As Mulheres de Argel escrita por Anne


Capítulo 4
Um Ataque


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, queridos leitores kkkkkkkkk
pfv não me matem, ainda tem muitas coisas para acontecer! hahaha



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Voltei para a sala e todos me olhavam desconfiados. Eu é quem devia estar desconfiada deles, bolas!

—O que foi Sakura? você está bem? Parece abalada. – Justin disse num tom preocupado.

—Só estou abalada. Preciso de um tempo, mas eu não tenho, vou ficar bem, obrigada.

—Ok, bom. Hitsugaya não estava com o quadro, eu já esperava por isso. Justin liste museus que pudessem abrigar uma obra tão importante, seus sistemas de segurança, diretores, funcionários, compras e clientes frequentes. Quem comprou a obra, de acordo com os perfis de compradores de quadros, provavelmente visita locais com as mais caras, tente achar alguém em comum nas galerias, vamos investiga-los agora. – Annabeth pegou o computador e abriu o bloco de notas. Justin estava concentrado enquanto procurava o que ela pedia no Tablet. Sasuke parecia entediado, enquanto eu os observava minuciosamente, tentando encontrar um olhar ou sorriso suspeito que fosse. Nada. Seria o Harry? ele era tão suspeito quanto eu sabia que era mentiroso. Decidi deixar isso de lado, por enquanto, ainda tenho que pensar como vou enganar o chantagista. Até onde eu sei, ele sabe do que eu faço quando estou junto com eles. Então se eu agir só, ele não saberá o que eu fiz. Papai uma vez disse algo sobre os Kuchiki serem talentosos. O plano se formou perfeitamente na minha cabeça, é isso que as pessoas chamam de mente criminosa? Não. Eu não sou criminosa.

—Gente vou precisar sair. – Disse enquanto todos me olharam assustados.

— É perigoso sair sozinha Haruno, ainda mais a essa hora.

—Eu preciso de tempo. Vocês podem fazer isso por mim, por favor, 10 minutinhos.

—Eu vou com você. – Sasuke se prontificou. – Eu não estou fazendo nada mesmo.

—Ela está indo tomar banho cara, não comprar drogas no subúrbio. – Justin revirou os olhos, sem nem mesmo tirá-los da tela, não pude deixar de me sentir aliviada.

—Exatamente. – Saí da sala, entrei no quarto e tirei as roupas. Fiquei olhando para elas por algum tempo, algo nelas estava me incomodando. Fui na minha cabeceira e tirei de lá um pedaço de papel alumínio e uma bateria, com sorte isso confundiria qualquer aparelho de transmissão, se é que havia algum nas minhas roupas. Aprendi esse truque com a minha mãe. Ela é mestre em usar coisas simples para um objetivo enorme. Sorri triste, tinha que salvá-los. Mas também sou orgulhosa, esse chantagista vai descobrir que eu não sou a idiota que ele imagina.

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— Pensei que tinha morrido, foram mais de 10 minutos. – Annabeth me olhou sarcástica.

—Desculpe, levou mais tempo do que eu esperava, mas agora estou completamente pronta. – Menti. Ninguém disse nada, então devo concluir que fui convincente.

—Assim que se fala. – Justin sorriu e me indicou uma cadeira ao lado dele. Sorri e comecei a analisar as anotações. Havia um nome que se repetia em todas as galerias e exposições, “Niall Horan”, espera, esse não é o novo namorado da Vic? Ele é um comprador de quadros. Será que a Vic sabe que ele é tão rico?

Levantei da cadeira estupefata. A cadeira fez um barulho e todos me olharam como se eu fosse maluca. Talvez eu seja mesmo.

— O que é isso agora? - Annabeth estreitou os olhos ameaçadoramente.

—Nada. – Corri para a cozinha. Em parte, por que eu estava com fome. E em outra por que Vic ia me explicar direitinho quem era esse tal de Niall. Quando cheguei na cozinha, estava tudo vazio. Estranho, as luzes estavam acesas, ela era cuidadosa o suficiente para nunca deixar nada errado. Ela é perfeccionista. Vi o pé dela. Estava caída, sangue ainda escorria e a garota estava de bruços, a porta de trás estava aberta, mas não havia indícios de outra pessoa.

—Ai meu Deus! Vic! – Corri e me abaixei tentando sentir batimentos, ela estava viva mais inconsciente, talvez pela perda de sangue. Mais lágrimas brotavam da minha face, por que a Vic? quem fez isso?

—SASUKE! ANNABETH! JUSTIN! – Gritei com o resto de forças que ainda me sobrava, liguei tremulamente para a senhora Inoue, os criminosos não podemos ir a médicos normais, por isso precisamos ter os nossos.

—INOUE! A VIC! – Escutei os passos dos meus amigos, distante, minha mente estava um turbilhão. – Ela foi atacada, preciso de você aqui, agora! – Disse tentando me acalmar, mas acho que parecia uma galinha desesperada depois que o pescoço foi cortado. (NA:. Acredite, eu já vi e é deprimente e desesperador)

—Calma, estou chegando aí. – Ela desligou rapidamente e eu tentei identificar o trauma que Vic havia sofrido. O sangue saía de um ferimento no estomago e da cabeça.

—O QUE ACONTECEU AQUI? -  Annabeth gritou, o que sinceramente não ajudou.

— Vic? - Justin arregalou os olhos e checou o pulso. – Ela está inconsciente só. – Respirou aliviado.

—Mas está perdendo muito sangue. – Sasuke olhou preocupado para a poça de sangue formada. Também não ajudou.

—Temos que estancar o ferimento. – Annabeth disse, indo à enfermaria procurar gaze.

—Mas e se abrir mais ainda? - Sasuke disse e ela voltou.

—Tem razão, não faço a mínima ideia de como fazer isso! Como sou inútil! – Ela bateu a cabeça na parede. O clima parecia tão desesperador, mas como por um clique, meu cérebro pareceu funcionar.

—Annabeth traz a gaze. – A loira me olhou e eu sustentei o olhar firme. Ela obedeceu. Senti uma onda de adrenalina, eu conseguia fazer isso! Ia salvar Vic, tinha certeza!

Antes que Annabeth pudesse voltar com a gaze, Inoue chegou com quatro enfermeiros.

— Eu assumo daqui, pode ir senhorita Haruno. – Inoue pratica e eficiente instruiu os enfermeiros e nos olhou com aquele olhar de “ Saiam”. Não queria, mas, ela era a médica. Ia saber o que fazer.

—Sakura.  – Inoue chegou triste. – Desculpe, chegamos tarde. Ela não resistiu ao ferimento.

Perdi o chão novamente, já era a segunda vez em dois dias. A pessoa que chegava mais perto de me entender agora havia morrido. Encostei na parede, descendo até o chão, desolada. Por que tudo isso comigo? e pobre Vic, a pessoa mais fofa e alegre que eu conhecia, ela não merecia morrer de modo tão cruel. Me levantei e comecei a andar de um lado para o outro. Justin me abraçou e eu retribuí, nunca me senti tão grata por um abraço.

Nos sentamos ainda sem reação, mas eu não podia perder tempo. Tinha que descobrir quem havia feito aquilo, agora tinha um chantagista para enganar e um assassino para matar. Agora, pela primeira vez eu tinha uma dívida pessoal para cobrar.


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Notas finais do capítulo

desculpem mais uma vez a demora gente...
tentarei ser mais assídua
o que acharam?
agradeço por terem lido até aqui ♥



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