Trouble escrita por ForgetAboutYou


Capítulo 1
I Knew You Were Trouble


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys! Essa one-shot veio de um surto repentino de criatividade que me veio e eu tive que colocar para fora.
Realmente espero que tenha ficado bom, até porque eu nunca escrevi nada relacionado a Harry Potter antes kkk.
Boa leitura!



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Once upon a time, a few mistakes ago
I was in your sights, you got me alone
You found me, you found me, you found me
I guess you didn't care and I guess I liked that
And when I fell hard you took a step back
Without me, without me, without me

— I Knew You Were Trouble - Taylor Swift

 

Problema. Estranho te definir assim, não é? Ainda mais quando era você quem tinha a solução para tantos. Mas você de fato era um problema, era o meu problema.

Por que seria você o problema e não eu? Eu, o frio, mesquinho, egoísta, preconceituoso, filhinho de papai, comensal da morte? Faria muito mais sentido, não faria?

Entretanto, era você. A razão? Você era o contrário de tudo o que fui ensinado a crer e a respeitar, era tudo o que eu queria e não podia ter. Você também era tudo o que eu não poderia ser: doce, gentil, amável, destemida, nascida trouxa e amiga do Potter. 

Éramos exatamente opostos. Você a luz, eu as trevas. Você a calmaria, eu o caos. Você a rebeldia e eu a retenção. Você era o fogo, eu o gelo. E por fim, você era o leão, e eu a serpente.

Ainda me pergunto quando tudo isso começou. É engraçado como depois de tantos anos eu não consiga definir. Talvez tenha sido desde a primeira vez que eu coloquei os olhos naquele seu, ora não mais existente, cabelo de vassoura, ou depois daquele soco no terceiro ano. Sim, aquele soco, como poderia me esquecer? Apesar da raiva que me consumia, fora ali que ganhou o meu respeito. Foi ali que você se mostrou a mulher forte e determinada que um dia veio a ser. Oh, ainda pode ter sido no baile do quarto ano, Torneio Tribruxo, lembra? A visão de você naquele vestido gravou-se para sempre em minha memória. Recordo-me de como partiu meu coração, uma das primeiras evidências de que eu poderia amar alguém que não fosse minha mãe, quando te vi chorando naquela escada logo depois de brigar com o Weasley na mesma noite, e também de como quis ir até você, porém, sabia que uma pessoa como eu seria a última companhia que gostaria.

Creio que deva estar se perguntando do porque de tantas ofensas e implicâncias se no fundo sentia-me dessa maneira. Eu te respondo: medo, orgulho. Era muito mais fácil negar a mim mesmo todos esses sentimentos do que assumí-los, coisa que significaria enfrentar minha família, mais especificamente meu pai. Eu era o garoto de ouro, o orgulho do sangue Malfoy. O que Lucius diria ou faria se eu contasse que me apaixonara por uma "sangue-ruim"? Por mais que isso hoje seja uma das coisas mais idiotas que já fiz, nunca admitiria isso naquela época. Eu fazia de tudo para conseguir a atenção e o respeito dele. Mal sabia eu para o caminho onde tais atitudes me levariam... Além disso, mesmo que eu não fizesse a mínima ideia naquele tempo, as implicações eram a única maneira que eu, inconscientemente, encontrei de ficar perto de você sem levantar desconfianças.

Tudo mudou, porém, no sexto ano. Minha vida estava, pode-se dizer, acabada. A preocupação com a aprovação de meu pai não mais importava, o preconceito contra o sangue tornara-se irrelevante. Meu objetivo era apenas proteger a mim e minha mãe, e eu faria qualquer coisa por isso. 

Assim, é possível de imaginar o quão ainda mais difícil as coisas as coisas ficaram, quando tive que te ver magoada e chorando pelos cantos por causa do Weasley. A vontade que eu tinha de correr para você e te envolver em meus braços, e que você me envolvesse nos seus era inimaginável. Contudo, você jamais entenderia ou aceitaria. Além do mais, a ideia de alguém te fazer algum mal pela razão de você ter alguma importância pra mim deixava-me aterrorizado, então manter distância, por mais que me doesse.

De todos os meus erros, receio que o pior tenha sido não poder fazer mais nada do que enviar uma mensagem anônima para que viessem ao resgate de vocês. A imagem de minha tia te torturando de todas as maneiras possíveis, usando não apenas feitiços, mas também tortura física, gravou-se para sempre em minhas lembranças.

Depois daquilo, apenas fui te reencontrar na batalha final, em Hogwarts, na Sala Precisa, pouco antes de vocês voltarem ao meu resgate e de meus amigos (sempre serei grato a vocês três por isso, a propósito), quando o Weasley gritou aos quatro ventos que você era a namorada dele. Recordo-me de como, mais uma vez, meu coração se partiu, naquele momento eu tive a certeza de que jamais sequer teria alguma chance, por mais ínfima que fosse com você. 

Os anos se passaram, você e o Weasley se casaram, e eu encontrei Astória, a única mulher corajosa o suficiente para aceitar uma pessoa tão emocionalmente destruída como eu. Ela foi, de fato, uma mulher maravilhosa, mas ela nunca foi você... Não me entenda mal, eu a amei. Sim, eu a amei. Ela foi a responsável por me dar coragem de, enfim, ser eu mesmo e também foi a mãe do meu filho. Eu a amei, porém de maneira diferente.

