Losing Your Memory escrita por lotusflower


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, migxs!
Escrevi essa história num moento de bad, no qual eu ouvia Losing Your Memory no YouTube, do Ryan Star. Então, se quiserem ouvir a música enquanto lêem, é legal. One-shot. Comentem e me façma feliz, vai?? ♥ Espero que gostem.
Swan Queen vai ser canon na sexta temp, ok? Beijas.
E lá vai...



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— Emma? - Regina chegou em sua casa. Henry estava na loja de Gold, continuava trabalhando por lá, mesmo depois da operação Maugusto, logo, a prefeita estava sozinha.

— Oi. - Emma soltou, emburrada, como se cuspisse a palavra.

— O que você tem? - Regina sorriu docemente, se aproximando de Emma.

— Você. Você é o que eu tenho. Sabe quantas vezes eu te liguei hoje, Regina? Dez! Dez fucking vezes! E quantas vezes você me atendeu? Nenhuma. Eu liguei porque eu queria saber como você estava, eu queria saber do seu dia, eu queria almoçar com você. Mas você não faz o mínimo de questão pra isso! Eu almocei sozinha! Como eu sempre tenho feito. Parece que eu não tenho ninguém. Você prefere almoçar com os outros, da prefeitura, menos comigo. E quem é a trouxa da história? Eu, claro. Sempre me perguntam onde você está e eu tenho que fingir que você está ocupada pra não ter que admitir que você não quer estar comigo. Ou não quer estar comigo em público pelo menos.

— Não é nada disso, Emma... Eu...

— É isso sim! Você não me liga, você não me manda uma mensagem. Você não se importa. Você só quer saber de você mesma. Mas aqui vai uma novidade: isso não é estar num relacionamento. Porra, Regina! Eu amo você e eu quero estar com você, mas eu quero receber tudo isso em troca. Você realmente não liga pra nós!

— Emma, o que aconteceu com você?

— Aconteceu que eu cansei, Regina! Eu cansei. Já fiquei tempo o suficiente escondendo isso de todo mundo porque você pediu, porque achava que não era certo a prefeita ser gay. E quando assumimos pra todo mundo, parece que foi pior! Você não sai comigo, você não demonstra o mínimo de afeto quando estamos em público. Prefere ficar com qualquer pessoa, menos comigo. Eu cansei.

— Eu não vou ficar aqui ouvindo você dizer essas besteiras pra mim, Emma! Você sabe que não é assim!

— BOM, QUANDO VOCÊ DECIDIR O QUE QUER, VEM FALAR COMIGO. E TALVEZ, SÓ TALVEZ, EU QUEIRA TE OUVIR. ENQUANTO ISSO, EU NÃO VOU FICAR EM CASA, ESPERANDO VOCÊ CHEGAR PRA TER QUE RECEBER UM POUCO DE CARINHO POR ESMOLA. NÃO VOU MESMO. OU VOCÊ ME AMA POR INTEIRO OU ACABOU. - Emma berrou, com algumas lágrimas escorrendo por seu rosto e saiu pela porta da frente, empurrando-a com toda força possível.

Entrou em seu carro e saiu. Regina sabia que Emma ia sair da cidade com certeza, depois de ouvir o barulho do motor do fusca amarelo. Realmente, a morena não era do tipo afetivo. Mas isso não era com ninguém, às vezes, nem mesmo com Henry. Apesar de sua mudança.

Agora que todos finalmente a tinham enxergado como uma pessoa melhor, não queria estragar tudo. Snow e David ainda olhavam torto para ela. E Regina era orgulhosa demais para admitir frente à cidade inteira que amava Emma. Ela amava, mas da última vez que amou alguém daquela proporção, esse alguém terminou morto. Ela só queria que as coisas fossem discretas e devagar. E era mais orgulhosa ainda para ir atrás de Emma agora. Ia deixar a loira sair da cidade e fazer o que quisesse. Uma hora ela iria voltar, embora, uma pequena vontade no peito de Regina gritasse que ela deveria ir atrás de Emma.

 

 

Meia hora depois e o celular de Regina tocou, mas ela não atendeu. E tocou novamente. E mais duas vezes, até que o telefone de casa tocasse. Com a paciência no limite, Regina resolveu atender.

