Sob o Signo da Traição escrita por Dhessy


Capítulo 2
Rosa Envenenada


Notas iniciais do capítulo

Ola meus amores!
É com muita alegria que trago um novo capitulo.
Espero que gostem.
Um grande beijo a todos. =*



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Odille pousou no meio da grama alta já sentido as dores lhe atravessando um dos lados do corpo. A maldição funcionava como um canal de mão dupla. Se algo acontecesse a ela, suas companheiras sentiriam e se algo acontecesse a elas o inverso era valido.

—Minha senhora. -Sarid estava ao lado do enorme cisne branco que se debatia pela dor. Havia uma flecha atravessando de um lado ao outro em uma de suas asas.

Mesmo na figura de uma ave, Odille podia sentir seu cosmo lhe respondendo prontamente. Não conseguiria retirar o objeto até que a noite caísse, mas podia amenizar as dores da recém-chegada.

—Ele...

—Não tente falar. Descanse.

Observando o rosto daquela figura desconhecida, a jovem embarcou na única viagem que seu corpo agora frágil lhe permitiria, o sono.

*~v~*

Era como se existisse um magnetismo que fazia todos parassem quando aquele grupo passava. Os estrangeiros que pareciam abençoados pela beleza faziam mulheres lançarem olhares cobiçosos enquanto atravessavam o estacionamento do hotel indo em direção ao carro alugado há algumas horas mais cedo naquela manhã.

Tinham aproveitado o dia anterior para analisar os arredores e conversar com os hospedes do hotel. Mesmo aqueles cuja desconfiança os tornavam arredios, não resistiram a figura serena de Mu de Aries. Mas apesar disso, nada foi descoberto através dos moradores da parte central da aldeia.

—Será que eles nos atenderão? -Milo perguntou franzindo o cenho. Afrodite tinha conseguido convencer a faxineira a dar a eles o endereço de seus avós. Como não tinham conseguido muita coisa ali, decidiram visitar as áreas agrícolas vizinhas, sendo uma delas da família da jovem faxineira.

—Acredito que eles podem se tornar ariscos, mas temos nossa arma secreta. –O leonino apontou para Mu que estava a alguns metros conversando com Saga, Afrodite e MDM.

—Não gosto desse plano maluco de deixar Afrodite e MDM entrarem sozinhos no meio do mato.

Se havia uma coisa que Aiolia admirava no companheiro, mesmo não admitindo em voz alta, era a habilidade de saber quase por magia o próximo passo do inimigo. Milo parecia um radar quando o assunto era missões de reconhecimento de campo. Em sua cabeça, o leonino se perguntava se era pela impulsividade que Saga preferiu mandar apenas o pisciano e o canceriano.

—Vamos?-O geminiano despertou o companheiro de seus devaneios. Dando sinal para que os outros entrarem no carro. Olhando para os companheiros que se afastavam lado a lado, Aiolia e os outros partiram.

*~v~*

Já fazia algumas horas desde que a jovem recém-transformada chegou ao lago. Odille ainda queimava seu cosmo quando sentiu uma presença que há séculos não sentia. A duvida e o terror a fez sua mente se nublar momentaneamente. Não havia como ele ter sobrevivido a enchente. Ou teria?

—Minha senhora!?- Sarid chamou a atenção de Odille a fazendo acordar de seus devaneios. Mesmo na forma de um belo cisne branco a jovem alemã descendente de indianos, a primeira vitima da maldição depois de tantos séculos, demonstrava com o leve bater de asas sua preocupação.

—Estou bem. É só que...

—Ele está aqui. –Aquela afirmação fez com que Odille se assustasse. Muitas vezes se esquecia de que Sarid possuía cosmo assim como ela. –Posso senti-lo.

—Está correta.

—Pode ir. Eu cuidarei dela. -Odille assentiu e levantando voo partiu, mergulhada em lembranças do passado onde sua vida deu uma guinada em 360 graus.

*~v~*

Mascara da Morte andava atrás do companheiro observando tudo ao redor. Não gostava nenhum pouco daquele lugar. Parecia que não tinham saído do lugar, como se andassem em círculos ,sempre retornando ao ponto inicial uma pedra com forma arredondada que o canceriano havia tomado como ponto de referencia.

—Será que pode ir rápido com isso?

Afrodite não deu ouvidos as reclamações do italiano e continuou a tentar ler as impressões das plantas. Era uma habilidade que necessitava de tempo e por denotar uma área tão extensa de cobertura, ainda mais. Por isso a decisão de levar MDM. Ele poderia dar o apoio necessário caso fosse preciso uma retirada estratégica. 

O que ele descobriu durante aquelas horas de analise não era nada bom. O solo daquele lugar estava coberto por um cosmo negro. Algo afetou a energia daquele lugar, mas o que poderia ter feito aquilo? Não era recente e tão pouco seria fácil de recupera-lo.

