em certeza que quer entrar por time?
— Tenho. Pra ficar vendo você com essa roupinha que te deixa lindo.
— Nat, é sério. Esses caras são violentos. Não vão te poupar só porque é garota.
— Porque me poupariam por ser garota? Porque são machistas como você?
— Não sou machista. Longe de mim, sei muito bem do que vocês, garotas, são capazes. É que me preocupo muito com você, e você nem tem idéia do quanto. Acredito plenamente em você quando diz que sabe jogar. Mas se se machucar... Vai doer.
— Claro que vai doer. Mas eu aguento.
— Não precisa aguentar. Natasha, exatamente por ser uma garota invadindo o espaço deles, vão querer esmagar você. Talvez nem alguns membros do time como o Boyster vão te aceita.
— Ah o Boyster. Ele tá no time né? Que ruim. Agora sei porque perdem.
— Nós ganhamos mais vezes que perdemos. - ele rendeu as mãos.
— Steve, eu quero fazer isso. Não preciso da sua permissão.
— Eu sei Natasha. Também não precisa do meu concelho, mas posso dar mesmo assim. Vai entrar pro time?
— Vou.
— Tudo bem. Bem vinda ao time novata. Vou te esmagar nos treinos. - ele estendeu a mão pra ruiva.
— Ah então vai ser assim? - ela pegou a mão dele. - Obrigada. Eu vou te fazer chorar igual a um bebê. - Eles sorriram.
(...)
— Se não sentar com a gente eu vou te carregar até lá. - Steve disse.
— Não.
— Eu estou avizando. Vou te pegar no colo e te levar pra lá.
— Eu tenho escolha?
— Não.
— Eu sei. Tudo bem. - Eles foramforam até as duas mesas onde estavam Pietro, Sam, Bucky, Bobbi, Clint ,Tony, Pepper, Wanda, Visão, Thor e Jane. Steve se sentou ao lado de Bucky, com Natasha ao seu lado e Bobbi do outro.
— Até que enfim você veio! - Wanda bateu palmas. Bucky, Sam, Tony, Pietro e Clint suspiraram e deram 10 dólares pra Steve.
— É claro que vocês apostaram. - Natasha revirou os olhos.
— Não fica brava ruiva. Achamos que ele teria que te carregar, e todos botavamos muita fé nisso. - Tony sorriu.
— Acho muito legal você ter sentado aqui não é Tony? - Pepper cutucou o namorado.
— Am... - Uma loira interrompeu Tony e chegou perto de Natasha.
— Natasha, quero me desculpar por tudo que eu fiz. - Sharon disse.
— Ah, então senhora oxigenada...
— Que bom que aceita. - Ela abraçou Natasha, que fez uma careta. - Peguei o último bolinho pra você. - A loira deu o bolinho pra Natasha.
— Obrigada. - Sharon sorriu e saiu rebolando. - Isso foi estranho.
— Muito. - Todos concordaram.
— Pera aí você vai comer?! - Clint disse.
— Amo bolinho.
— NATASHA NÃO TOCA NISSO E CANCELA E AMENDOIM - Natasha cuspiu o bolinho rapidamente.
— O que tem canela e amendoim? - Steve perguntou.
— Eu sou tipo muito alérgica aos dois.
— Ela invadiu sua ficha médica? - Wanda perguntou.
— Não coloquei isso na ficha médica da escola, então não quero nem saber como ela descobriu. Aliás, vou descobrir agora. - ela se levantou.
— Ei, Ei. - Steve a segurou. - Não deixa ela te atingir assim.
— Quem vai ser atingida é a cara dela.
— Uuuh briga de garota! - Pietro disse. Wanda o chutou por baixo da mesa. O sinal tocou.
— Salva pelo gongo. - Natasha disse.
— Vai pro seu primeiro treino hoje Romanoff? - Clint perguntou.
— Fazer o que. Ele me quer no time.
(...)
— O treinador pediu pra mim te ajudar com o uniforme. Ele mandou fazer pessoas novas pra caberem em você. - Wanda disse animada.
— Não se anima, eu sei colocar isso e muito bem. - Natasha saiu vestida do vestiário.
— Tá um arraso Natasha!
