O acaso escrita por Nathália Fernanda


Capítulo 1
capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Como esse é o primeiro capítulo, optei por escrever ele um pouco mais curto. Mas prometo que os próximos vão ser mais extensos.
Comentários positivos ou não são sempre bem-vindos!
Espero que gostem. Boa leitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/686329/chapter/1

Enquanto estava arrumando meu quarto, resolvi abrir uma caixa onde guardo bilhetes e cartas que recebo. E bom, lá estava o bilhete dela.

''Cada erro cometido serve como aprendizado. Você foi um grande erro que me deixou uma enorme lição. Não me arrependo, pois se não fosse isso, eu não teria aprendido que não devo entregar o meu coração para a primeira pessoa que demonstra afeto, mas não o sente de fato. Não consigo mais acordar ao seu lado sabendo que você só está ali por obrigação. Eu te amo, mas prefiro ser feliz sozinha a ser infeliz ao lado de alguém. Adeus. ''

Ao ler essas palavras novamente, senti um grande aperto no coração. Eu fui o motivo das lagrimas de alguém, quando na verdade, eu deveria ter feito-a sorrir. Não me conformo com o fato de que não fui capaz de fazê-la feliz. O pior de tudo é achar que, na época, ela estava sendo feliz ao meu lado.

Enquanto segurava o papel amassado, decidi que, para não voltar a me entristecer de novo por conta daquilo, o melhor seria dar um fim naquele bilhete. Então, o rasguei e joguei no lixo. Mas, mesmo assim, continuo me sentindo a pior pessoa do mundo por ter causado mal a alguém.

Voltei a organizar minhas coisas e assim que terminei fui dar uma volta na praça para poder esvaziar a cabeça e ocupar-me com algo que me impedisse de pensar nas palavras que li. Mas, assim que sentei em um banco vazio que encontrei, tive o desprazer de ver a Isabella, a menina do bilhete.

Levantei de imediato e fui em direção a um quiosque para beber algo, pois estava com sede. Enquanto tomava meu suco, pude vê-la caminhando em minha direção, o que fez com que meu coração batesse cada vez mais rápido conforme ela se aproximava de mim.

— Posso me sentar aqui? – Disse ela, apontando para a cadeira vazia que estava do meu lado.

— Claro. Sente-se, por favor.

— Obrigada.

— Como você está? – Perguntei, dando inicio, de fato, a conversa.

— Estou bem, mas você não me parece estar tão bem assim. – Disse ela espantando um mosquito que estava me rodeando. – Aconteceu alguma coisa?

Nesse momento senti uma vontade imensa de falar para ela tudo o que eu desejava, tudo o que eu estava sentindo. Eu queria abraçá-la, beijar ela como eu fazia há um ano. Um ano se passou, mas o meu sentimento por ela ainda permanece o mesmo.

— Eu? Ah, estou bem! É só cansaço.

— Tem certeza? Júlia, eu te conheço há sete anos, sei quando algo está errado.

— Eu encontrei aquele bilhete que você me escreveu quando decidiu viver a sua vida sem mim. – Dei uma pausa e fiquei observando a reação dela. – Ler aquilo depois de um ano doeu tanto quanto no dia em que você acordou e escreveu aquilo.

— Você não se desfez daquele papel?

— Não. Eu não me desfiz do papel, assim como também não me desfiz de você. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O acaso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.