CANCELADO Um Doutor no Mundo Mágico escrita por The East


Capítulo 10
Explosões, Estrondos e Gritos


Notas iniciais do capítulo

Este é o último capítulo a nossa história :( Mas lembrem-se: Esse é só o primeiro livro. Haverão Mais!



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—Onde ele está?

—Minha querida...

—Onde ele ESTÁ?- perguntava Lena, histérica, correndo de um lado para o outro da sala.

Jorge estava estirado no sofá, e observava a garota.

—Ele vai ficar bem-disse ele.

Lena sentou-se ao lado do garoto, que ferido na orelha sorria para acalma-la. Ela por fim desistiu de seus pensamentos nefastos e depositou a cabeça no braço do sofá, dormindo um sono confuso e repleto de pesadelos gritantes.

—Bom dia!

—Doutor!-gritou a garota, levantando-se de súbito e pulando para cima do homem parado no meio da sala. Logo em seguida ela parou, se afastou dele e desferiu um forte tapa em seu rosto-Onde estava?

—Ai!-disse o Doutor, amaciando uma das maçãs do rosto que continha marcas de dedos-Tudo bem. Eu estou bem.

—Onde estava?-repetiu ela, pegando almofadas do sofá e arremessando-as em direção a ele.

—Não posso dizer agora-cochichou o Doutor- Me encontre atrás da casa daqui a uma hora. Se arrume para o casamento. Se alguém perguntar, diga que iremos a cerimonia sem sombra de dúvida.

—Para onde vamos?

—Vamos fugir- disse ele, e saiu.

—O que estamos fazendo?-perguntou a garota, aparecendo na esquina da casa vestindo um belo vestido verde esmeralda.

O Doutor olhou para os lados. Estava vestindo um sobretudo bege, suspensórios e uma gravata borboleta laranja.

—Onde arrumou isso?-perguntou ela, olhando as vestes do homem.

—O Sr. Weasley me disponibilizou algumas de suas roupas. Peguei as mais antigas, é claro, mas ainda está bem largo.

O Doutor ofereceu o braço a menina, dizendo:

—Respire fundo!

FULP.

E eles não estavam mais na Toca.

Toc, Toc.

—Olhe, eu não estou... Ah, Doutor, é você!-disse Aberforth-Entrem, entrem rápido!

Sentando-se à mesa, o Doutor e Lena se entreolharam.

—Você está bem?-perguntou ele, ao ver a palidez da garota.

—Um pouco tonta-disse ela- Você poderia ter me avisado antes!

—Não quis que você se ocupasse com despedidas-falou o Doutor- Despedidas são dolorosas.

—Caso não tenha notado, Doutor-disse Lena, irônica- estamos presos nesse lugar!

—Não, não estamos.

Aberforth se posicionou a frente deles, e o Doutor deu a conversa por encerrada.

— Planejam ir hoje?-perguntou ele.

—Não-respondeu o Doutor- Vamos esperar.

—Vamos para onde agora?-perguntou Lena, indignada.

—Para Hogwarts.

Lena olhava para o teto da casa de Aberforth, intrigada.

“Como Hogwarts poderá nos ajudar a voltar para casa?” pensava ela.

O Doutor passava de um lado para o outro, inquieto.

—Durma Lena-dizia ele-O amanhã trará notícias melhores.

Mas logo ela soube que demoraria muitos dias para tais notícias chegarem. Em um sábado de manhã, Ariana voltou do seu quadro no castelo com um convidado inesperado.

—Colin!-gritou Lena, correndo para abraçar o amigo.

—Vejam-disse ele-Estão esperando por vocês!

O Doutor se despediu de Aberforth e Lena agradeceu por sua hospitalidade e passaram pelo retrato.

—Ele se parece muito com o irmão-cochichou a menina.

Enquanto atravessavam apertadamente o espaço entre as paredes cravadas em pedra, Colin olhava para Lena, a face fechada:

—Eu fui na sua casa nos EUA, no endereço que disse que estaria-disse ele, e Lena corou-Você não estava lá. A propósito, não havia nada mais nada menos que um prédio abandonado pronto para ser demolido. Achei que você estivesse lá dentro. Então meu pai parou as máquinas, e eu entrei.

Lena ficou cabisbaixa e no instante seguinte, Colin abriu o que parecia ser uma porta. O Doutor e Lena se depararam com uma grande área, onde estavam muitos alunos.

—Lena-gritou uma voz, a de Luna, que correu para abraçar a garota.

—Olá Luna-disse ela, recebendo o abraço com grande alegria.

Os ali presentes receberam os convidados com alegria, esta impulsionada por gritos dos pequenos e “Shiu” dos mais velhos.

—Tudo bem, tudo bem-disse o Doutor, estendendo as mãos pedindo silêncio-Quero  a maior das discrições de vocês sobre a nossa presença aqui, que creio não durar mais de alguns dias.

—Por que diz isso?-perguntaram alguns, intrigados.

—Uma guerra se aproxima-disse o Time Lord-e devemos estar preparados para quando ela chegar.

Murmúrios e lamentações circundaram o local, pois todos sabiam que algo grandioso iria acontecer em breve, mas ninguém havia mencionado tal coisa em voz alta.Todos voltaram para seus devidos lugares, e Luna guiou Lena para um canto da sala, onde um pequeno colchão se estendia no chão.

—A guerra se aproxima-repetiu Colin, que se juntou as duas amigas- Seu pai não é muito otimista.

—Ele não é meu pai-disse Lena, que estava disposta a esclarecer tida a verdade.

—Disso nós sabemos-disse Colin- Você é adotada.

