A passagem do milênio escrita por benihime


Capítulo 7
O nascimento do Assassino


Notas iniciais do capítulo

Fala turma! Beleza ai?
Vamos fazer umas explicações?
Segurem seus corações por que esse capitulo vai ser pesado!



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[Explicação ON]

Ha cinco mil anos atrás um homem que acreditava fielmente no poder das divindades rezava todos os dias pelas vidas das pessoas que lhe eram mais caras. Um dia a pessoa que realmente lhe era mais importante morreu de uma doença desconhecida na época. Agoniado e revoltado pelas divindades em que tanto acreditava não terem protegido seu grande amor ele buscou um jeito de se vingar e encontrou.

Ele descobriu como matar uma divindade e tomar sua vida para si. Ele matou a divindade a quem rezava, matou aqueles que a protegiam e destruiu completamente seu templo.

O problema maior foi que ele não parou por ai; ele criou gosto por matar divindades e começou a juntar pessoas que pensavam igual a ele. As divindades que matava tinham sua eternidade dividida entre ele e aqueles que o seguiam. Ele ganhou, a partir desse ponto, a alcunha de O Assassino – o nome caiu perfeitamente, pois ele nunca havia sido ferido e sempre havia tido êxito em matar as divindades que marcava.

Três mil anos depois, ele invadiu o templo Sorashima para matar a grande divindade Eari. Ela era conhecida por seu grande poder e idade no cargo. Em uma noite, o templo – que ficava entre duas montanhas – foi atacado e aqueles que a protegiam morreram; ela apenas escapou porque o monge que a protegia, e também era seu marido, a tirou a força do local. Naquela noite o assino falhou em matar uma divindade pela primeira vez, o templo Sorashima foi reduzido a cinzas e o chora de tristeza e lamento de Eari pode ser ouvido por todos os cantos.

Quinhentos anos depois, Eari permaneceu escondida do Assassino em uma vila que ergueu para abrigar aqueles que fugiam de guerras e ataques e precisavam de ajuda: a vila de Hirasu. Ela havia tido seu primeiro filho a menos de dois meses e a paz e felicidade do lugar não podiam ser negadas.

Em um dia, antes do nascer do sol, os choros incontroláveis do bebe dela acordaram o casal, que se desesperou ao ouvir gritos de pânico vindo do lado de fora.  Quando saíram encontraram seu filho nas mãos do Assassino e as forças que o seguiam cercando o lugar. Os dois tiveram que se render para que ele soltasse a criança; e quando se renderam foram acertados pelas costas e caíram inconscientes.

Quando recobraram a consciência o terror começou. O assassino ainda estava com o filho de Eari e Anaru (o monge) nas mãos e fez o pior: começou a matar a criança. O desespero do casal em meio a agonia da criança foi a alegria do Assassino. Mas quem ele realmente queria matar e torturar era Eari; então quando a criança morreu ele passou para o monge e o cortou no pescoço para deixa-lo sangrando até a morte em frente a ela.

Quando ele fechou seus olhos já sem forças e em cima de uma gigante poça de seu próprio sangue Eari se descontrolou. Uma forte energia começou a extravasar de seu corpo e ela assumiu a forma de um anjo. Ela possuía três asas de cada lado e usava um leve vestido branco e dourado. Sem se preocupar com o controle e a potência de seu poder ela o deixou extravasar e atacou o Assassino com toda a força que podia.

Ela, então, o feriu no rumo da batalha; e este ferimento virou a grande cicatriz em seu abdômen. Ele estava enfurecido e chocado ao mesmo tempo e os seus subordinados tiveram que retirá-lo a força do local. Ela, porém, não parou! Estava descontrolada e enfurecida.

Anaru, ainda não havia morrido e se colocou à frente de Eari para detê-la com o que lhe restava de suas forças. Ela parou, mas seu coração estava em pedaços; e, mais uma vez, seu lamento ecoou pela noite. O nome de seu filho era Horan, e para jamais se esquecer o por que sua determinação existia, ela deu este mesmo nome a sua organização; e assim nasceu a Ordem de Horan.

O filho que ambos tiveram depois deu origem a Ordem dos Guardiões par garantir que nenhuma outra divindade sofresse como sua mãe sofreu; mas, infelizmente, nada era tão simples assim e as divindades continuaram a serem assassinadas – mesmo que em uma escala menor.

