A Última Gota escrita por Nina F


Capítulo 3
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Oii! Então, o cap anterior teve várias visualizações, alguns acompanhamentos, mas apenas um comentário - inclusive muito obrigada pela atenção, Girl of the blue eyes. Ainda assim... cá estou eu com mais um capítulo. Espero que gostem!



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Demoro a assimilar o que acabou de acontecer e por um momento fico estático, piscando para o nada, tentando entender o que significa meu nome sendo dito por Megara. Me mantenho imóvel até que um garoto ao meu lado me dê alguns tapinhas nas costas, não sei se para me parabenizar ou me fazer acordar para o que está acontecendo. Apenas assim começo a andar e me dirijo para o palco, subindo dois degraus por vez.

O que diabos é isso? Uma segunda chance? Eu treinei minha vida inteira para vencer os Jogos Vorazes, falhei uma vez, e agora eu era apenas um entre milhares de nomes. Isso é impossível.

Megara me recebe no topo da escada e me guia para ficar frente a frente com a multidão. Suas mãos parecem estar geladas.

— Isso mesmo, Cato Hadley!

Olho para as pessoas à minha frente, todo o meu distrito, vibrando como loucos. Chega a ser surreal. De alguma maneira o Distrito 2 realmente se orgulha de mim e eles querem que eu volte para lá, querem que eu vença. Se Megara perguntou se alguém queria se voluntariar, eu não ouvi e ninguém tampouco quis. De certa forma, fico feliz por isso.

— Eu apresento a vocês Violet Beauregard e Cato Hadley! Tributos do Distrito 2!

É quando Megara ergue nossas mãos para o alto que o verdadeiro estardalhaço começa e o distrito explode em palmas e gritos. É difícil controlar a multidão quando o prefeito começa a ler o Tratado de Traição, mas nem sequer dou ouvidos, minha cabeça está zunindo demais para que eu preste atenção em algo. Eu vou para os Jogos Vorazes, de novo. Clove... É como se meu estômago despencasse de um abismo e, quando me lembro dela, sei que preciso ganhar essa coisa.

— Apertem as mãos. – Megara instrui baixo, me fazendo ficar atento de novo.

A leitura termina e ela dá um passo para trás, deixando que eu focalize Violet Beauregard de perto pela primeira vez. Seus olhos são a primeira coisa que noto, são de um âmbar tão vivo e brilhante que sei que nunca vi nada igual. Sou o primeiro a estender a mão, a qual ela aperta com firmeza antes de nos virarmos para frente para que o hino de Panem seja tocado. Logo após sua última nota, as pessoas voltam a rugir em comemoração e não posso reprimir o familiar sentimento de êxtase que ameaça tomar conta de mim. Lembro-me da Colheita do ano passado, como fiquei de pé diante do meu distrito da mesma maneira que faço agora.

Megara pousa as mãos nas minhas costas e chama minha atenção, ela nos conduz para dentro do Edifício da Justiça explicando que agora nos despediremos de nossos familiares. Pacificadores nos acompanham e a garota e eu somos colocados em salas separadas. Assim que as portas pesadas de madeira se fecham atrás de mim, solto um suspiro e corro os dedos pelo cabelo deixando que a adrenalina tome conta de mim da forma mais controlada possível.

Dou uma boa olhada no lugar, tudo muito clássico e luxuoso, em tons escuros, e da janela é possível ver as montanhas que nos rodeiam. Não tenho tempo de andar até o vidro antes que as portas sejam abertas novamente e minha mãe e meu irmão corram por elas.

Minha mãe treme, tem os olhos arregalados quando tenta passar os braços em volta de mim como se eu ainda fosse uma criança.

— Como? – ela sussurra. – Não entendo...

Abraço minha mãe, balançando a cabeça.

— Não há o que entender. Eu vou e pronto. Só isso.

— Você já foi uma vez! – ela se afasta e vejo que tem os olhos cheios. – Não quero ter de ver você lutando para não morrer outra vez, Cato!

