E mais uma vez um vizinho novo chegava ao bairro, eu observava de longe a mudança sendo descarregada do caminhão e sendo levada para dentro da casa, pude ver que quem se mudava para a casa da frente era uma mulher não muito jovens, ela aparentava ter bem mais idade o que deveria, trazia estampado em seu rosto marcas de expressão causadas provavelmente por não ter uma vida fácil, logo atras dela vinha dois garotos, um deles ainda tinha os olhos tristes, cansados, ele deveria ser o mais novo e o outro parecei um pouco mais confortado. Fiquei ali pelo que pareceu horas observando aquela família e me perguntando o por que de tanto sofrimento ? A resposta não vinha e então decidi que era hora de fazer amigos.

— Mããããe!

— Fala Rachel.

— Temos vizinhos novos.

— Verdade?

Minha mão sorriu, ela adorava fazer amizades, digamos que no ano de 1980 não existisse quase nada pra uma mulher se ocupar, e por esse motivo minha mão fazia muitas amizades. Sorri pra ela.

— Sim, mamãe.

— Então vamos.

Saímos porta a fora para conhecer nosso novos vizinhos.

— Olá!

A mulher mãe dos meninos nos olhou de um jeito esquisito que me fez encolher de leve.

— Sou Jenny, mãe da Rachel e sua vizinha da frente, Prazer.

Minha mãe estendeu a mão e a outra moça um pouco exitante aceitou o aperto de mão e finalmente sorriu.

— Sou Anny, e esse são meus filhos Athan e Finn.

O mais velho era o Athan o filho conformado e o tristinho era o Finn.

— Achei que demoraria uma vida pra fazer amizades.

— que nada, adoro amizades Anny.

Minha mãe e a Anny ficaram de conversas paralelas e eu olha atentamente Finn, já que Athan sumirá casa a dentro. Finn estava sentado no terceiro degrau da pequena escada que dava acesso a casa.

— Olá - Sorri.

— Oi - Nem me olhou.

— Sou Rachel sua nova vizinha.

Ele finalmente me olhou, mas nada disse apenas se levantou e foi para dentro da casa. Okay isso foi estranho nunca havia sido rejeitada assim, mas entendi ele, tudo novo e assustador no começo, mas logo passa.