Um amor inesperado escrita por Marina Dadalto


Capítulo 1
Capítulo 1 - Encontro inesperado


Notas iniciais do capítulo

Essa não é a primeira fanfic que escrevo, porém é a primeira a ser publicada.

Vânia é uma jovem finalizando seu doutorado que realiza o sonho de conhecer seu grande ídolo.



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Era mais uma segunda-feira monótona como outra qualquer para Vânia. Ela levanta e se arruma para ir até a universidade entregar sua tese de mestrado. Depois de longos quatro anos finalmente está terminando mais essa etapa da sua vida. O dia, apesar de preguiçoso está estonteante, o sol já brilha logo às oito horas da manhã, algumas nuvens se perdem pelo céu e o azul toma conta de toda a extensão do infinito. Vânia olha pela janela e momentaneamente chega a pensar que antes de ir a universidade seria uma boa ideia dar uma caminhada no parque próximo ao seu apartamento, mas desiste da ideia, pois afinal não é muito fã de atividades ao ar livre.

Dentro do carro, Vânia liga seu rádio para ficar por dentro das notícias. O locutor está informando sobre o trânsito quando uma chamada o interrompe para dizer que apesar da linda manhã que havia se iniciado, tudo indicava que em poucos minutos uma forte tempestade cairá sobre a cidade. Como se para reforçar a narrativa que escorre pelo rádio, o dia claro passa para uma cor mais cinzenta. Ela olha pelo para-brisa e percebe que afinal foi uma boa ideia não ter ido caminhar no parque, caso contrário levaria um caldo no meio do passeio. E em pouco menos de cinco minutos, uma torrente de água desaba do firmamento, com gotas tão grandes que a mulher chega a se assustar com a intensidade da chuva que mal começara.

Como se todos estivessem estranhando tal fenômeno, o trânsito se torna lento, e o trajeto que levaria pouco mais de vinte minutos da sua casa até a universidade quase beira os cinquenta minutos. Não bastasse o fato de que ao que tudo indica todos os deuses resolveram guerrear no céu enquanto o mundo abaixo de seus pés sofre com uma tempestade fora do comum.

Vânia finalmente consegue adentrar o estacionamento, e com muito custo encontra uma vaga. Quando desliga o carro seu único pensamento é que esquecera seu guarda-chuva em casa e que terá que se reunir com seu professor completamente encharcada. Ela arruma seu trabalho final impresso dentro de sua bolsa da melhor maneira possível para não amassá-lo todo com o objetivo de protegê-lo da chuva. Olha mais uma vez para fora do carro rezando para que se molhar na chuva não seja tão ruim como está imaginando, respira fundo e abre a porta para sair. No mesmo instante se arrepende e pensa que deveria ter ligado para o professor Stein para avisar que se atrasaria um pouco, mas agora já está fora mesmo decide seguir até o prédio que se encontra uns cinquenta metros a frente.

Ao entrar no prédio percebe que o mesmo está muito vazio, situação anormal para um dia de aula, porém imagina que todos resolveram ficar em suas camas ao invés de enfrentar a tempestade para ir a suas aulas. Parada na porta segura o seu cabelo e o torce para diminuir a quantidade de água no mesmo, se olhando em frente a uma porta de vidro e simplesmente desejando ter ficado na cama também. Mas já está ali e terá de seguir assim mesmo. Olha no relógio e percebe que está atrasada para a reunião, começa a correr entre os corredores até a sala do professor, e quando faz uma curva a esquerda acaba esbarrando em alguém, sua bolsa vai parar longe, e como está com os sapatos molhados, escorrega e cai de joelhos no chão. Já está proferindo alguns palavrões quando olha para cima e vê uma mão estendida para ajudá-la a se levantar. O que ela não esperava é que aquela mão pertencesse a talvez o maior cientista da atualidade, o Dr. Harrison Wells.

Ao aceitar a ajuda, ela prontamente pede desculpas por ter sido tão desajeitada, correr pelos corredores daquele jeito e ainda por cima derrubá-lo e xingá-lo por isso. Wells olha para a jovem moça, sorri e diz que não tem problema algum, que para alguém estar com tanta pressa como ela estava é porque deveria ter um bom motivo. Pega a bolsa da jovem e lhe entrega, mas a mesma não consegue pensar em nada, nem mesmo em pegar a bolsa de volta, só fica admirada pelos olhos azuis do homem e em como seu sorriso parece representar o brilho de centenas de estrelas.

— Acho que essa bolsa é sua - diz Wells ao perceber que a mulher está toda abobalhada em sua frente e esqueceu até de continuar com suas desculpas.

Como se acordasse de um transe, Vânia sorri sem graça para o homem e pega sua bolsa das mãos do mesmo agradecendo e se desculpando mais uma vez. E antes que se comporte como uma adolescente fanática novamente decide seguir adiante e acena para o mesmo enquanto segue.

Continua caminhando pelo corredor e quando já está na porta da sala do Prof. Stein olha para trás para ver se o cientista ainda está por lá, mas ele já se fora. Ela abre a porta e entra. Prof. Stein está sentado atrás de sua escrivaninha corrigindo alguns trabalhos quando a vê entrar completamente molhada e abobalhada.

— Olá senhorita Amorim, ao que vejo a chuva te pegou pelo meio do caminho. - fala o professor.

— Desculpe pelo atraso professor, acho que essa chuva pegou a todos de surpresa e o trânsito estava um caos, acabei ficando presa no centro da cidade. - ela responde.

— Tudo bem minha jovem, trouxe seu trabalho?

Vânia pega o mesmo dentro da bolsa e entrega ao professor que o folheia rapidamente antes de dizer:

— Acho que até sexta-feira à tarde finalizo a correção dele e te informo, pode ser?

— Sem problemas professor, fico esperando seu e-mail, e muito obrigada por toda a ajuda que me deu para finalizá-lo.

— Você é uma das minhas melhores alunas, não foi nada de mais.

Vânia se vira para sair da sala e quando está com a mão na maçaneta seu professor a chama.

— Ahh minha jovem, tenho aqui um ingresso para uma palestra que o Dr. Wells fará aqui na Universidade na quinta-feira à noite, te interessa?

Vânia olha atônita para o senhor atrás da mesa sem conseguir acreditar que está sendo convidada para uma palestra de Harrison Wells, o mesmo que acabara de lhe ajudar a se recuperar de um belo tombo, e que deve achar que ela é no mínimo uma doente por ter olhado para ele como se fosse um pedaço suculento de carne. Mas é uma palestra do Wells, algo impossível de se conseguir, já que ele não é muito de dar palestras e quando as realiza, as mesmas se esgotam em pouco tempo.

— Se tiver outro compromisso sem problemas, tenho certeza que consigo outro aluno que tenha interesse em ir, ele me deixou algumas entradas agora a pouco e pensei que gostaria de participar.

Vânia volta dos seus devaneios novamente e assente ao Prof. Stein.

— Obrigada professor, adoraria ir a palestra dele.

Ela volta a mesa e pega das mãos do senhor a entrada. Dá meia volta para fora da sala se condenando por ter agido feito uma louca duas vezes em menos de 20 minutos.


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