Minha mãe se vira quando não consegue mais reter as lágrimas, sua voz cheia de dor e medo. Eu desvio o olhar, tentando ignorar a péssima sensação de vê-la assim, e focalizo Gabe, parado ao lado de uma poltrona com o rosto pálido. Gesticulo para que ele chegue mais perto e quando o faz nós nos abraçamos. Ele ainda não é tão alto quanto eu, o que faz com que eu me dobre um pouco enquanto lhe dou tapinhas nas costas.

— Cuida deles até eu voltar? – pergunto.

— Vai se cuidar e voltar? – ele rebate.

— Prometo que volto como um vitorioso agora. – digo quando nos afastamos.

Dou uma boa olhada em Gabe e vejo quão nervoso ele está. Ele se parece comigo, não fosse pelos olhos.

— Algum conselho? – ergo uma sobrancelha e sorrio, tentando aliviá-lo da carga toda.

Ele ri.

— Tenha alianças, água, comida e uma boa arma. Isso, somado ao seu treinamento, o fará um vitorioso. – ele faz uma bela imitação de seu treinador, que também me treinou quando tinha sua idade.

Eu rio, reconhecendo a frase imediatamente, e me viro novamente para minha mãe.

— Confie em mim. Vou voltar para casa de um modo decente desta vez. – digo quando ela tem os olhos tristes em nós.

Um Pacificador aparece à porta e avisa que eles precisam se retirar. Minha mãe me dá um último abraço e Gabe me deseja boa sorte antes de sair. A porta se fecha e eu fico sozinho por alguns momentos até que meu pai entra, as sobrancelhas juntas tamanha é sua severidade. Ele espera que a porta de feche novamente antes de se aproximar e me segurar pelos ombros.

— Não vou estragar tudo desta vez, - eu me adianto, antes que ele diga qualquer outra coisa. – Prometo que vou trazer a vitória para casa.

— Eu sei que vai. – ele assente, sua expressão se suavizando. – Sei que pode fazer isso, Cato.

Ele tenta ao máximo não deixar seu nervosismo transparecer e quase consegue, não fosse pelo suspiro preocupado que solta.

— Você teria conseguido ano passado se Clove Sevina não tivesse morrido diante dos seus olhos. – ele diz e não sou mais capaz se sustentar seu olhar. – Seja frio, é para o seu próprio bem. Você é um dos tributos mais bem preparados que já vi, use isso a seu favor!

Não posso evitar sentir meu ego inflar, não é do feitio do meu pai elogiar alguém. Ele sempre foi muito duro, o que contribuiu para minha formação e a de Gabe. Meu pai quase foi um tributo e sei que quando criança ele já manuseava algumas armas e que foi treinado intensamente, mas nunca foi escolhido e sempre que tentava se voluntariar no dia da colheita seu instrutor não permitia que o fizesse. Assim, meu pai nunca foi um tributo e então passou a ser treinador de algumas crianças daqui. Ele treinou vários tributos, alguns vitoriosos, mas nunca chegou a me treinar de fato.

Eu maneio com a cabeça e torno a olhar para ele, gesticulando com a cabeça para fora da sala.

— A garota. Nunca a vi no Centro de Treinamento. Acha que é perigosa?

— Não sei, - meu pai franze o cenho novamente com certa frustração - mas pelo jeito já sei que deve ser filha de comerciantes ou até de Pacificador. Ela pode não ser totalmente inofensiva, embora pareça. Preste atenção a ela e aos outros carreiristas, faça boas alianças.

Tomo o conselho do meu pai em silêncio e logo somos interrompidos. Ele também me abraça uma última vez e deixa a sala, fazendo com que eu fique sozinho no lugar de novo. Em questão de momentos os Pacificadores vêm para me escoltar até os carros que me levarão à estação de trem. Violet e eu somos encaminhados até um veículo preto de vidros escuros e nos sentamos no banco de trás, absolutamente calados.