—Não.-continuou ela-O Doutor não é meu tutor, pelo menos não como imaginam. Eu sinto muito ter mentido por todos esses anos, mas era preciso.

—Mentiu sobre o que?-perguntou Luna.

—Sobre tudo. Sobre morar em Londres, sobre a adoção, sobre o Doutor ser médico... quer dizer, ele é médico também, mas não literalmente.

—O que quer dizer?-insistiu Colin.

Lena respirou fundo e começou a narrar sua história o mais rápido e simples que podia.

—Sou de outro mundo, vivo com minha mãe e meu irmão e estudo em uma escola trouxa por que afinal sou trouxa. Uma noite o Doutor apareceu em minha janela, mas eu sabia que ele era só um personagem de um programa de TV que eu gostava. Achei que estava louca, e ainda acho que estou. Nós fomos para a Tardis, a maquina do tempo do Doutor, e vimos algumas portas. Entramos por uma delas e eu acordei no trem de Hogwarts, sem memória alguma do ano anterior. Mas sabe o que é mais estranho? EU ESTOU DENTRO DE UMA HISTÓRIA FICTICIA DE UM LIVRO!

Lena se encolheu novamente, pois enquanto discursava parecia bem maior do que realmente era.

—Sabe que o que está dizendo é uma loucura, não é?-zombou Colin.

—Eu já sabia.-disse Luna e Lena a olhou, confusa-Você estava muito diferente. É claro que eu não sabia de tudo, mas sabia que você não era comum.

Lena sorriu, mas o sorriso logo sumiu de seu rosto ao ver a expressão zombeteira de Colin.

—Vocês são duas loucas-disse ele, e saiu.

O Doutor apareceu logo em seguida, entregando a Lena uma pequena mochila.

—O que é isso?-perguntou ela.

—Suprimentos-respondeu o Doutor, sumindo assim como havia aparecido.

Explosões, estrondos e gritos.

Era o que se ouvia por todos os corredores do castelo. O escudo havia se rompido e o Doutor havia desaparecido. Lena corria de um lado para o outro, estuporando o primeiro que via em sua frente. Apesar de ter aprendido muito com o Doutor, a garota se sentia inexperiente em relação a duelos. Ela chegou ao pátio devastado, e procurava seus amigos com ferocidade.

—Viu o Colin e a Luna?-gritava ela para aqueles que feridos caiam para os cantos, mas a única resposta que recebia eram gemidos e lamentos.

Ela voltou a entrar no castelo, e no corredor ela viu Fred lutar ao lado de Percy. Então veio o estrondo. A parede próxima explodiu em milhões de pedações chamuscados e ela foi jogada contra a mureta oposta. Piscando fortemente ela cambaleou pelos destroços, um zunido perturbado em sua cabeça.

—Fred-murmurou ela, para a poeira que ainda estava no ar.

Lena ajoelhou-se perto de um corpo que jazia nos escombros e o sacudiu, atordoada. Percy estava desacordado, mas parecia bem.

—Fred, acorda!

Fred entreabriu os olhos.

—Olá garotinha.

—Fred, Fred! Não feche os olhos!-ordenou a garota, analisando o ferimento em sua cabeça-Não ouse a fechar os olhos, me prometa!

—Juro solenemente.-respondeu ele, a voz sumindo.

Lena retirou os estilhados de cima do rapaz, sentindo uma forte dor na perna esquerda.

—Pronto, vamos sair daqui-disse ela e olhou novamente para Fred que sorrindo, fechou os olhos em seguida para nunca mais abri-los.

—Não!-gritou Lena, agitando o corpo inerte em seus braços-Não, Fred, acorda! Você prometeu!

Mais explosões surgiram e Lena olhou para Fred, os olhos ardendo.

—Colin-murmurou ela por fim, deixando o cadáver com relutância e correndo sem rumo.

—Achei você!-disse o Doutor, agarrando Lena pelos braços e puxando-a escada acima-Encontrei nossa passagem de volta.

—Como?

Eles pararam em uma passagem e correram em direção ao seu fim. Na parede que fechava o caminho uma porta se abriu.

—A Sala Precisa-disse ele-A chave sônica me guiou até ela. Como não soube antes. Tudo o que se mais precisa se encontra aqui e eu nem cogitei que nosso caminho de volta estaria nela... Para onde vai?

Lena cruzou rapidamente o caminho de volta, gritando o nome de Colin por onde passava.

—Ele está no pátio-disse um, e a garota correu em direção ao amigo.

—Lena!-disse ele, ao ver a menina lhe puxando de volta para o castelo e lançando feitiços aleatórios naqueles que a bloqueavam-Para onde está me levando?

Luna foi em direção a eles, mas Lena apressou o passo, balbuciando um “Adeus” a garota de longos cabelos prateados. Luna respondeu de volta sorrindo.

Finalmente chegaram ao corredor em que o Doutor estava, mas havia um problema.

—O que ele está fazendo aqui?-gritou o Doutor, enquanto segurava as portas que ameaçavam se fechar a todo o custo.

—O que está acontecendo?-perguntou ela, ajudando ele a segurar as portas.

—O portal está se fechando-gritou ele e voltou a perguntar -O que ele está fazendo aqui?

—Ele vai morrer-disse ela, e Colin arregalou os olhos -Se levarmos ele conosco nada de mal vai acontecer!

E puxando Colin para o portal, empurrou o Doutor para dentro do abismo luminoso e fechou as portas atrás de si.

E novamente, a luz cegou a todos.


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Notas finais do capítulo

Comentários, please! É o ultimo capitulo afinal de contas.