I'm here escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 27
E se o pai dela for o Chaning Tatun?




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Steve e Natasha resolveram mudar de local de estudo. Depois de treinar de tarde na escola, eles se encontraram no parque e estudaram lá mesmo. Steve implorou por uma pausa, e eles aproveitaram pra conversar.

— Eu... A última festa de Halloween eu perdi a pessoa que mais amava no mundo. –ela disse. Steve a olhou por alguns segundos.

— Tudo bem. Se não quiser ir, tudo bem.

— Mas você estava animado... Eu só... – ela abaixou a cabeça, engolindo o nó que se formava em sua garganta.

— Não importa. Sério, eu estou dizendo que não tem problema, então não tem problema. Eu só acho que deve abrir portas para coisas novas. Mesmo que elas lembrem o passado, acho que vale a pena ter momentos novos. Mas eu te entendo. De verdade, eu nunca mais fui pra Seattle depois de Peggy. Que tal irmos no cinema sexta então?

— Não, eu vou pensar nisso. Você tem razão. Não é nem remorso do passado, é só... Eu tenho medo que aconteça o mesmo com você. – ele a olhou com um olhar compreensivo. – Ainda mais que... Não descobriram quem foi.

— Não vai acontecer de novo. As circunstancias mudaram, e eu não sou Cooper. E eu sinto muito se isso pareceu frio, mas eu não sou ele. Mas como eu já disse, não tem problema se não irmos. – Ela desviou o olhar dos olhos de Steve e os direcionou pra grama. – Olha pra mim. – ela não o olhou. Só piscou pra conter as lágrimas. Ele segurou seu queixo, e a fez olhar pra ele. – Eu te amo. – Steve sorriu.

— Eu sei. Eu também. Tudo bem, só... Não entro naquela casa.

— Como quiser. – ele a beijou. – O que acha de ir comprar um vestido pra você?

— Você existe mesmo? Um namorado que pergunta se a namorada quer ir compra roupa? Mas é claro que quero. – ela deu de ombros escondendo um sorriso.

— Agora vou jogar futebol com meu pai. – ele sorriu.

— Sério? De nada.

— Convencida. Que tal cinco horas? Me manda uma mensagem com a loja, nos encontramos lá.

— Tudo bem. Tenho que ir da qui a pouco. Hill me mandou arrumar o quarto e se eu não tiver arrumado até ela chegar, você não me vê amanha. – ele riu. O celular dele tocou.

— Alô?

— Você é Steve Rogers?

— Sim. Quem fala?

— Meu nome é Alisson. Alisson Grant. – Steve parou de respirar.

— Como?

— Sim, você tem uma meia Irmã. Me desculpe te ligar de surpresa... É que... Eu quero te conhecer.

— A-Am e... Você está em Washington?

— Sim, meu pai está aqui também.

— Espera, bem. Isso é muito doido. Como eu vou saber se você está falando a verdade?

— Eu tenho uma carta dela pra você. — Steve parou digerindo as informações.

— Você... Pode me encontrar amanhã na pizzaria feronzze?

— Sim eu sei onde é. Pode ser... Seis horas?

— Claro. Tudo bem.

— Obrigada, tchau Steve.

— Tchau. – ele desligou o telefone e o encarou por um tempo.

— O que foi?

— Eu tenho uma irmã. – ela o olhou pasma.

— HAN?

— O nome dela é Alisson Grant sei lá o que. Ela e o pai estão aqui, e... Vou me encontrar com ela.

— E você está bem com isso?

— Por que ela não me contou?

— Talvez planejasse... e... Bem, aconteceu. Talvez ela tenha ficado em dúvida da sua reação. E se o pai dela for o Channing Tatun? Eu não prometo que não irei agarrar ele. – ele riu.

— É. E minha mãe é velha pra ele.

— E se for o George Clooney? Perdão, mas ele é lindo, e velho. Oh, e se for o Robert Downey Jr?

— Vou te deixar com suas fantasias. Meu Pai está ali. Então não esquece o nome da loja okay?

— Aham. – ele beijou a bochecha dela. Ela sorriu, e saiu andando. Ele foi até o encontro do pai.

— Tudo bem? – ele perguntou.

— Aham, é que eu acabei de descobri que tenho uma irmã. – ele engasgou. – Ah, uma meia irmã. O nome dela é Alisson, vou me encontrar com ela.

— Tudo bem?

— Você só vai falar isso? Até a Nat falou mais coisa, do tipo “e se o pai dela for o Channing Tatun?” Foi mais interessante que “Tudo bem?”

—  Bem... E se o pai dela for o Chris Evans? – BIZARRO. Desculpe, narrador só narra, respira.

— Vamos jogar logo pai. – Eu sorri.

(...)

