Suki Kirai escrita por BonnieTheBunny


Capítulo 11
Capítulo 12: Shatter me


Notas iniciais do capítulo

Oi oi!
Aqui está mais um :333
Espero que gostem!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/685152/chapter/11

— Ah, Oliver, está tudo bem? – Rin perguntou, arqueando uma sobrancelha. O loiro estava quieto, quieto demais para seu gosto.

Ele olhou para ela, dando seu melhor sorriso falso.

— Sim.

— Você realmente acha que me engana? Eu te conheço. Não tente mentir para mim. – ela sorriu, dando um soco de leve no ombro dele. O loiro suspirou.

— Só pensando. Escrevi uma letra hoje de manhã, estava pensando nela. – ele disse, e a loira mordeu o lábio inferior.

— Posso ver?

Ele pensou um pouco, pegando a letra do bolso do casaco. Entregou a ela, corando.

 

“It's just another night

(é só outra noite)

And I'm staring at the moon

(e eu estou olhando para a lua)

I saw a shooting star)

(eu vi uma estrela cadente

And thought of you

(e pensei em você)

I sang a lullaby

(eu canto uma canção de ninar)

By the waterside and knew

(na beira d’água e soube)

If you were here,

(se você estivesse aqui,)

I'd sing to you

(eu cantaria para você)

You're on the other side

(você está do outro lado)

As the skyline splits in two

(a linha do horizonte se divide em dois)

I'm miles away from seeing you

(eu estou milhas longe de te ver)”

 

A loira sorriu, corando.

 

 “ I can see the stars

(Eu posso ver as estrelas)

From America

(Da América)

I wonder, do you see them, too?

(eu me pergunto se você pode vê-las, também?)

 

Oliver olhou para o chá que tomava. A vergonha tomava seu corpo, mas ele não estava cabisbaixo ou super corado. Na verdade, estava até corajoso.

Olhou para a mão solta de Rin no banco, e suspirou. Aproximou sua mão da dela, acariciando as costas da mão dela com o polegar. Rin corou.

 

“So open your eyes and see

(Então abra seus olhos, e, veja)

The way our horizons meet

(O jeito que nossos horizontes, se, encontram)

And all of the lights will lead

(E todas as estrelas, vão, guiar)

Into the night with me

(Dentro da noite, comigo)

And I know these scars will bleed

(E eu sei que essas cicatrizes, vão, sangrar)

But both of our hearts believe

(Mas se os nossos corações acreditarem)

All of these stars will guide us home

(Todas essas estrelas irão nos guiar para casa)”

 

Num impulso, a loirinha pegou a mão dele, que sorriu.

 

“I can hear your heart

(Eu posso escutar seu coração)

On the radio beat

(Batendo no radio)

They're playing 'Chasing Cars'

(Estavam tocando ‘Chasing Cars’)

And I thought of us

(E eu pensei em nós)

Back to the time,

(De volta aos tempos,)

You were lying next to me

(Em que você deitava ao meu lado)

I looked across and fell in love

(Eu olhei para o lado e me apaixonei)

So I took your hand

(E então peguei sua mão)”

 

Ela olhou para o loiro, sorrindo.

— E-Eu ainda não acabei, e-está meio r-rui-... – ele dizia, mas foi interrompido pelos lábios de Rin colados aos seus.

Eles ficaram assim por um tempo, se separando por necessidade de oxigênio.

Rin..?

— Daisukidesu, Oliver-kun. – a loira disse, se levantando e saindo da cafeteria. O loiro riu bobamente, encostando a cabeça na parede.

Wow...

****Suki Kirai****

 

A verdinha andava a passos duros, bufando. Len e Gumiya discutiam atrás dela.

— Pêra.

— Abacate.

— Banana.

—Picles.

— Giz de cera amarelo.

— Pepino!

— PAREM! – Gumi berrou, e os dois se assustaram – Eu quero chegar na livraria sem dor de cabeça!

Os dois assentiram, fuzilando um ao outro com o olhar.

A esverdeada suspirou, olhando para a saída do shopping. Só havia uma coisa que a acalmaria naquele momento...

— Len, Gumiya. Se vocês me seguirem, que seja. Eu tô saindo. – ela sorriu, correndo para fora. Os garotos a olharam, confusos, logo correndo atrás dela. Mas a verdinha estava muito rápida.

Ela correu até sua casa, entrando e se dirigindo para o quarto. Sorriu, abrindo o armário.