— Mãe! Mãe, você precisa vir agora pro hospital! - Henry parecia desesperado.

— Henry? O que aconteceu? Você está bem?

— Emma... Emma bateu o carro um pouco antes do limite da cidade.

Assim que Henry soltou a informação e as palavras atingiram o entendimento de Regina, ela sentiu todas as células de seu corpo pararem. Emma havia sofrido um acidente, por culpa da briga de Regina. Se elas não tivessem brigado, talvez Emma nunca tivesse se acidentado e estivesse bem, talvez até com outra pessoa que demonstrasse o amor que ela merecia. A culpa era de Regina.

Ela deixou o telefone cair de sua mão e ao recuperar a consciência, correu até seu carro, deixando a casa atrás de si aberta, e partiu ao hospital.

 

—Me deixa passar! Eu preciso vê-la! Me solta! - Regina prometeu não usar magia à Henry, mas naquela situação, não podia controlar, então, qualquer um que entrasse em seu caminho era arremessado para longe.

— Mãe! - Henry gritou da sala de espera da emergência.

— Cadê ela? Cadê a Emma?

— Whale levou ela pra cirurgia. Mãe, por favor, diz que minha mãe vai ficar bem! - Henry suplicou, como se aquilo dependesse dela.

Regina não pôde fazer nada mais do que abraça-lo. Queria dizer que Emma ia ficar ótima, mas nem ela tinha certeza disso e não poderia mentir pra ele. A única coisa de que ela tinha certeza era: a culpa de Emma estar agora internada, em meio à uma cirurgia era só dela. E ela teria que se redimir.

 

Algumas horas depois, madrugada adentro, Charming e Snow estavam de um lado da emergência, olhando com cara de poucos amigos para Regina, e consolando um ao outro pela filha internada. Regina estava com Henry do outro lado, apenas pensando em tudo que devia à Emma. Quando Whale saiu pela porta branca e a luz da placa emergência se apagou, o coraçõa de todos ali parou por um segundo: ou a cirurgia havia acabado e estava tudo sob controle, ou Emma tinha falecido.

— Emma está sob observação. A cirurgia acabou bem, mas não sei se ela vai ficar com algum tipo de sequela. Ela fraturou o crânio. Foi um acidente feio, perdeu muito sangue. Precisamos esperar ela acordar pra fazer alguns exames. Isso deve acontecer pela manhã. Se quiserem ir descansar, telefono assim que ela abrir os olhos.

O coração de Regina apertou. Snow e Charming adorariam ficar, mas tinham um bebê para buscar na casa de Bella. A princesa caminhou até Henry.

— Henry, por favor, nos ligue se tiver alguma notícia. Nós temos que ir buscar Neal, mas...

— Eu aviso. - Henry concordou, segurando a mão de Regina.

 Charming deu um último olhar para Regina e saiu.

— Henry...- A morena falou baixinho.

— Por favor, não me mande ir pra casa, mãe. Eu não quero ir.

— Não... Vem cá. - Regina estendeu a mão pedindo um abraço e o menino o fez. Acabaram por dormir de qualquer jeito na cadeira do hospital.

 

 

No outro dia, perto das dez da manhã, Whale apareceu e chamou gentilmente Henry e Regina.

— Emma acordou. Henry, seria legal você ir falar com ela, só não fale do que aconteceu... - O médico indicou o caminho para o garoto e Regina ficou em pé. - Regina, eu não tenho uma notícia muito boa.

— O quê? O que foi? O que aconteceu com ela? - A prefeita desesperou-se.

—  Ela... perdeu a memória. A região de memórias recentes foi afetada. Ela não se lembra de nada do que aconteceu no último ano.

— No último ano...? - Regina falou apenas com um fio de voz. - Então... ela não se lembra... de nós?

— Receio que não. - Whale deu um olhar caridoso em troca à mulher. Por sua vida passada, entendia o que era perder alguém que não estava perdido totalmente.

Regina sentiu as pernas bambearem e largou-se em uma das cadeiras.

— Mesmo assim, se quiser vê-la, pode entrar.