Quando o carro dá partida, tomo liberdade para observar Violet Beauregard disfarçadamente. Ela se senta ereta, observando as ruas se moverem pela janela. Não importa o quanto eu procure, não encontro indício algum que possa me levar a quem ela é, a garota é um completo mistério para mim. Num impulso que penso ser correto, estendo minha mão em direção a ela.

— Cato. – me apresento, por mais que não haja necessidade.

Ela se vira ao som da minha voz, suas íris âmbar me fitando de uma maneira neutra. Não, ela não é só uma garota comum sentada ao meu lado num vestido bonito. Quando presto a devida atenção, os olhos de Violet me dão uma pista: não há fraqueza alguma ali, de maneira alguma.

— Violet. – ela aperta minha mão com a mesma firmeza de momentos antes, sorrindo levemente.

Retribuo o sorriso sem pensar e me arrependo disso por um momento, enquanto me viro para minha janela. Devia ter me mantido sério, não quero dar a ela uma falsa ideia de maleabilidade a meu respeito. Quando chegamos à estação de trem há uma boa quantidade de fotógrafos e repórteres da Capital à nossa espera, famintos por um vislumbre dos novos tributos ou até mesmo uma declaração rápida. Violet e eu descemos do carro e nos dirigimos à nossa plataforma quando Megara surge de dentro do trem com um enorme sorriso e os braços abertos.

— Aí estão vocês! – ela praticamente cantarola as palavras. – Minhas preciosas crianças!

Ela nos abraça imediatamente, nos fazendo ficar cara a cara com as câmeras que nos fotografam sem parar. Ela também nos instrui a sorrir com um tom levemente autoritário que já me é conhecido e então se retira novamente para o trem, nos deixando sozinhos sob nossos holofotes. Sorrio para as câmeras automaticamente, deixando que elas tenham o quanto quiserem de mim. Sei que desde o momento em que meu nome foi dito na Colheita já estou sob os olhares curiosos dos patrocinadores na Capital, a própria Megara me ensinou que é importante que eu me mostre forte e à vontade em frente a um público – tributos acuados e tímidos nunca chamam atenção. Esses patrocinadores podem salvar um tributo se acharem que ele vale a pena. Podem enviar Dádivas: comida, armas extras, remédios... O que for preciso. É extremamente necessário agradar a elite da Capital nos Jogos.

Viro-me para o lado por um instante, pronto para ver a garota completamente atordoada e perdida perante os repórteres, suas falhas finalmente aparecendo, mas estou completamente enganado. Ela está acenando para as câmeras com a maior naturalidade possível e seu sorriso radiante deixaria bobo até mesmo o mais duro dos homens. Ela me parece fadada ao sucesso e isso me preocupa, ligeiramente. Sou acordado dos meus pensamentos quando alguém grita pedindo por uma foto dos tributos do 2 juntos, os outros concordam com animação e me viro para Violet. Ela me olha com um meio sorriso nos lábios.

— Tudo bem para você, Cato?

Devolvo o sorriso irônico dela no mesmo momento em que me aproximo e passo o braço por sua cintura. Nós dois sorrimos juntos, somos irresistíveis e eles praticamente nos engolem. Ficamos ali por alguns momentos enquanto os fotógrafos vibram, alguns repórteres estão narrando o momento para algum programa quando finalmente nos deixam entrar no trem.

Brutus e Enobaria estão lá a nossa espera quando relaxamos os rostos e paramos de sorrir, enfim.

— Parabéns. – Enobaria elogia, vindo até nós. – Se saíram muito bem lá fora, o pessoal na Capital vai adorar.

— Vão cair matando em cima de vocês, foi um bom primeiro passo. - Brutus concorda acenando com a cabeça. Ele me olha com veemência. – Bom te ver de novo, Cato.

Forço um sorriso a ele quando Enobaria toca meu ombro.

— Duas vezes tributo, isso é inédito. – a sombra de um sorriso surge em seu rosto, mas vejo um pouco de pesar ali. 

— A sorte sempre está ao meu favor. – digo com um pouco de ironia.