— Ok, vamos lá... – ela pegou os sprays coloridos, e pôs eles na escrivaninhas. Pegou uma blusa de alcinha preta, um macacão laranja e suas luvas, junto com a meia com detalhes de piano e as botas. Colocou seus óculos de aviador pretos, e sua bolsa guarda-spray. Depois, ela pegou seu Ipod e seu headphone, vestindo-o e pondo o Ipod no bolso. Estava pronta.

Se olhou no espelho. Fazia tempo que não vestia aquilo.

— Agora sim. – ela sorriu, guardando os sprays e abrindo a janela. Morava no andar de cima, mas conseguia escalar na parede – Sayonara, otoosan!

Pulou num galho de uma árvore,  se segurando. Pulou do galho para um cano, segurando-o por pouco. Do cano, ela saltou para outra árvore, e depois para o telhado da varanda. Fazer aquilo estava lhe fazendo falta.

A verdinha olhou para baixo, sorrindo desafiadora. O telhado era baixo, 1,98 de altura, ela conseguiu pular dele. Assim que se levantou do chão, correu para o muro em que grafitava. Para sua surpresa, haviam pessoas lá.

— Lui? Ring?

— Gumi! – a azulada parou de pintar um l, e correu para a amiga, abraçando-a  – Quanto tempo!

— Gu-chan! – o loiro sorriu, acenando. Gumi retribuiu, as bochechas amassadas por conta do aperto.

Depois de Ring soltá-la, Gumi olhou para o grafite de Ring.

Era uma linda menina de cabelos pretos, dormindo agarrada com um bebê emburrado, que tinha um curativo na testa. Usava uma roupa parecida com uma mão, e atrás dela bolinhas coloridas davam vida a imagem. Era um lindo grafite.

— Wow... – Gumi comentou, sorrindo. Ring deu de ombros, voltando a subir na escada para retocar o cabelo da menina.

— G-Gumi? O-O que faz aqui? – alguém perguntou, e a esverdeada olhou para trás. Yuma sorria de canto, acenando de leve. Gumi sorriu, correndo para ele e o abraçando.

— Sei lá, senti falta de grafitar. E uma sensação incrível... – ela comentou, se soltando e pegando o Ipod. Colocou “Shatter me”, uma música que sempre gostou muito.

Pegou seu spray preto, e ligou a música.

 

“I pirouette in the dark

I see the stars through me

Tired mechanical heart

Beats til the song disappears”

 

Ela fechou os olhos, sorrindo. Os outros observavam, curiosos.

A verdinha andou até o muro branco, desenhando o formato de uma cabeça. Mas não havia topo da cabeça, e a base de seu pescoço eram raízes.

 

“Somebody shine a light

I'm frozen by the fear in me

Somebody make me feel alive

And shatter me

So cut me from the line

Dizzy, spinning endlessly

Somebody make me feel alive

And shatter me!”

 

A verdinha pegou seu spray vermelho, pintando os lábios da cabeça desta cor. Gumi suspirou.

Lembrou de coisas passadas. Músicas afetam os humanos, pondo todas as suas emoções em jogo.

“- Grama, você por aqui!

Por que você veio? Lugar de grama é no solo.

Oi capim!”

Sentiu vontade de chorar, mas engoliu o choro.

Pegou a escada, subiu correndo e pegou o spray verde. Desenhou uma folha no topo da cabeça, não tão grande mas não tão pequena.

 

“Shatter me!

Somebody make me feel alive

And shatter me!”

 

Subiu mais alto, desenhando algumas outras folhas pequenas. Desceu da escada num pulo, pegando agora o spray rosa. Subiu novamente, desenhando uma enorme folha rosa, que passava por cima da verde maior.

 

“If only the clockworks could speak

I wouldn't be so alone

We burn every magnet and spring

And spiral into the unknown”

 

Respirou fundo, deixando pequenas lágrimas rolarem.

 

“- Como sua mãe te criou? Não deve ser fácil cuidar de grama.

Plaanta, você dá fruta?

Ei, você quer água, planta? Plantas precisam de água!”

Pegou os sprays laranja e azul, subindo e desenhando folhinhas pequenas. Desenhava no ritmo da música, como numa dança.

 

“Somebody shine a light

I'm frozen by the fear in me

Somebody make me feel alive

And shatter me

So cut me from the line

Dizzy, spinning endlessly

Somebody make me feel alive

And shatter me!”

 

Ela pulou da escada, pegando outros sprays e desenhando mais folhas. Os outros sorriam, admirados.

