Combo Ninos contra o Divino do Caos escrita por Misterio


Capítulo 4
Capítulo 4 - Um olhar


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, ocorreu muita coisa comigo essa semana, tive pouco tempo para a Fic



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Era um lindo dia em Nova Nitza, todos estavam felizes andando pela cidade, todas as crianças estavam indo para a escola, incluindo Serio, Azul, Paco e Pilar que estavam indo para a biblioteca para um treino antes de a aula começar. Mas eles não perceberam que, em um prédio próximo a escola, estava o tal ser misterioso apenas observando-os.

  - Então esses são os Combo Niños, interessante, preciso saber mais sobre eles. – Dizia o ser, então ele raspou a mão no chão e apareceu mais da gosma que ele usou em Gómez e Diadoro e na mãe do Nestor. De repente essa gosma começa a se separar sozinha em vários pedaços que ficam mais grossos. – Agora vão até lá e fiquem em cada cômodo daquele lugar. Preciso saber tudo sobre eles para poder destruir-los depois.

  Todos os pedaços de gosma começaram a se arrastar na direção da escola e foram para todas as salas e se camuflaram na parede e ficaram apenas observando, como se fossem câmeras. Tudo que elas viam, o ser também via.

  Mudando de cena:

  No campo de treino, enquanto o Mestre Grinto tocava o atabaque, todos estavam sentados, meditando.

  - Lembrem-se crianças, devem limpar a mente. – Dizia Grinto enquanto tocava.

  Todos estavam meditando, de repente, Paco se vira e vê Pilar meditando, mas de cabeça para baixo.

  - Que isso Pilar! Tente ser mais normal! – Dizia Paco, enquanto Serio e Azul paravam de meditar e olhavam o que estava acontecendo.

  - Se eu começar a agir como alguém normal, eu não serei mais eu mesma. – Disse Pilar enquanto ficava de pé.

  - Pilar tem razão. – Disse Grinto se aproximando. – Todos vocês tem alguma característica que os distingue. Por exemplo: não poderíamos reconhecer a Azul se ela não fosse tão estudiosa e destemida, ou o Serio se não fosse tão gentil e sensível, ou o Paco se não fosse atlético e corajoso. Cada um de vocês tem uma característica que os define. Tanto na forma de vocês pensarem e agirem, quanto na forma física de vocês.

  - Como assim Mestre? – Azul perguntou, sem entender a ultima parte.

  - Cada um de vocês tem pelo menos uma característica física que vai distinguir-los de qualquer outra pessoa.

  - Como vamos saber quais são? – Serio perguntou.

  - Vocês mesmos não saberão, apenas alguém próximo pode saber. No futuro vocês vão entender. Não acham? Eu acho. – Disse Grinto terminando de falar do jeito que sempre faz. – Agora vão, a aula de vocês já deve ter começado.

  Grinto transportou a todos e cada um foi para sua aula, mas ninguém sabia que eles estavam sendo observados pelas gosmas do ser misterioso.

  - Essas crianças são poderosas quando estão juntas, mas se uma de repente... Sumir... As outras não terão poder suficiente. – Dizia o ser enquanto se concentrava para observar pelas gosmas que estavam na escola. – A minha dúvida é... Qual eu escolho... Já sei!

  Mudando de cena:

  Os quatro se separaram e cada um foi para uma direção. Serio estava quase chegando à sala dele, quando algo o puxou para o telhado do colégio.

  - Me larga! Me larga! – Serio gritava enquanto se debatia, tentando se soltar de umas gosmas estranhas que o puxavam, quando ele chegou ao telhado, uma mão o segurou pelo pescoço, e outra tampando seus olhos, imobilizando-o.

  - Olá garoto! – Dizia o ser enquanto apertava pouco a pouco o pescoço de Serio.

  - Me largue. Paco! Pilar! Az... – Serio tentou chamar seus amigos, mas o ser misterioso usou a mão que estava tampando seus olhos para tampar sua boca também.

  - Você parece confiar muito nos seus amigos! Vamos ver se ainda pode confiar neles quando eles não te reconhecem. – O ser colocou a mão que estavam no rosto do Serio na testa dele e colocou uma das gosmas e fez com que ela entrasse na cabeça dele.

  Depois disso Serio desmaiou. Meia hora depois ele acordou e o ser misterioso usando o manto sumiu.

