A cura da dor escrita por Alisson zuka
Hora 12:00
A última aula foi de português, falei para Eduardo e Gustavo na sala que enfim tomei coragem para falar com Kathleen, ficaram sem acreditar e não pararam de ficar falando que ia à sala do lado falar com ela que foi a coisa mais difícil que já fiz em minha vida.
Estou à procura de Kathleen, quero acompanha-la até sua casa, espero que ela não se sinta incomodada.
Olhe ela ali em caminho a sua casa. Ela está um pouco distante, não irei correr atrás dela, isso faria entrar em um nervosismo e quando chegar perto dela e estaria transpirando muito. Estou a 300 metros longe dela, já a próxima esquina é a casa dela. Acho melhor falar com ela só amanhã, já perdi o ônibus escolar.Na próxima rua eu irei pegar um ônibus normal!
Já vejo o ponto de ônibus, queria tanto poder ir falar com ela, mas infelizmente ela já esta a poucos metros de sua casa, a única coisa que me resta fazer é olha-la.
Algo está estranho, ela simplesmente não foi para sua casa, acho melhor segui-la. Eu sei que estou errado em segui-la, mas preciso saber o que ela gosta de fazer além de ler e ficar sozinha.
Ela esta indo em direção ao Hotel Michelangelo. Esse nome do hotel foi dado de homenagem ao grande pintor Michelangelo, mas devido à crise econômica que ocorreu em 2014 o proprietário veio a falir e acabou perdendo seu imóvel para o banco, desde dai o hotel nunca mais foi vendido e acabou ficando abandonado e com paredes rachadas.
Ela tirou uma lanterna da bolsa, junto com seu ipod e o livro que estava lendo no intervalo e entrou. E agora o que eu faço? Preciso entrar, quero espiona-la um pouco, sei que é errado, mas não consigo evitar.
Pego o celular do bolso e ligo a lanterna e vou à mesma direção que ela foi, encontro um buraco sendo cobridor por muito capim, aquele capim provavelmente estaria ali á muito tempo. Entro e me deparo com a escuridão comendo tudo, com a lanterna do celular ilumino uma pequena parte, mas já não encontro Kathleen, eu tenho que ter muito cuidado com esse hotel, contém 8º andares e está em péssimas condições, sem esquecer que possa me perder e encontrar escorpiões e cobras e Deus sabe mais o que possa ter ali.
Estou no quarto andar e ainda não a encontro, está muito difícil me locomover com tanto entulho deixado pelo o proprietário quando veio à falência. Preciso encontra-la o mais rápido possível, a última vez que eu entrei em um lugar abandonado foi com Gustavo e Eduardo, quando formos comemorar meu aniversario, formos para um shopping abandonado e subimos ate o terraço foi tudo mais calmo do que está neste lugar, estou sozinho e caso tiver algum sem teto poderá estranhar minha presença. Já me encontro no 7º andar e nada de Kathleen.
Será que onde ela está? Sinto-me preocupado, será que aconteceu algo com ela? Acho melhor grita-la!
— Kaaaaathleen, Kaaaaaaathleeen.
—Kaaaaaaathleeen, Kaaaaaaathlen.
Estou á 10 minutos gritando, minha voz começou a falhar, já não tenho mais força pra continuar gritando, acho melhor ir embora.
— Oliver? O que está fazendo aqui? – Diz Kathleen
— Me perdoa, fiquei preocupado contigo!
— Estava me seguindo? –Diz ela
E agora? O que faço?! Tá muito estranho eu segui-la sem algum motivo importante tenho que inventar algo!
— Bem, eu queria te entregar o livro a morte e a vida de Charlie, lembra que falou se eu poderia te emprestar? Enfim, chegando à rua de sua casa eu vi que tu foste a outro caminho e fui atrás, me desculpe!
— Obrigado Oliver, por um momento eu achava que estava me espionando- Diz ela com um sorriso bobo no rosto!
— O que faz nesse lugar?
— Me siga Oliver– Diz ela.
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