Desventuras Bueiristicas escrita por ChessusOficial


Capítulo 1
Cap 1 - Eu sou o que?!




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Mashasha Gatama não se lembrava de muita coisa anterior a sua chegada a tribo S.natans, para ser sincero, não se lembrava de nada que antecedesse uma hora atrás, nem mesmo seu nome, ou o motivo de enxergar o mundo de forma espelhada, talvez um problema no olho? Ainda não entendia o motivo de tantas imagens semelhantes no seu campo de visão, mas não se importava com isso. Era puxado pela mão por um homem com o dobro de sua altura, ele vestia um sobretudo que tampava até mesmo sua nuca, e sua cabeça era bem curiosa, não tinha um fio de cabelo e era enrugada como o rosto de um buldogue. O homem parava no corredor e fazia um sinal com sua minúscula mão para que Mashasha esperasse ali, e então caminhava de maneira torta e desajeitada para dentro da sala. Era possível ouvir um dialogo vindo da sala, dialogo que quebrava aquele ciclo sonoro intermitente de gotas pingando e ratos guinchando, acho que era o principal defeito de um esconderijo subterrâneo, ou talvez a qualidade, dependendo de quem se encontraria por ali.

— Eu ainda me lembro de tal acontecimento. Dois pássaros metálicos cruzaram o céu enquanto urravam de maneira ensurdecedora. Eles sobrevoaram a entrada Delta do esconderijo dos Ergot três vezes até perceberem que os prédios por ali dificultavam o ataque, decidirem então seguir um plano alternativo... – Apesar de você ainda não ver a origem da voz, você podia notar certa experiência conforme a história progredia, a voz era rouca e firme, ele realmente sabia sobre o que estava falando, ou fingia muito bem. – O plano era...

— Ergot? Quem é? Aliado?! Ele mora onde? Ele tem nome de explosivo – Uma voz aguda e irritante interrompia a história com grande entusiasmo e seguia com uma risada que mais parecia com um pássaro sufocando, conforme Mashasha se aproximava se esgueirando pela porta podia ver uma silhueta de aproximadamente 90 centímetros de altura e redonda como uma bola saltando e dançando após fazer a pergunta, que foi seguida por um suspiro de todos os presentes.

— Ergots... Com suas peles escuras e cheias de manchas... O clã que trapaceia até mesmo seus semelhantes... Eu compreendo o motivo de terem sido o alvo do fatídico ataque, inclusive se eu pudesse ter feito algo para garantir um sucesso maior naquele plano... – Mais uma vez o contador da história era interrompido, dessa vez por alguém que parecia ser ainda mais velho do que ele, a voz era tremula e fraca, e apesar disso, todos ficaram em silencio absoluto enquanto as palavras que pareciam guardar ressentimento do tal clã dos Ergot eram proferidas.

Era fácil de perceber o respeito que essa ultima voz inspirava por ali, talvez fosse um ancião? Ou um sacerdote? Seria difícil saber sem se aproximar mais. Mashasha esperava do lado de fora da sala, sem conseguir ver muita coisa, e apesar de algumas pequenas tochas iluminarem o corredor, o clima ainda era bastante úmido e o cheiro era desagradável. Alguém pigarreava com certa força, talvez tentasse chamar atenção para si.

— Como eu dizia anteriormente, existia um plano alternativo, extremamente mais complexo do que o primeiro. Ele consistia em destruir o fornecimento de alimento dos Ergot e de quebra fechar tal entrada do esconderijo com escombros. O plano era tão bem arquitetado que valia a pena o sacrifício dos pássaros metálicos. Sim, meus caros. Os pássaros foram simplesmente guiados em direção as duas torres, que por sinal eram enormes, destruindo a primeira delas em uma enorme explosão, já o segundo pássaro não teve a mesma sorte, um calculo errado de aproximadamente 5 segundos no pavio dos explosivos os fizeram explodir antecipadamente em pleno ar. Apesar da falha, um enorme conhecimento com explosivos foi necessário... E nada me tira da cabeça que tal plano foi arquitetado pelos pirotecnos da tribo Amanita..

Enquanto Mashasha ouvia aquela história que mais parecia uma conspiração mal elaborada, observava ao redor com atenção, o que era relativamente fácil para ele, seu campo de visão por algum motivo era enorme. Um pouco mais adiante no corredor havia um espelho encostado na parede, logo abaixo de uma das tochas, sem hesitar, atravessou na frente da porta, o que chamou a atenção de quem estava lá dentro para si. Mashasha estava surpreso se encarando no espelho, não parecia com o que imaginava, era muito mais grotesco, apesar de fazer completo sentido. Tinha cerca de 90 centimetros, era esguio apesar de uma barriga saliente (popularmente conhecido como pança de verme), sua pele era de um tom de verde que lembrava musgo e seu rosto era coberto por olhos, 6 para ser mais exato, parecia uma criatura recém saída de Chernobyl. Ele era um Goblin!


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