Ela sabia que queria vê-la. Mas não sabia se queria encontrar um Emma que a odiava como antes e enfrentar tudo de novo. Não queria fazê-la lembrar que ela fora uma pessoa ruim, que já tinha a machucado e muito menos que a machucara um dia antes, quando mais a amava.  A morena ficou em pé e caminhou devagar, atravessou a porta e andou pelo corredor dos quartos em velocidade mínima, ainda não pronta para ver Emma em estado crítico, com machucados e cicatrizes. Porém, quando a viu pela janela de vidro, soube que queria estar do lado dela, então atravessou a porta. Henry olhou para a outra mãe e chamou-a, afinal, ele não sabia que Emma estava sem sua memória do último ano.

— Henry! Regina, eu posso estar machucada, mas não vou deixar você encostar nele! - Emma estendeu um braço na frente de Henry, em proteção.

Regina não conseguiu segurar as lágrimas.

— Mãe... o que está fazendo? - Henry perguntou à loira.

— Foi tudo culpa minha. - Regina admitiu. - Emma, me desculpa. Eu sei que você não se lembra do último ano, mas eu me lembro e ele foi o melhor da minha vida até agora. Sabe porquê? Por que eu tinha você. E eu não soube aproveitar, eu não soube dar valor. E pode parecer que não, mas eu te amei, Emma, como fazia tempo que eu não amava, talvez até mais do que eu já tenha amado um dia. Eu amo você. E talvez, eu mereça receber seu ódio de volta, porque foi tudo culpa minha. Me desculpa. - Regina soltava as palavras à medida que suas lágrimas escorriam. - Me... desculpa.

Emma estava de sobrancelhas franzidas, ainda protegendo Henry.

— O que você está falando? Regina,se você está tentando qualquer coisa contra Henry, eu...

— Mãe! - O menino olhou para Emma.

— Ela não se lembra, Henry. - Regina falou baixo.

— ... Não me lembro do quê? -  Emma perguntou, com a voz alterada.

— Que nós três éramos uma família. Que eu e você éramos a melhor coisa que eu tinha.

— Nós o quê? - Emma perguntou e Regina se levantou, indo até Emma, e preparou-se para passar  a mão no rosto machucado de Emma. - Não! Não encosta em mim! Regina, eu não quero nem saber que tipo de história você inventou e fez todo mundo comprar, mas você não vai se aproveitar de ninguém só porque eu estou aqui! Saia daqui.

— Emma...

— Sai! - Emma segurou forte a mão de Henry.

Regina soltou mais algumas lágrimas e saiu. A única coisa que ela tinha em mente agora era que deveria enterrar seu orgulho e ser a pessoa que Emma merecia ter ao lado. A pessoa que ela queria que Regina fosse antes de todo esse desastre.

 

Dois dias depois, Emma recebeu no hospital um buquê de lírios amarelos. Eram as suas preferidas, mas havia um problema: não havia nenhum tipo de remetente. Ela não sabia quem as tinha mandando. Pelo menos aquilo alegrou seu dia no hospital. A semana foi passando e todos os dias ela recebia algum mimo inocente e carinhoso, algo que ela gostava muito, sem nenhum remetente e com um cheiro reconhecível, mas que ela não conseguia se lembrar de quem era.

 

Saiu do hospital na segunda semana e ia ficar na casa dos seus pais, à pedido deles. Todos os dias de manhã, quando saía para ir tomar café da manhã, seu café e a refeição já estavam pagos no Granny’s, sempre com algum recado fofo. Ela não conseguia imaginar quem fazia aquilo com ela agora, e sempre que perguntava à alguém, ninguém lhe respondia. Henry era bastante suspeito, mas ele fingia não saber. Emma sabia que no fundo, o garoto escondia algo, mas ela até gostava do suspense.

— Mãe, chegou isso pra você. - Ele pegou uma carta no chão.

— O que é isso?

— me parece um convite. Abre! - Ele instigou-a.

Emma abriu e escondeu-a de Henry.

— Não sei se você sabe, mas está endereçada à mim.

Os dois riram.

— O que é?

— É um convite pra um encontro. Eu e a pessoa secreta que vem me mandando todas essas coisas lindas

— E você vai, não é?

— Não sei. - Ela fechou a cara. - E se for uma roubada?

— Não! Não é! Você tem que ir e descobrir quem é! Eu quero saber!