O som de asas batendo fez com que ele levantasse seus olhos para encontrar os de Giovanni que sentiu assim como ele a mudança ao seu redor. O canceriano parecia assustado, o que Afrodite tomou como um alerta. Se havia uma pessoa difícil de apavorar era o guardião da quarta casa. Ascendendo seu cosmo, o dourado fez com que uma rosa vermelha aparecesse em sua mão.

Uma risada cortou o silêncio como uma faca, fazendo ambos dourados observarem a vegetação alta para tentarem descobrir de onde viria o ataque.

Uma revoada de corvos fez com que MDM perdesse o equilíbrio ao pisar em falso quando tentou se afastar dos enormes pássaros que voaram em sua direção. A risada se tornou ainda mais próxima até que Afrodite entendesse finalmente de onde vinha.

Os corvos foram pousando no chão dando forma a uma figura sinistra de um homem. Ele tinha o mesmo tipo de cosmo negro que cobria o chão e seus olhos da cor de sangue fresco o tornavam ainda mais assustador. O pisciano sentiu-se enjoado de tão opressora aquela energia era. O homem observava a ambos sorrindo de forma diabólica.

—Que merda é essa. –Giovanni perguntou se levantando elevando seu cosmo fazendo com que a armadura de câncer cobrisse seu corpo.

—Siegfried. - Afrodite franziu o cenho ao ouvir aquele nome. Já o tinha ouvido antes, mas quando?-Pensei que nunca mais o veria.

—Ele está te confundindo com um daqueles cavaleiros de Asgard. Bem que eu te falei para diminuir no pó de arroz.

—Cale-se seu carcamano de uma figa!-Respondeu o pisciano sem desviar o olhar da figura sinistra a sua frente. –Uma risada sinistra voltou a soar fazendo ambos cavaleiros franzirem o cenho. Afrodite que já estava de armadura elevou seu cosmo ainda mais prevendo o próximo movimento do oponente.

—Não. Você não é aquele infeliz. -O homem elevou seu cosmo fazendo surgir uma esfera negra de energia. - Mas irei destrui-lo mesmo assim.

O cosmo foi em direção ao pisciano que contra atacou com suas rosas diabólicas. Mask mostrava dificuldades contra o bando de corvos surgidos do nada que pareciam desejar arrancar um pedaço de si.

Afrodite deu um salto desviando do ataque revidando logo em seguida com suas rosas negras. A estranha figura simplesmente ficou parado no mesmo lugar sendo atingido em cheio.

— Vão para o inferno!-Elevando seu cosmo Mascara da Morte se livrou das aves que o rodeavam. Com um sorriso debochado no rosto foi em direção a Afrodite que observava com atenção tudo ao seu redor. Algo em seu inconsciente lhe dizia que o que enfrentaram era uma ilusão.- Onde aquele...-O canceriano não teve tempo de terminar sua frase, pois foi atirado longe por uma rajada de cosmo que o jogou longe o fazendo bater contra as  arvores e cai desmaiado no chão a vários metros dali em meio a vegetação impedindo Afrodite de saber exatamente onde o companheiro havia caído.

—GIOVANNI!-Afrodite só teve tempo de colocar os braços em frente do rosto para se defender de um soco. Apesar de o golpe ter tido poder o suficiente para faze-lo parar alguns metros de onde estava anteriormente, o cavaleiro ainda continuava de pé.

Para a surpresa do dourado, não havia mais ninguém naquele lugar. O cosmo opressivo havia desaparecido, assim como qualquer vestígio de vida humana. Nenhum dos inimigos que tinha enfrentado tinha utilizado tais modos de luta. Havia algo bastante errado ali.

—Preciso encontrar o Mask.- O cavaleiro deu apenas alguns passos e então sentiu o gosto de sangue na boca. Ao olhar para o peitoral da armadura de peixes, Afrodite pode ver o sangue escorrendo por todo o metal. Aquilo o fez entrar em desespero.

A cada passo que dava parecia seu corpo suava cada vez mais frio e a tontura o fazia muitas vezes perder o jogo das pernas quase indo ao chão. Seus pensamentos se embaralhavam e pouco a pouco, o pisciano esquecia onde estava e quem era. Quando a dor tomou seu corpo por inteiro, Afrodite caiu sem sentidos na grama alta.

—Em algumas horas o veneno tomará conta de seu corpo. Fique feliz por ter uma passagem tranquila ao contrario do seu companheiro. –A figura sinistra sorriu diabolicamente antes de tomar a forma de uma jovem mulher e seguir em direção ao lugar onde o canceriano caiu.

