Um amor não correspondido escrita por KayMine


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oiiieee peoples do meu ❤
Queria agradecer, como sempre, seus comentários motivadores e maravilhosos. Sem vocês, eu não seria nada!
Milhões de bjs de Chantilly com uva :-D



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POV PRISCILA

— Então é isso! – explicou o médico. Minha vó apertou a minha mão e alisou meus cabelos, enquanto que meu avô terminava de falar com o médico.

— Você ouviu bem né Priscila? – meu avô me encarou seriamente.

“Vocês não veem que eu não pareço uma bola gigante? Foi por isso que o Joaquim me descartou!” pensei, apertando meus olhos com força. Tento enxugar uma lágrima traiçoeira que escorreu, em vão, pois logo outras se formaram.

— Você tem que se alimentar bem! – o médico me dirigiu a palavra – O soro que aplicamos em suas veias está restaurando parte de seu distúrbio alimentar. Porém, a sua alimentação também é essencial. Ainda bem que pegamos sua Anorexia no princípio.

“Conta outra!” virei os olhos “Anorexia? Não é doença a gente querer emagrecer!” pensei frustrada e triste.

— Tudo bem, doutor! – abri um sorriso falso – Irei me cuidar!

— Ótimo! – ele assentiu com a cabeça – Se me derem licença! – então ele saiu.

— Oh minha netinha! – vovó se aproximou pra dá um beijo em minha testa, mais eu me afastei.

— Por favor, quero que saíam!

— Mais Priscila...

— Saíam! – interrompi friamente vovó, que me fitou triste. – Ah! – tornei a pronunciar, quando estavam prestes a saírem – Peço que não contem nada a Safira. Ela não merece saber!

Vovó assentiu com a cabeça, enquanto que seu Fortunato me olhava sério e um pouco triste.

Suspirei quando eles saíram.

Virei pro lado, e afundei minha cabeça no travesseiro, tentando controlar às lágrimas desesperadas. Tentei abafar o choro incontrolável, mais fora em vão.

Eu estava despedaçada. Meu coração havia se quebrado como um leve caco de vidro.

Era assim que eu estava: como um caco de vidro. Daqueles que não tem conserto. É só mais um sendo jogado no lixo, como uma coisa sem valor. Sem nenhuma importância...

Porque fizera isso comigo Joaquim?

— Sabe o coração... – comecei a murmurar, entre às lágrimas – Pode estar completamente enganado. E o tal Príncipe Encantado, pode ser o garoto errado. – nas palavras, crescia uma triste e fina melodia.

          Eu acho que enfim... Eu sabia ao certo oque compor.

Era o significado da minha tristeza!

POV JOAQUIM

— A febre do meu irmão abaixou, Alicia? – ouvi Júlia perguntar, com a voz preocupada.

— Sim, graças a Deus! – senti Alicia sorrir e um suspiro aliviado vindo da minha irmã.

Eu estava do lado oposto da porta, com vários cobertores por cima de mim. Minha cabeça ainda doía, mais menos do que antes. Mais em compensação meu corpo havia ganhado intensas dores, oque dificultava na hora de me mexer.

— Seu Fortunato acabou de me ligar. – escutei a voz do Vicente se aproximando da porta – A Priscila está bem!

Sorri sem perceber ao ouvir aquilo. Era claro que eu me preocupava com ela, ainda mais sabendo que eu tinha meia culpa naquilo.

— E o Joaquim? Como ele está? – questionou Vicente.

— Melhorando! – respondeu-lhe Júlia – Acho melhor sairmos.

Alguns segundos depois, escuto a porta sendo fechada.

Muita coisa tinha acontecido em um só dia. Eu havia ido pra casa da Priscila. Conheci um lado seu que eu desconhecia. Eu me declarei e BEIJEI a Manu, depois a Priscila desmaia, e eu fico doente.

Com esses pensamentos, sinto o sono chegando. Fecho às pálpebras e adormeço.

......

Pisco os olhos algumas vezes, e livro-me das cobertas. Meu corpo transpirava muito, e havia suor pelos cobertores, além do meu pijama está pegajoso ao corpo.

Pego a toalha na minha cabeceira e só aí percebo que meus irmãos não estão na cama. Dirijo meu olhar ao relógio na parede, e vejo que são 10:00. Escuto um barulho vindo da cozinha, e rapidamente me dirijo até lá.

— Tia Alicia? – eu questiono surpreso, ao vê-la agachada, recolhendo talheres e copos que havia derrubado.

— Aí Joaquim, me desculpa por ter te acordado! – ela colocou tudo no balcão – Está melhor? – e olhou-me pra mim, com um fitar carinhoso.

— Tô mais... – eu pronuncio meio confuso – Cadê meus irmãos?

— Estão na escola, ué! – ela deu de ombros e voltou a ajeitar a cozinha – Resolvi deixar você faltar, já que não estava se sentindo bem. Te preparei uma sopa, já que não comeu nada ontem. Tome um banho, coma e depois descanse. Quem sabe assim você pode estar desposto até a hora de ir pra gravadora. Se não, cama! – Tia Alicia tagarelava sem parar.

