Guerra dos mares - Duologia escrita por KhatySeraph


Capítulo 8
8° Mergulho - Meu invasor


Notas iniciais do capítulo

Depois de muita demora, aqui esta um capitulo bem grandinho e digo que proximo capitulo será narrado pelo Hairu ♥ e Conheceremos mais o mundo dele :3

Espero que gostem do capitulo. Boa leitura



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Piquei, vendo que o homem a minha frente era uma pessoa que decidi deixar no passo e seguir em frente, ser forte.

Aquele homem, nada mais era que meu ex-namorado, ele era biólogo, todavia, já havia sido modelo por um breve tempo.

— Kiev.

Seus olhos verdes me fitavam, e um sorriso surgiu em seus lábios.

Qualquer garota cairia em seus pés, entretanto eu não caia mais. Nós brigamos no passado e depois daquilo tudo acabou, mesmo que o conhecesse desde meus doze anos por nossas famílias tinham sido vizinhas, e sua mãe era muito arrogante e melhor amiga da minha. Tudo aquilo realmente tinha acabado.

Por que ele apareceu agora? Depois de quase um ano...

Não era tanto tempo, e foi culpa minha que terminamos, porém, isso não justificava por que tinha voltado, e pelo que eu sabia ele estava em Nova Orleans com seu pai.

— O que faz aqui?

Ele sentou-se em minha frente olhando o cardápio.

— Senti saudades. — falou sem tirar os olhos do cardápio. — Você ainda continua fria, Ameli.

Revirei os olhos.

Você merece!

O mesmo pediu um café expresso enquanto continuava a me fitar.

— Queria saber como estava. Sua mãe me ligou.

Resmunguei não gostando de ouvir aquilo.

Minha mãe o tratava também como um filho, aprovava muito ele como meu namorado, não por seu um bom rapaz, estar estudando e tudo mais. E sim por que ele era filho do sócio de meu pai.

Os olhos verdes de Kiev me analisavam.

— Disse que tínhamos terminado e ela não aprovou. — Ele se endireitou na cadeira. — Mas isso é da nossa conta.

Kiev era a melhor pessoa do meu lado, todavia, não me apoiava nem levantava meu astral quando estava com problemas, ou nos meus piores dias como fazia com ele. Sempre ao seu lado sorrindo mesmo não querendo sorrir.

Sacrificava-me por ele.

— Então voltei para ver como estava.

O servi o café enquanto ele experimentava dando um gole, aprovando.

— Sei que não suporta sua família, mas poderia me perdoar, Ameli? — Sorria maliciosamente.

Revirei os olhos.

— Não. — disse friamente.

— Ameli! — Choramingou.

O olhei por cima dos ombros.

Não iria perdoa-lo.

— Não me perturbe. — Voltei a atender outros clientes.

Kiev suspirou desistindo.

Conhecia-me muito bem, sabia que aquilo não adiantaria.

— Saiba que ainda vou conquista-la novamente. — disse ele minutos depois.

O observei, vendo que sorria maliciosamente como sempre.

Dei de ombros.

Quero ver.

— Estou voltando para o aquário, caso queira conversar mais.

O vi partindo ainda com aquele seu sorriso e suspiros de garotas logo atrás.

Aquário?

Então realmente ele tinha voltado a trabalhar onde sempre gostou. Todavia, não iria mais atrás dele. Deixaria para aquelas garotas que suspiravam para ele.

Ri daquilo.

Nem sempre o produto é tão bom quanto o rotulo diz.

Finalmente saindo do trabalho, bocejando, corri de volta para meu apartamento, vendo as ruas cheias de gente, uma noite de sexta feira adorável para passear. Olhei para os lados não vendo sinal de Hairu.

Ele realmente iria vir certo?

Apenas via pessoas voltando do trabalho, crianças com mochilas, pais conversando com seus filhos. Tudo, menos aquele tritão.

Suspirando peguei minhas chaves adentrando o condomínio. Ao chegar, a porta estava destrancada. Pisquei pensando se não a tinha trancado, todavia, tinha certeza que eu tranquei ela.

Entrei vendo Milk se lambendo sobre o sofá. Soltei minha bolsa pegando uma panela na cozinha pronta para vasculhar o apartamento. Olhei meu quarto, tudo direitinho. Voltei para a sala de jantar, nada. Parei no meio da sala suspirando quando ouço uma voz.

Alguém estava cantado... animado?

Fui em direção à voz indo em direção ao banheiro que tinha a porta entreaberta, a escancarei, preparando para bater em alguém com a panela.

Hairu me olhou, piscando assustado.

Pisquei não acreditando naquilo!

Dentro da minha banheira havia um tritão tomando... Banho!

