Onde Mora o Coração escrita por Annie Felicity


Capítulo 1
Desespero de Mãe


Notas iniciais do capítulo

Não, gente, não voltei com as long fic's. O que aconteceu foi o seguinte: eu tive a ideia de fazer a fanfic "A filha do chefe" em 2013, e na época eu comecei a escrever, só que teve um problema no HD do meu pc e ele precisou ser formatado, e eu achava que havia perdido tudo que havia escrito. Então criei uma nova versão da fanfic ano passado (que foi a que vocês conheceram).
Só que para minha surpresa, ontem eu olhando os vários pen drives que tenho, achei esses capítulos que pensava que havia perdido, então eu li, acabei me inspirando e finalizando e os dividi em 10 capítulos e agora resolvi postá-los. Então vai ser em média 1 capítulo por dia, e eu só precisar revisá-los e postá-los. Ela é mais focada em Emily e Hotch.
Espero que curtam essa versão, o tanto que curtiram a outra.



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Universidade Stanford (Palo Alto, Califórnia), 10 de Agosto de 2015 (Segunda-feira).

Era por volta das 10 da manhã, quando cinco meninas saiam do ginásio da Universidade Stanford da Califórnia, elas usavam uniforme de time de vôlei da Universidade George Washington: short curto preto colocado, uma camiseta vermelha com preto também colada ao corpo, com meiões brancos até altura dos joelhos, os tênis tinham das mais diversas cores, cada uma com o tênis de uma cor diferente: amarelo, preto, branco, azul e rosa. E também usavam o casaco por cima.

Quatro delas iam na frente, rindo: Valentina Perrete era a primeira, uma negra, cabelos cacheados, aparentando ter um pouco mais de vinte anos. Michele Benson, a segunda, era uma morena, cabelos castanhos claro, curtos lisos, que aparentemente tinha uns 25 anos. A terceira era Wendy Prentiss, uma jovem morena, cabelos negros longos, que estavam presos num longo rabo de cavalo, tinha 18 anos. A quarta jovem era Ravenna Pierce, também com os cabelos longos presos, mas eram loiros escuros, branca e também tinha 18 anos. Enquanto Dana Chelsea, loira, cabelos na altura dos ombros, olhos azuis 25 anos, vinha atrás emburrada.

— Nunca pensei que para irmos à final do campeonato nacional dependeríamos de duas calouras — disse Michele — vocês entraram muito bem e decidiram o jogo para a gente — Michele se referia a Ravenna Pierce e Wendy Prentiss.

— A Dana só estava levantando “jaca” para a gente hoje, mesmo com o passe na mão — provocou Valentina — Wendy distribuiu muito bem as bolas, sempre deixando a gente no bloqueio simples, com certeza é a nova Alisha Glass.

— Também não exagera, Alisha Glass é uma das maiores levantadoras do mundo da atualidade, com certeza não chego nem aos pés dela.  E outra gente, foi só uma inversão 5X1 que deu certo — falou Wendy percebendo o incomodo da Dana.

— Podemos ir para o micro ônibus logo? — disse Dana — temos uma final amanhã para jogarmos, por isso quero descansar para treinarmos agora a tarde, dormir cedo e acordar bem, pois sou eu quem vai começar jogando — falou encarando Wendy — eu sou a levantadora titular e capitã do time ainda.

Dana foi em direção ao micro ônibus que as esperavam na porta do ginásio.

— Vish... ela ficou mordida — falou Michele em tom de brincadeira arrancando risada das demais, menos Wendy que ficou incomodada com o tom de Dana, afinal era ruim ter esse clima pesado no time.

— Vamos embora, afinal ela está certa — pediu Wendy sendo seguida pelas outras meninas.

Lá dentro já tinham mais 7 jogadoras e 10 líderes de torcida, ao todo 22 garotas. A maioria das garotas se concentraram na parte da frente do micro ônibus, enquanto Wendy foi lá para o fundo descansar. Ela sentou-se na penúltima poltrona da fileira da direita de quem entra, enquanto Dana Chelsea sentou-se na última poltrona da fileira oposta da que Wendy estava.

A garota ouvia música do celular com fones de ouvido, um classic metal para ser mais específica. Ela seguia a viagem ouvindo tranquilamente suas músicas, quando viu uma chamada no visor do celular, era Emily Prentiss, sua mãe.

— Oi, mãe — disse Wendy assim que atendeu o telefone.

— Filha, como foi o jogo?

— Foi muito bom, mãe. Estávamos perdendo por 2X1 em set’s e 21X13 no quarto set. O time da casa tinha tudo para ter fechado o jogo, mas eu entrei com Ravenna na inversão 5X1 e conseguimos virar o set e no tie briek eu entrei como levantadora titular e ganhamos o jogo.

— Nossa filha, fico muito feliz em saber disso.

Dana Chelsea ouvia a conversa e ficava ainda mais irritada.

— Por que teve que escolher uma faculdade tão longe de mim? — perguntou Emily — eu fico morrendo de saudades. Você poderia ter ficado na Universidade Oxford aqui em Londres. Mas não, teve que ir para Washington.

