O que Sobrou de Um Coração escrita por Akasha


Capítulo 7
Quem quer ser um monstro?


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha du mau....
De volta!!! êÊÊÊÊ
Mais um caps pra vocês... espero que gostem...
Essa semana ainda atualizo as outras fics também.... (eu acho) kkkkk.
Enjoi!!!



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Damon estava deitado em sua cama olhando para o teto feito um idiota. Não importava o quanto ele tentava não pensar, ele simplesmente continuava pensando.

 - Ei... o que você acha da guerra fria? – Karoline perguntou enquanto entrava em seu quarto sem ao menos bater na porta com seu netbook na mão.

- Toc toc. – Damon respondeu. Karoline nem deu bola

- A professora de historia acha que só porque eu não freqüento as aulas eu não tenho capacidade de entender as matérias que ela passa. – Karoline disse enquanto subia na cama de Damon e se sentava confortavelmente. Damon foi obrigado a sentar mais para o lado para dar espaço a menina.

- Eu nem sabia que você ia à escola.

- Eu não vou. Apenas faço os trabalhos em casa. Na verdade meus professores são pessoas que entendem do assunto. Na maioria vampiros que viveram na época em que os eventos ocorreram. – A menina dizia isso como se fosse a coisa mais normal e simples do mundo.

- ah...

- Então. – Karoline fechou o net. – o que vamos fazer hoje?

- Eu vou caçar.

- Legal, eu fico pronta em cinco minutos.

- ouououu,,,,EU vou caçar, você pelo que percebi iria escrever um trabalho.

- Isso não é importante. Já volto.

- Eu caço humanos – Damon falou com uma pausa exagerada, como se explicasse à uma criança.

- Eu sei. – Karoline respondeu com a mesma pausa, como se Damon tivesse problemas mentais ou amnésia. E saiu.

Ela não é normal... Damon concluiu após a garota fechar a porta. Ele precisava parar de pensar como ela ficava linda dormindo, com o cabelo embaraçado e cheirando a bebida. Não, ela não era uma alcoólatra, apenas uma menina tentando se ajustar. Se ajustar a um mundo de monstros.

- Estou pronta. Vamos....

- Você não vai...

- E quem vai me impedir?

 Mais uma vez ela vencia, ele não podia fazer nada quanto a isso, e não apenas pela menina ter poderes que ele nem imaginava, mas porque quando ela colocava algo na cabeça ou decidia fazer algo, era impossível dizer não, ainda mais com aqueles olhos....

Não que Damon não quisesse ter Karoline por perto, ele queria, e muito, esse era o real problema, Damon não podia se apaixonar novamente.... Depois de Katherine e Elena, ele percebeu que amar alguém só machuca, não existe nenhum beneficio como nos livros que sua mãe costumava ler escondido... Algo que ele só descobriu após sua morte.

- Por que você caça? Não toma apenas o sangue doado? – Karoline perguntou a Damon enquanto ele dirigia.

- Porque o sangue quente que sai de um corpo ainda vivo é melhor.

- Então por que você não aquece o sangue doado no micro-ondas?

- O que?

- Eu sempre me perguntei isso.. Você não é o primeiro vampiro que eu escuto dizer isso. Seria tão mais simples se vocês aprendessem a usar alguns utilitários domésticos.

- Garota você é doente ou o que?

- O que provavelmente. Mas voltando ao assunto.. Por que sair de casa em um dia chuvoso com esse para comer, se temos a mesma comida em casa. Por causa da paisagem que não é.

- Por que eu gosto de ver as minhas vitimas gritarem.

- Cara... Tá chovendo!!

- Gosto delas molhadas também.

- Outch... isso foi nojento.

- Você está livre para ir embora quando quiser.

- Combinado. É a primeira vez que me deixam ver isso...

- Primeira vez que te deixam ver isso o que?

- Ver um vampiro ... você sabe... Chupando o sangue de alguém... de verdade... ao vivo...

- Você não vai me ver fazer isso... – Karoline riu

- Quer apostar? – Damon revirou os olhos.

- Por que essa cara? Eu posso te ajudar....

- ah é... como? – Damon estava começando a ficar cansado dessa menina, se ele soubesse que poderia sair vivo dessa, ele esganava um pouco a menina.... Garota mimada.

- Nós entramos em um bar, e eu posso conseguir quem você quiser. Ai eu atraio essa pessoa para fora do bar para você. – Damon ficou com cara de “qual é o seu problema”

- Karoline, querida, não gosto de jovens rapazes...

- Você está dizendo que eu não sou capaz de despertar o lado lésbico de uma mulher bêbada? Você me acha tão não atraente assim? – Não atraente? Damon poderia pensar qualquer coisa da menina, mas não atraente com certeza não era uma delas.

- Eu acho que você está ultrapassando uma linha que não tem volta.

- E qual linha é essa?

- Assassinato.

- Eu já matei antes...

- Não humanos.

- Não vou matar ninguém. Você vai.

- Você vai participar, vai ser diretamente responsável.

