PDV Val

Estávamos sem chão , acabamos de descobrir que o pai do Paulo não sobreviveu ao acidente ,ele estava ajoelhado no chão chorando , me ajoelho em sua frente e o abraço,o mais forte que eu conseguia

–Meu pai morreu Valéria - ele diz chorando , algumas lágrimas caiam dos meus olhos - Meu pai morreu, e eu ainda por cima discuti com ele ,não tive tempo nem de me desculpar - ele chorava de soluçar

–Vai ficar tudo bem ta bom - digo e me levanto e o ajudo a levantar , coloco ele sentado na cadeira - Doutor cadê a minha mãe ? - pergunto olhando para o senhor a minha frente

–Ela estava no quarto descansando ,esta a base de remédios,o choque foi grande que tivemos que dar calmante á ela - o homem diz

–Podemos vê la ? - Lu pergunta

–Só de manhã,se quiserem podem ir para a casa ou ficar na sala de espera - o homem diz e sai do local

–Querem ir para casa ? - Lu pergunta para a gente e eu olho para o Paulo que nega

–Não vou sair daqui nem se quer um minuto - ele diz ainda chorando ,olho para a Lu

–Se quiser pode ir para casa ,vou ficar aqui com ele - digo para ela que concorda

–Amanhã cedo eu volto - ela diz e se despede saindo do hospital

–Vem vamos para a sala de espera - digo o levanto ,e caminho com ele para a sala de espera , entramos na mesma ,e tinha alguns sofás espalhados ,coloco o Paulo sentado num sofá ,e me sento ao seu lado ,não sabia o que dizer ,então o abraço

–Doí muito Val , doí aqui - ele aponta para o coração - O ultimo dia de vida do meu pai e eu brigo com ele - ele diz soluçando ,eu o olho

–Mais você não sabia , ninguém sabia , não fica assim - digo limpando suas lágrimas que temiam em cair ,ele deita a cabeça em meu colo e chora , chora muito ,fico mexendo em sei cabelo e em menos de 10 minutos ele dorme ,fico o olhando , deito a cabeça no braço do sofá e sou vencida pelo sono
[...]
Acordo com forte dores nas costa olho ao redor e vejo tudo branco e lembro da noite passada , olho parara Paulo e ele estava dormido ainda,tento me mexer sem acorda ele mais foi inútil

–Desculpa se eu te acordei , é que estava com dores - digo o olhando

–Tudo bem - ele diz seus olhos estavam inchados

–Esta tudo bem com você ? - pergunto me esticando pra vê se aliviava um pouco a dor

–To um pouco melhor sim - ele responde cabisbaixo

–Olha meu amor não fica assim ta bom , estou aqui com você - digo e o abraço , lhe dou um beijo na bochecha - Vamos ver sua mãe ? - pergunto e ele confirma , levantamos daquele sofá e fomos de mãos dadas até o quarto que Leila estava , batemos na porta mais ninguém respondeu , então entramos e Leila estava dormindo ainda , chegamos perto e ela estava tomando algo na veia,tinha alguns curativos no rosto , e nas pernas e braços,sentamos num sofá que tinha logo ali a espera dela acordar ,a porta se abre e Lu entra no quarto

–Bom dia - ela diz nós olhando

–Bom dia Lu - digo sorrindo

–Trouxe um lanchinho pra vocês - ela diz colocando o embrulho em cima da mesa,Leila se mexe na cama e acorda -Olá Senhora - Ela diz chegando perto da cama ,Paulo levantou correndo e eu levantei e caminhei até a cama

–Você esta bem mãe ? -Paulo pergunta e ela confirma

–O seu pai Paulo - ela diz e começa a chorar - O seu pai morreu meu filho - diz olhando para Paulo que no mesmo instante lágrimas começam a descer do seus olhos

–Eu sei mãe - ele diz e segura sua mão

–Foi minha culpa ,minha culpa ele ter morrido - Dona Leila diz chorando

–Como assim ? - Paulo pergunta sem entender

–A gente estava no carro brigando por ele ter discutido com você e com a Valéria ai ele não prestou atenção na rua e o carro capotou , eu estava de cinto mais ele não - ela diz soluçando

–Não foi sua culpa mãe - ele diz passando a mão no cabelo dela - Não se preocupe - diz e força um sorriso

–Você precisa descansar ,Esta na base de calmantes - digo a olhando ,ela sorri fraco para mim e fecha os olhos e acaba pegando no sono
O médico entra na sala nós olhando

–Olá , bom antes que me perguntei ela esta bem , e pode ir para a casa - ele responde as perguntas que iríamos fazer - Espere ela acorda , e podem ir , só que ela tem que descansar apenas isso - ele disse

–Obrigada Doutor - digo sorrindo e ele sai da sala

–Vou ir para casa arrumar tudo e espero vocês lá - Lu diz e sai do quarto ,Paulo vai até o sofá e se senta no mesmo e abaixa a cabeça ,me aproximo e me abaixo na sua frente

–O que foi ? - pergunto levantando sua cabeça fazendo o mesmo me olhar

–Estou cansado ,só isso - ele diz, me levanto e sento só seu lado ,encosto no sofá e fecho os olhos ,sinto um arrepio e logo em seguida Paulo me da um selinho ,olho o mesmo - Sinto que se você não tivesse aqui , teria sido pior pra mim - ele diz me olhando ,o abraço ,buscando conforto em seus braços

–Vou esta sempre aqui - digo e o aperto

–Paulo ? - Leila chama pelo filho , largo o mesmo que se levanta e vai até a cama da mãe - Cadê sua irmã ? - ela pergunta e eu vou até a cama - Eu quero ir para casa ja estou melhor - ela diz se levantando e sentando na cama

–Paulo nós deixe sozinha , vou ajuda-la a se trocar e a gente se encontra la fora - digo e ele concorda saindo do local - Vem eu te ajudo - digo a ajudando levantar , ajudo ir ao banheiro e lá ela se troca e ja sai arrumada, e a gente sai da sala e encontra Paulo nós esperando - Vamos ? - pergunto

–Sim,ja avisei o médico - ele diz e ajuda a mãe caminhar para fora do hospital , pegamos um taxi e fomos para a casa , chegamos na mesma , entramos ,Paulo foi pega o dinheiro e voltou pagou o taxista e pegou a mãe no colo entrando na casa , colocou a mesma no sofá

–Obrigada meu filho mas não precisava - ela diz o olhando para ele depois olha para mim - Essa camiseta ai é do Paulo ? - ela pergunta e aponta para a camiseta

–É sim , é que quando eu recebi a notícia eu estava de pijama e fui avisar o Paulo como ja íamos para o hospital ,então eu peguei a camiseta dela para não ir no meu quarto me trocar ia demorar muito - menti , olho para o Paulo que estava com um olhar vazio