No Antigo Egito de Jeans. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Elena de Esparta.


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo a máquina do tempo do Dr. Gilbert vai levar a sua filha para Esparta.



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P.O.V. Elena.

Consegui ser trazida de volta para o meu tempo e agora estou á caminho de Esparta.

Felizmente confeccionei uma túnica para passar despercebida desta vez. Mas, não deu certo.

Estava na rua, de véu e tocaram uma trompeta. O povo todo se escondeu dentro das casas.

—Porcaria de véu que esquenta.

Eu estava de costas, tirei o véu que cobria o meu cabelo e depois o que cobria meu rosto. Tirei o cabelo e dei uma sacolejada, joguei a cabeça pra frente e depois pra trás.

Passei os dedos para tirar os nós que haviam se formado. Ouvi alguém gritar:

—Ei! Você? O que faz na rua?!

Eu fiquei meio sem reação. Me virei, mas ai me lembrei do que o meu pai disse:

—Não é permitido olhar para os nobres.

—Senhorita, saia da rua imediatamente!

Meu sangue ferveu.

—E você quer que eu vá pra onde ein?! Eu não moro aqui, a minha família também não, estou sozinha nesse lugar. Mas, você tem a minha palavra que não vou olhar para  quem quer que seja o nobre metido que você carrega.

—Eu sou um homem da lei!

O cara levantou a mão pra mim e eu claro que revidei.

—E eu sou faixa preta em todos os tipos de artes marciais possíveis e imaginadas! Mané!

O nobre desceu da liteira e eu olhei pra baixo. Não vou olhar, não vou olhar, não vou olhar.

—Quem sois vós?

Eu fiquei com medo de responder.

—Responda serva!

—Eu não sirvo a ninguém!

—Quem sois vós?

—Elena. Elena Marie Gilbert.

—Você veio de onde?

—De muito, muito, muito longe.

—Jamais havia escutado um nome como o seu.

—E provavelmente nunca mais vai. Mas, e você quem é?

—Paris? Paris com quem estás a falar?

—Você é o Príncipe Paris de Troia! Ai caramba! Virei a Elena de Troia.

—Então sois troiana?

—Não! Sou americana.

—Paris meu filho... Como ousa olhar para o meu filho serva?!

—Sério, numa boa se alguém me chamar de serva mais uma vez vai apanhar.

—Como ousa dirigir-se a mim desta maneira?!

—Meu Deus, me dê força, me dê paciência pra lidar com essa gente.  Eu odeio isso.

—Eu sou a Rainha Hécuba!

Tive que rir daquele nome.

—Desculpa ai, só que esse seu nome é tão... diferente. Parece nome de remédio.

—Elena!

—Te conheço?

—Sou seu esposo mulher!

—Essa não. Elena de Troia era duplicata.

—Quando chegarmos em casa você vai ver só! Como ousa fugir de mim?!

—Vai se danar! Eu não sou sua mulher!

Ele me puxou pelo cabelo, mas isso não vai ficar assim. Esse velho gordo vai se dar mal.

Eu dei nele um golpe que eu mesma desenvolvi. Foi fácil, os gregos vivem sempre embriagados.

—E é assim, que eu lido com homens ignorantes. Nojento!

—Por favor, me acompanhe até o palácio.

—Tá bem.

Ele me ajudou a subir na liteira e fomos carregados até o palácio. Vale ressaltar que a Rainha ficou me olhando feio durante toda a viagem.

—Você não vai conseguir o que quer sua puta rameira!

—Eu não quero nada de você e nem do seu filho, sua puta rameira!

—O que disse?

—Esqueci que você não tá acostumada á receber resposta para os insultos que sem dúvida vive distribuindo por ai.

Tirei a câmera da bolsa e comecei a fotografar o palácio. Fotografei a Rainha e o Príncipe, depois eu saí do palácio na companhia de Paris e fotografei a cidade toda.

—A cidade de Atlântida existe?

—Sim. É claro.

—Está submersa?

—Não. Que bobagem.

—Ótimo. Como é que eu chego lá?

—Posso levá-la. São três dias de viagem.

—Seria ótimo. Obrigado. Não quero que se sinta obrigado a fazer nada, posso ir sozinha.

—Uma dama não deve viajar sozinha.

—Eu sei cuidar de mim mesma. 

—Eu notei. Como conseguiu derrubar Brutus com tanta facilidade?

—O que ele tem de tamanho, lhe falta em técnica. Eu treino desde que saí das fraldas, acho que aprendi a lutar antes de aprender a ir ao banheiro.

—Ir ao banheiro?

—Antes de aprender a usar o penico. Melhorou?

—Sim. Muito. Porque você fala tão diferente de nós?

—Porque eu não sou daqui.

—Você não é grega, não é troiana. De onde você veio?

—Dos Estados Unidos da América. Antiga colônia da Inglaterra. Sou do hemisfério Norte, do ocidente.

—O mundo acaba para o ocidente. O ocidente não existe, se formos muito para lá vamos cair num abismo sem fim.

—Isso é uma teoria de Aristóteles. Já ficou ultrapassada á séculos, mas na sua época ela ainda é aceita.

P.O.V. Rainha Hécuba.

Essa Elena vai me trazer problemas. Ela vai arranjar encrenca para nós.

Não posso permitir que o meu filho seja enganado e suje o nome da família por causa de uma qualquer.

—Paris? Sente-se. Temos que conversar.

—Sim mamãe?

—Você deve afastar-se desta garota. Mande-a embora para bem longe deste palácio.

—O que? Porque minha mãe?

—Ela é a esposa do Rei Minelau meu filho.

—Ela não é. Ela disse que não é e acredito nela.

—Mal conhece essa mulher meu filho! Se não a mandar embora, mando eu.

—Não precisa. Eu vou embora amanhã, assim que o sol nascer. Só precisarei de provisões.

—Pegue o que precisar e suma.

—Você se parece com ela. Em todos os aspectos.

—Ela?

—Anksunamun. Ela era, possessiva, ciumenta, paranoica, desequilibrada e totalmente louca. Mas, ela era a esposa do Faraó e se quer saber eu não transei com ele ainda sou uma virgem imaculada.

—Saia! Fora!

—Adeus. E te desejo tudo de bom. Passar bem.


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