19 Days - Maybe I Like You escrita por ZhanZhengXi


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Para amenizar um pouco da dor que 19 Days vem causando à nós, fãs (trouxas) que ficamos lá o tempo inteiro esperando sair a tirinha e lê até em espanhol se for necessário, uma one-shot feita por mim onde contém da história até o último cap que saiu. Espero que gostem *-*



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— Me espere lá fora. — Zhan Zheng Xi dissera, após impedir Jian Yi de passar diretamente por si. Pegou-o ao flagra gritando com Xiao Hui algo que ele estava por fora. Contudo, estava antenado sobre o assunto mais falado da escola atualmente: as cartas de Hui, que estavam no quadro de avisos, e eram para ele.

    Havia dito à Xiao que ele possui uma irmã mais nova, grudenta e bonita, que gosta de ser mimada como um bebê. Que gostaria que ela um dia encontrasse alguém que realmente a amasse verdadeiramente, e que acreditava que ela pensava assim sobre ele, também. Por fim, disse à Xiao que ela também deveria encontrar uma pessoa que realmente a amasse e valorizasse, sentindo as lágrimas cálidas da garota escorrer por sua pele ao acariciar-lhe o rosto.

    “Desde a infância até agora, Jian Yi ainda é meu melhor amigo. Ele e eu... Ainda temos muitas promessas não cumpridas” — Dissera isso também, antes de sair.

    Ao chegar do lado de fora do colégio, encontrou Yi sentado em uma barra de ferro, distraído. Jian ficara assim o dia inteiro, desde a noite anterior, quando confessou gostar de homens. Zheng Xi ainda não sabia muito bem como lidar com aquele fato, e Yi parecia distanciar-se. Ele não lhe contava mais as coisas, como costumava fazer quando mais novos.
    Ainda estava pensativo sobre a reação surpresa que Jian apresentou, quando Zheng questionou-o sobre o quê ele faria, se ele tivesse aceitado sair com Xiao Hui, após já ter recusado. Jian Yi pareceu não estar pronto para aquela pergunta, mas ele deixou de lado. Também revivia em sua cabeça o momento em que confrotara Jian, dizendo-lhe que ele deveria contar o que estava acontecendo. O que estava realmente em seu coração. E após a tentativa falha de Yi em fugir — Sendo impossibilitado por ele — Jian segurou-lhe firmemente os braços e lhe disse “É tudo por sua causa”.
    Desde então a cabeça de Xi, que já se encontrava uma bagunça, chegou em um estado de limite. Zhan Zheng Xi não era ingênuo, e era impossível não ligar as informações da noite anterior com os do presente dia. Uma sessão de fatos
    1— Jian o beijou e correu;
    2— Chorando, revelou gostar de homens, e estar confuso;
    3— Pediu-o que, “como uma brincadeira”, Xi o abraçasse e fingisse que nada aconteceu;
    4— Assim como ele, apareceu na escola com olheiras e confessou ter tido insônia;
    5— Desapareceu quando um grupo de garotas o parou para perguntar sobre seus ferimentos;
    6— Evitou suas perguntas;
   7— Após ser pressionado, confessou, sem muita precisão, que o motivo de tornar-se tão taciturno de alguma forma era Xi;
    8— Surpreender-se quando Xi questionou-lhe o que ele faria se ele saísse com Xiao Hui;
   9— Por fim, estava ali sentado com a expressão corporal de absoluta e preocupante calma que havia adotado especialmente naquele dia.

