A Princesa e o Gato de Rua escrita por Wonderland Girl


Capítulo 1
Capítulo Único




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Aquele dia havia sido estressante, tanto para Marinette, quanto para Adrien. Marinette estava em seu quarto, se lamentando, para Tikki, do quanto havia sido estúpida ao tratar Lila daquele jeito, e que, talvez, deveria ter sido mais gentil. E Adrien gostaria de ter confiado em Ladybug, tanto em relação a Volpina e Lila, quanto em relação à sua verdadeira identidade: deveria ter contado a ela, de uma vez, que Chat Noir, era Adrien Agreste (mais ou menos, pois suas personalidades eram diferentes).

Adrien resolveu se transformar em Chat Noir e ir pra rua, observar as estrelas, a lua e a linda noite de Paris, pra ver se esquecia tudo o que havia acontecido. Já Marinette resolveu ficar em casa mesmo, conversando com Tikki, talvez até com Alya, quem sabe.

Chat estava no telhado de uma casa, sentado observando a noite, quando avistou a padaria dos pais de uma certa amiga sua. Uma ideia lhe veio à cabeça.

Marinette ouviu um barulho vindo da sacada. Ela olhou e resolveu abrir.

— Olá, princesa. – Chat disse, sorrindo.

— Olá, gatinho. – Marinette respondeu, também sorrindo. – O que faz, a essa hora, na rua?

— Hum... Não sei. Gosto de ficar por aí, nas noites de Paris. – Explicou Chat.

— Às vezes esqueço que você é um gato de rua. – Marinette disse.

— Ei, e é isso o que você mais gosta em mim, princesa. – Chat disse, se apoiando na parede e sorrindo.

— Na verdade o que mais adoro em você são suas piadas ruins. – Marinette riu.

— MINHAS PIADAS SÃO PURRFEITAS! – Ele disse.

— Pra gatos de rua como você, são sim. – Marinette riu mais ainda. Chat deixou escapar um riso, também. Aquela risada parecia familiar para Marinette. Ela estava rindo, mas o sorriso foi desaparecendo aos poucos, e ela suspirou e entrou em seu quarto. Se sentou em sua cama, enquanto Chat entrava também.

— O que foi, princesa? – Chat perguntou.

— Nada não... O dia só não foi lá grandes coisas. – Ela disse, abaixando a cabeça.

— Nem me fale. – Ele se sentou ao lado dela na cama. – O que aconteceu?

— Hum... Eu acho que causei um grande mal hoje. E, pior, uma pessoa que eu gosto muito deve me achar uma pessoa horrível agora. – Marinette desabafou. – E o que aconteceu com você?

— Deveria ter confiado mais em uma pessoa. – Chat disse, de cabeça baixa.

— Quem? A Ladybug? – Marinette perguntou, curiosa.

— Sim. – Chat riu. – Como adivinhou?

— Hum... sei lá. Intuição, eu acho. – Marinette mentiu.

— Enfim, deveria ter agido como um verdadeiro amigo para ela. Ela deve estar tão confusa. – Ele dizia, com tristeza em sua voz.

— Acho que somos dois azarados. Como eu puder ser tão egoísta? – Ela disse, deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto, carregando culpa e arrependimento, seguida de mais lágrimas.

— Ei, princesa, não chore. – Chat disse, com as mãos sobre os dois ombros de Marinette, tentando enxergar seus olhos azuis, já que a garota estava de cabeça baixa e com as mãos no rosto. Marinette não soube o que deu nela na hora, mas estava perto de Chat, e o surpreendeu com um abraço. Mas ela precisava daquilo. E ele também, por isso retribuiu o abraço. Eles, de uma certa forma, se completavam.

Depois de um tempo assim, naquele abraço que tentava preencher o vazio do arrependimento no coração dos dois, eles se olharam.

— Chat... Não se culpe tanto por essa história com a Ladybug. Seja lá o que você fez, ela vai te perdoar. Afinal, vocês são parceiros. A Ladybug gosta muito de você. – Marinette disse para o loiro.

— Como você sabe disso? – Ele perguntou.

— Hum... Eu... Intuição? – Marinette respondeu, ficando um pouco nervosa.

— Eu, às vezes, tenho certas dúvidas. Às vezes acho que, mesmo Lila sendo uma mentirosa, ela demonstrava gostar mais de mim do que a Ladybug. Talvez eu deveria ter dado uma chance a ela. – Chat explicou.

— NÃO! Q-quero dizer... eu... tenho certeza que Ladybug ficaria magoada, afinal, Lila não perdoou ela depois de tudo. – Marinette disse. Ela não sabia o que havia acontecido. Por que agira daquele jeito?

— Como você tem tanta certeza?! E...espera, como você sabe que ela não perdoou Ladybug? – Chat indagou.

— Eu... hum... você sabe, a minha amiga Alya está sempre gravando tudo o que a Ladybug faz. Eu vi no blog dela. – Marinette inventou uma história falsa.

— Hum... interessante. Nem reparei que ela estava lá. Depois vou dar uma olhadinha no...

— A ALYA REMOVEU DO BLOG! É...ela achou que se a Ladybug visse aquilo, ela não iria gostaria, então deletou do Ladyblog. – Marinette mentiu mais.

— Bem, voltando ao que estávamos falando, a Lila deve ter mudado depois de ter sido akumatizada. Gostaria de poder falar com ela. – Chat confessou.

— Por que? Se ela não perdoou Ladybug, por que teria mudado? – Marinette perguntou em um tom mais baixo, cruzou os braços e virou a cabeça um pouco pro lado.

— Está com ciúmes do seu cavaleiro, princesa? – Chat perguntou, inclinando a cabeça para tentar olhar nos olhos de Marinette.

— O QUE? Não... Eu só estou tentando proteger você de uma mentirosa. – Marinette disse. Ela sentia alguma coisa estranha. Talvez não deveria agir assim, TÃO preocupada com Chat Noir. Ele olhou pra ela e sorriu, parecia aliviado.

— Pelo menos, se a Ladybug não gostar de mim, ou nunca notar o amor que eu sinto por ela, eu sempre terei você, Marinette, que está sempre do meu lado. – Ele disse, colocando o braço ao redor de Marinette.

Ele não sabia o que estava fazendo. Pior, ele sabia, e sabia que era errado com sua bugabbo. Mas mesmo assim, ele fez. Chat foi chegando mais perto de Marinette, a mão, agora, foi parar no rosto de Marinette, que também chegava mais perto do rosto do loiro.

— Eu... gosto de outra pessoa... – Ela disse, ainda perto.

— Eu... também. Que coisa, não é mesmo? – Ele disse, chegando ainda mais perto. Seus lábios se tocaram e eles, estranhamente, se sentiam completos.

Pela primeira vez, não eram uma dupla de heróis que salvam Paris e devem ser responsáveis o tempo todo. Não eram dois estudantes, distantes um do outro. Ele não era um modelo, sufocado pela fama e pela pressão de seu pai pra “ser perfeito”. Ela não era a heroína da qual Paris dependia. Não era, também, uma garota séria com o poder da criação e da boa sorte.

Pela primeira vez, eles eram só dois azarados, dois corações partidos. Dois seres humanos que tinham falhas e falhavam todos os dias. Porém, duas pessoas que se completam. Uma metade de um coração partido, mais outra metade, formavam um inteiro. Eram apenas uma princesa e um gato de rua.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Eu sei que ficou curtinha, mas espero, de coração, que vocês tenham gostado.
Ah, e a fanfic de SU, vou postar logo. Estava sem computador (sim, de novo), mas relaxem.
Obrigada por lerem e espero que tenham gostado!
Beijos!