Entre a Bela e a Fera o amor surgira escrita por Ane rodrigues


Capítulo 26
El dolor de una madre




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 Dentro da cela Victória estava sendo consolada por Nina.

Victória: em prantos – porque ele fez isso comigo e com meus filhos?
Nina: ele pensou que era o melhor para as crianças.
Victória: ele não devia ter feito isso – amassa um pedaço de papel – o que fala nessa carta me machuca muito.
Nina: eu sei Victória – a olha com carinho – você ainda não me falou quantos anos tem seus filhos – fala mudando de assunto.
Victória: Arthur tem nove anos, os gêmeos tem cinco e Manu ainda vai fazer um ano.
Nina: e você tem alguma foto deles?
Victória: tenho algumas fotos
Nina: eles vão crescer e você vai estar por perto logo logo.
Victória: vai ser uma eternidade Nina
Nina: você tem uma família lá fora – fala e se põe triste.
Victória: você não tem?
Nina: eu sou sozinha nesse mundo de meu Deus.
Victória: você acha ruim ser sozinha?
Nina: não achava até conhecer você
Victória: e porque?
Nina: você tem uma família filhos tudo que eu nunca tive.
Victória: só não te desejo um marido como o meu.
Nina: não me engana que eu sei que ainda deve existir algumas brasas acesas.
Victória: não sinto mais nada por aquele idiota do Damian.

Nina: me fala isso daqui a quinze anos e vou ver se acredito.

Em sete meses de prisão Victória recebia poucas visitas e foi em uma dessas que ela recebeu uma noticia que a deixou muito surpresa.

Eduardo já estava no pátio esperando a irmã com ansiedade e quando ela se senta na sua frente o sorriso brota em seus lábios.

Eduardo: Victória minha irmã – com a voz embargada – me desculpe não ter vindo antes.

Victória: não se desculpe Eduardo – suspira triste – Isadora sempre vem e sempre me fala dos meus filhos.

Eduardo: eu tenho que falar para você algo importante.

Victória: o que seria? Esta me deixando preocupada.

Eduardo: não sei por onde começar Victória.

Victória: diz logo irmão.

Nina chega por trás de Victória pisca para o lado de Eduardo e fala:

Nina: quem é o gato? Tá solteiro?

Victória: ele é meu irmão Nina.

Nina: que ótimo cunhada – joga um beijinho para Eduardo – não vai ser bom?

Victória: ele é padre Nina.

Nina: padre? Não pode ser verdade amiga.

Victória: eu posso conversar com ele?

Nina: claro Vic – sorri sem graça – ate outro dia Eduardo – sai de perto deles.

Victória: Nina é um pouco maluquinha mais é uma pessoa legal.

Eduardo: é bom ver que você não esta sozinha

Victória: eu gosto da companhia dela

Eduardo: você tem que saber algo.

Victória: o que seria?

Eduardo: não sou mais padre – abaixa a cabeça triste – aconteceram certas coisas.

Victória: me fala porque? – levanta o rosto do irmão e o olha nos olhos.

Eduardo: os motivos não posso falar agora, mas eu refletir a minha decisão por muito tempo e foi difícil para mim deixar o sacerdócio.

Victória: o que eu não entendo é que sua vocação era o sacerdócio e você deixa depois de todos esses anos?

Eduardo: isso vai além do que uma simples desistência.

Victória: e o que aconteceu realmente?

Eduardo: já falei que isso vai além do que você vê ou acha nesse momento – se levanta nervoso.

Victória: se acalma. Eu não vou te condenar por isso.

Eduardo: você vai saber um dia, mas quero falar que eu tive fortes motivos de desistir.

Victória: você tem certeza que isso não é uma crise?

Eduardo: eu perdi a fé na justiça

Victória: então foi porque eu fui presa?

Eduardo: não se preocupe com motivos

Victória: e por que não?

Eduardo: são motivos que estão em meu intimo e que não vão ser revelados por enquanto.

Victória: o que você esconde ai dentro que tanto te perturba? Quais são os seus segredos meu irmão?

Eduardo: prometo um dia revelar – se levanta e olha a irmã – no momento eu preciso sair do país e respirar em um novo ar.

Victória: espero que esse dia chegue e que tudo se revele – o abraça – só não some da minha vida.

Eduardo: não vou sumir Victória.

O horário de visita acaba e Eduardo vai embora deixando Victória pensativa e curiosa.

Victória: o que de tão forte aconteceu para ele deixar toda uma caminhada de sacerdócio?

[...]

O presidio estava de pernas pro ar por conta de uma tentativa de fuga de algumas detentas e entre elas estava Leona que forçou Victória a ir junto.

Pátio do presidio Victória mancava e tinha muitos machucados no rosto e estava sendo praticamente arrastada por Leona para fora da cela.

Leona: vem comigo ou te mato aqui mesmo

Victória: o que você quer Leona?

Leona: um bode expiatório

Victória: vai me fazer de escudo

Leona: quase isso minha cara.

Victória: deixa eu ir embora por favor

Leona: você já infringiu a regra de não sair da cela e aproxima vai ser sair da prisão.

Victória: eu não vou fazer isso sua louca

Leona: não vai por bem então é por mau novata

Elas foram ate o pátio onde as guardas já estavam as esperando.

Leona: você vai sair primeiro e levar as balas

Victória: acho que não Leona.

Leona tenta empurrar mais Victória é mais rápida e consegue colocar ela na mira das guardas que sem titubiar atiram ferindo a presa e fazendo Victória correr de volta para cela quando é contida e algemada.

Victória: desesperada – eu não quis fugir acreditem em mim.

Leona que passava do lado dela estava sendo carregada com a roupa melada de sague e inconsciente. Aquilo tudo parecia um pesadelo ela esteve bem perto da morte e novamente foi poupada e tudo isso lhe dava força para lutar a cada dia na prisão e sair inteira para seus filhos.


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