Sem Compromisso escrita por British


Capítulo 31
O dia de Sasuke




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Dia 23 de julho, sábado, às 20h00

Sasuke passou o dia inteiro de seu aniversário triste. Itachi tinha ligado, seus pais também, mas lhe faltava algo ou melhor alguém. Passar esse dia longe de Sakura era algo que estava lhe matando. Konan prometeu a Sasuke que o levaria para beber, afogar as mágoas. Desde que a melhor amiga da médica tinha se tornado sua chefe, o moreno tinha ganhado uma confidente. Fora que, de quebra, sempre sabia alguma coisa sobre a vida e rotina de sua doutora.

Entretanto, as últimas novidades não tinham sido nada animadoras. Konan havia lhe contado o que Sasori aprontou e ele se perguntava o que o ruivo queria com isso. Como ele conseguiria o amor de Sakura provando que estava surtado de novo? Ele não entendia as verdadeiras intenções do ruivo. Só pensava que ainda teria de aguentar mais alguns meses. Foi quando a campainha da quitinete tocou e era Konan.

— Parabéns, Sasuke! Que você seja abençoado com uma vida próspera e muito amor! – Disse Konan, enquanto o abraçava.

— Obrigado, Konan! Desejo o dobro para você! Aonde nós vamos mesmo hoje?

— Ah... se eu te contar estraga a surpresa! – Falou sorrindo.

Durante o caminho, Konan não disse uma só palavra. Ao invés de um bar, ela me levou até sua casa.

— É aqui você mora? – Perguntou curioso.

— É! E minha surpresa tá lá dentro! Vem! Você vai amar! – Ela disse sorrindo e o puxou.

Quando Konan abriu a porta, Sasuke quase caiu para trás. Sakura estava lá. Segurava um presente na mão e atrás dela tinha uma mesa repleta de coisas deliciosas. O antigo casal ficou mudo, então Konan desatou a tagarelar.

— Queridos amigos, atenção! Espero que se divirtam verdadeiramente hoje! Não pensem no amanhã, nos problemas e etc. eu só volto amanhã, então aproveitem a festa! Beijos! Fui! – Konan fechou a porta e então deixou Sasuke e Sakura sozinhos.

— Ela é louca... eu sei! – Disse Sakura sorrindo timidamente, enquanto o Uchiha ainda descobria como reagir.

— Para falar a verdade, eu adorei o que ela fez. – Sasuke abraçou Sakura e assim que se afastaram, ela entregou o presente.

— Espero que use isto no seu emprego novo!

Sasuke pegou o presente, o abriu e sorriu ao ver que era um uniforme de chefe de cozinha com o seu nome bordado.

— Eu ainda não sou chef, mas obrigado.

— Mas será Sasuke. Não é só o uniforme que é o meu presente.

— Não? Tem mais alguma coisa?

— Sim, um curso técnico de dois anos em gastronomia. Você pode evoluir, aprimorar o que já sabe. Konan me ajudou a conseguir uma bolsa pra você na faculdade dela.

— Sakura, obrigado! – Ele a abraçou de novo e eles acabaram se beijando.

Sasuke nem percebeu seu ato. Ele agiu por impulso. Aproveitaram aquele beijo o máximo que puderam. Ao reparar que não tinha refreado seus desejos, Sasuke se entregou a aquele único beijo. Sabia que não podia ter feito aquilo, mas já que havia errado iria saboreá-la por uma última vez. Quando se separaram, ele se desculpou.

— Desculpe. Não devia ter feito isso. – Disse enquanto se afastava.

— Você me ama, Sasuke! Eu sinto isso, então por que me afastar dessa forma?

— Estou confuso.

— Exatamente com o que?

Sasuke não sabia colo responder a ela. Hesitou antes de dar alguma resposta, afinal precisava ser convincente. Sasori ferraria com o futuro de Itachi se ele não conseguisse cumprir o trato. Então, decidiu omitir seu motivo, mas ainda sim dando uma razão para que Sakura não insistisse naquela relação por enquanto.

— Nosso relacionamento ficou sério demais. Você me chamou para morar com você! Sakura, eu não quero casar agora. Você estava me sufocando. Você fala tanto que o Sasori lhe perseguia, mas eu tenho me sentido da mesma forma com você. Preciso de um tempo pra mim.

— Eu pensei que você gostasse de estar comigo.

— Gostava. Olha, me dá um tempo? Só te peço isso! Quando eu tiver pensado em tudo a gente pode voltar a falar disso, mas até lá eu quero que a gente fique afastado.

— Tudo bem. Eu não queria te incomodar. – Falou triste.

— Eu adorei te ver hoje. Foi muito especial tudo. O que você e a Konan armaram. Sei que deve ter dedo do Itachi nisso também.