A verdinha mordeu o lábio inferior, tentando parar o choro.

 

“If I break the glass, then I'll have to fly

There's no one to catch me if I take a dive

I'm scared of changing, the days stay the same

The world is spinning but only in gray

If I break the glass, then I'll have to fly

There's nobody to catch me if I take a dive”

 

Corria de um lado para o outro, desenhando rapidamente. Estava acabando o desenho, depois era só pintar.

 

“I'm scared of changing, the days stay the same

The world is spinning but only in gray

(Only)”

 

Ela sabe o que faz. – Ring sussurrou para Yuma, que assentiu. O rosado sabia que aquela paixão não daria certo, mas ele não conseguia parar de adimirá-la. Aliás, quem conseguia?

 

“Somebody shine a light

I'm frozen by the fear in me

Somebody make me feel alive

And shatter me

So cut me from the line

Dizzy, spinning endlessly

Somebody make me feel alive

And shatter me!”

 

Depois de desenhar a última folha, ela começou a pintar. Pintava de verde, depois pegava da sua bolsinha outro, depois outro, e pintava numa rapidez incrível.

Ela abriu os olhos, deixando diversas lágrimas caírem. Enxugou-as, respirando fundo.

“Me!

Shatter me!

Somebody make me feel alive

And shatter me!”

 

Depois que acabou de pintar, a música parou. A verdinha tirou os fones, contemplando a sua arte. Sorriu de canto. Estava mais calma, mais feliz até.

Enxugou o rosto com um pano limpo, e se voltou para os amigos. Eles bateram palmas, sorridentes.

— Isso foi incrível! Nunca vi você grafitar desse jeito, Gumi-chan! – Ring comentou, sorrindo. Lui e Yuma assentiram, concordando.

— Ah, n-não foi nada. – ela sorriu. Do nada, seu celular começou a tocar – G-Gomen, minna-san, eu preciso ir.

Todos assentiram, e a verdinha se afastou para atender o celular.

— Alô?

“Filha?”

Ah, oi pai!

“O Len-san está aqui, ele quer falar com você. Tem como você voltar agora?”

Gumi corou. Len queria falar com ela? Ah, mas, eles estavam namorando.

— O-Okay, já estou indo. Beijo.

“Ok, vou avisar. Um beijo, vem logo!”

E desligou. A verdinha suspirou, sorrindo.

— Pessoal, eu vou voltar para casa. Meu pai me chamou. Vejo vocês amanhã, eu acho! – ela acenou, e todos retribuíram.

— Sayonara! – Ring sorriu.

— Até mais! – Lui disse, pegando um spray e desenhando um coração na bochecha de Ring.

— Ai! Ei, Lui-kun! – a azulada corou, rindo. O loiro sorriu.

A verdinha riu, olhando para Yuma. Este estava cabisbaixo, meio triste.

— Yu-kun? O que foi? – ela perguntou, e o rosado olhou, sorrindo tristemente.

Ele se levantou, indo em direção a ela.

Você vai ver o Len, não é? – perguntou, num sussurro.

Gumi corou, assentindo.

Sabia. Parabéns pros dois. Fico feliz por vocês...até mais... – o rosada suspirou, andando de volta para o banco que estava sentado. Gumi mordeu o lábio inferior, agarrando o braço dele.

Você quer dizer algo. Eu te conheço. Pode falar, eu sou sua amiga.

A verdinha não percebeu, mas aquelas palavras doeram mais do que pareceu. Yuma fechou os olhos, tentando conter as lágrimas.

Eu sou um idiota, Gumi-chan. Eu quero algo que não posso ter. Eu sou um babaca, estúpido, idiota.

— Você não é nada disso! O que você...

— Eu te amo, Gumi. Mas você ama o Len, e o Len te ama. Não era pra eu ficar com você, você é dona do Akai Ito do Len. Eu não mereço. Sou um idiota por amar só quem não me ama, Gumi. E-Eu sou um babaca! – o rosado disse, olhando pros próprios pés. Gumi o olhou, chocada. Não esperava que seu melhor amigo fosse apaixonado por ela. – Me desculpe. Pode deixar de falar comigo, eu não quero me intrometer entre você e o Len. E não se preocupe, eu não vou interromper.

Eu não te odeio, Yuma! Vou falar com você de qualquer forma. E...eu peço desculpas, não queria te machucar. – ela disse, segurando o braço dele com força – Vai ficar tudo bem?

