O que Sobrou de Um Coração escrita por Akasha


Capítulo 5
Uma Meia História


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha du mau!!!

Segue mais um capitulo para vocês!!!
Espero que gostem!!!

Beijos e Mordidinhas



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            Depois da ultima visita de Katherine as coisas ficaram mais interessantes, vampiros estavam aparecendo por todos os lados e Karoline os estava aniquilando como se fossem bonequinhos de neve. Ela fazia com que minha vida parecesse insignificante, mais insignificante que as dos humanos, porque se algum deles morriam, policia e familiares moviam céus e terra em busca dos corpo, já para vampiros não havia moção parecida.

            A convivência de Damon com a menina não havia mudado muito. A comunicação era feita através de frases feitas e conforme a menina crescia se tornava mais hostil e ... como se algo dentro dele mudasse, ele podia sentir que a menina era triste. Haviam duas perguntas que não se calavam na cabeça de Damon, quem era Carl e quem eram as crianças bailarinas na foto.

            Hoje haveria uma grande festa, a menina estaria completando 17 anos e a segurança estava totalmente montada. Damon não sentia vontade de ir a festa, fazia mais ou menos um ano e meio que Damon estava naquela casa e não sentia apresso por nenhum de seus moradores. Damon não entendia o porque daquela festa, a menina completou 16 anos no ano anterior e nada foi feito, apenas presentes.

            Não adiantava ficar remoendo essas duvidas, ele teria que levá-la. “Onde eu vim me meter” pensava Damon sentado no sofá da sala quando a menina desceu. Ela estava com um vestido curto cor pérola acinturado e um salto de mais ou menos 12 cm. Linda. Ela havia crescido e já não era mais possível para Damon deixar esse pensamento tão de lado. Mais Damon não se permitiu pensar sobre isso.

            Agora mais perto, ele vira algo diferente em seu rosto. Karoline estava com o rosto um pouco inchado e olhos vermelhos. Rosto típico de quem passou o dia chorando. Ele poderia concluir isso de qualquer outro rosto, não dessa menina. Ela não tinha sentimentos. Damon em muitos momentos duvidara que ela tinha um coração.

 

- Vamos? – Karoline pela primeira vez sorriu cordialmente enquanto fazia essa pergunta.

- Claro linda senhorita. – O prazer de Damon era ser sarcástico com a menina, porem essas palavras saíram com mais sinceridade do que ele gostaria.

 

            Damon e Karoline entraram no carro e seguiram em direção a praia, a festa seria um luau. 99,9% dos convidados era vampiros, e ao olhar para o lado Damon viu a menina, que agora não se sentava mais no banco de trás, com a cabeça encostada na janela e olhar distante. Não parecia que ela estava indo para sua festa. Parecia que estava indo para um enterro e foi a mesmo coisa no ano passado, ainda que não teve uma festa.

- Você não parece empolgada com os 10 mil dólares que seu pai gastou hoje.

- Não vejo motivos para comemorar, mas isso não significa que eu não esteja feliz.

- Pra mim fazer 17 anos não é motivo para preocupação.

- Não fico preocupada.

- Então...?

- Você não sabe nada a meu respeito mesmo, não é?

 

            Mas a pergunta era retórica e Karoline mais uma vez virou o rosto para a janela. Era estranho para Damon ver a garota determinada e corajosa daquela forma. Ele nunca fora gentil com ele antes, e a sutileza da conversa o assustou. Damon estava acostumado com a hostilidade e o sarcasmo. A vida toda.

            A chegada foi aquela chatice de sempre. Parabenizações e tudo mais. A menina não estava mais alegre do que Damon com tudo aquilo. Parecia que sua alma havia abandonado seu corpo.

            Desviando da multidão e gente feliz, Karoline foi caminhando na areia até o bar e se sentou em uma banqueta.

 

- Odeio areia. – Ela então tirou as sandálias, tirou a areia dos pés e os colocou sobre a base da outra banqueta, onde Damon se sentou de costas para o bar.

- Eu quero uma marguerita por favor. – A menina pediu por favor. O que deixou Damon apavorado.

- Você não tem idade para beber. Para mim um uísque e para ela um suco de laranja.

- Hoje é meu aniversario e eu quero uma marguerita. Duas. Uísque é bebida de velho e por mais que você tenha uns 200 anos aparenta 25. – Damon acreditou ter ouvido o maior discurso já feito por Karoline. Ela parecia diferente e Damon queria aproveitar isso para tirar algumas coisas dela.

- Então, porque bebe se não é para comemorar?

- Humanos Damon, já se esqueceu como é ser um?

- Hum... Acredito que minha memória me pregue peças após 200 anos. – Ela riu. Ele também. Parecia ser fácil conversar com ela. Isso quando ela queria conversar. A “sutileza” não a faria sair correndo.

- Bom, bebemos para esquecer e para diminuir a dor, ou por qualquer outro motivo idiota.

- E qual é o seu?

-Para esquecer e diminuir a dor.  – Ela parou de rir. Ficou novamente sem expressão.

- Duas margueritas. – O barman, que não usava camisa, anuncio tirando a menina de sua reflexão e fazendo-a sorrir.

