A Love To Remember escrita por Clarice Alessandra


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Disse que não iria demorar u.u



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Pov’s Ziva:

Já faz quase uma hora que eu estou nesse estádio esperando o Anthony. Só quero mata-lo por me fazer esperar. Estou tão cansada que me levanto do gramado e começo a caminha até a saída. Quando estou quase do lado de fora sinto alguém tampar os meus olhos com uma mão e rodear minha cintura com a outra. É ele, eu reconheço esse abraço de olhos fechados. Tiro suas mãos de mim e me viro para olha-lo:

— Oi amor. – ele diz sorrindo.

— Oi? É isso o que você tem para me dizer depois de ter me deixado plantada aqui?

— Eu não te deixei plantada, amor. – abro a boca pra dizer alguma coisa, mas ele coloca o dedo nos meus lábios. – Adivinha quem é o melhor namorado do mundo?

— Eu não sei, porque o meu que não é, ao contrário, ele está na lista dos piores namorados do mundo.

— Hey, essa doeu. Quando eu te mostrar o motivo de eu ter demorado, você vai pirar.

— Eu já estou pirando, DiNozzo. Poxa Tony, marcamos de ver o eclipse juntos e você se atrasa, já vai acontecer.

— Me desculpa, eu não deveria ter me atrasado. Feche os olhos que eu tenho uma coisa pra você. – sem muita vontade fecho os meus olhos. Não demora muito até eu sentir seus braços no meu ombro me direcionando para algum lugar. – Pronto, aqui.- ele diz e vejo que voltamos para o estádio. – Eu comprei isso para vermos o eclipse mais de perto. – ele comprou um telescópio pra mim?

— Amor, isso deve ter custado uma fortuna.

— Não foi tanto assim e além do mais, esse sorriso no seu rosto já me recompensou.

A necessidade de sentir sua boca na minha é incontrolável. Ele retribui meu beijo com a mesma intensidade e paixão:

— Você é o melhor namorado do mundo.”

Acordo com uma dor horrível nas costas e então percebo que Tony e eu dormimos no sofá. Me levanto na intensão de não acorda-lo, subo para o andar de cima e posso ouvir a televisão do quarto do Ezra repetir a frase “Game Over” inúmeras vezes. Entro com receio no quarto e o vejo deitado no tapete e tremendo de frio. Com cuidado o pego no colo e o encho de coberta, está noite estava realmente fria.

Quando penso em voltar para o andar de baixo de acordar Anthony, escuto o chuveiro ser ligado. Ele já está lá.

Entro e já me deito, já tinha tomado banho antes.

Quando começo a me render ao sono, o vejo deitando-se comigo:

— Então dormimos no sofá!? – não sei direito se foi uma pergunta, mas se tiver sido não responderia, pois estava ocupada demais sentindo um turbilhão de coisas dentro de mim enquanto Tony me abraçava de forma possessiva aproximando nossos corpos.

— Estávamos cansados. – me limito a responder tentando desviar os pensamentos que rodeavam a minha cabeça.

— Eu estava pensando que você poderia voltar a dar aula, o que acha? – ele pergunta e eu me viro para olha-lo.

— No estúdio? – ele afirma com a cabeça. – Você acha que eu consigo?

— Claro que consegue. Fez isso durantes anos.

— É, você tem razão. Vou para a escola amanhã.

— Essa é a minha esposa. – ele uni nossos lábios em um gesto singelo, acho que queria me passar um pouco de confiança. Bom, se for isso mesmo, funcionou.  – Boa noite.

Não sei dizer quando eu dormi exatamente, mas diferente das outras vezes que dormimos juntos, quando acordei Anthony continuava ali, me abraçando. Olho para o relógio e ainda estamos na hora. Viro-me para olha-lo e ele é completamente lindo, cada traço do seu rosto, as ruguinhas que formavam em volta de seus olhos verdes, sua boca... sua boca era perfeita, passo meus dedos em seus lábios e com a outra mão acaricio o seu cabelo:

— Bom dia. – Ele diz com os olhos fechados. Sussurro um “ bom dia” perto do seu ouvido desviando minha atenção a sua boca e deposito um selinho ali.

— Dormiu bem? – pergunto ainda próxima a ele.

— Maravilhosamente bem.  – continuamos no olhando por um tempo, até que Tony quebra o silêncio. – Acho melhor eu levantar e acordar o Ezra, ele não é uma pessoa muito matinal.

...

Anthony deixou Ezra na escola e dirigiu até a Escola de Arte. Eu estou nervosa, estou muito nervosa. Não me lembro de ter dado aula, não sei o que fazer:

— Você vai conseguir. – Anthony diz beijando a minha testa e abrindo a porta pra mim. – Qualquer coisa me liga.