Quando a virada deste milênio chegou, Eari quis utilizá-la para armar contra o assassino e mata-lo. Mas não deu muito certo. Ela acabou entregando todos na virada e ficando sem ação ou como intervir graças ao real plano do assassino e ela tê-lo subestimado.

Quando suspeitei do problema sai às pressas para ir de encontro com minha organização e agir antes que fosse tarde demais. Meu grupo existe a apenas 17 anos; somos bem recentes, mas isso não tira nosso mérito. Ela surgiu acidentalmente, pois nunca me imaginei fazendo o que faço hoje.

Desde aquela coisa toda com o Jami eu comecei a ter muita gente aparecendo no meu site com uma frequência muito maior. A frequência aumentou depois dos incidentes com a Hagoromo Kitsune e a Hyago Monogatari. Eu só percebi o real problema quando os caras começaram a me pedir permissão para agir em qualquer coisa; foi quando pesquisei e descobri que poderia ter formado uma organização de informantes acidentalmente.

Eu, então, juntei todos eles para esclarecer que tudo havia sido um engano mas acabei indo na direção oposta. Eles me convenceram a lidera-los, e... bem, eu acho que foi isso sim. Eu senti que por um momento entendia o sentimento que seu Clã tem por você.

*Ele se referiu a Rikuo, mas a mensagem foi para Yura também. *

Foi então que decidi fazer todos os tipos de faculdades que me ajudassem a ser alguém decente para eles. Eles me ajudaram também e eu usei nossas conversas e sua família como base para organizá-los.

*Ele novamente se referiu a Rikuo – dessa vez as conversas que tiveram a alguns anos atrás. *

Eu descobri pelo pessoal que se envolvesse vocês nisso poderia ser um problema sério. Seres humanos não são bem vistos no meio das informações e eu consegui uma pilha de inimigos e gente que não gosta de mim graças a isso. Eu queria muito contar a vocês a verdade.... Sempre quis! Mas quando pensava nas consequências sempre me impedia de contar.

Aquela vez que desmaiei eu estava sobre muita pressão com essa história de ocultar a verdade de vocês e ainda poder coloca-los em perigo, e isso acabou comigo.  Quando voltei a alguns meses atrás e foi para vigiar o Assassino; bom, na época nós apenas suspeitávamos que era ele, só confirmamos depois.

*Ele parou um pouco e abaixou sua cabeça logo em seguida. *

Eu sinto muito! De verdade! Eu sei que deveria ter contado a verdade para vocês e confiado! Mas estava com muito medo do que poderia acontecer se o fizesse! Me perdoem pessoal, por favor!

*Os amigos apenas se entreolharam por breves instantes e disseram que perdoavam sim ele – já que os estava deixando de fora por medo de coloca-los em risco. Kyotsugo mal podia acreditar! Seus amigos eram realmente especiais. *

Obrigado pessoal!

*A alegria da conversa foi interrompida quando Yohime perguntou como ele sabia sobre a última sacerdotisa do santuário do Oeste.

Eu fui ao seu santuário uma vez. Eu e meu pessoal tínhamos ajudado um dos residentes mais velhos de lá a se recuperar de uma luta, recuperar um artefato roubado e ir para casa. Ele que me contou sobre ela, e me pediu para guardar segredo absoluto e apenas revela-lo a você quando houvesse a oportunidade de traze-la de volta a vida.

Para ter êxito com seus planos o Assassino precisaria do poder de sua sacerdotisa, portanto, eu não poderia expô-la a perigo de forma alguma.

*A surpresa e a esperança nos olhos de Yohime foram únicas e ela queria que ele lhe confirmasse quando tal coisa seria possível, *

Olha, muito em breve provavelmente. Nós já a achamos, só precisamos preparar tudo para que ela reviva e aí será com você.

*A surpresa de todos era clara e Yohime estava mais feliz do que nunca. *

[Explicação OFF]

Kyotsugo foi impedido de continuar a falar quando seu telefone tocou; era Sore desesperado! Algo deveria ter acontecido.


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Notas finais do capítulo

Quem leu até o fim ainda ta vivo?
O próximo vai ser mais de boa fofos ;)



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