    Jian Yi não era, nem de longe, uma pessoa calma. Muito pelo contrário. Aquilo era preocupante, e aturdido, Zheng Xi perguntava-se o quase óbvio: “ele gosta de mim?”. Na realidade, já vinha refletindo sobre esse assunto desde a noite passada, quando Yi o beijou. Pensava, também, sobre a forma cruel em como havia lhe batido, em seguida. Talvez fosse por isso que Yi ainda não havia lhe atacado naquele dia; estava temeroso. Quem não estaria? Zheng Xi também temia. Temia que a amizade que nutriam fosse arruinada porque Jian Yi, agora, gostava dele, e Xi ainda não sabia como lidar com a situação.
    Apoiando o braço direito sobre o ombro esquerdo de Yi, Zheng perguntou, ao se sentar:

    — Em que você estava pensando?


    — Há muito tempo atrás havia um Zhan Zheng Xi, mais tarde ele foi comido por um rabanete. Hahaha. — Ouviu o outro dizer. Não podia analisar muito bem sua expressão, já que Yi estava de lado, mas poderia jurar que seria algo entediante e forçado, como passara a fazer, também, naquele dia.

    Era evidente que Jian Yi estava fazendo o possível para mudar o rumo da situação, criando uma barreira com um humor falso, falando qualquer besteira para fingir que tudo está bem, e que ele, inclusive, estava bem. Uma fachada que Xi já havia percebido. Aquela situação estava matando-o calmamente. Nunca imaginou que tal clima fosse existir entre Jian Yi e ele, onde Jian não estava lhe perturbando como sempre fazia, e Zheng não estava reclamando por ser incomodado. Melancolia, era o que sentia, no lugar. Tantas vezes havia tratado Yi de uma forma insensível, batendo-lhe por coisas tão banais, e agora estava ali, lamentavelmente mais consciente da presença e dos sentimentos do amigo, um pouco tarde, diga-se de passagem.

    Zhan Zheng Xi respirou profundamente, elaborando a pergunta que faria à seguir. Não eram mais crianças, e ele não saberia dizer até quando aquela situação infastiante se seguiria, se ele permitisse. Sabia, apenas, que quanto mais tempo durasse, mais doloroso seria.

    — Jian Yi, tem algo para me dizer? — A pergunta soou da forma mais natural que Zheng Xi pôde, embora estivesse levemente nervoso. Sua expressão enfadonha do dia a dia poderia disfarçar aquele sentimento.

    — ... Tipo o quê? — A pergunta do outro tardou a vir, e mais uma vez evitando-o. Yi soltou umas risadas novamente falsas em seguida. Se Jian estava olhando para frente antes, agora certamente não gostaria de encarar Zheng.

   Fatigado daquela sensação, dos sentimentos de Jian Yi presos somente para ele, de seu notável e insuportável abatimento, Zheng Xi levou a mão direita até o rosto de Jian, apertando-lhe as bochechas com o polegar de um lado e o indicador e médio do outro, impedindo-o, assim, de evitar olha-lo. Jian Yi arregalou os olhos de imediato, em total sobressalto, e Zheng prosseguiu:

    — Você sabe. O que você tem guardado aí dentro, somente para você. Eu sei que tem algo pra me dizer, então me diga de uma vez por todas.

    — Zheng Xixi... — O outro lamuriou.

    — Diga, Jian Yi. — Ele persistiu. E embora soubesse a resposta, sentiu o coração bater mais rápido contra o peito.

    — Eu gosto de você. — Ouviu, enfim, o outro dizer, adotando uma expressão de dor ao rosto. Aquilo lhe cortava o coração. Ao ouvir aquelas palavras, Zheng por fim soltou Jian do aperto, vendo-o virar-se para frente, novamente, com uma expressão indecifrável ao rosto.

    — Jian, eu... — Zheng balbuciou. Insistiu tanto para que Yi confessasse, sem que ele, a priori, estivesse pronto para aquilo. — Eu não sei muito bem o que eu acho disso...

    — Tudo bem. Finja que nada aconteceu. — O outro fez menção de levantar-se, com uma verdadeira voz chorosa. — Eu vou para casa. — Ele disse, mas foi impedido por Xi, que puxou-o pelo pulso de volta para o ferro em que estavam sentados.

