A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração! escrita por Dri Viana


Capítulo 60
Capítulo 59


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo e que traz uma surpresa em sua primeira parte.

E respondendo as perguntas da Ana e da Bruh... Bom, Ana vou deixar passar um tempinho pra iniciar "São Francisco". Pretendia postar logo em seguida, mas mudei de ideia. Antes vou postar uma mini-fic que estou escrevendo. Aí, sim depois vem a sequência de "A hóspede...".

E Bruh, chance sempre há. Mas é esperar pra ver. E te adianto que o final de "São Francisco" já tá pronto e olha que eu estou escrevendo ainda a metade da fic, mas o final já está mais do que escrito. Inclusive, ele foi o segundo capítulo que escrevi. Agora é aguardar.



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Há poucos passos de nos aproximarmos de casa, Sara e eu notamos Nick parado ali em frente a cerca de casa.

—O que ele veio fazer aqui?

Sara me lançou um olhar surpreso e preocupado.

—Não tenho a menor idéia. - Dei de ombro enquanto nos aproximávamos mais de Nick, que aquela altura já havia notada nossa aproximação.

—Nick!!

Confesso que eu tava bastante surpreso pela presença dele ali. Será que a conversa com Catherine e Warrick tinha sido a responsável por isso? Acho que sim!

—Oi, Gil... Sara! 

Nick nos cumprimentou com um acanhamento incomum de ser visto nele.

—O que tá fazendo aqui?

A pergunta feita por Sara era a que eu pretendia fazer, porém, não no tom ríspido que minha namorada fez ao meu amigo.

—Quero conversar com os dois.

—Conversar mesmo ou vai agir como um troglodita e bater no Gil de novo, como fez naquele dia?

—Sara calma! - Pedi a ela que tratava Nick com visível hostilidade. Aquilo não era preciso.

—Você é um cara sortudo por arranjar uma namorada assim bonita e que te defende com unhas e dentes desse jeito, cara. Quero arranjar uma assim também.

Meu amigo sorriu após falar.

—É. Eu sou sortudo mesmo. - Olhei pra Sara que apenas encarava séria Nick.

—Pode ficar tranquila, Sara, que eu quero só conversar mesmo. Eu não vou agredir o seu namorado. Tô aqui de boa! - Meu amigo ergueu as mãos em rendição e sorriu pra mim e Sara.

Diante dessas palavras dele, eu convidei Nick a entrar pra gente conversar como ele queria. Seguimos e já lá dentro, acomodados no sofá, ele foi o primeiro a se pronunciar.

—Então... Depois de ter ouvido um sermão da Catherine e do Warrick. E de ter pensado muito na minha atitude e outras coisas mais, eu decidi vir aqui e... Pedir desculpas ao dois por aquele dia. Principalmente, pra você, Grissom. Desculpa, cara! Eu não tinha nada que ter te batido. Mas é que quando Sara me contou que tava terminando comigo porque tava gostando de outro e esse outro era você, eu pirei... Fiquei fora de mim e querendo enormemente te socar por você ter me tirado a garota que eu gosto.

—Eu não era sua propriedade ou seu objeto pro quatro olhos aqui, me tirar de você, Nick.

—É só um modo de dizer, Sara. - Esclareci à minha namorada que visivelmente não gostou nada daquele modo como Nick se expressou. _E, Nick, eu não fiz isso de propósito. Aconteceu, cara.

—Tô ligado. É como a Catherine disse anteontem: "No coração não se manda". Vocês não escolheram gostar um do outro. Até porque se fosse assim, acho que não escolheriam isso já que se detestavam, né?

—Talvez!

—Será que podem me desculpar?

Eu podia sentir a sinceridade e verdade naquele pedido do meu amigo. Pra mim aquilo que aconteceu já era página virada. Nick era um bom amigo e tudo o que eu queria, era me acertar com ele e poder voltar a contar com o meu amigo.

—Por mim tá desculpado, cara. - Fiquei de pé e estendi a mão pra ele.

Nick me imitou e segurou minha mão, apertando-a. Em seguida tomei a iniciativa de dar um abraço nele.

—Foi mal de verdade aquele soco, cara. - Ele me murmurrou dando algumas tapas nas minhas costas.

—Tudo bem. Já superei isso.

Eu não ia ficar guardando mágoa por aquilo. Ele era meu amigo e tava arrependido, então "bola pra frente" que é o melhor.

—Espero não ter doído muito o soco.

—Ah, doeu, cara. Mas agora tá tranquilo!

A gente desfez o abraço e Nick olhou pra Sara. Faltava a minha namorada dizer se o desculpava.

—Você vai me desculpar também, Sara?

—Desde que não aja mais como um troglodita com o Gil.

—Pode deixar que não vou mais agir assim com seu namorado. Prometo!

Vimos Nick erguer a mão como as testemunhas fazem num tribunal antes de começarem seu depoimento.

—Ok! Eu te desculpo então.