— Pode me chamar de Nat. - Wanda sorriu.
— OK, Nat. Agora vai lá e mostra pra eles quem é a alfa aqui! E conquista mais ainda o coração do Rogers lá...
— O que disse?
— Nadinha. Arrasa gata.
POV Natasha
Comecei a sair do vestiário, e fui pro campo onde eles se alongavam. Eles pararam e olharam pra mim. Com razão. Quem foi obrigada a usar um tênis com gliter que reflete no sol e brilha no escuro?
— Romanoff! - O treinador John gritou. - Preste atenção. Nós somos uma equipe séria e...
— E é por isso que o Pietro está com um a blusa de patinho?
— Ah. Não, mas... Ok. Você venceu. Preste atenção de novo, nós pegamos pesado nos treinos e no jogo também. Eles vão tentar te derrubar, mas você vai esmaga-los independentemente de ter cabelo longo ou não. E não eu não falo isso pro Thor, mas sim pra única garota no grupo que vai mostrar do que é capaz. Me entendeu novata?
— Sim senhor treinador John - eu sorri.
—Vai se alongar com eles. E põe esse capacete na hora certa.
— Você não amarelou. - Tony disse
— Você botou fé nisso? - Steve sorriu.
— Mocinhas! Ah merda, agora que tem uma mocinha no time tenho que achar outro apelido pra vocês. Vai ser maricas! Não, batatas! Isso, vou chamar vocês de batatas. Ok Batatas! 10 flexões! E você Romanoff pode fazer com os joelhos... - Eu me abaixei e comecei a fazer as flexões normalmente. Eles acentiram e começaram a fazer também. - Chega. Duas voltas trotando na pista!
Fomos em direção a pista e obedecemos a ordem exagerada do treinador. Pietro na frente, já tinha ouvido dizer que ele corre muito. Boyster se aproximou de mim seguido de Abraham e Lyncon, os gêmeos idiotas da sala dois. Boyster me empurrou do nada me fazendo cair.
— Não entre no meu caminho. - os gêmeos riram e continuaram correndo. Steve chegou perto de mim e me ofereceu a mão. Eu a peguei e ele fez força me levantando.
— Idiota. - Eu resmunguei.
— Você tá bem?
— Sim.
— Não se vinga dele desse jeito. Só vai render uma advertência. Ainda tem mais três anos aguentando o Boyster, e se levar mais advertências como levou em três meses, não dura nem um ano. Não vale a pena te perder pra isso.
— Me perder?
— É, quem vai me dar aulas? - eu ri.
— Quer estudar hoje?
—Tudo bem.
— Romanoff, Rogers! Deixem o namorico pra depois! - John gritou.
— ele falou namorico? - Eu ri.
— Falou. - começamos a correr.
(...)
Estávamos em posição, prontos pra jogar. 11 em cada time, a gente com a camisa azul escuro e o outro claro.
— Vai! - Thor gritou passando a bola pra Steve. Desformamos a formação, e o bolinho de gente do outro time foram em cima dele. Ele lançou a bola pra Tony, que a pegou e correu. Ele ficou cercado, e lançou a bola pra mim. Me afastei pra pega-la, mas não deu certo porque Boyster se jogou em cima de mim. Porra, éramos do mesmo time! Ele caiu em cima de mim, e eu coloquei o pé em sua barriga e o empurrei pra longe. Tirei o capacete e joguei no chão.
— Qual o seu problema comigo?
— Confundi. Seu tênis com gliter me cegou.
— Eu devia... - Steve me segurou por trás. Agradeci por isso, porque acho que teria rasgado a garganta dele.
— Chega. Boyster, na próxima coloque seus óculos. E que tênis é esse? - O treinador colocou as mãos na cintura, o que foi bem bizarro.
— A garota que mora lá em casa encheu meus sapatos de glace rosa.
— Sua irmã confundiu seus sapatos dark com um bolo da Katy Perry? - Tony sempre ironizando. Mas foi e exatamente isso que aconteceu.
— Ela não é minha irmã. - eu disse limpando a clorofila que agora estampava a blusa azul.
—Você está bem? - Steve perguntou fofo.