- Obrigada!

- Não acredito que você vai me fazer  beber isso! – Damon reclamou a perceber que o uísque não veio.

- Deixa de ser chorão, experimenta antes de reclamar.

- Bom, então um brinde! – Damon propôs.

- A que?

- A dor, a tristeza e ao esquecimento.

- A tudo isso. – As taças se tocaram e Damon virou a delicada taça em um gole só. Karoline apenas tomou um gole delicadamente.

- E então?

- Fraco demais!!

- Traz um uísque para mim. – E então mais uma vez Karoline sorriu. Damon gostou de vê-la assim e antes de entregar a taça para pegar seu copo de uísque ele tirou o enfeite de guarda-chuva tropical colocando no cabelo da menina.

- Você fica menos rabugenta quando sorri.

- Eu não sou rabugenta. Você que é velho. E eu acho que você quis dizer quando eu bebo.

- Também.

- Seu uísque senhor. – O barman trouxe o copo para Damon. - - Mais uma marguerita? – O rapaz perguntou vendo a taça de Karoline vazia.

- Hum... não.... Eu quero uma piña colada...

- Você não devia misturar bebida.

- Eu nem deveria estar viva.

- O que quer dizer com isso?

- O óbvio. Agora deixa de ser chato e me deixa beber em paz.

- Sabe de uma coisa?

- O que foi agora Damon?

- Eu fico me perguntando como você veio se meter no mundo dos vampiros assim tão nova. – ela riu.

- Na verdade você fica se perguntando o que uma vampire Hunter faz com os vampiros não é mesmo? – Damon apenas assentiu com a cabeça. Não era exatamente isso, mas servia.

- Minha historia não é tão gloriosa quanto vocês esperam.

- Nenhuma das nossas é. O Sr. Sparrow é mesmo seu pai? – Já que ela parecia inclinada a contar, Damon decidiu começas as perguntas com calma e do começo.

- Claro, eu moro com ele desde o primeiro mês de vida.

- Mas você não tem o sangue dele.

- Isso nem ele tem mais. – Ela riu. – Você quer saber se ele é meu pai biológico certo? Não, ele não. Meus pais morreram quando eu tinha um mês, então o senhor Sparrow cuidou de mim e do meu irmão como se fossemos seus filhos.

- Você tem um irmão?

- Gêmeo.

- E onde ele está?

- Ele morreu há dois anos, pouco tempo antes de você chegar.

- O que houve?

- Bang Jump. A corda estava um metro mais comprida do que deveria. – Damon não respondeu. Apenas ficou olhando-a. – Sim, eu sei que parece uma morte boba, mas o que dizer. Somos apenas humanos.

- E é por isso que você está triste.

- Hoje seria nosso aniversario. Meu irmão está morto e eu já não vejo motivo para comemorar. – Eles ficaram em silencio, por um bom tempo. Karoline já estava no quinto copo de piña colada.

- Eu sinto muito mesmo. Ele era o menino da foto no escritório não era?

- Sim... Mas agora eu não quero mais falar sobre isso... Eu quero dançar.... Vem...

 

Karoline estava visivelmente alterada pela bebida, Damon decidiu que a levaria para casa. Não queria mais confusão para o seu lado.

Meia hora depois Damon ainda tentava tirar a menina da pista de dança.

 

- Vamos Karoline, já chega.

- Não... Eu quero ficar... É meu aniversario. – ela levantou o copo vaziu – E eu quero mais um desses.

- Você já bebeu demais, vem.

- Não.. eu quero dançar. – a garota já estava enrolando a língua para falar.

- Chega.. vem! – Damon a pegou como se fosse um saco de babatas. Ela começou a se debater.

- Me solta... Me coloca no chão. – Damon a soltou quando chegaram onde ele tinha estacionado o carro.

- Pronto. – Ao longe uma musica lenta começou a tocar.

- Dança comigo? – ela então o olhou como uma criança. Ele não disse não, mesmo sabendo que ela estava alterada. Ele não queria dizer não.

 

            Damon passou seus braços em volta da cintura da menina. Ela passou seus braços pelo pescoço de Damon. Karoline encostou sua cabeça no ombro do vampiro e eles dançaram até a música terminar. A cabeça de Karoline saiu lentamente da posição confortável que estava ficando muito próxima da de Damon. Damon estava hipnotizado pelos olhos verdes da garota. Seus rostos foram ficando mais próximos, cada vez mais e Damon não podia mais sentir indiferença pela menina. Suas bocas ficando próximas e então... ela desmaiou.

            Damon ficou parado no meio da rua com a garota mole em seus braços. Sozinho ele riu. Dele mesmo e da situação. “Era só o que me faltava” ele pensou. Damon então a colocou no carro e a levou para casa. Já dentro da casa ele entrou no quarto da garota. Era a primeira vez que ele entrava lá.

            O quarto era todo branco com a decoração em cor de rosa. “Meigo demais” ele pensou. Não combinava em nada com a garota. Ele então a deitou na cama grande e tirou seus sapatos. Ele não estava pronto para deixá-la. Sentou-se em uma poltrona e ficou olhando os retratos.


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Notas finais do capítulo

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