POV Steve

“La fourrie” é o nome da loja que Natasha mandou. Já to até vendo: Meias custando mil dólares.

Encarei a loja lotaaaaaaaaaaaaaada de vestidos. Essas horas serão longas. Avistei minha ruiva pirando no meio dos vestidos. Parei observando seus olhinhos brilharem até que ela me viu e sorriu. Eu aia até ela até que uma atendente atirada praticamente me agarrou. Eu tentei desviar o olhar e das cantadas dela, e olhei pra ruiva que parecia um pimentão.

— Steve! – ela me chamou, fazendo a mulher olhar pra ela. Fui até Natasha e ela me deu um beijão, fazendo as atendentes correrem.

— Obrigada?

— Claro que sim. – ela entrelaçou nossos braços. - Eu já fiz uma pilha enorme de vestidos. – ela apontou pra um cabide com milhões de vestidos de cores diferentes. Arrependido eu estou.

— Meu Deus. – eu disse com os olhos arregalados. Ela me puxou e me fez sentar numa cadeira, e pegou um vestido preto. Uns minutos depois, ela voltou vestida com ele. Eu sorri.

— Você está linda, maravilhosa, podemos ir em bora agora.

— Nada disso, esse não ficou bom. – ela disse se virando pra olhar no espelho.

— Não não não não, ta linda Nat... – eu disse colocando as mãos no rosto.

— Vou pro próximo. Me da esse roxo. – puxei um vestido longo da pilha, e dei pra ela. Ela fechou a cortina.

Em três horas, Natasha experimentou 47 vestidos, e cada hora vinha com uma desculpa do tipo: “Não combina com o penteado que eu quero” ou “Só dá pra usar esse de sapatilha” E eu acabei dormindo. Uma Nat veio me acordar. Merda, eu estava sonhando com essa loja sendo queimada junto com essas atendentes.

— Steve? – pisquei os olhos. Melhor nem comentar sobre o sonho, ela vai me botar pra dormir.

— Hm?

— Acabei. Já escolhi o vestido.

— Sério? Qual?

— Você verá no dia. – Ela sorriu maliciosamente. Vou acabar agarrando ela aqui mesmo.

— Ahhhhhhhhhh eu quero veeeer. – eu fiz biquinho.

— Não. Vamos, seu encontro com tua meia irmã é em uma hora. – ela me deu um tapa no ombro, e saiu me puxando.

(...)

POV Narrador

Steve estava sentado em uma das mesas, encarando o cardápio. Da última vez que ele saiu com alguém da família, essa pessoa morreu. Isso assutava ele um pouco. Mesmo ele não conhecendo ela, ela era família, uma das únicas coisas que sobrou da mão.

— Steve? – ele levantou os olhos e viu uma garota loira de olhos azuis sorrindo. –Sou eu.

— Oi... – ele se levantou e apertou a mão dela.

— Desculpe o atraso, meu pai ficou de paranoia – ela deu um sorriso de orelha a orelha.

— Sei como é.

— Seu pai também é paranoico as vezes?

— Não, minha namorada. Ela ficou tipo “E se o pai dela for o George Clooney?” – ela riu.

— Meu pai não é o George Clooney. A paranoia do meu pai é mais pra...              “E se ele te sequestrar e te levar pra Nova Zelândia e vender seus rins?” – ele riu.

— Não vou vender seus rins. – Um garçom se aproximou.

—Ciao! Bounasera mis amigos! Querêm fazer os pedídos? – ele disse com um sotaque Italiano.

— Sim, Pepperoni. – eles disseram juntos. – e calabresa. – eles se olhararam.

— Mamma mia banbinis, vocês ten gostos parecidos! Já irei trazer os pedidos! – eles assentiram. Ficou um silêncio constrangedor entre eles. Ela fitava as próprias unhas, e ele fazia o mesmo.

— Am, então, pretendem ficar aqui por quanto tempo? – Steve criou coragem pra puxar assunto.

— Indefinido. Talvez alguns anos, porque meu pai ficou acabado com a morte da mamãe. Ele quer se livrar da nossa antiga vida, e do que restou dela. Então... Viemos pra Washington. Um local mais reservado, e aqui corre menos risco da imprensa me descobrir. Ela quis deixar em segredo o casamento com meu pai, e por incrível que pareça deu certo. – ela deu de ombros

— Já tem escola?

— Não, meu pai ainda está providenciando isso. Provavelmente será a mesma escola que a sua. Vi o site com uma ótima referência de lá.

— É, lá é legal. Está em que série?

— Primeiro ano. Isso porque eu pulei o segundo, o terceiro e o quarto ano do fundamental.

— Então minha irmã é uma nerd?

— Modesta parte.

E apartir dai, eles conversaram o resto da noite, e Steve sentia que estava familiarizado com a irmã, e que ela era uma parte boa de sua mãe.


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