Desventuras Bueiristicas escrita por ChessusOficial


Capítulo 5
Capitulo 5 – Todos somos vilões




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Após o salto que foi extremamente bonito e bem realizado, Mashasha finalmente alcança o pote antes que ele atingisse o chão, e apesar de ter batido seu queixo no chão, a felicidade era tanta que ele se levantava sorrindo e fazendo um joinha para seu companheiro caído, equilibrando o grande pote d’agua em sua outra mao.

Outra explosão! Desta vez no outro lado da sala, seguida de urros que nenhum goblin seria capaz de realizar, não com toda ferocidade, parecia com um animal dando seu ultimo grito de guerra antes de aceitar seu destino, não tinha ódio, muito pelo contrario, era de dor e agonia, talvez ele não seja o vilão por ali. Mashasha se assusta não apenas com o clarão e o calor, mas principalmente com os gritos de sofrimento do ser, deixando o pote cair em seus pés, virando toda a agua que seria necessária para evitar que o incêndio pudesse vir a explodir algo.

Da porta, Sr. Senhor Wilson observava a cena falha e vergonhosa de Mashasha, que fica cabisbaixo por um momento e na sequencia corre em direção as chamas, tentando as apagar.

— Afaste-se dai garoto! Ajude-os – Ordenou o Kobold, enquanto apontava sua bengala-cajado para o local da explosão, que pelas manchas e fumaça, havia acontecido logo ao lado da criatura, que estava dentro de uma jaula extremamente segura, as ‘barras’ eram feitas com garrafas pet, derretidas nas extremidades de maneira a colar uma na outra e com espaço o suficiente para um goblin passar tranquilamente entre elas, a prisão estava forrada com folhas secas e serragem, e aos pés da criatura estava um goblin vermelho estirado no chão, ele tinha um cinto com frascos e algo brilhava em sua mao, uma bola de papel de alumínio?! Bom, seja o que for, tem um pavio queimando. Acredito que o bom de ter 6 olhos é a capacidade de conseguir tantos detalhes em tao poucos segundos.

Todos que correram para tentar ajudar estavam nesse momento parados em frente a jaula gritando e sem muita ideia do que fazer, “deveriam entrar e tentar retirar o pirotécnico de lá? Não.. primeiro de tudo, o que diabos um pirotécnico estava fazendo dentro de uma jaula com aquela criatura? Tudo bem que muitos materiais orgânicos e dejetos bestiais costumam ser ótimos ingredientes para explosivos, mas não deveriam ser recolhidos por um guerreiro que saiba se defender?”, esse era o único pensamento que passava na cabeça de Mashasha. Provavelmente muita saliva voou durante os urros da fera, visto que o pavio da bomba(?) continuava a apagar.

— Eu.. Não ser animal! – Gritava a besta enquanto caminhava até as barras da jaula – Eu ter nome! Gersclei!! – Ele batia então a cabeça na jaula para descontar sua frustração, a garrafa atingida não só se amassava como praticamente se dobrava abrindo um buraco entre as grades, Edervilson e Ademilson se entreolhavam com receio, ambos eram lutadores de longa distancia (arqueiro e um atirador respectivamente) e estavam desarmados.

Gersclei agora via uma oportunidade de fuga, sua expressão mudava, agora era possível ver a chama da determinaçao em seus olhos, após uma bela pigarreada, cuspia em suas mãos e então segurava em duas daquelas “barras”. Urrava, suava e fazia caretas enquanto forçava as garrafas pets, que mal se mexiam. Os que corriam paravam, os que já observavam agora estavam boquiabertos, aquela cena hipnotizante começa a assustar quando finalmente as barras quebram, voando pedaços e estilhaços por toda a sala. A hipnose é interrompida por um grito agudo:

— Gersin ta fugindo! – Ninguem nunca acertava realmente o nome de Gersclei. – Ta saindo da jaula! Gersin da saindo da jaula!

O caos retornava, ninguém mais se lembrava das chamas seguindo até o grande armário, apenas sabiam que Gersclei, o monstro saindo da jaula. As pessoas corriam desesperadas, outras arremessavam pedras e garrafas contra a Jaula, alguns arremessavam até mesmo comida. Uma batida oca invade o local, era Sr Senhor Wilson batendo seu cajado bengala contra o chão, apesar do som não ser tao alto, até mesmo o monstro parava e encarava o kobold, onde o pirotécnico aproveitava a brecha para fugir pela fresta, mas não sem antes incendiar um pouco da serragem e cobrir a bomba que estava com o pavio cuspido.

— Chamem o Bertioga. – Suas palavras eram sérias e secas, parecia ser uma medida desesperada, talvez Bertioga fosse tao perigoso quanto o próprio Gersclei. Todos ali presentes correm para procurar Bertioga, restando apenas o Kobold, Mashasha, Ademilson, Edervilson e Gersin no salao.


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