  - Nossa! O que aconteceu? – Serio se levantou com dificuldade, seu corpo estava muito estranho. Ele vai até um espelho quebrado que parece que foi deixado por alguém lá em cima, ele se aproximou e de repente viu um tigre. – Minha nossa! Um tigre. Não se aproxime! – Serio fez a base da ginga, mas quando olhou, o tigre que ele estava vendo também fez um gesto de base, mas de uma forma que um tigre faria. Ele começou a suspeitar, então começou a fazer vários gestos e o animal o imitava, ele olhou para suas mãos e viram que eram patas e percebeu que o tigre que ele via era ELE MESMO. – Eu não acredito. Eu sou um tigre?! Melhor eu procurar alguma ajuda.

  Depois de ver isso, Serio desceu do telhado e caiu no meio do pátio do colégio, nesse momento uma criança o viu e começou a gritar e todos que estavam do lado de fora correram assustados.

  - Não! Esperem! Eu não vou machucar-los. – Serio falava, sem perceber que tudo que ele falava, todos ouviam apenas como rugidos, apavorando-os ainda mais.

  O diretor Bronca, vendo isso, ligou para o controle de animais, e Serio, vendo que as coisas só iam piorar para seu lado, resolveu fugir e subiu em outro telhado da escola.

  - O que eu vou fazer? Ninguém me reconhece. – Disse Serio ficando deprimido. – Espere! Já sei! Vou tentar pedir ajuda para a Azul, ela fica na sala de estudos há essa hora e a maioria das vezes, sozinha. Ela pode me ajudar.

  Serio desceu o do telhado por uma parte mais escura e estreita, e entrou na sala por uma janela aberta. Depois de um tempo procurando, ele achou ela sentada estudando (como sempre) e resolveu se aproximar devagar para não assustar-la.

  Quando ele estava chegando perto, Azul e se virou e se assustou, depois pulou da cadeira e se afastou. De repente o caça - divinos dela começou a apitar, ela olhou e viu rastros de uma energia de um divino no tigre.

  - Um tigre divino? Nunca vi isso, mas eu vou mandar-lo de volta. – Azul colocou sua mascara e começou a atacar, enquanto Serio apenas desviava dos golpes, com cuidado.

  Azul ficou atacando por um tempo, Serio tinha que pensar rápido, então, enquanto desviava, ele pregou uma flor, que estava perto da janela, com os dentes e parou de se mexer, apenas se abaixou e se aproximou aos poucos, mostrando que queria lhe entregar a flor. Um pouco confusa, Azul pega a flor, depois Serio se lembra que a mochila dele ainda estava com ele, então ele tirou a mochila das costas e a colocou no chão e tirou de dentro dela sua mascara e entregou para a Azul.

  Pegando a mascara, Azul se assusta, querendo saber o que houve com seu amigo, mas depois ela coloca a mascara na frente do rosto do tigre e vê que os olhos dele eram idênticos ao do Serio, e percebe que, na verdade, era ele.

  - Se... Serio? – Azul ficou um pouco chocada, mas o tigre apenas moveu a cabeça em sinal de afirmação. – O que aconteceu com você? – Serio começou a explicar, mas Azul apenas ouvia rugidos e rosnados. – Chega Serio. Eu não entendo nada do que você diz. É melhor te levar até o mestre Grinto. Ele vai saber o que fazer.

  Depois que Azul acabou de dizer isso, Serio a empurrou até a janela e apontou com a cabeça o diretor Bronca e o pessoal do controle de animais que estava procurando por ele. Vendo isso, Azul ficou pensativa e viu um cavalo de madeira de tamanho real encima de um carrinho, que iria ser usado na peça da escola e teve uma idéia.

  - Tem certeza que viu um tigre aqui senhor... Bronca? – Perguntou o homem do controle de animais.

  - Absoluta! Meus olhos vigilantes não me enganam. – Dizia o diretor, de repente aparece a Azul empurrando o cavalo de madeira. – Posso saber o que está fazendo mocinha?

  - Ah... Oi diretor... É que eu estou ajudando na peça da escola e estão precisando do cavalo na biblioteca. – Azul começou a dar a desculpa. Então, do nada, eles escutam um espirro, mas os três eram os únicos que estavam por perto.

  - De onde veio esse espirro? – O diretor perguntou e Azul ficou na frente da portinha que era usada para entrar no cavalo.

