comedimento.
Rachel voltou a olhar para as cartas que tinha nas mãos. Dando dois passos até alcançar o buraco, deixou a que tinha escrito cair, indo de encontro ao caixão.
Sem muitos problemas, pegou também outra carta, uma que estava na sua bolsa. Essa era recente. Foi a forma que ela havia conseguido lidar com aquilo. Escreveu um adeus para Quinn no momento que soube da sua partida. Deixou esta tomar o mesmo destino que a primeira.
A última carta tinha um envelope bonito. Virou-a. A letra da loira era inconfundível. Estava escrito: “Rachel”.
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Eai?? Mereço lágrimas?
Pontinhos já estão se encaixando? A carta que Rachel escreveu para se despedir é a do capítulo 3.
Eu espero que gostem. Comentários são sempre bem vindos.
Até o próximo, bjões, ohmyhulk.