- Damon, uma coisa você tem que aprender, a morte é a única certeza que nós temos. Cedo ou tarde todos nós vamos morrer. Humanos, vampiros, lobisomens e até a fada do dente. Pode levar 5, 50, 500 ou 5 mil anos. Não importa. Um dia chegaremos ao final da linha.

- OK! Mas da próxima vez que você for fazer um discurso desses me avisa que eu me rendo antes. Ou eu morro de tédio.

- Combinado!

Ao entrar no bar Karolline tirou o casaco cinza com riscas que estava usando, e por baixo dele ela estava usando um vestido preto com brilho, muito curto, com meias rendadas da mesma cor e sapatos de salto fino e alto igualmente negros e brilhantes. Ela pediu uma cerveja e se dirigiu as mesas. Aquilo estava começando a ficar interessante.

Karoline chegou em uma mulher que aparentava ter uns 30 anos de idade. Cabelos vermelhos lisos e longos. Bonita. Mas Damon não conseguia mais se interessar por sua presa. Então as duas saíram pela porta dos fundos. Apenas quando a garota loira saiu de seu campo de visão que Damon conseguiu pensar novamente. Essa era a sua deixa.

Damon quase que de forma invisível seguiu as duas para fora do bar.

- Olhe Monique, esse é o amigo que eu lhe falei. – Karoline apresentou a pobre mulher ao vampiro que se seguia em sua direção.

Damon sem dizer uma só palavra foi de encontro às duas mulheres. Karoline apenas sorriu e se afastou, com o canto do olho Damon a viu sentar em algo que parecia ser um carro velho estacionado nos fundos do bar, mas ele não podia ter certeza. Estava chovendo muito.

- Você não vai se mexer ou gritar. – Damon falou olhando sua vitima nos fundos dos olhos. Ela já estava hipnotizada.

Antes de morder a jovem mulher, Damon olhou novamente em direção ao carro, Karoline ainda estava lá, olhando fixamente em sua direção. Parecia estar se divertindo com a situação. Ele daria qualquer coisa para saber o que ela estava pensando, e também para que ela não visse o que iria acontecer, ele mal sabia se conseguiria parar na primeira mulher. De certa forma ela estava correndo um perigo que nem imaginava. Ainda mais linda daquele jeito. Mas se era isso que ela queria, era isso o que ela teria.

Damon cravou seus dentes no pescoço da mulher e sentiu seu corpo se contorcer. Ele queria ver a reação da menina, mas ele não conseguia se controlar. Ele apenas sentia o sangue entrar por sua boca e correr por suas veias.

Apenas quando aquele corpo já estava sem sangue Damon conseguiu olhar na direção de Karoline, ela ainda estava lá. Com as veias azuis logo abaixo da fina camada de pele que revestia o pescoço nu da menina. As veias pulsavam. Ele sentia o cheiro. O cheiro o chamava. E ele começou a caminhar em sua direção.

- Damon? – Karoline o chamou, mas ele não conseguia responder.

- Damon? Está tudo bem? – Ele se sentia ótimo.

- Damon fica longe de mim. – Agora ela queria ficar longe?

- Damon nem mais um passo. – Ela achava que mandava nele. Aquela menina se achava demais.

Damon continuou caminhando e chegando mais perto. Um olhar obstinado em seu rosto. Um olhar faminto. Uma mistura de ódio e desejo. Só mais um passo e todo aquele sangue seria dele.

Com apenas um gesto Karoline arremessou Damon a metros de distancia, e ela nem ao menos tinha tocado nele. Damon não tinha perdido a consciência, mas se sentia tonto. Estranhamente tonto. Abrindo os olhos ele viu a silhueta de Karoline em sua frente.

- Damon, vamos deixar claro uma coisa, eu não sou a refeição. Tentar me morder não pode, até porque se você conseguir vai queimar, pois meu sangue está cheio de verbena e eu não quero te machucar.  Combinado?

- O que diabos é você?

- A maioria me chama de bruxa, mas eu não sou. Sou uma pessoa humana que está acostumada com essa vida. Eu sou praticamente uma deusa. E agora quem está com fome sou eu. Será que eles servem x-salada no bar?

- Vá em frente. – Damon respondeu ainda sem muitas condições de pensar. – Eu preciso terminar aqui. O que vão pensar de um corpo nos fundos de um bar? – Mesmo tonto Damon tentou ser irônico, afinal assim ninguém poderia feri-lo. Ele não era fraco.

- Que não estamos em Las Vegas?

Então a menina voltou para o bar e Damon demorou mais que o normal para se livrar de um corpo. A cada minuto ele ficava mais confuso com tudo aquilo. Quem de verdade era aquela garota, e porque ele se sentia tão atraído por ela?


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Notas finais do capítulo

Gostaram do caps? Deixem reviews
Gostaram da fic? Recomendem

Façam a autora feliz!!!!

Xoxo
Elena Gilbert é a gossip girl!!! - Cuidado Blair.

You know you love me!



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