Meu filho, Scorpius. Se existe uma pessoa que me estimulou a ser alguém melhor, esse alguém com certeza foi ele. Afinal, sempre quis que ele fosse um bom ser humano, como eu jamais fui. Desta forma, eu o criei demonstrando meus verdadeiros sentimentos, deixando de fora todo o sentimento de superioridade e preconceito que outrora cercaram minha infância.

Contudo, por mais que eu queira tomar os créditos pelo garoto maravilhoso que meu filho veio a ser, não o posso. Scorpius nasceu diferente. Prova disso se fez quando, em seu primeiro ano, ele, humildemente, decidiu se apresentar e dividir o vagão do Expresso Hogwarts com duas pessoas que futuramente vieram a exercer um papel tão importante em sua vida.

Outra comprovação de que, apesar dos cabelos loiros e olhos azuis acinzentados, meu filho era diferente, em sua essência, de mim, e de qualquer outro Malfoy antes dele, fora o fato de ele ter sido selecionado para a Grifinória, deixando transparecer nele uma qualidade que eu jamais teria: coragem.

E fora na casa dos leões que uma daquelas crianças do Expresso Hogwarts, criou um vínculo inimaginável com Scorpius. O nome dele? Albus Severus Potter. Sim, o filho do meio de Harry Potter tornou-se o melhor amigo de meu filho, jamais o julgando pelos erros que eu cometi, oferecendo sempre um ombro amigo quando outros o rejeitavam pelo simples fato dele carregar o sobrenome Malfoy.

Mas eles não estavam sozinhos. Não, para se viver boas aventuras é sempre necessário um trio, o que nos leva a segunda pessoa naquele vagão de trem: uma certa sonserina, por quem Scorpius veio a descobrir-se perdidamente apaixonada algum tempo depois. Quem seria tal sonserina? Rose Weasley, a qual, felizmente, retribuiu o sentimento na mesma intensidade. Assim como Scorpius, sua garota fez história, sendo a primeira Weasley a entrar para a casa das serpentes (ainda pergunto-me a reação do cabeça de cenoura quanto a isso a propósito *risos*).

Sim, por alguma estranha razão, o destino decidira brincar conosco, unindo-nos, através de nossos filhos. Embora devo confessar que não me surpreendi com o fato deles ficaram juntos. Rose sempre foi brilhante, uma sonserina fantástica, se me permite dizer, nunca, no entanto, perdendo as qualidades que herdou de você e dos Weasley, sendo também a pessoa com mais facilidade em compreender meu Scorpius. Além disso, tanto eu quanto você sabíamos que ambos se escolheram na plataforma nove três quartos. Fora lá, naquela primeira troca de olhares, que Rose e Scorpius começaram.

Todavia, apesar do orgulho e alegria que nossos filhos nos traziam, nem tudo era flores. Em certo ponto dos anos deles em Hogwarts, Astória adoeceu, e eu sabia que seu casamento com o Weasley não ia bem. Foram tempos difíceis, a doença de minha esposa a venceu em poucos meses, abalando profundamente tanto a mim quanto a meu filho, e pelo o que eu ficava sabendo através de Rose, você e Ronald estava cada vez mais perto do fim. 

O que surpreendeu a todos no meio de toda aquela triste situação fora quando, poucos meses depois, Rose e Scorpius, ainda durante seus últimos meses em Hogwarts, nos surpreenderam ao anunciar a chegada da pequena America Pyxis Malfoy. Apesar de a notícia animar-me ao menos um pouco, para você, a gravidez precoce de sua filha acabou por dar um ponto final em seu casamento.

Acredito que fora nesse ponto da história em que começamos a nos aproximar. Você tinha acabado de se divorciar e eu me recuperava da recém-morte de Astória. Ainda consigo me lembrar do quão estranho foi no começo, entretanto, nossos filhos precisavam de nós. Eram dois adolescentes prestes a trazer uma criança ao mundo, os quais precisavam de apoio e orientação.

Não demorou muito para eles não precisarem mais de nós com tanta frequência, o que, ordem natural, também deveria ter diminuído a quantidade de tempo que passávamos juntos. Porém, nossos encontros apenas aumentaram. Aos poucos, você foi abrindo o seu coração para mim e eu fui te mostrando um lado meu que nunca havia visto, um lado que eu jamais havia mostrado a ninguém, o lado perdida e incondicionalmente apaixonado por você, que, para a minha surpresa fora prontamente correspondido.

E hoje, ao passo em que vivemos nosso segundo casamento, depois do nascimento de nossa neta, do casamento de nossos filhos, e mais precisamente, neste presente momento, enquanto observo nosso pequeno Orion Kile Malfoy encarar-me não apenas com seus fios loiros, mas também com aqueles grandes olhos castanhos, idênticos aos seus, eu posso enfim dizer que você, Hermione, é o melhor problema que eu já me meti e que também é o único o qual não tenho pretensão alguma de me desvencilhar.

Draco Lucius Malfoy.

 


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Notas finais do capítulo

E é isso, pessoal! Espero realmente, do fundo do meu heart, que tenham gostado!Vejo vocês numa próxima... Ou, quem sabe, nos comentários, que seriam muito importantes, adoraria saber o que vocês acharam kkk.
Ah, e se por acaso algum de vocês também curte A Seleção, eu tenho uma long fic desta série chamada Perfect... É só clicar no meu perfil que vai achar...
Bye



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