Natasha estava dormindo em cima de mim a duas horas. Peguei um livro qualquer e fiquei servindo de travesseiro de Nat em quanto fazia carinho em seus cabelos. Ela começou a se mexer. Fixei os olhos sela em quanto a ruiva piscou os olhinhos.

— Boa tarde, melhor boa noite. Confortável? – ela sorriu.

— Muito. – ela esfregou as íris verdes.

— Teve pesadelos?

— Não. Sonhei com você. – Ela disse se sentando no meu colo.

— É? E foi bom?

— Foi. – ela mordeu o lábio sorrindo. – Foi mal, eu não mando nos meus sonhos... – eu ri, convencendo a mim mesmo que não iria corar.

— Isso está te deixando doida né?

— Não, quando você estiver pronto. – Ela passou os braços no meu pescoço e deitou a cabeça no meu ombro.

— Vai dormir de novo?

— Não. Amanhã tem aula... E sexta é o baile de Halloween. Vai comigo né?

— Claro. Quer que eu te leve em casa?

— Não precis... Ah você vai mesmo, o que adianta negar?

(...)

— Entregue. – Ele sorriu pra ela.

— Obrigada Steve. – ela me puxou pela nuca e me beijou. – Até amanhã. – Ela fechou a porta do carro, e eu a observei entrar em casa, e dei partida com o carro. Desci as ruas até a minha casa. Eleanor gritava com Bucky sobre suas notas em espanhol, o que - puta merda – Me lembrou que sexta é a prova de segunda chance, e não estudamos tem muito tempo.

— Oi filho, como foi na escola? – meu pai perguntou.

— Pai, hoje é domingo.

— Ah, é. Acho que estou ficando velho. E o que acha de jogar futebol americano depois que sair da aula amanhã?

— Pode ser. Mas eu preciso estudar hoje. – sorri.

— VIU JAMES? Steve estuda! – Eleanor gritou. Corri pro andar de cima antes que ele me jogasse um prato. Disquei o número de Natasha.

— Oi Stev...

— APROVAÉSEXTAEEUESQUECI.

— Que?

— A PROVA É SEXTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

— Tudo bem, temos um problema. Falta só... Metade da matéria... Jesus Rogers, como você é irresponsável!

— Ei, Eleanor acabou de me usar como um bom exemplo pra Bucky.

— Ela não te conhece. CASA DA ÁRVORE EM TRÊS MINUTOS SACOU?

— Ta bom general Romanoff.

— General o que?

— Nada meu amor.

— Hum. Bom mesmo. – ela desligou. Vamos para a casa na árvore então.

(...)

POV Narrador

Estávam estudando a meia hora, e ele só conseguia olhar pra Natasha.

— Para de olhar pra mim e olha para as porcarias de números. – ela disse.

— É que minha professora me distrai.

— Rogers seu... Seu... Argh olha assim não vai dar.

— É. Eu não vou conseguir fazer isso. Não vai dar assim. Eu desisto. – Ele se levantou e foi pra fora da casa. Natasha suspirou e foi atrás dele.

— Não foi isso que eu disse Steve... Ouça, você é muito inteligente. Não devia se basear nas suas notas pra isso. É so... Se esforçar. Eu sei que você consegue, e não vai desistir porque você me ensinou a não desistir. Vamos voltar para aquela porcaria de álgebra avnçada de mais para seres humanos. – ele riu.

— Tudo bem. – Ele sorriu. Ela começou a andar pra dentro, mas parou e se virou pra Steve, que sorria parado olhando para um canto.

— Não vem? – ela foi surpreendida com um abraço. – Tambem te amo.

(...)

Steve abriu os olhos devagar. Natasha estava deitada com a cara num livro de matemática, e ele havia dormido sentado no chão com um lápis na mão. Ele se levantou sentindo dor nas costas e começou a sacudir Natasha.

— Nat... – ela gemeu em resposta. – Natasha vambora mulher são dez e meia da noite.

— Me leva? Não consigo dar nem um passo. – ela disse esfregando o rosto.

— Descer as escadas?

— Não o morro. Agora me puxa. – ela estendeu a mão a ele. Ele a puxou e arrumaram as coisas. Natasha desceu na frente e Steve em seguida. – Cavalinho. – ela fez biquinho.

— Vamos. – ele revirou os olhos. Natasha subiu nas costas dele.

(...)

Eu entrei em casa e Bucky estava na cozinha estudando.

— Ei cara. – eu disse.

— Hola Steve. Yo estoy jodido. Sim, essa é a única coisa que aprendi estudando quatro horas.

— Não vai nem fazer piadas sobre eu estar chegando em casa onze horas?

— Não, estou cansado demais.

— Natasha é fluente em espanhol, eu posso pedir pra ela te ajudar.

— Sério? Seria ótimo. Assim minha mãe se orgulha de mim talvez.

— Olha... Ela está orgulhosa, eu tenho certeza. Ela tem motivos para isso. É só preocupação com seu futuro.

— A Nat é assim também? – ele sorriu.

— Não. Mentira, é sim parecia a minha mãe as vezes! Não conta pra ela, ou ela mata nós dois.

(...)

POV Natasha

Levantei num pulo da cama. Depois do pesadelo na noite passada, eu precisava desesperadamente ver Steve. Fiz minhas higienes, e coloquei uma saia preta rodada e curta, com uma blusa preta justa com mandas caídas. Calcei umas botas estilo cutuno, fiz uma trança embutida, e passei um batom vermelho. Sai correndo pelas escadas, dei um beijo em Hill e Fury oi pra Skye e disse que não iria comer. Pepper veio me buscar, já que meu carro está detonado até hoje.

Ignorei elas cantando One Direction, e desci voada do carro. Fiquei uns minutos esperando Steve aparecer em frente ao armário dele, mas ele não veio. O sinal tocou e eu fui para a aula de Literatura. Passaram quinze minutos da aula e nem um sinal de Steve. Fury apareceu na porta, e o professorabriu. Ele olhou triste pra mim, e veio pra perto de mim.

— Natasha, Steve sofreu um acidente de carro. – ele cochichou para que só eu ouvisse. Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Levantei da cadeira voando.

— Pepper me empresta seu carro – eu disse piscando freneticamente para conter as lágrimas.

— Hã? – ela obedeceu e me deu as chaves.- Nat! -  Sai correndo pelos corredores sem minha bolsa, e liguei o carro de Pepper. Meu Steve estava correndo perigo.