  - Eu não ouvi nada. Agora eu tenho que ir, estou com pressa! – Dizia Azul enquanto corria e empurrava o cavalo de madeira o mais rápido que podia até entrarem na biblioteca que estava vazia. – Pode sair Serio.

  Azul abriu a portinha e o “Tigre Serio” saiu de lá começando a mexer o corpo (como cachorro depois que toma banho) para tirar a poeira. Depois os dois foram até o campo de treino deles, mas Grinto não estava lá.

  - O mestre deve ter saído. Eu vou procurar-lo, fique aqui. – Disse Azul enquanto saía.

   Serio se deitou em algum lugar para poder pensar um pouco no que acontecia “quem era aquela pessoa, ou divino, seja lá quem for, era muito poderoso”, ele pensava, mas ele ouviu um barulho se aproximando, quando viu, era Paco e Pilar, pois era hora do almoço, então era hora do treino deles.

  - EI Pilar, você soube do que estão dizendo na escola? – Disse Paco e Pilar moveu a cabeça de forma negativa. – Estão dizendo que encontraram um tigre na escola.

  - Um tigre? Isso não me surpreende. – Disse Pilar, começando a falar do jeito estranho dela de novo. – Se fossem alienígenas, aí sim eu me surpreenderia.

   Os dois estavam andando e conversando e de repente viram o tal tigre e se assustaram.

  - Ai minha nossa! Um tigre bem aqui! Será que ele comeu o mestre Grinto? – Paco começou a se afastar enquanto falava.

  - Se esse tigre fez isso, então vamos dar uma lição nele. – Disse Pilar e os dois se prepararam.

  “Essa não. De novo.” Serio pensava e viu que não podia fazer nada a não ser desviar dos golpes até Azul chegar com o mestre Grinto. Paco e Pilar começaram a atacar-lo, um de cada lado, mas Serio, graças a sua velocidade de tigre, conseguiu escapar e usou suas garras para subir em uma das pilastras, mas Pilar pulou nas costas dele e o puxou para baixo e os dois caíram no chão.

  Pilar pulou para trás e ficou ao lado do Paco e os dois pularam e se prepararam para dar um chute final no tigre que estava ainda atordoado por causa da queda.

   - Esperem! – Gritou Azul aparecendo na frente dos dois, obrigando-os a tentar parar o golpe e acabaram caindo na frente dela.

   - Que idéia é essa Azul? – Paco se levantou. – Por que está defendendo esse tigre?

  - Porque eu acho que esse tigre... É o Serio. – Azul falou enquanto ia ver se Serio estava bem.

  - O QUE? – Os dois respondiam em coro.

  - Mas como esse tigre pode ser o Serio? – Paco perguntava se aproximando devagar.

  - Eu vi pelo meu aparelho uma aura divina nele. Quer dizer que algum divino deve ter feito isso. – Azul tentou explicar.

  - Ou talvez seja um divino tentando nos enganar. – Disse Paco. – Como vamos saber?

  - Eu já sei. – Disse Pilar e os três olharam para ela estranhados e ela foi andando até o tigre. – Eu vou fazer algumas perguntas para ele.

  - Não adianta. Ele não fala, apenas faz sons de um tigre comum. – Azul tentou explicar.

  - Não se preocupe. – Pilar ficou de frente com Serio. – Serio, se estiver me entendendo, então aqui vai o que eu quero que faça: Eu vou te fazer perguntas de múltipla escolha e você vai me responder. Se a resposta for à primeira, você dá um rosnado, se for à segunda, você dá dois e se for à terceira, você dá três. Entendeu? – Pilar perguntou e o tigre assentiu com a cabeça. – Primeira pergunta: Qual é o meu sorvete favorito? “A” chocolate e amora? “B” Pistache e morango? Ou “C”, Chiclete e creme? – Depois de ela dar as opções, o tigre rugiu duas vezes, mostrando que era a resposta “B”. – Certo! Segunda pergunta, qual o nome do nosso mestre? “A”, mestre Marcos? “B”, mestre Ray? Ou “C”, mestre Grinto? – O tigre rosnou três vezes, estando correto de novo. – Certo! Agora a ultima pergunta, quem você mais acha linda na escola toda? – No momento que ela perguntou isso, o coração de Serio começou a bater a mil por hora esperando que ela não dissesse um certo nome. – “A”, a Jússia? “B”, a Perla? Ou “C” a Az... – Quando pilar ia falar a opção, em vez do tigre dar um rosnado ele deu um rugido bem na frente dela como se fosse uma pessoa gritando “Nãoooo”. – Sem dúvida... Esse é o Serio.