— Foi trabalho de equipe. – Ela tentou esboçar um sorriso.

— Eu agradeço. Você tirou um tempo na sua vida tão ocupada pra mim. Sei que não está sendo fácil pra você. Tanto a nossa separação quanto a tentativa de suicídio do seu ex.

— Ah, Konan te contou sobre Sasori?

— Sim, ela dividiu comigo que se preocupa com você.

— O Sasori é desiquilibrado, mas ele não faria mal pra mim.

— Como tem tanta certeza? Ele te bateu. Fiquei muito preocupado quando soube que ele tinha tentado se matar.

— Agradeço sua preocupação, Sasuke. Mas eu sei me cuidar. Sasori está tendo um tratamento apropriado lá no hospital. Quando sair, talvez precise da minha ajuda ou da minha tia. Ainda estou decidindo o que vou fazer.

— Ele não tem um parente que possa tomar conta dele?

— O Gaara mataria o Sasori se pudesse. Seria perigoso eles ficarem juntos.

— E pra você não é?

— Sasori respeita minha tia e acho que ele está de fato arrependido de ter me batido. Acho que essa lição ele aprendeu.

— Você voltaria pra ele?

— Claro que não, Sasuke!

Ao ouvir aquilo, Sasuke respirou aliviado. Ela havia acabado de tirar um peso sobre seus ombros.

— Sakura, vamos comer? A Konan preparou tantas coisas pra gente. Deveriamos aproveitar! – Disse se aproximando da mesa e já comendo alguma coisa.

— Na verdade, ela tinha pensado em outra forma da gente aproveitar. – Sakura disse já vermelha como um tomate e Sasuke se engasgou.

— Se a gente fizesse sexo agora, você ia se magoar depois. – Ele falou fitando-a diretamente.

— Você não vai mesmo mudar de ideia sobre nós?

— Não posso. Eu realmente preciso desse tempo. Quero muito que você entenda. – Disse acariciando o rosto dela.

— Ok. Acho melhor a gente ligar e falar pra Konan voltar. – Disse se afastando dele.

— Você liga. Eu já vou, Sakura! – Sasuke beijou a maçã do rosto da rosada que ficou decepcionada com a reação de Sasuke. Por um momento, acreditou que eles pudessem voltar, mas no segundo seguinte ele já repetia o mesmo discurso sobre precisar de um tempo. Será que ela era tão grudenta com ele como Sasori era com ela? Ter ouvido isso da boca de Sasuke fez com que a médica repensasse a forma como tratara Sasori nos últimos dias. Será quele estava se sentindo tão mal quanto ela agora que havia sido dispensada por Sasuke?

 

[...]

 

Konan estava num bar na esquina de sua casa quando viu Sasuke sair do prédio. Alguma coisa tinha dado errado. Em seguida, seu telefone tocou e Sakura a pediu para voltar.

— O que houve? – Perguntou Konan.

— Ele não quis ficar. – Falou desapontada.

— Não rolou nada? Eu preparei tudo para que vocês se reconciliassem! Quer merda de cupida eu sou... – Indignou-se Konan.

— Rolou um beijo e . Ele afirma que precisa de um tempo. Insinuou que eu o sufoco como Sasori faz comigo, acredita?

— Caralho! As coisas estão piores do que eu pensava...

— Melhor dar espaço a ele, mas não se sinta mal Konan. Ele gostou da surpresa! Inclusive, amou o presente.

— Bem, depois eu conto pro Itachi sobre isso. Ele tava apostando que vocês reatavam hoje também!

— Vocês têm se falado muito né?

— Ele me liga todo santo dia, acredita? Seja para falar sobre nada ou perguntar como está o Sasuke.

— Rola um clima entre vocês, não rola?

— Ah, sei lá... Mas me diz uma coisa... e o Sasori?

— Vai ter alta nos próximos dias.

— E o que ele vai fazer?

— Ele não pode ficar morando sozinho. Eu ou a minha tia vamos acolhê-lo por um tempo, até o tratamento terminar.

— Por favor, não bota ele na sua casa! Pede pra sua tia cuidar dele!

— Também acho irracional ficar com ele em casa. Vou falar com ela. É que também não queria jogar meus problemas em cima dela.

— Sasori não é problema seu. Não mais.

— Ainda sinto como se fosse.

 

[...]

 

Quando Sasuke chegou em casa, guardou seu presente. Depois se jogou do sofá e ficou pensando em Sakura. Ela ainda persistia neles e isso era bom. Ter ouvido que ela não quer Sasori de volta tinha sido melhor ainda. Assim confiava que esse pesadelo poderia acabar logo e sem grandes estragos. Acreditar nisso foi o melhor presente de aniversário que poderia ganhar na vida.


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