Sim, seu melhor "amigo" escrita por Yas Keehl


Capítulo 4
Louco(a) de ciumes!


Notas iniciais do capítulo

Gente
Kazemaru

No
Instituto
IMPERIAL!!!
Saiu hoje o novo capítulo do Outer Code (Serie curta falando das paralelidades *?* do novo IE Ares no Tenbin, e MANO! Kazemaru tá no Instituto Imperial!!! E ELE TÁ MUITO GATO, AAAAAH ♥ Eeee em comemoração disso, eu resolvi postar um novo capítulo dessa fic que... eutinhaesquecidoqueexistia >.> ~pedrada~
O cap tava pronto desde outubro do ano passado, mas eu esqueci totalmente ç_ç NÃO ME MATEM! Enfim! Chega de enrolar, espero que gostem ♥



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 - Nossa, o papo deve tá muito bom, heim... 

  De longe se via que os dois riam muito enquanto conversavam, o Matsuno só disse isso pra me irritar ainda mais. Será que 5 pessoas são muitas testemunhas, caso eu mate o Handa agora mesmo? 

— Segura a minha bolsa. -Praticamente taquei a bolsa na cara dele e fui na direção dos dois com aquela expressão de "Ou eu mato ou eu morro".

— Mexe no meu cabelo de novo e você fica sem o braço, lindinho. -Ela piscou pra ele, eu até ficaria feliz com a agressividade nessa frase, mas ela chamou ele de LINDINHO! AARGH! Que raiva! 

— Ok, ok, foi mal. -Se desculpou rindo sem graça, pena que agora ele iria morrer. 

— E aê, Handa! Como você tá?! -Agarrei seu pescoço com o braço, ia dar um mata leão nele já, já. 

— E a-aê cara... Tá me machucando, Kaz-z-emaru... 

— Oi? 

— Tá me machucando! -Bateu com força no meu braço, nossa, doeu. Ele vai ver só. O soltei e o olhei com um ódio que nem eu sabia que tinha por ele. 

— Bom dia, Kaze! Você nem me esperou, seu maldito! 

— Ah, eu pensei que você não ia demorar pra vir hoje... 

—... É. -Ela deu de ombros fazendo aquela carinha pensativa que ela sempre faz depois de se conformar, eu sorri feito um idiota com aquilo. 

— Eu posso falar com o Handa rapidinho? Ou a conversa de vocês não pode esperar? -Se algum deles disser que eu devo esperar pra falar com ele, eu vou fazer um barraco aqui nessa escola! 

— Não, pode ir, eu tenho que ir pra sala. Até daqui a pouco, Handa! 

— Até! -Acenamos para ela até que se afastasse totalmente, quando não dava mais para vê-la no corredor, eu o agarrei de novo pelo pescoço e o arrastei para o portão do pátio. 

— Aaai! Kazemaru, tá me machucando! 

— O único direito que você tem aqui é ficar calado, então cala a boca! 

— Mas...! -Max estava nos esperando com uma corda, Handa se assustou e tentou fugir, mas eu o belisquei no braço e ele se aquietou.

— Max, vambora! 

— Opa, tô bem atrás de você, parceiro! 

— O que vocês vão fazer comigo?! Socor...! 

— Shhh, calado! -Tapei sua boca e fomos até o galpão onde os materiais de limpeza eram deixados. Empurrei ele para a parede e o encurralei ali com a ajuda do Max ao chegarmos, era um lugar vazio e escondido, e o melhor de tudo: não tinham testemunhas! - Fala logo o que você quer com ela!

—... É o que?! -Respondeu o moreno confuso. 

— Não se faça de idiota, desembucha! 

— Cara, do que você tá falando?! 

— Max, agora! 

  Ao comando de Ichirouta, Matsuno apontou para seu rosto um balde cheio de minhocas. Iscas para pesca que o inspetor usava no lago para o almoço dele, quando estava a fim de comer algo... diferente. Handa se assustou, mas não tentou fugir, deu um grito fino até demais para a voz grossa que ele tinha e fechou os olhos, começando a falar. 

— E-eu não estava dando em cima dela, se é isso que você tá pensando! 

— Hum... Eu não acredito em você. -Kazemaru retrucou ríspido e suavemente sádico. 

— É sério! Ela disse umas coisas sobre o cabelo dela estar bagunçado e eu só mexi nele pra provocar, não passou disso! 
Shinishi abriu os olhos dessa vez e mostrou verdade e convicção no que falava, ele não estava mentindo.