  - Quem diria. – Paco chegou perto e ficou encarando o Serio. – Realmente o Serio Foi transformado. O que faremos agora?

  De repente aparece uma luz e o mestre Grinto sai dela com o Cabeça Velha nos braços.

  - Desculpe a demora crianças. O mestre ficou com fome no caminho. – Grinto explicava e viu o tigre atrás da Pilar. – Quem diria... Olá Serio.

   Todos se surpreenderam como o mestre Grinto estava calmo, mesmo em um momento como esse, enquanto isso ele se aproximava do tigre.

  - Sem dúvida isso é obra de um divino. – Disse o Cabeça Velha.

  - Você pode trazer-lo de volta mestre? – Azul perguntou.

  - Sinto muito. Eu não posso fazer nada. – Disse Grinto e todos ficaram cabisbaixos. – Mas eu conheço um divino que pode. É o divino Curador, ele cura qualquer coisa feita por um divino, machucados, envenenamentos e até transformações.

  - Então vamos atrás desse divino mestre! – Disse Paco se pondo à frente de todos.

  - Não é tão simples. – Cabeça começa a explicar. – O Curador é um divino que não possui um portal e ele fica no interior de uma das partes mais perigosas do mundo dos divinos.

  - Então como falaremos com ele mestre? – Pilar perguntou se aproximando.

  - Precisaremos ir até ele. Demora muito tempo para chegar lá, então é melhor irmos agora. – Disse Grinto pegando seu agogô dourado e uma caixa.

  - Mas por que agora? – Paco perguntou.

  - Essas transformações têm prazos até se tornarem definitivas. Não sabemos qual é o prazo, então quanto mais cedo, melhor. – Grinto pegou a caixa e abriu, e os quatro viram cinco braceletes dentro dela. – Peguem esses braceletes e coloquem, eu os fiz há pouco tempo, vai permitir que vocês fiquem dentro do mundo divino sem efeitos colaterais.

  Grinto tocou seu agogô e um portal se abriu e todos os cinco colocaram os braceletes e passaram e foram parar no mundo dos divinos, exceto o Cabeça que resolveu ficar. Depois Grinto começou a andar na frente e todos o seguiram, eles foram andando por uma parte mais distante de onde ficam os divinos mais perigosos e ficaram caminhando durante algumas horas, dando umas paradas para descansar e comer algumas frutas que tinham por lá, aproveitando, Grinto os ensinava o que comer e o que não era bom.

  - Mestre. Ainda vai demorar muito? – Paco perguntou, mostrando muito cansaço. – Já estamos andando há horas.

  - O Curador mora bem afastado. Ele não gosta de ser incomodado. Esse era um dos motivos que tínhamos que começar o mais cedo possível.

  Depois, começou a escurecer e todos decidiram que era melhor dormir. Grinto se acostou em uma arvore e começou a dormir sentado com as costas na arvore, Paco dormiu onde caiu, Pilar pegou umas folhas de palmeira e usou como coberta, Azul deitou no chão, se acomodou e começou a dormir e Serio apenas se deitou como um tigre comum e todos dormiram.

  No meio da noite, Serio ouviu um barulho de algo tremendo, ele levantou a cabeça e começou a procurar de onde vinha, ele olhou para os lados e viu que o som, na verdade, era Azul que estava tremendo de frio, pois não tinha nada com que se cobrir. Ele olhou bem e viu que poderia ajudar, olhou em volta para certificar que todos estavam dormindo e foi até ela, se enrolou envolta dela para poder esquentar-la e para que ela tenha algo macio para apoiar a cabeça, Azul parou de tremer e os dois puderam dormir sem que ela percebesse que estava enrolada no Serio. Enquanto isso acontecia, Serio nem se deu conta que Grinto via tudo, apenas sorrindo e voltando a dormir encostado na arvore.

  Na manhã seguinte, Serio acordou antes de todos e se levantou devagar para não incomodar a Azul, que estava adormecida ao seu lado e foi até um lago perto de lá para beber água. Depois de um tempo, todos acordaram e continuaram andando até chegar a umas catacumbas e lá encontraram um divino azul, com uma aparência velha e louca.

