Parte 3
Dias se passaram e aos poucos fui-me tornando mais parecido com um espadachim. Infelizmente, apesar disso, nenhum sinal da marca. Isso as vezes me preocupa. Hoje, as três horas da tarde sairei mais alguém para conhecer melhor a cidade. Essa pessoa será meu guia. Eu ainda não conheço, então não posso descreve-la. Bate um pouco de ansiedade por isso. Fico andando de um lado para o outro, sem ter nada o que fazer. Já estava ficando com tédio, então acabo dando uma caminhada pelo corredor. Apesar de não ter nada de novo, não tinha nada pra fazer mesmo.
O primeiro andar da igreja fica o altar para adorar a deus. Atrás do altar tem uma porta, o escritório gerenciado pelo padre. O segundo andar fica vários quartos das pessoas que ajudam a cuidar da igreja. Alguns desses quartos é voltado para moradores, tipo eu. É uma igreja muito linda. Se você olhar pela janela do segundo andar terá uma grande vista da cidade.

15:30 horas.
Estou no lugar de início. Ao meu lado esta Hiro me acompanhando. Ele é um cara da minha idade, pele escura e usa uma roupa normal. Aparentemente ele não é um guerreiro.
A feira estava lotada. Olhando ao redor, algo me cheirava estranho. Hoje mostrava ter muitos soldados do império por aqui.
Estou na última rua do mercado livre. Aos poucos fui-me afastando dessa área, a cidade grande, cheguei a um local totalmente diferente dos demais. Em uma certa janela da igreja voltada para essa área dava para ver essa construção gigantesca. Casas de ricos?
Não sei o que iríamos fazer ali, mas, mesmo assim, eu não perguntei. O padre tinha me falada para dar uma volta pela cidade, logo entramos em uma das casas de ricos. Uma casa igual aos demais do local, a diferença era um símbolo na entrada. O símbolo da cruz. Parte da igreja? Não sei. As mobílias pareciam que tinha custado muito dinheiro.
"Bem-vindo. O mestre o espera!"
Era uma empregada. Percebo que ela tinha uma orelha de gato e uma cauda. Pela forma que a cauda balançava mostrava que não era de enfeite. Lembro-me na primeira vez que andei pela cidade, na minha chegada, vi muitas coisas desses tipos. Seu corpo era lindo. Um corpo com uma cintura fina que destacava seus seios fartos. Entretanto, sua roupa era mediana. Com um vestido escuro, o que mais se destacava era o laço em volta da cintura que era vermelho.

Nós seguimos a empregada com orelhas de gato até uma sala.
(Soldados? Por esta bem vestido e com a medalha no peito, parece ser. )
Somos recebidos com um sorriso no rosto, daqueles que significa "Estamos feliz por te vermos bem" ou quando você mostra seu boletim com várias notas altas.
Olhando ao redor, parece que estamos em uma pequena biblioteca. Tinha umas 5 estantes para livros e todos eles estavam lotados. As estantes têm um tamanho médio entre 10 a 20 metros. Uma mesa no meio da sala de 5 a 7 metros de tamanho. Nessa mesa estava aquele que nos recebeu com um sorriso no rosto.
"Senhor Hiro, que bom que veio. Estávamos esperando pelo senhor. "
O homem era jovem, acho que não chega ter 30 anos de idade. Entretanto, a forma que ele tratava o cara que eu estava acompanhando mostrava que eu não sabia quem era ele realmente. Isso me deixou um pouco intrigado.
"Por que me chamaste para esse local? Quem são essas pessoas atrás de você?"
"Por que não sentamos antes? Podemos conversa com mais calma."

Por algum motivo tive um arrepio na espinha. Apesar disso, percebo que pela quantidade de cadeiras na mesa alguém iria ter que ficar em pé.
"Irei apresentar essas pessoas que estão comigo. Esse é o segundo general do império. Esse a minha esquerda é meu aluno.
Na sua direita, seu nome é Akatsuki. A sua esquerda esta Yori."

(Segundo general do império? Mesmo tão novo? incrível...)
Acabou que fui o único a ficar em pé. Não sei o que se tratava, mas parecia que iria rolar atrito a qualquer momento.
Akatsuki e Yori eram os mais velhos do grupo. Akatsuki mostrava ter 60 anos e o outro mostrava ter uns 40 a 50. Eles estavam sérios, com os braços cruzados, os rostos fechados, mostrava não esta ali para muita conversa.
Por não saber meu papel ali fiquei calado. Entretanto, a roupa que o aluno usava lembrava a de um especialista em magia no RPG. Coincidência? Eu acho que não. E ele ainda estaria na mesma faixa etária de idade que eu.

10 segundos se passaram. 15...20... 1 minuto e ninguém falou nada. Meu nervosismo aumenta.
"Eu os chamei aqui a pedido do segundo general. Ele tem algo importante para falar com vocês."
O primeiro que falou foi aquele que nos recebeu com um sorriso no rosto. Os olhares foram voltados ao segundo general.
" Bem, vocês já devem ter percebido que o rei esta cobrando imposto para usar os santuários." O segundo general falou.
"Sim, eu percebi. Graças a isso muitos aventureiros estão evitando a cidade. E era de se esperar isso. Afinal, com o preço absurdo da entrada, é melhor ir para outra cidade onde é grátis. " Hiro colocou a mão sobre a mesa enquanto falava.
"O problema não para por ai. Se não tivermos visitantes, significa que não vai ter dinheiro rolando. Muitos desses viajantes que chegavam aqui também compravam outras coisas para a viagem. Algo que não faz mais." Era uma voz grossa e rude. Era de Akatsuki.
Enquanto akatsuki falava, o garoto com a roupa de especialista pegou um pergaminho.

O pergaminho é aberto sobre a mesa.

"isso é..." Sussurrei.