— tô. Obrigada, por me segurar. Iria ser mandada para um manicômio. - ele riu. Uma Pepper raivosa apareceu marchando na grama. - Pepper, seus sapatos são caros de mais pra sujar de clorofila.
— Qual o problema do Boyster? Nós vimos tudo. E agora vou dar uma palavrinha com ele.
— Nananina não. Deixa esse idiota pra lá. Só o olhar que Steve está dando pra ele a cada dez segundos, já mata. - Steve cerrou os olhos em direção a Boyster de novo, sem se tocar que virou o motivo da conversa. Pepper riu.
— Ah, e eu Bobbi e Wanda nos escrevemos pra ser líder de torcida. O Poou ofereceu dois pontos a mais pra quem se escrevesse, porque estamos com falta de líder de torcida. Então vale a pena fazer essa coisa ridícula.
— Hm, sei lá... - ela riu.
— Ô treino acabou assim do nada?
— Bom, sendo que estão todos sentados comendo rosquinhas... Sim.
(...)
— 1+1?
— 3. - eu ri. - Sério, pode parar. - Steve disse.
— Tudo bem, começaremos amanhã com formas geométricas. Já terminamos álgebra, depois pra geometria, depois pra números racionais dos fáceis até os nível macumba do Loki. Começamos desde o sétimo ano. Tem idéia?
— Tenho. - Ele riu. Meu telefone tocou.
— Desculpa. Preciso atender.
— Tudo bem.
— Alô? - fui até o outro canto da varanda.
— Querida? - Não pode ser. Aquela voz... Impossível... Não pode ser ele.
— Tio Robert?!
— Sim sou eu... Sei que tem motivos pra desligar e me ignorar, ou ligar pra polícia... Mas não faça isso. Vou viajar pra Washington em uns dias. E te levar pra Rússia de volta com a aprovação do júri. Viu conseguir sua guarda. - Não não não não não... Não quero ir com esse monstro! - Natasha querida, está aí? Sei que está aí, mas está surpresa de mais pra falar. Não precisa falar com Fury e Hill, porque quando chegar vou explicar tudo. Boa noite.— Meus olhos se encheram de lágrimas e senti meus minhas pernas ficarem dormentes. Ele desligou. Não poderia ser real... Não poderia... Por que?
— Nat? - Steve se aproximou de mim. Senti uma lágrima escorrer a força dos meus olhos, seguida por outras. - Nat... - ele pegou o telefone da minha mão. - Natasha você está pálida... O que foi? - Não tirei os olhos das árvores. - Alguém morreu? Posso fazer algo...?
— Só... Cala a boca. - eu o abracei e comecei a chorar. Ficamos assim até minhas pernas implorarem pra sentar. - Vamos pra dentro, Está ficando frio. Sentamos no sofá e ele pegou a coberta que guardava no armário. - Quer falar sobre isso?
— S-sim. - eu limpei as lágrimas. - O... Meu tio... Ele está vindo pra cá. Da Rússia...
— E o que tem de mais nisso?
— Ele tem uma máfia. A maior da Rússia. Ele é um criminoso. E me batia toda vez que falava alguma coisa que ele não gostava. Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Se eu dissesse que respirei fora de casa, ele me batia. E quando tinha dez anos, me mandou pra um orfanato na Suíça, e adivinha? Eu não falo suíço! Eles eram terríveis comigo, não tinha amigos, jogavam comida em mim, me jogava no chão... Lá tínhamos aulas, e eu aprendi a me defender. Hill e Fury fizeram uma viajem pra lá, e foram achar um filho no orfanato, já que ela é infértil. Eles me escolheram. E depois, descobri que meu tio causou o acidente dos meus pais. E não tem nada, nada mesmo que possa usar pra prende-lo. Ele não deixa rastros nem testemunhas. Tudo que pensar pra uncrimina-lo, Hill e Fury já tentaram. Cinco vezes. Essa é a história da minha vida Steve. E eu sinto muito que tenha que ouvir tudo isso. Me deixa sozinha, é melh... - Steve me puxou pra perto e me beijou. Primeiramente, pensei em chuta-lo, mas não consegui. Só pude passar os braços em sua nuca e o puxar pra mais perto, como se fosse possível.