  - Olá. – Disse o divino se virando a eles. – Há quanto tempo Grinto, em que posso ajudar você e seus...

  - São meus aprendizes, Curador. Preciso da sua ajuda com uma... Transformação. – Disse Grinto mostrando o Serio.

  - Um humano transformado por um divino? Interessante. – Disse o Curador se aproximando. – Engraçado. Apenas divinos a partir de classe B podem transformar um humano fisicamente.

  - Acha que pode curar ele senhor Curador? – Paco perguntou.

  - Primeiro eu vou analisar dentro da cabeça dele para ver quem fez isso. – O divino colocou uma das mãos na cabeça do Serio e fechou os olhos. De repente ele vê várias imagens de olhos brilhante, explosões e solta a cabeça dele. – Eu... Eu... Não posso ajudar vocês.

  - Por que não? – Azul perguntou.

  - O divino que fez isso a seu amigo... Se ele souber que eu ajudei, EU estou perdido. – O divino foi se afastando enquanto falava.

  - Por favor Curador, precisamos da sua ajuda. – Disse Grinto.

  O Curador ficou pensativo por um tempo, coçando o queixo.

  - Certo. – Disse o Curador. – Mas para que eu faça isso, vocês vão ter que me vencer em uma luta.

  - Pode deixar! – Disse Paco confiante.

  - Mas sem a ajuda do Grinto! – O divino advertiu. – Apenas vocês quatro.

  - Nós quatro? – Azul perguntou.

  - Sim. O tigrinho também vai ter que lutar. – Disse o Divino.

  - Sem problemas, podemos acabar com ele. – Disse Paco ainda confiante de si. – Ele é só um divino médico.

  - Cuidado Paco! – Grinto advertiu. – Ele possui surpresas.

  - Está pronto divino? – Pilar perguntou enquanto todos os quatro se colocavam em posição de ataque.

  - Quase. – De repente saíram mais quatro braços do divino, um embaixo de cada braço, um nas costas e outro no peito. – Agora estou pronto!

  Todos ficaram surpresos, mas Paco pulou na frente, tentando atingir o Curador com um chute, mas o divino apenas se virou, desviando e deu três golpes em alguns pontos do corpo do Paco, que caiu no chão e não conseguindo se mexer.

  - O que está acontecendo? Eu não consigo me mexer. – Disse Paco tentando se levantar.

  - Essa é a vantagem de ser um divino médico, eu conheço todos os pontos fortes e frágeis de um divino ou de um humano, posso usar isso para ajudar-los ou para imobilizar-los. – Disse o divino.

   Azul correu na direção do Curado e tentou socar-lo, mas o divino deu dois socos em cada cotovelo dela, fazendo-a perder a mobilidade dos braços.

  O divino ia tentar atingir-la com um soco, mas foi atingido por trás e jogado em uma arvore por Serio que estava com a Pilar montada encima dele, que segurou Azul pelo baço e a puxou para cima do tigre.

  - Agora vamos acabar com ele. – Disse Pilar enquanto Serio as levava até o Paco.

  - Mas como? – Azul perguntou. – Ele conhece os pontos fracos do corpo humano.

  - É. – Disse Pilar sorridente. – Mas não de um tigre. Serio, distraia o Curador enquanto ajudamos o Paco.

  Serio correu na direção do divino e os dois se enfrentaram, enquanto as duas foram até o Paco para ajudar-lo.

  - O que faremos agora? – Paco perguntou enquanto Pilar tentava levantar-lo.

  Nesse momento, o divino estava derrotando Serio com uma série de socos com todos os seus seis braços. Quando o Curador iria dar o golpe final, Azul apareceu embaixo dele e deu um chute no queixo dele, levantando um pouco no ar, Serio aproveitou e deu outro chute, mandando o divino para o alto.

  - Me desculpe por isso Paco. – Disse Pilar, do nada.

  - Pelo que? – Paco perguntou, de repente, Pilar o segura e o lança no divino, nocauteando os dois.

  - Parece que ganhamos senhor Curador. – Disse Pilar.

  - Certo, certo, certo. – Disse o divino se levantando. Ele estalou os dedos e Paco e Azul conseguiam se mover normalmente de novo. – Mas tem uma coisa que preciso contar: Minha poção não tem cem por cento de chances de dar certo, na verdade só tem cinqüenta.

  - O QUE?! – Todos gritaram em coro.