Hairu fitou-me enquanto sua cauda balançava. Era tão diferente que me lembrava daquele dia.

Era realmente linda, mas isso não significaria que deixaria um tritão lindo na minha banheira! O ameacei com a panela fazendo-o não entender mais ainda. Será que ele conhecia uma panela?

E segundo, por que uma humana estava ameaçando um tritão com uma panela?

Realmente era melhor eu ir para terapia.

Ele balançou sua cauda de várias tonalidades de azul, sua cauda que começava um pouco abaixo do umbigo era um azul bebê, e perto de onde seria o joelho de um humano, se mistura e logo apenas ficava um azul celeste. Mas o que mais adorava observar em sua cauda era a ponta da mesma.

Na minha cabeça pensava que as sereias tinham caudas como de salmão ou estilo dos tubarões, mas ele tinha uma cauda que parecia um leque e suas pontas era um azul puxado para turquesa.

— O que faz na minha banheira? — Baixei a panela. — Como entrou no meu apartamento?

Isso realmente era um mistério.

Ele apenas sorriu, balançando a cauda e virando o shampoo, sabonete e tudo mais para o chão. Hairu analisou os objetos os associando igual ao que tinha em suas mãos e logo pegou o patinho de Milk que adentrou o banheiro correndo subindo na borda da banheira.

Suspirei desistindo.

Um tritão invade minha casa, rouba meu gato e minha banheira.

— Vou arranjar uma toalha para você.

Suspirei pegando uma toalha branca do armário onde outras caíram sobre minha cabeça. As chutei e peguei apenas duas, virei-me vendo um tritão sentando na borda, e analisando sua cauda que sumindo aos poucos revelando as pernas... Nuas!

Berrei jogando a tolha em sua direção.

— Vista-se!

Sai a passos longos do banheiro me sentando no sofá da sala. Ele estava pensando o que? Minha casa! Tem que seguir as regras!

Não quero um tritão nu andando pela minha casa.

Hairu apareceu minutos depois na sala sentando ao meu lado, seus cabelos pingavam e sua camiseta grudava em seu corpo por não ter se secado direito.

Revirei os olhos, levantando-me, peguei uma das tolhas e joguei em sua cabeça começando a seca-lo direito, não sabia se um tritão poderia pegar uma gripe, resfriado o que fosse. Todavia, ele parecia não se importar em ser secado.

Voltei para quarto pegando o pente para penteá-lo. Seus cabelos mesmo vivendo no mar eram macios e tão bons de tocar.

— Você gota de que estilo de filme? — Puxei assunto enquanto o penteava.

Hairu olhava para Milk que brincava com uma bolinha que fazia barulho, o doido jogava o objeto pela sala e se batia em tudo para caçar seu brinquedo.

— Nunca vi um filme, apenas parte de um.

O fitei.

Realmente morar debaixo da água não deve ser tão divertido assim. Mas a melhor parte é que você podia viver em um filme de aventura. Olhei para a pilha de DVD's e logo para a TV.

Certamente estaria passando algum filme na TV fechada.

Liguei o objeto dando o controle para Hairu que piscou não entendendo para que servia aquilo. Seguiu seus olhos para o televisor, sorrindo, vendo que passava uma novela que nem sabia o nome.

Feliz apertou o controle mudando de canal e se assustando. Ele me olhou achando que tinha feito alguma coisa.

Cai na gargalhada.

— Você apenas mudou de canal.

O ensinei a mudar de canal, aumentar e diminuir o volume.

Ele ficou intrigado mais ainda com o controle do que a televisão. Apenas ri daquelas cenas. Era divertido tê-lo ao lado, imagina quando o mostrasse o cinema!

Hairu achou um filme depois de minutos, também não sabia que filme era apenas sabia que era do gênero ação. Ele segurava o controle enquanto pregava seus olhos no filme e não entendia quando começava as propagandas.

Apenas sei que escorrei a cabeça em seu ombro e dormi. Sem ter qualquer daqueles sonhos malucos que tive na noite passada, parecia que eu conseguia escutar o filme, Milk brincando com o brinquedo... Mas estava cansada, queria ficar acordada e ver todo aquele filme, porém, antes das onze da noite eu dormi.

Quando acordei no dia seguinte, minha cabeça doía. Milk pulou na cama avisando que queria seu café e estranhei estar na cama. Ele teria me colocado aqui?

Pelo menos sabia o que uma cama servia.

Sorri, levantando-me.

Uma manhã de sábado, abri as janelas e segui Milk até a cozinha parando no meio da sala vendo meu invasor dormindo no sofá.

Balancei a cabeça chegando mais perto dele, vendo-o que se tapava com a toalha que tinha tomado banho. O observei vendo que sua respiração era ofegante mesmo quando dormia? Isso era normal?