Às vezes sentia falta disso.

Aproximei-me de Tia Alicia e a envolvi no abraço. Ela pareceu surpresa no início, mais logo retribuiu, tendo que ficar nas pontas dos pés pra me alcançar.

— Obrigado! – agradeci e me afastei.

Fui pro banheiro e tomei um banho demorado, atrás de tirar todo o suor do meu corpo. Quando terminei, envolvi meu corpo na toalha e voltei ao quarto.

Vesti minhas peças íntimas, e coloquei uma calça rasgada nos joelhos. Uma regata preta, com uma frase de uma banda. Peguei um casaco cinza, listrado com roxo, e amarrei na minha cintura, além do meu inseparável gorro, que eu optei por usar azul daquela vez. Coloquei minhas pulseiras com spikes e calcei minha bota preta.

Ajeitei o topete do meu cabelo, o firmando com o meu gel. Encarei-me no espelho e vi que não estava nada mal.

— Tudo pronto, Tia Alicia. – voltei a sala, e sentei-me na mesa, que já se encontrava a sopa.

— É pra comer tudo, tá bom? – ela beijou minha bochecha – Vou dá um pulinho rápido no meu apartamento, mais volto já. – ela saiu do meu campo de visão e só escutei a porta sendo fechada.

Com algumas colheradas, acabei com a sopa!

Deitei-me no sofá, com a cabeça apoiada em umas das minhas mãos atrás da cabeça. Enquanto que a outra, eu utilizava para mexer no meu celular.

Abri no Instagram e vi mais de quinhentas notificações. Franzi o cenho e ergui uma sobrancelha.

“JoscilaSempre curtiu a foto do casal Joscila”

Li aquilo com os olhos arregalados. Rapidamente apertei, levando a foto que eu e Priscila cantávamos “Pra vê se cola” no ensaio.

O fotógrafo fez o favor de aumentar a proporção na foto, pois meu rosto estava quase colocado com o da Priscila.

— Que droga! – bati a mão na testa, e afundei no sofá, enquanto que resmungava.

Deixei o celular de lado, e procurei descansar, como a Tia Alicia pediu. Mais meus pensamentos voltaram a me perturbar.

Eu amava a Manuela! Disso eu tenho muita certeza. Mais é tantas coisas que nos impedem de ficar juntos. Aí eu penso se o pior obstáculos somos nós mesmos.

E um deles é a Priscila. Eu tenho um certo carinho por ela e sei que ela gosta de mim, e não quero magoa-la. Mais também não quero viver a base de uma mentira tão desonesta como essa!

Eu suspiro e passo a encarar o teto, até que me canso e me levanto do sofá.

Saio do apartamento e tranco a porta de chave, pois meus irmãos voltariam daqui há uma hora, então não havia risco de eles chegarem e o apartamento estiver fechado.

Enfio a mão no bolso da calça jeans, e o único barulho que eu ouço é das minhas botas movimentando-se pelo chão. O apartamento de manhã sempre fica deserto.

Tive o desprazer de encontrar a Dona Meire na portaria, pois o Dinho cursava a faculdade pela manhã e trabalhava como porteiro a tarde.

— Poderia abrir, dona Meire? – ergui uma sobrancelha e a fitei sem nenhuma emoção.

— Vai aonde? – falou no seu tom carrancudo de sempre – E porque você não foi pra escola?

— Acho que isso é só desrespeito a mim, não acha? – encarei-a, de modo interrogativo. – Poderia abrir, por favor?

Ela bufou e resmungou algo que eu não entendi, por fim abrindo o portão.

— Obrigado. – sou irônico, e saio definitivamente do prédio.

Atravesso a rua, e começo a andar sem nenhum destino exato. Só queria esfriar a cabeça, pois esses pensamentos estão me deixando maluco.

— AÍ! – escuto um grito do outro lado da rua, interrompendo meus devaneios.

— SEU MAL EDUCADO! – a pessoa tornou a gritar. Vi uma garota recolher seus pertences do chão, enquanto que um garoto saía caminhando em sua frente, gargalhando em deboche.

Suspirei, e voltei a atravessar a rua.

— Está tudo bem aí? – agachei-me no chão, recolhendo suas últimas coisas.

— Está tudo bem sim e... – ela virou o rosto pra mim. Seus olhos ao tom de chocolate se arregalaram repentinamente – JOAQUIM DA.... – tampei sua boca, interrompendo-a.

— Sim, sim, sou eu! – cochichei – É melhor irmos para um lugar reservado, não? – sorri, e tirei minha mão da sua boca.

— Conheço um ótimo café aqui perto! A propósito, meu nome é Chloé. – e sorriu, fixando seus olhos em mim.


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Notas finais do capítulo

Gentee, sei que os capítulos estão ficando muito pequenos, é que a escola tá sendo muito puxada, é as opções que eu tenho é: ou escrever pouco, ou não escrever nada!

A Chloé? Como assim??? Psee gente, eu disse que as coisas iriam esquentar U-U

2bj de chantilly com morango❤ até mais...



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