As portas do trem se fecham às minhas costas e começamos a nos mover muito rápido. Pelas janelas a paisagem lá fora é só um borrão enquanto as montanhas ao fundo se movem lentamente. Chegaremos à Capital em algumas horas.

— Violet, não é? – Enobaria muda o foco da conversa para a única recém-chegada entre nós. – Seja bem vinda, tributo.

— Obrigada. – Violet responde com um leve sorriso.

— Vamos, vamos comer. Temos muito o que conversar. – Brutus sugere, gesticulando para sairmos do lugar.

Nós nos dirigimos ao vagão de refeições enquanto ele e Violet ficam para trás, posso ouvi-lo se apresentando para ela. Me limito a observar o lugar familiar enquanto andamos, é um dos trens de luxo da Capital, uma mansão sobre trilhos - madeira fina, cristais e veludo por toda parte. A mesa está completamente posta quando chegamos, repleta dos mais variados tipos de comidas e bebidas, pratos que reconheço vagamente e outros que me são completamente estranhos. Violet e eu nos sentamos lado a lado nas luxuosas cadeiras de mogno, com Enobaria e Brutus à nossa frente. Uma avox vem até nós e serve as bebidas, é uma mulher de cerca de vinte anos que faz com que eu me pergunte o que ela fez para estar ali. Avoxes são empregados da Capital, pessoas que cometeram algum crime e, como punição tiveram as línguas cortadas e agora realizam serviços como esse para o governo.

Enquanto a mulher termina de encher nossas taças, Megara entra cantarolando no vagão, agitando os cachos rosados sobre os ombros.

— Vocês já estão aí! – ela exclama ao nos ver sentados à mesa. – Estava checando seus quartos, tudo tem de estar perfeito para meus dois valiosos tributos.

Brutus ri, bebendo um longo gole de sua taça.

— Acho que não é necessário, Meg. Eles não vão conseguir dormir por algumas noites, de qualquer maneira.

Ele nos lança um olhar desafiador ao que Megara o repreende.

— Mas eles precisam dormir! É fundamental nos dias que se seguem! Assim como uma boa alimentação... – ela passa por Violet e acaricia seu rosto. – Vamos, sirvam-se! Devem estar famintos!

Nós obedecemos e nos servimos da comida. Faço um prato farto, embora não esteja realmente faminto. Os últimos acontecimentos cuidam para que eu não sinta nada além de uma excitação tensa. Nós todos começamos a comer em silêncio enquanto Megara casualmente conta a Enobaria e Brutus coisas que aconteceram com pessoas da Capital as quais não faço ideia de quem sejam. Eles fingem prestar atenção e eu os observo ligeiramente.

Brutus é tão alto e forte quanto se espera de um homem do 2. Ele está em seus quarenta anos, mas ainda tem tanta vontade de lutar quanto um garoto recém-eleito para a Colheita. Eu não era nascido quando ele ganhou seus Jogos, obviamente, mas vi as gravações. Brutus conseguiu matar dois tributos de uma só vez perfurando-os com uma lança e venceu seu último adversário numa longa luta corpo a corpo, quebrando o pescoço do outro carreirista com as próprias mãos. Foi ele quem me ensinou como fazer isso e não posso negar que é uma das maneiras mais práticas de se matar alguém quando se tem certa força.

Enobaria venceu os Jogos Vorazes anos depois dele e deve estar na faixa dos trinta, mas parece não ter mudado em nada desde que se tornou uma vitoriosa. Quero dizer, excetuando um único traço: seus dentes. Ela enfrentou uma arena difícil onde praticamente não havia armas disponíveis e a maioria dos tributos, incluindo a própria Enobaria, adoeceu depois de tomar água contaminada com uma espécie de bactéria que agia em seus sistemas nervosos. Não era letal, mas tornava-os insanos, completamente loucos e homicidas. Foi uma edição particularmente sangrenta, porém uma das mais populares na Capital. Enobaria venceu após rasgar a garganta de um adversário com nada além dos próprios dentes, no que não era o primeiro ato canibal daqueles Jogos. Depois disso, ela mandou afiar todos eles em forma de presas, como uma espécie de marca. Soa estranho e assustador, praticamente uma aberração, mas são discretas e você se acostuma bem rápido com a aparência. Na verdade, como Enobaria mal sorri abertamente, suas presas quase nunca ficam aparentes.