— Como se você não soubesse...

— Eu realmente não sei.

— Ah, claro.

— Você vai, eu sei que vai. Quando é?

— Hoje, às 20:00 hrs, na mansão Hampton, e está pedindo para que eu chegue até o portão, vendada.

 

 

À noite, Emma já estava pronta, Snow e Charming não gostavam nada a história, mas Henry tinha controle da situação e os três esperavam por Emma nasala, enquanto ela se arrumava no seu quarto.  Quando ela finalmente achou que era a hora de ir, desceu as escadas e arrancou suspiros dos três.

— Uau. Mãe, você está... incrível.

— Você está realmente uma princesa completa... - Snow sorriu de orelha a orelha. - Preciso tirar uma foto! - Ela mal terminou a frase e a sua câmera fez um clique.

— Ok, estou indo. Obrigada. - Emma sorriu e dirigiu o carro dos pais emprestado até o local. Seu companheiro de aventuras, o fusca amarelo, estava no conserto. O acidente havia acabado com o veículo. Quando encostou a caminhonete de seu pai à frente do portão indicado no convite, desligou o carro e desceu.

Assim que pisou na entrada da casa, viu uma tira preta de cetim reluzir na maçaneta da porta. Ela tinha duas opções: entender que aquilo era um fácil sequestro e ir embora antes que fosse tarde demais ou ser a mesma Emma sem noção de perigo de sempre e vendar-se. Ela fez o que teria feito: vendou-se e abriu a porta. No mesmo instante que caminhou devagar para dentro, sentiu o cheiro que estava impregnado em tudo o que ela recebia: ursinhos, flores, roupas, jóias, recados no café. E sentiu uma mão, revestida por uma luva de couro, tomar a sua e guia-la.

— Quem é você? Eu preciso saber... Se você for me raptar ou me levar pra jantar, eu realmente gostaria de saber. - Emma perguntou, enquanto se deixava guiar pelas mãos que a tomaram.

A outra pessoa não falou nada, mas Emma pode sentir a respiração do outro ser se aproximar de seu rosto. O cheiro do perfume irreconhecível aumentou e o hálito quente dessa figura estranha tocou a pele dela. Logo depois, o beijo. Emma sentiu delicados lábios tomarem os seus e nesse momento, entendeu que não era um homem, mas sim uma mulher. E quando entendeu que era uma mulher, flashes do último ano passaram por seus olhos. Todas as lembranças que Emma antes do beijo não se lembrava. E quando o beijo terminou, ela arrancou a venda. Quando o fez, viu Regina totalmente apreensiva à sua frente, com as mãos em sua cintura, a poucos centímetros de distância.

— Por favor, diz que... funcionou. - A voz da morena era apenas um sussurrou, como uma prece.

— Se por funcionar você quer dizer se eu me lembrei... Sim, funcionou. - Emma falou.

— Lembrou? - Regina se acendeu num sorriso.

— Sim. Principalmente do que me fez bater o carro e esquecer.

A prefeita abaixou a cabeça e se afastou de Emma.

— Ótimo. Então não adiantou nada.  - Regina resmungou, até sentir um puxão em seu pulso.

— Mas todo o seu esforço pra isso, adiantou sim. - Emma sorriu. - Obrigada por não desistir de mim. - A loira agarrou Regina pela cintura, olhando-a nos olhos.

— Obrigada você por nunca desistir de mim. Você é meu final feliz e eu não era capaz de ver e entender isso. Ou de aceitar que eu mereço isso, apesar de eu ainda não aceitar totalmente. Me desculpa, Emma. Eu nunca tive vergonha de você. Só que eu não podia suportar a ideia de ter você pra mim e um dia você ir embora. Como já aconteceu. E agora, eu quero ficar todo e qualquer segundo com você. Eu... Me desculpa.

— Acho que nós duas aprendemos algo: nem maldição nem acidente nenhum vai nos separar, não?

Regina sorriu e tomou a loira num beijo. O beijo que ela deveria ter dado no exato momento em que Emma virou as costas para sair de casa depois da briga.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso.
Espero que tenham gostado...
Desculpem quaisquer errinhos de português, escrevi meio correndo.
Comentem e indiquem pros amiguinhos...
Beijas de luz! ♥



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