A Love To Remember escrita por Clarice Alessandra


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, só estou aqui pra dizer que o próximo só vou conseguir postar semana que vem e Boa Páscoa :)



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Pov’s Ziva:

Minha cabeça estava latejando, eu não consigo abrir os meus olhos. Não me lembro de ter bebido tanto. Mais que droga. Não lembro nem de ter voltado pra casa. O papai deve estar furioso.

Não acredito que bebi. Tento me levantar da cama, mas não consigo, minha cabeça dói tanto que acho que vou desmaiar.

Com o pouco de forças que eu ainda tenho, me levanto devagar, olho pro meu corpo e vejo que estou nua. Porcaria. O que aconteceu ontem?

Olho em minha volta e não reconheço nada, não estou no meu quarto! Esse não é o meu guarda-roupa, essas coisas não são minhas!

A primeira coisa que penso em fazer é pegar o lençol, enrolar em mim e sair de onde eu estava. Desço as escadas ainda com medo do que eu poderia encontrar. Continuo andando sem fazer barulho, quando chego na cozinha, vejo um homem mexendo no fogão, eu acho. Ele parece perceber a minha presença, então se vira e fala:

— Bom dia. Já está melhor? – Não, eu não estou. – Amor, você está bem?

O cara se aproxima e eu posso ver quem é.

— Você abusou de mim! Seu tarado. – eu disse que esse cara era um psicopata, mas ninguém me escuta.

— Do que você está falando? – Anthony se aproxima tentando colocar a mão em mim. – Eu achei que já tínhamos resolvido isso. Ontem você me disse que estava tudo bem.

Paro por um minuto, tentando entender a situação. Meu olhar para no rosto de Tony e eu consigo ver algumas rugas. Eu sabia que aquela perfeição toda era maquiagem. Impossível esse psicopata não ter nenhuma espinha ou algo do tipo.

— Cadê o meu celular, vou ligar pros meus pais agora. Você já tem 17. Então já pode ir preso.

Dou uma olhada em volta, tentando achar o meu telefone, mas tudo parece estar girando, não consigo me manter firme, sinto os braços de Anthony me segurar, tento me afastar do maluco, mas não tenho forças o suficiente pra isso. Acho que vou desmaiar.

..

Meus olhos ardem por conta da claridade no quarto, esfrego as mãos no rosto, mas continuo com os olhos fechados. Graças a Deus, aquilo foi só mais um sonho, na verdade um pesadelo. Me esforço para cima e quando abro os olhos, pronto, dou de cara com o psicopata. Quando abro a boca pra dizer algo, vejo minha mãe e meu pai ao lado dele. Ótimo! Agora eu posso ir pra casa. Um homem entra no quarto, suponho ser o médico:

— Bom dia Ziva. – ele estende a mão pra mim e eu aceito o cumprimento. – Meu nome é Hector, Doutor Hector. E estou acompanhando o seu caso. – o meu caso? O meu caso? Deveria era acompanhar o caso de demência do DiNozzo. O cara me sequestra, tenho certeza que me drogou e eu é que sou tradada como “a louca”. Mereço. – Qual a última coisa que você se lembra?

— De acordar na casa desse psicopata. – olho para o estrupício e ele parece, magoado? Já meu pai parece estar muito bravo comigo. Maravilha, mais um final de semana trancada no quarto.

— Não, não. Antes de você acordar, qual a última coisa de que se lembra?

— De estar na festa da minha melhor amiga. – ele escreve alguma coisa em sua prancheta e se aproxima mais de mim, desvio o olhar para as pessoas no quarto e todos parecem estar confusos.

— Você sofreu algum tipo de amnesia, vou pedir alguns exames para poder relatar o porquê disso ter acontecido. Em que ano estamos?

— Humm, 2005? – eu não queria ter suado tão insegura assim.

— Não, estamos em 2016. – Gibbs segura em minhas mãos me obrigando a olhar pra ele. – Você é Ziva, minha filha e filha da Jenny. – disso eu sei papai. – Aquele ali é o Anthony. - o psicopata, já conheço. – Seu marido.

— Meu o que? Não, espera. Isso aqui é algum tipo de brincadeira? Isso é uma brincadeira. Me pegaram direitinho.

Merda, minha cabeça está doendo muito mais agora, parece que a qualquer momento ela vai explodir:

— Por quanto tempo ela vai ficar assim? – pela primeira vez troco um olhar com Anthony, mas ele logo desvia. Bom assim, não sei por que, mas estou com um sentimento de culpa roendo meus ossos.

— Eu não sei dizer ao certo. Mas podemos tentar algumas coisas até chegar a data dos exames. Eu sugiro que levem ela em um bom psicólogo e que ela continue vivendo a sua vida normalmente. – não tem como viver minha vida normalmente. Não sei o que está acontecendo. Ninguém ali parece estar brincando, então realmente eu sou casada com ele. Como que eu fui cair na lábia desse estrupício? Ainda mais depois de tudo que ele fez.

— Tudo bem doutor. Obrigada. – minha mãe fala e abraço o Tony. Eu sou a vítima aqui. – Eu sinto muito por vocês, querido. Ela vai ficar boa logo, só tenha paciência. Ela não tem noção do que está falando.

— Obrigado, Jenn. Acho que precisamos ir. Ezra já deve ter chegado da escola, pedi pro Timmy buscar ele pra mim. Mas seria ótimo que vocês dois fossem juntos. Acho que ela na vai querer ficar sozinha comigo.

Realmente, eu não quero:

— Vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? E quem é Ezra?

— Nosso filho. – droga, um filho? Um filho com esse psicopata? Minha cabeça volta a doer. Acho que isso acontece toda vez que absorvo uma informação nova.

Droga! Eu vive toda uma vida e não me lembro dela. Eu tenho tantas perguntas. Quanto tempo se passou? Quanta coisa eu perdi junto com a minha memória? Como é o meu filho? E por que eu me apaixonei pelo Anthony?

O caminho inteiro foi de total silêncio, acho que todos estavam desconfortáveis com a situação. De vez em quando eu consegui ver o olhar de Tony pelo retrovisor, ele parecia triste. Acho que é por tudo o que está acontecendo, em especial por eu não me lembrar e nem querer me lembrar de estar casada com ele. O que posso fazer se no tempo em que me lembro, ele era um babaca?

Quando dou por mim o carro já está parado, essa casa é enorme. Desço do carro ainda de boca aberta. Consigo pegar a visão de Anthony indo falar com Timmy. Então sinto meu pai e minha mãe se aproximando de mim:

— Eu tenho mesmo que ficar aqui? – pergunto me virando pros dois.

— Sim, você tem! – acho que minha mãe vai me dar um bela lição de moral. – Essa é a sua vida, sua casa, seu filho, seu marido que você ama...

— Não, não fala isso nem de brincadeira.

— Jenny, forçar ela não vai ajudar em nada. Filha, você quer continuar odiando o Tony? Isso é escolha sua, mas não seja rude com o seu filho. Ezra é louco por você. E por favor, tente ser gentil com o Tony, você pode não se lembrar, mas ele te ama. – ameaço fazer alguma cara de deboche, mas sinto o olhar do meu pai me repreendendo. – Promete pra mim que vai tentar ser gentil.

— Eu prometo que vou tentar ser gentil.

Me despeço dos meus pais quase implorando para eles ficarem. Olha para a porta da casa e ela está aberta. Vamos lá. Viver a minha vida.


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