*~v~*

O carro chacoalhava conforme o grupo avançava pelo distrito rural. A estrada era composta por pedras e poeira, o que impedia o geminiano de dirigir mais depressa. O céu começava a se tingir de dourado quando conseguiram encontrar o caminho correto para a fazenda dos avos da faxineira do hotel. Os diversos caminhos sem sinalização nada ajudaram.

Não haviam conseguido avanço nenhum com as visitas anteriores. Muitos deles não se recordavam das lendas locais mais antigas e as que cada um deles se lembravam não se encaixavam com o caso.

Logo na entrada era possível ver a plantação de milho se estendendo até onde a vista alcançava. O local parecia abandonado se não fosse a presença de um senhor com cerca de oitenta anos que olhava com atenção os recém-chegados.

—Guten tag! –Aiolia arriscou o cumprimento em alemão.

—O que oces querem por essas terras. Respondam-me! – A pequena figura bateu com a bengala no peito do dourado o fazendo arregalar os olhos. Misturando alemão com inglês o senhor xingava os estrangeiros de nomes nada agradáveis.

Antes que Mu pudesse intervir, uma senhora saiu de dentro da casa segurando uma bandeja com vários copos e uma jarra de vidro cheia de suco.

— Albert pare já com isso! Não vê que está espantando as visitas e assustando os vizinhos. -Milo ergueu uma sobrancelha ao ouvir a palavra “vizinhos”, mas nada disse para corrigir a senhora. -Venham não se acanhem. Meu marido será mais gentil.

Seguindo Saga, o único que teve coragem suficiente para avançar primeiro, um a um ocupou um lugar ao redor da imensa mesa de madeira que a pequena senhora indicava sendo seguidos pelo olhar nada amistoso de Albert.

Após os minutos que se seguiram enquanto a gentil figura servia suco para cada um dos cavaleiros, o silencio foi quebrado pela inocente senhora.

—Peço desculpas pelo meu marido. É que não costumamos a receber visitas e estrangeiros para ele sempre possuem planos de destruir nossa querida pátria.

—Não há o que ser desculpado. Meu nome é Saga. Estes são Milo, Aiolia e Mu.–Saga tomou a palavra sorrindo cordialmente. –Nós que devemos desculpas por chegar aqui sem avisar.

—Podem me chamar de Sofie. Não não, minha neta avisou que viriam. Mia disse que vocês eram historiadores e que estavam viajando pelo país em busca de historias antigas e que estavam atrás da historia das mulheres cisnes. - Ambos os cavaleiros trocaram olhares cumplices. Em nenhum momento tinha comentado para nenhum morador qual a história que procurava, o que faziam acreditar que o autor de tal mancada era o pisciano.

—Viemos especialmente por esse conto. –Milo utilizou todo seu charme naquele sorriso que dirigiu a Sofie. Internamente o escorpiano ficava feliz por saber que não seria ele a ter que lidar com um geminiano de mal humor.

—É uma historia antiga e bastante triste. Minha mãe escutou de minha avó e assim consequentemente por cada uma das gerações da minha família.

—Se importaria em contar para nós? –Mu perguntou gentilmente.

—Não, de maneira nenhuma. –Tomando um gole de seu próprio suco, Sofie começou contar tudo que sabia sobre aquela antiga história.

“Há muitos séculos atrás, existia neste vilarejo uma jovem que adorava caminhar tranquilamente pelo bosque colhendo flores. Seu coração era tão puro de forma que ela não conseguia ver maldade naqueles que se aproximavam. Sua beleza era conhecida por todos e não havia ninguém que não se encantasse por ela. Seu nome era Odette. Durante um de seus passeios, ela acabou se encontrando com um feiticeiro que ao ter seu amor rejeitado pela mesma, a transformou em um belo cisne branco.

Enquanto a luz do sol brilhasse sobre essas terras ela seria rainha dos cisnes e a noite, quando a lua tomava seu lugar no céu, transformada de volta a sua forma original.

Aquela maldição duraria até o momento em que um homem se apaixonasse por ela e jura-se assim um amor incondicional por toda eternidade. Mas havia uma condição, caso a promessa fosse quebrada, a maldição aplicada tanto a ela quanto as outras jovens que ali fossem chegando ao decorrer dos anos, jamais seria quebrada e elas seriam cisnes por toda a eternidade.

Na beirada do rio criado pelas lagrimas de sua mãe, a jovem rainha acabou encontrando aquele que seria capaz de desfazer sua maldição e libertar a ela e suas companheiras. Apaixonado, o príncipe lhe prometeu ajuda e a convidou para o baile no qual seria a comemoração de sua maioridade. O local no qual ele declararia seu sentimento a todos.”

Sofie tomou mais um gole de seu suco, indicando que a história chegava a seu ápice.