—... -Kazemaru o soltou olhando-o minuciosamente pelo canto do olho, qualquer movimento em falso e ele o prenderia de novo. 

— Qual o problema de vocês dois, heim?! Que saco... -Ajeitou as roupas amassadas e a franja jogada para cima. 

— Foi mal, Handa. É que o Kazemaru tá doente de amor. -Max riu.

— Cala essa boca, Max! 

— Como é que é a história aí? Kkk. 

— Ahh... -Ichirouta revirou os olhos e afastou-se dos dois. 

— Ele tá apaixonado pela dona Atsuki.

— Tá é? Vish... 

— Por que o "Vish"? -O azulado retornou ainda mais sério do que ele costumava ser, parou a frente do moreno deixando os braços cruzados a espera de uma resposta de Handa. 

— Não tem nada pior do que se apaixonar por uma amiga... 

— Viu Matsuno? Até ele sabe como isso é ruim! 
   Kaze deu meia volta e se afastou dos dois como se estivesse chorando, mas era só encenação. Max olhou para Handa como se o parabenizase por ter dito algo que ele não deveria. 

— Ué, nem todo mundo consegue vencer a friendoze, Max, nem sei porquê vocé tá me olhando assim. 

— É porque isso não é da sua conta! 

— Eu tô na pior e vocês vão brigar? Nossa, que ótimos amigos eu tenho... Quer dizer, só o Max, você não é meu amigo, Handa. 

— Caramba, eu já falei que não fiz nada e não quero nada com ela! 

— Ei, ei, ei! -Matsuno se meteu entre os dois, puxando o braço de Kazemaru e segurando em seu rosto quando este se virou e o olhou. -Você já se esqueceu do que aconteceu ontem?! Você ainda tem uma chance, você não pode desistir! Vai cara, vai em frente! -O sacudiu brutamente, desarrumando um pouco seu rabo de cavalo.

— Nossa Max... De onde será que eu já ouvi isso? 

— GOOOL! Beleza, marquei mais um! 

   O grito vindo do campo de rúgbi fez os três procurarem atônitos o lugar de onde aquilo tinha surgido, uma bola de futebol rolava na direção de Max, parando um pouco mais distante dele, e correndo energicamente de encontro a ela apareceu um garoto de faixa laranja e um sorriso estupidamente grande no rosto. Sua felicidade ao olhar para ela era impressionante. 

— Endo! -Handa gritou animado por ver o amigo.

— Oi Handa! Cara, o que você tá fazendo aí? Temos que treinar, o Someoka tá te procurando! 

— Droga, o Someoka! Eu esqueci totalmente dele! Tchau gente! -Correu de volta para o campo passando como um furacão ao lado do goleiro, que já tomava a bola nos pés e a chutava de volta para seu destino anterior. 

— Ei, Endo! 

— Hm?... Kazemaru! E aí?! -Gritou Mamoru de longe acenando para o azulado. 

— Tudo bem?! -Gritou Kazemaru de volta. 

— Sim! Tá afim de jogar um pouco?! 

— Agora não dá! Fica pra próxima! 

— Tá bom, eu vou cobrar! 

— Beleza! -Riu Ichirouta. 

—... Doidinho... -Max balbuciou. 

— Ele é. Doidinho por futebol, mas ele é muito legal. Já conversou com ele? -Voltou a caminhar ao lado do garoto de touca, depois de esperar Endo sumir de sua vista. 

— Nunca... Mas ele parece mesmo ser.

— E é. 

~*~

 "Decisões difíceis são necessárias na vida. Alguém precisa ser corajoso o suficiente para tomar a frente de uma situação, e escolher entre tantas opções o que será o certo para o seu futuro, sem afetar ou prejudicar o presente. A coragem é uma virtude que poucos possuem, e a vontade de mudar está quase extinta na humanidade..."

   Ahhh... Aula de Sociologia é um porre, mas pela primeira vez na vida eu estou me identificando com o que está sendo explicado. "Coragem", "mudanças", "decisões difíceis"... Essa história toda de gostar da Yasmin está acabando com o meu psicológico. Pra mim ela precisa ficar 24 horas por dia ao meu lado! Sem falar com outros caras, sem olhar para outros caras! Passar perto do Haruka no intervalo? Nem em sonho! Ela estava só conversando com o Handa, um colega dela, e eu quase joguei minhocas na cabeça dele! Sem falar nas paranoias que eu tenho de imaginar o que ela faz na sala dela, com quem ela conversa, se ela é paquerada, se ela paquera alguém... Isso é ridículo! Eu não posso coloca-la dentro de um pote de vidro e esconde-la de todos os homens da Terra! Eu não me importava em estar apaixonado, até descobrir o que eu sentia, e isso é tudo culpa do Matsuno... -Olhou lenta e mortiferamente para o amigo sentado dessa vez ao seu lado, olhando quase babando para a educadora da matéria, a mulher por quem ele tinha uma queda no mínimo gigante. - Eu nunca ia perceber mesmo e tudo ficaria bem... Eu preciso tomar uma decisão difícil pelo nosso próprio bem. Ter coragem e enfrentar isso de uma vez, fazer as coisas voltarem a ser como antes, fazer ela ser só a minha melhor amiga... Que droga, como eu faço isso?!! 

