Peças de Xadrez escrita por Lucy Birthday


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

OPEN UP THE CHAMPAGNE, POP!
IT'S MY HOUSE, COME ON
* Kotone’s Shine * Eu sempre quis falar isso. ~ La da dee la la da doo ~
E ‘ken sou eu? Puff... ‘hahah Eu arrumei o jeito de aparecer em mais uma fic dife... interativa por aqui. É. ( ಠ◡ಠ )
It's my house, just relax.
Enjoy!
.
Oiiii fofos da tia Lucy, espero que gostem da fic, faremos o melhor para diverti-los, "nois exclui a fic, mas nois tem bom coração e traz fic nova pra área" ahusdhiahdu
Boa Leitura!



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Seria comum estar cercado pelo silêncio uma hora dessas. Graças aos fartos blocos de pedra que mantinham de pé o formoso palácio, era difícil de se encontrar um momento em que surgisse algum contraste; que o movimento da cidade chegasse aos ouvidos de quem permanecia lá dentro, ou que, pelos cômodos formosos e monótonos, ocorresse de se esbarrar com um som maior do que os saltos dos empregados contra o piso, e, vez ou outra, uma conversa quase morta.

 Porém agora, ao meio dia, era assombroso de reparar a diferença entre ontem. Até guardas das posições mais externas do castelo já estavam bem informados, desconcentrados na pose esperta e roendo as unhas ao temer pelo pior. Pelo que as lavadeiras informaram após ouvir a conversa dos cozinheiros, haviam grandes chances de hoje ser um dia ruim.

 Há minutos sem pausa, podia-se ouvir por toda a propriedade o eco macabro dos gritos indignados, completos até a borda de acusações, proferidos pelo rei Millenos. O clima de tensão pairava pelo ar, apoiando-se na coluna de quem estava por perto, extenuante como as badaladas certas provindas da torre do sino, seguidas por uma versão mais lenta da mágica Für Elise, reforçando o esmero de quem trabalhava, rodando entre salas e corredores longe do grande quarto de reuniões reservado para a privacidade dos reis e seus acompanhantes.

“Não profane meu nome ao liga-lo a uma calúnia!” Mais um berro da voz grossa e já rouca e certificava-se o motivo de tanto alvoroço. Ambos os nobres jogavam suas desculpas ao vento, atirando farpas e provocando a conduta oposta cada vez que lhe corria a lembrança de algum deslize passado pelo outro. A descoberta de espiões infiltrados em vários setores a mando de seus soberanos malucava a personalidade forte de Millenos e confrontava a calmaria Henrique, que dobravam os conselheiros e os faziam querer arrancar os poucos cabelos brancos que ainda os restavam.

 Como Henrique repetia para si mesmo, aquele momento era apenas inevitável. Caelum e Fiore em pé de guerra.

 - Isso por mim não mais será esquecido! Farei questão de cortar fora a cabeça todos os seus com as minhas próprias mãos! – Dramatizava Millenos, gesticulando toda a sua ira ao levar o dedo indicado da mão esquerda para cima, empurrando a mesa para baixo com a mão restante, convicto de estar intimidador ao olhar o seu oponente de cima, raspando o solado dos sapatos estreantes no chão de ébano. Loiro e muito baixinho em comparação ao homem da outra ponta, para alguém perdido em todo o assunto essa poderia bem tratar-se de uma ótima cena cômica.

— E eu mandarei que os seus sejam amarrados em um ancora e jogados no mar que tenha a maior quantidade de viperfishs! – Respondia o rei de Fiore com seu típico ar de calmaria, enquanto virava em um gole o conteúdo do cálice com a bebida servida direto de seu estoque especial, depositando de volta a mesa com proposital força a peça, a fim de puxar ainda mais a atenção do menor para si. – Se é guerra o que queres, terás!

—M-mas senhores, o-o sangue de vários inocentes será derramado em vão! –Alertava o conselheiro de Henrique, Serbino. O mesmo tremia-se de desespero e forçava-se para não gaguejar, tentando partir os olhares fuzilantes dos dois fortes homens e ponderando várias maneiras para tal. O uso de sinalizadores infelizmente já estava descartado. Talvez eles não se pegassem se acabassem com a luz de fora, mas assim até seria mais provável. O idoso suspirou em derrota quando detectou a face da qual seu rei usava quando trabalhava nos modos para elaborar uma resposta sem insultos e pouco infantil.

—Todos os dias, mais de mil pessoas são escravizadas e mortas por ele! –Apontou, indignado. –Estaremos ajudando o povo que padece nas mãos desse tirano! –Aumentou a voz, se impondo e limpando da testa gotas de suor que escorriam pela pele morena. Serbino sufocou uma risada, foi como já esperava.

—Cale-se, imbecil! O reino é meu, me pertence. Meu nome, minhas regras! – O louro desfez-se do pouco de controle que tinha, e, tomado pela fúria, sacou da bainha a sua espada, tal qual fora instantaneamente tomada de suas mãos pelo seu empregado e levada para trás do corpo magro.

—Acalme-se, meu senhor, estamos no domínio deles. – Indicou Frederic, curvando-se em uma vênia que se traduzia em desculpas moles para o seu rei.

O homem então olhou para o conselheiro, para Henrique, para a espada que o outro o estendia de volta, e então para as cortinas azul marinho, voltando-se para o outro rei ao suspirar e conter sua raiva e desânimo, tomando para si a tarefa de ditar o que o seu oposto esperava há meses, mas que não tinha forças para pronunciar. Em desprezo, virou-se em direção à porta. É mesmo um idiota morto em calças caras, ínfimo, pensou.