  - Minha poção pode fazer duas coisas: Pode transformar seu amigo de volta em humano ou transformá-lo totalmente em um divino. O que vocês vão querer?

  Todos ficaram na dúvida no que fazer.

  - A escolha é sua Serio. – Disse Azul se aproximando do tigre. – Você quer mesmo arriscar.

   Serio ficou na dúvida e pensou “Eu não vou perder a chance de um dia poder dizer a garota mais linda do mundo o que eu sinto por ela” e ele moveu a cabeça de forma positiva.

  - Muito bem então. – Disse o divino misturando algumas poções. – Agora se afastem. Eu não sei o que pode acontecer.

  O Curador lançou a poção no tigre e uma fumaça enorme o cobriu, de repente uma sombra sai da fumaça e aparece o Serio exatamente como antes de virar um tigre. Todos se emocionaram. Azul correu e deu um abraço nele, fazendo-o corar totalmente e até alguns coraçõezinhos começarem a sair dele (claro, metaforicamente falando).

  - Que bom que você voltou amigão. – Disse Paco se aproximando do Serio (estragando totalmente o momento) e colocando a mão nas costas dele.

  - É bom voltar. –Disse Serio.

  - Que bom que você voltou... – Disse Pilar com uma expressão um pouco chateada. – Mas eu vou sentir falta de montar em você. Será que na volta para casa...

  - NÃO! – Sério exclamou, sabendo que ela iria pedir para poder montar nas costas dele durante a volta. Fazendo-a voltar a ficar chateada.

  - Bem vindo de volta Serio. – Disse Grinto se aproximando deles com uma expressão alegre.

  - Hahahaha! Vocês estão todos comemorando, sem saber o que os aguarda. – Disse o divino se aproximando deles. – Saibam que futuramente vocês vão conhecer o divino que fez isso, vamos ver se vocês vão agüentar enfrentar-lo. Hahahaha.

   A felicidade de todos acabou, mas resolveram que o melhor era ir embora e foram andando o caminho todo de volta, mas dessa vez, como eles conheciam o caminho, até apostaram uma corrida. Serio estava muito feliz em ser um garoto de novo, podendo voltar agora para sua vida normal. Depois de algumas horas, todos voltaram para o salão de treino.

  - Obrigado por me ajudarem pessoal. – Disse Serio. – Eu lhes devo uma.

  - Pode retribuir nos pagando um sorvete. – Disse Pilar (obvio).

  - Por que não? – Disse Serio e todos se prepararam para ir.

  - Espere um pouco Serio. – Disse Grinto. – Antes de ir, conte o que aconteceu.

  - Tudo que eu me lembro é de alguém me segurando e falando comigo. Ele tinha uma voz grossa e era bem forte. – Disse Serio explicando tudo o que houve. – Depois ele colocou algo na minha cabeça e eu desmaiei

  - Como era a aparência dele? – Grinto perguntou enquanto ficava pensativo.

  - Não sei. Ele estava tampando meus olhos. – Serio explicou.

  - Entendo. Bom crianças... É melhor irem. – Grinto as transportou, logo depois ficou muito sério.

  - O que houve Grinto? – O Cabeça Velha perguntou. – Não deveria estar feliz pelo garoto voltar ao normal?

  - Eu sei que eu devia, mas o Curador falou algo desse divino e isso está me preocupando. – Disse Grinto. – Acho que as crianças futuramente poderão estar em sérios apuros.

  Mudando de cena:

  Os quatro saíram da escola e foram andando até a sorveteria, sem perceberem que o ser misterioso estava observando-os.

  - Vejo que essas crianças são mais persistentes que imaginei, mas esse é apenas mais um dos milhares de truques que eu tenho nas mangas. Futuramente eles apenas serão quatro troféus para mim. - Disse o ser misterioso enquanto ria malignamente.

                             Continua...


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Notas finais do capítulo

Preview do cap 5
Força:
Paco é derrotado em uma queda de braço na escola por Telmo, fazend perder totalmente a confiança e o ser misterioso aproveita isso para realizar mais um de seus planos diabolicos. Em uma parte da historia, Grinto se encontra com......

Ps: Mais uma coisa, eu não tenho certeza se consigo continuar, por favor comentem e isso pode me ajudar a ter mais energia para continuar e também para escrever mais rápido. Então, por favor, comentem a minha historia, quero saber o que vocês pensam dela.