~*~

— O Handa me disse que você ficou com ciúmes da gente naquela hora...

—... -HANDA, SEU FILHO DA MÃAAAAE! - Por que eu sentiria ciúmes de vocês? Eu heim...  

  Já a caminho de suas casas no inicio da tarde, conversando e passando pelas calçadas calmas de Inazuma... 

— Ele falou que, como estamos na mesma sala em todas as aulas, você ficou com medo que ele te substituísse como meu melhor amigo. -Humpf! O que?! Quem ele pensa que é? Acha mesmo que ELE vai tomar o MEU lugar?! Ha! Hahahaha essa é boa! -Kazemaru? Que sorriso é esse? –

 Droga, ela viu meu sorriso do mal!

— Que sorriso? Kkk ha-ham! ... Enfim, isso não é verdade, não fiquei com ciúmes não.

— Entendi... 

  Estávamos chegando a casa dela, o lugar onde mudávamos de caminho e eu entrava em um beco pra cortar caminho e ir embora. Mas eu queria conversar mais, sobre qualquer coisa, e ela estava quieta, eu não sabia o que dizer. 

— Desculpa por hoje. -Desculpas? Pelo o que? 

— Por quê? 

— Fiz você sentir ciúmes de novo, foi mal.

— Kkk eu já falei que não senti ciúmes! -Passamos por baixo de uma arvore e ela virou o rosto para o lado do muro de uma casa, e eu não pude ver que expressão ela tinha naquele momento. Ao sairmos, o sol iluminou-a totalmente e ela virou pra mim sorrindo... Por que ela faz essas coisas comigo?!! 

— De qualquer jeito, me desculpe. Eu já disse, não quero que fique com raiva de mim. 

  Havíamos chegado. Agora cada um devia ir para um lado, ela parou e me olhou intensamente, parecia enxergar muito mais coisas do que ela realmente via, parecia saber como me pegar de jeito e me domar... Uau, eu tô muito poético hoje. Tsc, aulas de Sociologia...

— Tudo bem, eu te desculpo mesmo sem ter me feito nada. -Ri e ela acompanhou sem parar de me olhar. -Eu tenho que ir, você vai amanhã, né? -Eu não sabia se iria se ela fosse também. 

— Vou, acho que sim.

— Então nos vemos amanhã! -Acenei. 

— Sim... 

  Eu dei um passo pra trás e ela me abraçou. Forte, muito forte mesmo. Ela podia ouvir meu peito bater rápido, eu sabia que ela podia ouvi-lo, mas deixei. Como eu faço pra me afastar agora... 

— Por que o abraço? -Falei baixo, somente pra ela ouvir. 

— Ainda faz parte do meu pedido de desculpas... -E ela respondeu baixo também, apenas para mim. -Não está com raiva, né? 

— Não... 

— Ainda bem. Não quero te perder. -Não, não faz assim, que eu mudo de ideia e decido não me afastar de você nunca mais.

— Agora eu já posso ir...

— Espera... -Não a soltei quando ela pensou em se afastar. Deixei-a perto por mais um tempo, eu ia ter que me acostumar em não tê-la mais. -Tudo bem, agora pode ir. 

— Kkk por que me segurou mais? 

— Nossos zíperes grudaram um no outro.

— Ahh tá... Agora eu tenho que ir, ainda tenho que preparar o almoço. Tchau! 

— Tchau... -Correndo ela foi embora, rápida como sempre. -Ahhh... Que  vida horrorosa que eu tenho. 

  Entrei no beco e em um instante que mais parecia uma eternidade, eu saí dele. Olhando para as casas ao meu redor, tudo era tão cinza... Quando foi que as pessoas param de pintar as casas com cores mais alegres? Passei pela Kasenki, o campo que Endo treinava todo santo dia faça chuva ou faça sol, e ele não estava lá. Que droga, eu queria tanto falar com ele, talvez seu humor me animasse um pouco. Desci até lá e observei tudo, tava me dando uma vontade de jogar futebol... 