— Mãe, por favor, não vamos falar disso agora. Eu estou tão feliz com a vitória de hoje.

— Filha, eu só estou com saudades.

— Eu também, mãe.

— E seu pai?

— O que tem ele?

— Você já falou com ele?

— Não, eu ainda não falei para ele que voltei para os Estados Unidos, na verdade nem tenho ligado para ele.

— Eu achei que tivesse ido para ai por causa dele... já tem 7 meses que está ai e nunca falou com ele.

De repente o ônibus que Wendy estava deu uma freada brusca e em seguida capotou três vezes. O grito e o pânico foram geral. Emily que ouvia tudo do telefone entrou em desespero.

— Wendy, filha — falava Emily — por favor, me responda. Wendy...

***

Quantico (Virgínia), 10 de Agosto de 2015 (Segunda-feira).

Era por volta de meio-dia quando Morgan, Reid, Elle e JJ estavam às suas mesas no escritório da BAU, eles voltavam ao trabalho depois de terem resolvido em Baltimore e aguardavam serem chamados para outro caso.

— Vocês viram o noticiário? — perguntou Elle — Thomas Filler vai ser levado a júri novamente pela morte da segunda esposa. No da primeira ele foi absolvido, será se dessa vez ele se safa?

— Eu vi — respondeu Morgan — as duas esposas morreram caindo da mesma escada, como as mesmas escoriações pelo corpo, tendo ambas o pescoço quebrado. Quais as chances? Dois raios não caem duas vezes no mesmo lugar.

— Na verdade cai sim — retrucou Reid, recebendo olhares surpresos de todos — o Empire State Building, em Nova York, é um exemplo clássico disso, ele recebe em média 25 descargas por ano. Sendo que já aconteceu do topo do prédio ser atingido oito vezes em oito minutos.

— Reid, na próxima vez que me perguntar por que não arruma uma namorada, eu vou te falar de hoje — falou Morgan. Spencer olhou estranhando para o amigo.

— Que maldade Morgan — disse JJ dando um tapa nas costas do colega.

***

Hotch estava em seu escritório fazendo os relatórios do último caso quando seu celular começa a tocar em cima da mesa, era uma ligação internacional.

— Aaron Hotchner — disse assim que atendeu.

— Aaron, é a Emily.

— Emily? — perguntou assustado. Ele pouco falava com a ex-esposa e sabia que quando ela ligava era por que algo grave aconteceu, e a primeira pessoa que ele pensou foi na filha — aconteceu alguma coisa com Wendy?

— Tomara que não — respondeu Emily apreensiva.

— Emily, conte-me logo o que aconteceu.

— Wendy está na Califórnia num campeonato de vôlei...

— Minha filha está nos Estados Unidos?

— Sim Aaron.

— E vocês não me falam nada.

— Aaron, por favor, ela está há 7 meses fazendo medicina em Washington... mas vamos falar disso depois. Ela estava no ônibus voltando para o hotel e estava conversando comigo pelo celular, depois eu só ouvi uns gritos e não tive mais retorno. Preciso que você veja o que aconteceu, já liguei para a polícia local, mas não quiseram entrar em detalhes e eu sinto que algo grave aconteceu, senão eles teriam me falado por telefone... estou a caminho do aeroporto e vou com Philip pegar o primeiro voo para Califórnia...

— Philip? Ainda está com ele? — perguntou Aaron interrompendo Emily.

— Por favor, Aaron, vamos nos concentrar em achar nossa filha.

— Claro, me desculpe.

— Se informe sobre o que aconteceu e me mantenha informada.

— Certo, eu vou verificar imediatamente.

— Obrigada, Aaron.

— Não precisa agradecer, ela é minha filha, Emily.

Emily desligou o celular. Ela já estava dentro do taxi em direção ao aeroporto com o atual marido. De certa forma conversar com o ex-marido lhe tranquilizou.

***

Hotch após a conversa com a ex-esposa desceu as escadas correndo em direção a sala de Garcia, ele passou praticamente correndo pelos demais agentes que perceberam que algo grave havia acontecido. Assim que chegou, ele abriu a porta de supetão, dando um susto na loira.

— Aconteceu alguma coisa para entrar assim na sala do FBI dos gênios supremos? — perguntou Garcia ainda um pouco assustada.

— Quero que pesquise para mim se houve algum acidente... ou qualquer coisa com um ônibus com jogadoras de vôlei universitárias na Califórnia.

Garcia imediatamente digitou a pesquisa no seu computador.

— Oh... aconteceu um acidente agora pela manhã, por volta das 10 horas. O motorista teve que se desviar de um carro que entrava na contramão, acabou capotando três vezes e por sorte não caiu do alto da ribanceira. No total havia 12 jogadoras e 10 líderes de torcida. 11 jogadoras e 9 líderes de torcida tiveram apenas ferimentos leves, mas uma líder de torcida está em estado grave no hospital e uma jogadora está desaparecida.

— Qual o nome da jogadora desaparecida?

— Wendy Prentiss Hotchner.


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Notas finais do capítulo

Sugestões, críticas (construtivas) e elogios são sempre bem-vindas!

Até amanhã.



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