—Eu, Millenos, soberano de toda Caelum, declaro aqui e agora guerra ao reino de Fiore; e a todos que nasceram, ou se aliam a ele! Meus magos me farão o massacre de sua nação. E que se dê um início épico à Guerra dos “Justos”!— Declarou, sua voz embargada pelo ódio tão grave que causava arrepios e fazia passar múltiplas sensações ruins na pele dos homens presentes, com exceção de Henrique, que ergueu-se de sua acolchoada cadeira confortável e lentamente caminhou até o mais velho irritadiço com um sorriso torto, sustentando uma aura irônica e brilhante ao invadir o espaço pessoal do homem e focar em seus olhos achocolatados, dizendo:

—Pode ter a plena certeza, meu caro, de que os magos de toda Fiore estão prontos para fazer de seu “grande exército” cinzas, nenhum cidadão nascido em Caelum pisará em Fiore, e se pisar, será dado como inimigo e morto. Partindo de agora, vocês têm cinco minutos para saírem do meu reino. – Clareou, zombando do brilho estranho que percorria a íris de pupilas dilatadas com suas pausas estratégicas e aspas com os dedos. Para ele a proximidade entre os dois abalava Millenos, e o mesmo estava certo.

 Segundos depois o loiro e seus acompanhantes saíram da sala de reuniões irritados com seus próprios motivos, pintando pânico no olhar de todos os que passavam por eles. Ao chegarem no saguão, encontraram os magos responsáveis pelo teletransporte, e, ao retornarem para seu respectivo reino, o Rei Henrique virou-se para seu conselheiro principal.

— Busque uma folha de papel e uma caneta, pois agora irei ditar uma carta que convocará todas as Guildas de Fiore para lutar contra o reino de Caelum. – Só, restou para Henrique desfrutar do céu azul de Crocus pela vidraça daquele compartimento, encaixando suas mãos na nuca ao ouvir de volta o barulho do rápido criado se acomodando na mesa. Doando-o alguns segundos para se estabilizar, ele repassou os pontos que havia pensado em sua ida, cortando e escolhendo certas palavras que não abalassem tanto a população, como também fossem de fácil compreensão até para os que não tinham estudo. –Eu, o Rei Henrique II, convoco todos os magos de Fiore a lutarem ao meu lado na Guerra dos “Justos”, contra o Rei Millenos e todos da ilha de Caelum. Compreendam, isso tudo virá para que a liberdade não seja roubada de nós, e para que o medo e a tensão que assombram o nosso lar tenham um fim. E, como objetivo maior, proteger a todos os nossos cidadãos, prometemos dar assistência e reconhecimento a todos, pois tenho em mente as dificuldades sociais que os magos passam atualmente. As classes só terão importância nas definições de líderes de equipes, mas não só os poderes serão levados em consideração, o comportamento e o nível de inteligência serão cruciais. O exército real irá lhes auxiliar. Daqui a três dias, aguardarei a todos em frente ao arsenal de Magnólia para anunciarmos suas funções. Atenciosamente, Rei Henrique II.

—Vossa Majestade, o pronunciamento será daqui a duas horas e alguns minutos, provavelmente as cartas chegarão antes, como pretende convencer a população a aceitar os magos? –Perguntava Serbino preocupado, enquanto olhava as costas da cadeira virada contra si.

—Em uma guerra... – Ele fez uma pausa, suspirando mais uma vez antes de prosseguir. - ... não se tem odiados se todos defendem os mesmos interesses, e sim heróis, nos quais as suas origens, ou o que os torna diferentes, termina. –Disse o rei tranquilo aguardando o pronunciamento oficial, deixando ao homenzinho a tarefa de desembaralhar a fala e tomar sua interpretação.


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Notas finais do capítulo

Para melhor ajuda-los no compreendimento da ficha, disponibilizamos um link que ajudará vocês a preencher os campos (Nós arrumamos a ficha de lá e simplificamos 'procês):
http://ligadosbetas.blogspot.com.br/2013/04/a-personagem-22-proposta-de-ficha.html

Ficha:
Fiore “mocinhos” ( )
Caelum “vilões” ( )
Nome completo:
Apelidos:
Nacionalidade:
Aparência: Discrição e link.
Idade:
Altura:
Peso:
Gênero:
Sexualidade:
Sexo/Reprodução:
Etnia: Quais são as origens do personagem? Como ele se sente sobre elas?
Personalidade:
Roupas que usa em batalhas: 3 Links
Roupas que usa em seu cotidiano: 3 Links
Roupas que usa em eventos sociais: 3 Links
Saúde:
Inteligência: O personagem tem um nível normal de intelecto ou abaixo do normal? Ele é um gênio? Como esse intelecto o faz reagir com as pessoas em volta?
Educação:
Ciclo evolutivo:
Ele (a) é supersticioso (a)?
Comida/Alimentação:
Família:
Cidade em que mora:
História:
Guilda:
Par?
Se sim, como agirá com ele?
Irá querer que ele tenha relações? Sexuais? Caso seja, não.
Defeitos:
Idiossincrasias:
Objetivos:
Sonhos:
Traumas:
Talento:
Vícios:
Gostos:
Desgostos:
O que o (a) irrita?
Classe + Magia:
Armas?
Algo de valor?
Noturno: O personagem é mais ativo durante a noite? Ele gosta de ficar acordado até tarde?