    — Ainda. Eu não sei o que eu acho disso ainda. Espere eu terminar, ao menos. — Zheng Xi falou, levando uma das mãos à testa, como se estivesse tendo uma verdadeira dor de cabeça. Aquilo era estranho, não havia como não ser. Se entre uma garota e um garoto seria algo estranho, entre Zheng Xi e Jian Yi era agonizante. Estava nervoso. E enquanto ele estava nervoso, Jian Yi prosseguia com seu ar soturno.

    — Eu quero ir para casa. — Jian Yi falou, olhando para o outro lado. Sua voz carregada da vontade de desabar.

    — Não. Não vou deixar você fugir de novo. Eu já deixei muitas vezes, mas dessa não. — Zheng segurou pelo braço de Yi, caso ele ameaçasse levantar-se e correr, como fizera na noite anterior. Jian Yi provou que, quando queria, podia correr como um atleta... Se fosse para fugir.

    — E o que eu vou ficar fazendo aqui? Sentado refletindo sobre o fato de você não sentir o mesmo?
    Ao proferir aquelas palavras, Jian Yi finalmente havia virado para si. Aproveitando-se do curto espaço entre seus rostos, Zheng Xi, com a mão livre, puxou Jian Yi ainda mais para perto, pela nuca. Ele não pensou; apenas fez. Se tivesse ponderado um pouco sobre, teria desistido. Com os olhos fortemente semicerrados, ele tentou concentrar-se nos lábios que tocavam os seus, e não na vergonha em ter tido aquela atitude. Após alguns segundos naquela luta, Xi pôde, finalmente, desfrutar. Jian Yi certamente estava perplexo, assim como o próprio Zheng Xi por ter dado aquela passo. Porém Yi não correu. Ele, algum tempo depois, relaxou. E Zheng, em mais uma atitude não refletida, entreabriu os lábios, convidando a língua de Jian, que imediatamente adentrou sua boca. Aquele era o Jian que conhecia: ousado. Ele não hesitou em aprofundar o beijo, o que não surpreendeu Xi, que deslizou sua língua pela de Yi, entrelaçando-as e deslizando facilmente com a umidade. Jamais pensou em como seria beijar Jian, mas certamente, se tivesse pensado, aquele momento teria sido superior. Suspiros vazavam por ambas bocas vez ou outra, e o beijo de língua era substituído por sucção nos lábios, quando se tornava muito prolongado. Os dedos de Xi deslizavam pelos fios lisos da nuca de Yi, e Jian acariciava-lhe o pescoço.

    Ao perder um pouco do fôlego e lembrar-se que ainda estavam em um ambiente escolar, Zheng Xi afastou-se rapidamente, aturdido por ter desfrutado daquele beijo muito mais do que imaginou que seria capaz. Jian Yi possuía algumas marcas vermelhas em seu rosto, que denunciavam vergonha, e Zheng sabia que também estava daquela forma. Seu constrangimento mandava mensagens para o seu cérebro dizendo que Zheng Xi deveria simplesmente sair dali e ir pensar sozinho em algum canto isolado, mas ele não o fez. Não abandonaria Jian Yi, principalmente por ter sido ele quem o beijou.

    — Zheng Xixi... — Jian murmurava, envergonhado.

    — Eu continuo dizendo que ainda não sei o que pensar sobre isso. Mas isso não significa que estou te rejeitando... Pelo contrário. — Ele falou, pegando a mão de Yi e segurando-a. — Daqui para frente eu vou... Me concentrar em resolver isso, Jian.

    — Hn... — Foi o que Jian respondeu, levando uma de suas mãos até o rosto, para disfarçar o sorriso que brotou em seus lábios. Zheng Xi também sorriu minimamente eu ver aquilo. Estava feliz por Jian Yi estar feliz.


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Notas finais do capítulo

TENQUIU VERY TOMATE PRA QUEM LEU. Até a próxima ♥



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