Românticos Incuráveis escrita por Marina Lupin, The Marauders
— O que você acha?
— Sobre o que?
— Sobre isso.
— Isso o que?
Tessa franziu o cenho em direção ao marido ao seu lado, com o livro ainda estendido em sua direção.
— O que você acha sobre o livro, Willian. Esse trecho, especificamente. — a feiticeira rolou os olhos para a implicância do companheiro, acompanhando o sorriso no canto dos lábios do moreno, e focando em seguida nas reações de Will enquanto lia o livro em questão.
— Acho romântico ao extremo. Meio previsível. — comentou sorrindo diante da esposa. —Delicado como uma pétala de rosa. Ah, o sacrifício da morte sangrenta e devota.
— É irreal, inconstante. — reclamou ela com um meio sorriso. — Ela é uma vilã ou uma mocinha? Estava tentando protegê-lo ou apenas querendo se livrar de seus próprios tormentos?
— Os dois, penso eu. Nos dois casos. — sorriu Will. — Desde quando você se preocupa com o que é real ou não?
— Desde que as atitudes da personagem principal não condizem com a história.
— Ah, Amélia Landrut é uma jovem. Uma jovem previsivelmente indecisa, insegura. Ela o não sabe o que e certo, então ela mete os pés pelas mãos. Tão inconsistente quanto qualquer jovem do seu tempo apaixonada por um tirano.
— Não sei. — continuou Tessa, em um tom mais leve. — Minhas experiências com tirano não me renderam tantas discordâncias.
Willian sorriu para a mulher a sua frente, como da primeira vez. Já estavam a anos do dia em que se conhecera e ele ainda continuava a admirando tanto quando a vez em que a menina atacara seu salvador com um jarro Will se apaixonava cada vez mais por Tessa e não parecia que um dia esse amor atingiria algum limite, ou acabaria. Os dois eram um só coração.
— Mas seu tirano é alguém muito mais charmoso, bonito, intrigante e adorável que o pobre Benedict. — sorriu enquanto aproximava-se por cima da mesa. — Não sou comparável a nada.
Tessa capturou os lábios do marido entre os seus. Nunca deixava de se surpreender com a ânsia que sentia por seus beijos, assim como o casal de uma sacada certa noite. Que se passassem 50 anos, os lábios de Will sempre lhe causaria aquela inquietação a aquiesceria por dentro.
Água benta e sangue ou levemente adocicados como agora, os beijos de Will sempre seriam uma das maravilhas do mundo para Tessa.
Se separaram com sorrisos idênticos de paixão.
— Você é apenas um romântico incurável, senhor Herondale. — brincou Tessa, admirando o rosto do marido com a ponta dos dedos.
— Assim como você, senhora Herondale. — Will tomou a mão de Tessa entre a sua e beijou a ponta do nariz da esposa, afastando-se. — O que acha de fazermos uma visita a Amsterdã como Amélia e Benedict?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram? Eu sempre achei que tivemos poucas cenas românticas e fofas nos livros dos casais, todo meu lado romântico gritou lá pelos capítulos finais de Princesa Mecânica, e pelos extras da vida.