“No entanto o rapaz acabou caindo em uma armadilha. Confundindo a filha do feiticeiro com sua amada, ele acabou involuntariamente jurando seu amor por outra. Somente percebendo seu erro com a chegada da jovem que o olhou desolada e através do sorriso cheio de triunfo dirigido a ele pelo feiticeiro e sua filha. A maldição estava concretizada.

Voltando a forma de cisne por obra de mais um feitiço, a jovem fugiu de volta ao lago. O príncipe com dificuldade a alcançou e lhe pediu perdão, mas já era tarde demais. O erro havia lhe custado sua liberdade e desesperada, a rainha acabou pulando no lago, pondo fim a própria vida. Nada mais importando ao príncipe, ele decidiu segui-la, já que seu amor não podia ser realizado.

Dizem que naquele instante todas as companheiras da jovem se libertaram do feitiço por causa do amor dos dois e por causa do poder desprendido naquele instante o feiticeiro acabou morrendo ao perder seus poderes. Na neblina formada acima do lago durante aquele amanhecer, os espíritos dos apaixonados foram vistos juntos.”

Quando a narração se acabou, Sofie se levantou e escorando em uma coluna começou a fitar a imensidão.

—Alguns dizem que o feiticeiro morreu na enchente que aconteceu a alguns séculos atrás e que derrubaram o castelo que fica ao norte. Mas já faz tanto tempo, que o que realmente aconteceu foi-se perdido.

—A senhora está bem? –Mu perguntou sem jeito.

—Estou sim. É que já faz alguns anos que minha neta mais nova desapareceu. Ainda não a encontramos. -Sofie respirou profundamente antes de continuar. - Essa história me faz lembrar dela.

—Lamentamos por isso. –Aiolia disse de forma gentil, recebendo de volta um sorriso radiante.

—Agradeço pela preocupação que vejo no rosto de cada um. Espero que possam aproveitar o tempo que vierem a passar nessas terras, agora que encontraram o que queriam.

Após aquele breve momento de tensão, a conversa mudou de foco se tornando mais leve. Sofie era uma boa anfitriã e fez poucas perguntas sobre aqueles homens que vieram de tão longe.  Até mesmo Albert que antes estava carrancudo, se tornou mais receptivo.

Quando o crepúsculo tomou o céu, o grupo se despediu. Mal entraram no carro e já tinham uma certeza em mente, a neta daquela gentil senhora havia sido mais uma das vitimas daquele homem até então sem rosto. Precisavam encontrar Afrodite e MDM antes que fosse tarde.

*~v~*

Odille voava entre as arvores com desenvoltura. Em sua cabeça havia apenas um nome: ”Rothbart”. Aquele que por muito tempo considerou ser seu pai, mas que na verdade era um farsante. Ela não era realmente sua filha como acreditava que era.

Na verdade, ainda quando bebe, ela havia sido arrancada do berço de sua verdadeira família. Forçada anos mais tarde a odiar sua própria irmã gêmea, Odette. Havia feito tão mal a ela sem sequer desconfiar do laço que existia entre ambas.

Pousando na clareira, a jovem se deparou com o belo homem desmaiado. Ao redor do cavaleiro, havia vários cipós de onde brotavam flores de aparência nada agradável. O cosmo dourado brilhava ao redor do cavaleiro indicando que mesmo desacordado, o corpo do cavaleiro tentava expelir o veneno. Odille sabia como cura-lo e para sua sorte a lua estava para nascer. Ela sabia que a demora podia ser fatal naquela situação, mas não havia o que ser feito. Ao observar aquele homem, não pode deixar de negar a semelhança.

—Siegfried! –Mesmo depois de tantos anos aquele nome ainda a causavam dor.

Quando a lua despontou no céu, uma rajada de vento percorreu a clareira fazendo as folhas tornarem um pequeno circulo ao redor da jovem. As palavras da maldição soaram ao seu redor como toda a noite.

A canção não falada que ninguém pode escutar.

A maldição que somente o amor verdadeiro pode quebrar.

A traição não pode acontecer

Ou para sempre um cisne há de ser

Quando o vento se dissipou, no lugar do imenso cisne havia uma bela mulher. Odille estava ainda mais pálida pelo esforço que teve anteriormente. Mesmo assim reuniu o que pode do seu imenso cosmo e colocando a mão sobre o peitoral da armadura de peixes fez com que o resto do veneno que ainda estava no corpo do cavaleiro se extinguisse.

Quando Afrodite abriu os olhos, ele só pode ver apenas os olhos vermelhos de sua salvadora. Não se lembrava de quem era ou onde estava, mas tinha sensação que havia algo errado ali. Antes que pudesse expressar seu medo em palavras, a sonolência retornou o fazendo cair em um sono profundo e conturbado.


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