Entro no prédio e a secretaria já me orienta. Ela me leva até onde eu dava minhas aulas e quando chego já tem algumas pessoas me esperando:

— Senhora DiNozzo, ficamos felizes por ter voltado. Nada contra a Maddy, mas já estávamos acostumados com você. – uma mulher um pouco mais nova que eu, ou da minha idade não sei dizer, falava comigo. – Esperamos que esteja melhor.

— Eu estou melhorando. – todo mundo fica paralisado me olhando. Eu não sei o que fazer. – Bom, por onde querem começar?

Depois de alguns minutos de discussão, escolhemos uma musica com ritmo sul-americano, algo com pegada, como uma tal de  Joanna disse.

Sem querer me gabar, sou boa nisso! Nunca tinha ouvido essa música na minha vida e arrasei. Me sinto completamente feliz, estou ótima comigo mesma.

As aulas já haviam terminado, eu estou sentada no chão ouvindo alguma música qualquer para me familiarizar com essa década.

Conforme a música vai começando fecho os meus olhos para poder sentir a música:

— Gostou do seu primeiro dia? – dou um pulo enorme com aquela voz atrás de mim.

— Merda, DiNozzo! Você não sabe bater?

— Desculpa, não queria te assustar. – ele diz rindo.

— Não teve graça nenhuma. – ele se aproxima de mim ainda rindo.

— Fizemos tanta coisa aqui.

— Tipo o que? – ele me olha de um jeito malicioso e já posso adivinhar do que ele está falando. – Que horror, Tony. – ele ri alto e pega o controle do som e muda a música que eu ouvia, até que para em uma específica.

— Eu gosto dessa música.

— Então vamos dança-la. – pego em suas mãos o puxando para mim.

— Ziva, não acho que seja uma boa ideia. Eu não danço bem.

— Para com isso, vamos lá. Por favor.

Ele não diz nada, apenas fica na posição que o deixei. Não sei como dançar essa música, mas posso improvisar. Conforme a música vai tocando vou fazendo um reconhecimento do ritmo. Pego nas mãos de Tony e coloco em volta da minha cintura e me mexo. Era um ritmo agitado e rápido, não consigo pensar em muita coisa:

— Acho melhor irmos embora. – ele sugere sem tirar aos mãos de mim.

— Cala a boca, estou tentando pensar.

— Eu já vi o clip dessa música. – ele me vira, me deixando de frente para ele. – Esse é a parte em que eu deveria te pegar... – ele me pega no colo e involuntariamente minhas pernas cruzam em sua cintura, então ele nos leva até a parede e segura minhas mãos levando-as ao topo da minha cabeça. A sua respiração quente perto do meu ouvido está sendo demais para eu aguentar. Solto as minhas mãos das suas e seguro seus cabelos quanto encaixo a minha boca na dele. Acho que nunca havíamos nos beijando assim antes, eu sou capaz de sentir o fogo emanando dos nossos corpos, nossas línguas tentando apossar da boca um do outro:

— Senhora DiNozzo, você... Ai meu Deus, eu sinto muito. Mil desculpas. – Jessica, a secretária entra do nada na sala e some com a mesma rapidez de apareceu.

Empurro Anthony e desço do seu colo:

— Eu não acredito. – dou um soco no seu ombro.

— Por que você fez isso? – Anthony pergunta alisando o próprio ombro.

— Você me fez passar vergonha. Meu Deus, como vou olhar para ela agora? A culpa é sua.

— Não inteiramente...Bom, acho melhor irmos buscar o Ezra.

Anthony implica comigo todo o caminho, fazendo piadas sobre o que havia acontecido. Assim que chegamos na escola, Ezi estava no portão segurando na mão de alguma professora. Desço do carro e vou até ele:

— Obrigada. – digo para a mulher a minha frente e pego Ezra no meu colo. – Como foi seu dia, meu amor?

— Foi legal, hoje tive aula de música. – Ezra deita a cabeça no ombro. – Vocês demoraram, mamãe.

— Eu sinto muito, tivemos um imprevisto. – digo enquanto o coloco no banco do carro.

— Tudo bem, carinha?

— Uhum... Papai, posso dormir com vocês hoje? – Ezi pergunta se encolhendo no banco.

— O que aconteceu? – pergunto olhando em seus olhos.

— É que o Jake e o Larry estavam contando histórias sobre o Jack, o estripador e eu estou com... medo. – ele diz “medo” tão baixinho que quase não consegui ouvir.

— Não tem problemas sentir um pouco de medo, carinha. Todos temos medos, inclusive sua mãe e eu. Ter medo é normal, filho. Não precisa sentir vergonha.

Ezra sorri e não diz nada o caminho inteiro. Quando chegamos em casa, tomamos banhos rápidos . Desço para pegar a mamadeira de Ezra e quando volto, Tony e Ezi já estão dormindo e é completamente adorável. Um sentimento suave invade meu coração e eu me sinto em casa, essa é a minha família, aqui é onde eu realmente quero estar.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam e vejo vocês outra hora
beijos da tia :)