A passagem do milênio escrita por benihime


Capítulo 3
A virada do milênio


Notas iniciais do capítulo

Tudo beleza ia galera?
Hora de dar um choque pessoal !!!



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Os amigos já estavam com 30 anos e não se desgrudavam. Mas naquele primeiro mês do ano a correria de reuniões, votações e formulação de ordens e intimações estavam impossibilitando os amigos ficarem um segundo sequer juntos e em paz.

No mês seguinte eles tiveram a tão esperada oportunidade e Rikuo soltou a ‘bomba’:

— Pessoal, vou ser direto: o Clã Nura foi escolhido para sediar a Passagem do Milênio. – tendo dito isso e reparado na expressão de dúvida de seus amigos, ele se explicou – É uma ocasião onde os grandes líderes Youkais, suas famílias, divindades, Omyoujis, monges, sacerdotisas e guardiões se reúnem para uma confraternização durante o último ano de um milênio e o primeiro mês de outro. – dada a explicação os amigos de Rikuo estavam com uma cara de surpresa estática e olhando diretamente para ele – Já esta semana começaram a chegar os convidados. – terminou ele esperando alguma reação de seus amigos.

— Isso é incrível Rikuo! – Kana estava claramente espantada e feliz com a notícia.

— Mas o que!? – Kyotsugo estava tão alegre e entusiasmado com aquilo que não conseguiu segurar a pergunta para confirmar.

— É exatamente o que você escutou. – a resposta de Rikuo fez ele começar a dar gritos de alegria e ficar estático depois.

O estéreo de Maki, Tori e Shima dizendo “UOU! ” em alto e bom som tirou os risos de Rikuo e da turma toda. Antes que a conversa continuasse eles foram interrompidos.

— Rikuo-sama! – era Karasu Tengu – Perdoe a minha interrupção, mas os convidados estão chegando. – terminou ele tendo a imediata reação de Rikuo como resposta.

— Desculpem pessoal. Tenho que ir recebe-los. - Rikuo já havia se levantado, mudado para sua forma youkai, colocado seu haori preto, pego sua espada e aberto a porta. Seus amigos nem discutiram e o deixaram ir – entendiam a importância daquilo.

Os primeiros convidados que chegaram foram Yura, Ryuuji, Mamiru, Akifusa e mais alguns membros do alto escalão dos Omyoujis. Para eles era difícil se acostumar a terem de se cercar de youkais e não terem a liberdade de agir – por este motivo chegavam antes de todos para já começarem a se adaptar e, também por isto, vinham poucos membros da família deles.

Ao final do mês, os convidados ainda não haviam chegado por completo – o que significava problema. Rikuo despachou alguns membros do Clã para averiguar a situação e ordenou que Karasu Tengu, seu clã e todos os corvos do Leste estivessem em total atenção. Yura destacou alguns membros de sua família também e deixou deu clã em alerta para qualquer movimento ou ação suspeita que pudesse ocorrer.

Da lista de convidados apenas 10, dos mais de 50 clãs youkais, haviam chegado junto dos Omyoujis e nenhuma das divindades de outros territórios, o pessoal de Tono e da Vila Hanyou haviam chegado. Os territórios estavam em estado de alerta e ainda não haviam chegado notícias dos grupos de busca que Rikuo destacou.

Como se toda aquela situação não fosse problema o suficiente, ele teve que acalmar os ânimos de seus amigos quando encontraram o quarto de Kyotsugo vazio com uma pequena nota.

[Nota ON]

Eu tenho que resolver umas coisas com uns amigos. Foi mal pessoal, volto depois.

Kyotsugo.

[Nota OFF]

Aquilo era muito pouco e muito vago para ter sido ele, mas um característico e discreto vicio de caligrafia denunciava que a mensagem era dele. Quando tentavam ligar para ele o telefone da casa sempre dava ocupado e seu celular na caixa de mensagens. O que tinha se passado na cabeça dele para sair do nada, sem avisar ninguém e com uma situação daquelas acontecendo, eles não sabiam! Rikuo pediu que Kuroutabo e Aotabo verificassem o paradeiro de Kyotsugo, mas acabaram em nada.

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No início do mês seguinte, como em um milagre, os convidados começaram a chegar um atrás do outro; e logo na primeira semana todos – inclusive as divindades – haviam chegado. Não tinha sido ação de nenhum dos clãs que os guiou a todos para a cede do clã.

As divindades estavam acompanhadas de guardiões, sacerdotisa e monges que não estavam na lista de convidados, mas se recusavam a sair do lado delas e as haviam ajudado a chegar até lá; Rikuo não teve escolha a não ser deixar que ficassem. Alguns monges, sacerdotisas e guardiões estavam lá a mais também, mas estes se posicionaram ao lado das divindades restantes e disseram que as protegeriam com suas vidas se necessário; então ele teve que deixar que ficassem também. Quando Rikuo perguntou aos líderes dos clãs youkais, eles disseram que haviam sido algumas pessoas desconhecidas que os haviam ajudado a chegar até ali e depois simplesmente ido embora – exceto por um casal que se posicionou para proteger aqueles que estavam na sede. O que estava acontecendo?

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Um mês antes em um local longe do Clã Nura.

Um enorme grupo descarregava equipamentos e armas em uma enorme mansão escondida em uma cadeia de montanhas com um grande vale em seu centro. Eram milhares de youkais, divindades, monges, sacerdotisa, guardiões, omyoujis e outros seres de diferentes gêneros e categorias. Entre eles um homem alto, de cabelos negros, olhos escuros, usando um kimono verde com um haori laranja e uma espada na cintura dava as ordens que eram seguidas sem a menor objeção ou demora.

Uma coisa em comum que todos eles – inclusive o homem – possuíam era um colar com o pingente de uma cruz personalizada com os nomes de cada um gravados atrás. Tendo tudo pronto uma maravilhosa mulher, de cabelos prateados, olhos azuis escuros como o céu da noite com pequenos pontos brancos que pareciam estrelas e um kimono leve e vermelho ajoelhou-se nas costas do homem e disse:

— Tudo pronto para agir, Kyotsugo-sama! – tendo suas palavras recebidas o homem se virou para ela.

— Muito bem. Vamos começar a festa! – suas palavras movimentaram aqueles que ali estavam em poucos segundos.

Nas telas dos computadores, pessoas de todos os cantos do Japão apareciam, recebiam suas ordens, repassavam informações e eram dispensadas para agir logo em seguida. Kyotsugo apenas observava suas ações e dava as diretrizes de ação para cada grupo; ele era a cabeça e os liderava sem ser questionado.

 


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Notas finais do capítulo

Quem fico com a pulga atras da orelha agora?
kkkkkkkkkkk
Leiam o próximo se quiserem entender a trama e começar a suspeitar a onde que isso vai parar ;)



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