— Kazemaru! 

—... Miyasaka? 

~*~

— Você me parece tão abatido... Aconteceu alguma coisa? 

 Kazemaru sorriu observando o lago correr a sua frente, estavam sentados atrás do capo, onde a nascente do lago percorria boa parte da cidade de Inazuma, passando rapidamente pelos dois. 

— Nada importante. 

— Mesmo? 

—... Não... Miyasaka, você já se apaixonou por alguém que não deveria? 

  O coração do loiro deu um sobressalto com aquela pergunta. Sorriu timidamente e aproximou-se de Kazemaru sentado ao seu lado. 

— Sempre.

— Sério?! E como você superou isso? 

— Eu não cheguei a superar... A verdade é que, eu acho que a pessoa que eu gosto não sabe sobre os meus sentimentos... 

— Eu tô passando pela mesma coisa... Por isso eu decidi me afastar. 

— Você se afastou de quem você gostava? 

— Sim. Eu estava perdendo o controle por causa dos ciúmes... Mas poxa, essa pessoa tinha que andar justamente com quem eu mais odeio?! 

— Meu Deus, é a mesma coisa comigo! -O loirinho de olhos verdes segurou o amigo pelos ombros, virando-o para sua direção. - É como uma provocação, eu odeio isso. 

— Eu também! Caramba, estamos passando pela mesma coisa mesmo! 

— Sim... Mas... Kaze, você não pode d-desistir... -Ichirouta nem percebia o rubor em seu rosto. -E quanto ao que você sente? 

— Eu sei, mas não vale a pena... Nunca vai ser reciproco.

—... -Miyasaka engoliu em seco, Kazemaru franziu o cenho e o silêncio ficava ainda pior com o passar dos segundos. -Podemos tentar algo para... Melhorar... -Uma gota de suor em um misto de nervosismo escorreu de seu rosto. 

— O que? 

— Deixa eu te mostrar? 

—... C-claro... -Com um pouco de medo, Kaze o assegurou a mostra-lo o que ele queria, mas em questão de segundos, quando deu por si, Miyasaka já estava em cima de seu corpo, pressionando seus lábios contra os dele. Só agora os olhos arregalados a olharem para o loiro viram seu rosto corado com os olhos muito bem fechados enquanto o beijava. 

  Espera...

 Ér... O Miyasaka tá me beijando?

 ... O MIYASAKA TÁ ME BEIJANDO! 

— Hum! -Tentei empurra-lo, mas, meu Kami, esse moleque é muito forte! -Hummm!!! -Tentei de novo, não acredito que vou falar isso, mas, PUTA QUE PARIU, ALGUÉM ME AJUDA! 

— MIYASAKA! 

  Aquele grito, aquela voz! Essa não...  Ele se separou de mim mais rápido do que quando me agarrou, olhamos para os lados assustados e lá estava ela, o Miyasaka vai morrer! 

— MIYASAKA CORRE! -O empurrei para que se levantasse. -Ela vai te matar, olha a cara dela! CORRE, É SÉRIO! 

  Sabe aquela música Semblance of Dualism, do anime Death Note? Pois é, ela se encaixaria exatamente na cara assustadora que a Yasmin estava fazendo! Era só o que me faltava, ela dar uma de yandere retardada! Olhei para o meu lado, ele ainda estava aqui! 

— O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI AINDA, ELA VAI TE MATAR, VOCÊ É SURDO?!! 

— E-eu não vou sair daqui sem lutar por você! 

— Lutar?! VOCÊ OUVIU O QUE EU DISSE?!! 

— Você vai morrer! -Caminhando devagar ela veio, EU TÔ COM MEDO! 

— CORRE SEU IDIOTA! 

— EU VOU TE MATAR, SEU LOIRO OXIGENADO! 

— AAAHH! 

Gritei. E foi assim que o Miyasaka morreu... 

Fim. 

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 Mentira, a briga me rendeu um olho roxo, mas depois eu conto como tudo aconteceu e como nós dois, eu e o Miyassaka quase morremos.


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Notas finais do capítulo

Eu amo as soundtracks de Death Note, PQP, SÓ TEM MÚSICA PHODA NESSE ANIME, VÉI!
É, a Yasmin é louca e o Miyassaka vai morrer :')
Espero que tenham gostado ♥ e foi malz a demora, minha amnesia é sóda ¬¬ XD
KYSSUS!!! ^.~/



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