Violet termina seu prato em pouco tempo, antes de qualquer outro, e deixa os talheres sobre a louça com um estampido baixo. Enobaria a olha sobre o arranjo de flores vermelhas à nossa frente.

— Não quer repetir?

— Não, obrigada. Estou satisfeita. – Violet responde com um sorriso fraco.

Megara, sentada à ponta da mesa, solta um gritinho esganiçado.

— Ah, ela é um amor! Tão educada! Vejo que será bem fácil trabalhar com você, Violet.

Megara pode estar sorrindo e lhe lançando piscadelas, mas Brutus observa Violet com desconfiança.

— Então, Violet, - ele começa, inclinando-se ligeiramente sobre a mesa. – nós já conhecemos Cato muito bem, mas queremos conhecê-la também.

Violet abaixa a taça que estava terminando e devolve o olhar sério do nosso mentor, recostando-se em sua cadeira.

— O que querem saber sobre mim? – ela pergunta. – Minhas habilidades? Armas?

Brutus assente ao que Enobaria apoia os cotovelos e junta as mãos à frente do rosto, prestando atenção.

— Não tenho uma habilidade específica e o mesmo se aplica às armas. – ela prossegue.

— Como pode não ter uma habilidade? – Enobaria intervém. – Como foi treinada?

Me recosto contra minha cadeira também, cruzando os braços à frente do peito enquanto me viro, prestando total atenção à minha parceira. Ela mexe numa pequena linha solta de seu guardanapo sobre a mesa.

— Meu pai é Pacificador. – e meu pai estava certo. – Ele me colocou no Centro de Treinamento quando eu tinha seis anos.

— Estranho, nunca te vi por lá. – eu franzo o cenho, terminando meu prato.

— Eu treinava com os outros poucas vezes, a maior parte do meu treinamento era particular.

Brutus e Enobaria se entreolham e depois olham para Megara, assistindo a tudo. Ela demora um pouco para pegar a informação no ar e então se levanta de repente.

— Vocês devem estar exaustos, ainda mais depois de toda a comida. Vou mostrar seus quartos, vocês vão adorar! – ela nos faz levantar e nos leva para outro vagão. - Podem conversar com seus mentores mais tarde, depois de dormirem um pouco.

É evidente que Brutus e Enobaria vão agora conversar sobre a recém-chegada que caminha ao meu lado. Violet Beauregard possui duas coisas interessantes a seu respeito que possam valer a discussão: ela é filha de Pacificador e recebeu treinamento particular. Tecnicamente Pacificadores seriam pessoas de alguma forma em dívida com a Capital que foram designadas para o posto, porém não é mesmo muito comum achar pessoas de lá que queiram abdicar de suas vidas luxuosas para ir viver num distrito qualquer, policiando a população. Sendo assim, a maioria da frota é selecionada da população do 2 e treinada por lá. Pacificadores ganham uma quantia considerável de dinheiro e em casos como o de Violet, onde eles possuem família, a quantia é ainda maior, geralmente enviada de volta para suas casas, uma vez que eles vivem nos distritos onde trabalham praticamente sem custo algum. É uma das profissões mais cobiçadas do distrito, muitos quando não conseguem se tornar vitoriosos almejam o cargo em busca de riqueza.

E, claro, quanto mais dinheiro, melhor o treinamento que suas crianças poderão receber para os Jogos. Ainda assim, só há duas ocasiões onde alguém recebe treinamento exclusivo: quando se é muito bom, ou quando se é muito ruim.

E eu não tenho ideia de onde Violet se encaixa, embora ela com certeza não se pareça com uma assassina fria e calculista.


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Notas finais do capítulo

Beijos! E deixem reviews, por favor!



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