Pisquei tocando em sua face com delicadeza, ele suava muito.

— Hairu. — O chamei preocupada.

Ele abria os olhos com dificuldade.

Fitando-me com aqueles olhos azuis, ele abria a boca como se tentasse puxar ar.

O que está acontecendo com ele?

Água!

Era isso!

Ele precisava de água.

Tentei faze-lo se sentar enquanto ia em direção ao banheiro abrindo as torneiras para encher o máximo da banheira. Talvez isso o ajudaria. Voltei correndo o puxando até o banheiro, e lá o ajudei a tirar suas roupas da parte de baixo para sua cauda vir.

Não estava confortável em ver um tritão que recém tinha conhecido nu, mas ele precisava da minha ajuda agora, não do meu lado consciente. E sem fechar os outros ou resmungar, o despi para finalmente ele se jogar dentro da água e sua cauda apareceu muito rápido.

Sorte que tinha uma banheira grande.

Realmente era verdade. Sua cauda vinha tão rápida que poderia rasgar suas calças. Pensei que ele apenas estava brincando.

Sua respiração se acalmou enquanto ele mantinha sua cabeça debaixo da água e seus olhos fechados. Vi suas guelras fazerem movimentos, seus braços tinham leve escamas e uma barbata que pegava do cotovelo até metade do braço para baixo.

Ele deveria ser muito belo entre sua raça. Sentei ao lado da banheira o observando mais tranquila. Sua cauda ficava um pouco para fora da água pela banheira ser pequena demais para ele, mas pelo visto ele não se importava com isso.

Tinha comprado aquele apartamento por cauda da banheira que sobrava espaço para mim e Milk. Ok, talvez tenha exagera nela em ser grande, mas ele não parecia se importar de um pedaço de sua cauda ficar para fora.

Minutos depois, ele começou se mover, sorri pensando que ele levantaria cabeça e diria que estava bem, entretanto, ele se encolheu agarrando sua cauda ficando em posição de conchinha.

Suspire, ele iria ficar bem, certo?

Milk adentrou o aposento miando. Levantei-me pegando o gato e indo em direção a cozinha. Seria melhor deixa-lo descansar agora. Deu o café para Milk. e em seguida comecei a fazer torradas, será que ele podia comer qualquer comida humana?

Com medo, passei apenas manteiga nas torradas deixando-as em um prato.

Já era meio dia quando vi que Hairu reagia acordando. O mesmo levantou a cabeça me fitando, tinha passado o tempo inteiro ao seu lado com Milk dormindo também.

— Dei problemas? — sussurrou ele com a voz preocupada.

Sorri, o abraçando contente.

Milk pulou do meu calo miando furioso pelo meus atos rápidos.

Ele piscou.

— Você me deixou preocupada! Deveria me avisar que não aguenta tanto tempo fora da água.

— Eu aguento, mas ando muito no mundo humano para vê-la, assim inalo mais oxigênio das árvores do que da água.

Ele me contava que precisava ter mais oxigênio tirado da água para conseguir ficar firme no mundo humano. O sol também os afetava rapidamente ressecando sua pele fazendo-os ficarem muito cansados a ponto de desmaiarem ali mesmo, e morrer se ninguém salvar.

Como humanos tinham como fraqueza a água, os tritões tinham como fraqueza nosso sol principalmente.

— Obrigado por me ajudar.

Afastei-me sorrindo.

— Quero leva-la a meu mundo. — Ele balançou a cauda feliz. — Aceita?

Suspirei.

Como negaria isso a um tritão que me olhava com um par de olhos brilhantes?

Sorria assentindo.

— Me fale como consegue roupas e aceito.

— Onde consigo roupa será onde terei que levá-la.

Arquei a sobrancelha.

— Confie em mim. — Ele estendeu a mão em minha direção. — Não irei devora-la. — Riu ele fazendo-me me lembrar do nosso primeiro dia.

Certamente, não iria me devorar.

Suspirei ainda sorrindo.

Aceitei colocando minha palma sobre a dele. E pelo seu olhar estava fazendo muito mais do que aceitar um convite de um tritão. Ria disso.

— Se arrume.

Pelo visto iriamos hoje.

Como seria debaixo da água? Como seria o mundo dele, dormia como? Comiam o que?

Sai do banheiro com aqueles pensamentos.

Iria conhecer mais daquele 


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo será narrado pelo Hairu ♥

Estão preparados? ehhehehehe

Que acharam da cena deles ♥ E do Hairu invadindo o apartamento e cantando na banheira? kkkkkkkkkkkkkkk Esse é o Hairu :v

Então, espero que tenham gostado, e desculpem o atraso.

Deixem seu comentario, será muito bem recebido ♥

Bjs bjs, até próximo capitulo



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