— Sim, não se preocupe. – ele sorriu, se soltando – Vai nessa. Espero que tudo dê certo para vocês!

Gumi sorriu, acariciando a bochecha dele com a mão.

— Obrigada, Yu-kun! Você é o melhor. – ela disse, o abraçando e correndo para casa. Yuma suspirou. Algumas lágrimas já desciam.

Ele se voltou para os amigos. Lui e Ring observavam, tristes.

— Sinto muito... – Ring disse, olhando-o com carinho. Lui fez o mesmo.

— Não tem problema. Gumi está feliz, eu estou feliz. Acho que vou para casa...não estou com muita cabeça. Até amanhã, gente. – o rosado disse, sorrindo. Caminhou de volta para casa.

Ao chegar lá, abriu a porta e entrou. Depois de fechá-la, olhou em volta, suspirando.

Caiu de joelhos no chão, levando as mãos ao rosto e chorando. Seu peito doía, e ele chorava alto. IA, que havia feito uma visita surpresa a casa do rosado, escutou o choro e correu para a sala. Tomou um susto ao ver Yuma chorando, então correu e o abraçou.

Yu...Yu-san...

— Dói, IA. Dói.

A loira-prateada suspirou, abraçando-o mais forte.

Escute, Yu-san. Foi com a Gumi?

Ele assentiu. IA fechou os olhos.

— Vai ficar tudo bem, ok? Respire. Cicatrizes curam, mesmo que demorem para fazê-lo. – ela disse, reconfortando-o. Ele suspirou.

IA. Eu descobri que amar não é querer estar junto. E sim querer ver a pessoa feliz, m-mesmo que i-isso custe su-sua própria felicidade.

Não guardava rancor de Len, muito menos de Gumi. Só queria o melhor para os dois. Era assim que vivia; sorrindo para criar sorrisos. Ele só queria o bem.

Mesmo que não estivesse bem.

****Suki Kirai****

 

— Len! – a verdinha exclamou, e o loiro se virou, sorrindo. Ela pulou em seu pescoço, abraçando-o – O que veio fazer aqui?

— Vim te ver, ué! – ele disse, sorrindo – O chato do picles foi para a casa dele, acho que se trocar, aí eu aproveitei para vir te ver.

Gumi sorriu, beijando sua bochecha.

— E, para dizer que viajo hoje. Vou voltar amanhã, não se preocupe!

O sorriso dela desapareceu.

— Viaja? Por que? Eu queria ficar com você! – ela disse, fazendo um bico.

— Meu pai agendou uns programas legais em Kyoto. Vamos visitar templos e essas coisas, sabe? Foi uma surpresa... – ele suspirou. Gumi, por algum motivo, não estava muito certa de que aquilo daria certo.

— Tem certeza? – ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Aham, vai dar tudo certo, não se preocupe. Só você piscar o olho que eu já vou estar aqui!

— Não sei...estou com um mau pressentimento. 

— Deve ser só impressão, Gumi-san. Agora preciso ir, meu pai deve estar me esperando. Te amo! – o loiro disse, beijando-a.

— Não na minha frente, por favor. – Gumo reclamou. Os dois riram, e Len acenou, indo embora.

“Ele vai voltar, Gumi. Pare de pensar bobagens.” A verdinha pensou consigo mesma. Se dirigiu ao quarto, se jogando na cama.

****Suki Kirai****

 

— Vai ser tão legal! – Rin exclamava, olhando pela janela do carro. Eles já estavam na estrada, Len sentado no banco do passageiro, e Rin no banco de trás. Leon riu.

— Vai sim, querida. Daqui a uma hora mais ou menos nós chegamos lá!

— Ainda bem. – Len comentou, olhando pela janela – Ficar no carro com a Rin exclamando é bem desagradável.

— Ei, seu chato! – ela disse, dando língua – Quero ver você vestido com um Yukata, Len!

O loiro ficou vermelho.

— Eu não vou vestir aquilo nunca! É ridículo!

— Claro que vai. Você acha que vai ficar lá sem um daqueles? Óbvio que não, otário.

Len se virou para ela, e os dois começaram a discutir. Leon ria.

— Ah, dane-se. – Len disse, se virando para a estrada.

Mas o que viu foi um imenso caminhão vindo rapidamente em direção ao carro.

E então, tudo ficou escuro.

****Suki Kirai****


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?
auhasuashuhaa
>:333
Espero que tenham gostado,
Um beijo de pupurina!
Bonnie-chan



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Suki Kirai" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.