—E será que não mereço um abraço seu também? Se o seu namorado não for ficar com ciúmes disso é claro.

Nick me olhou de maneira provocativa e zombeteira. Eu apenas lhe sorri em ironia aquilo.

Vimos Sara se levantar do sofá e dá um abraço demorado em Nick.

Acho que não devia ser nada fácil para o meu amigo aquela situação toda de ver a garota que ele gosta, com um amigo dele. Porque é óbvio que ele ainda gosta muito da Sara. O sentimento dele por ela não ia evaporar tão rapidamente nesses dias que se passaram.

—Bom... Era isso que eu tinha pra fazer aqui. Agora vou indo pessoal. - Nick anunciou após seu abraço com Sara ter sido desfeito.

Eu acompanhei meu amigo até a porta e logo ele se foi.

—Pensei que isso fosse demorar muito mais tempo pra acontecer. Mas que bom que não foi assim.

—Pelo visto sua amiga Catherine sabe ser bem persuasiva nos argumentos dela.

—Você não faz idéia do quanto!

...

—Festa de despedida, tia Beth?

Pela cara de insatisfação que vi minha namorada fazer ao questionar aquilo à minha mãe, Sara não devia ter gostado da idéia não.

—Sim! Você já vai embora depois de amanhã, então achei que seria uma boa fazer essa pequena festa amanhã. Podemos chamar obviamente suas primas e Adélia, o Phil, a Catherine e alguns amigos do Gil que já conhecem você, Sara.

Minha mãe falava de costas pra nós enquanto mexia em uma panela que estava no fogão e Sara e eu, colocávamos a mesa para o jantar.

Minha namorada me encarava com uma expressão engraçada que me fez sorrir. Ela não queria festa nenhuma! Mas se bem conheço a minha mãe, ela ia bater o pé pra organizar isso e Sara ia acabar cedendo mesmo não querendo. Comigo era exatamente assim com a minha mãe.

—Sabe o que é tia Beth... É que eu não curto muito essa parada de festa de despedida. - Minha namorada contou sem graça.

—Sua tia comentou comigo isso quando contei pra ela sobre a minha idéia. Mas você não vai me fazer essa desfeita horrível de não aceitar a pequena reunião de despedida que quero fazer pra você, não é?

Vimos minha mãe se virar pra gente e encarar incisivamente Sara à espera de sua resposta. Quando minha mãe olha daquela forma pra alguém é quase impossível negar-lhe algo. Pelo menos era assim comigo. E foi assim com Sara.

—Claro que não, tia Beth!

Enquanto jantávamos a minha mãe já foi discutindo com a gente sobre a festa de amanhã. Como ela trabalharia só pela parte da manhã, pediu à Sara e a mim que nos encarregássemos de dar uma ajeitada na casa, que quando ela chegasse se encarregaria de preparar o jantar. Segundo ela nos contou, Adélia disse que traria alguns petiscos pra beliscarmos antes do jantar e também uma sobremesa. Depois minha mãe também deixou encarregado à nós de convidar alguns amigos meus pra festa.

Um tempo mais tarde quando estávamos apenas Sara e eu na sala vendo TV, minha namorada confessou que só aceitou a festa pela minha mãe, porque detestava esse tipo de coisa. Não gostava de despedidas, achava melancólico demais.

—Despedidas sempre são assim, Sara.

—É por isso que não gosto delas.

—Mas a festa não vai ter nada de melancólico. Vai ser divertido.

—Você dizendo que uma festa vai ser divertida? Tá doente?

Eu sorri sendo acompanhado por Sara.

—Não tô doente. Eu preferido achar que será divertido, pra não pensar que é uma despedida e ficar triste por isso.

Os lábios dela se esticaram em um sorriso que pela primeira vez, detectei que era um sorriso triste. Depois tocando meu rosto, Sara aproximou-se de mim e sem me dizer nada beijou-me devagar, bem devagar e mantendo o beijo sempre devagar mesmo depois de termos apronfunda-o.

—O que foi isso? - Questionei tão logo nosso beijo terminou. Até então ela nunca havia me beijado desse jeito.

—Foi um beijo ora!

Melancólico e triste. Parecia até um beijo de despedida. Mas a gente ainda tinha mais dois dias pela frente pra já tá se despedindo agora.

—Eu vou subir. - Ela pronunciou de súbito.

—Mas já?

—É que já tô com sono. Boa noite, quatro olhos!

Ela bagunçou meus cabelos, levantou-se do sofá e seguiu em direção às escadas.

Fiquei observando-a subir as escadas enquanto achava muito estranho aquele beijo com gosto de despedida e tristeza que ela me deu, bem como, a repentina vontade de dormir dela. Pra mim, ela não aparentava alguém que já estava com sono. Mas enfim... não quis contestar isso.

...

Acho que fazia muito tempo que não via a minha casa tão animada e com aquela quantidade de pessoas, quanto naquela noite da pequena festa de despedida de Sara.

Phil, Adélia e o marido dela, as primas de Sara com seus respectivos namorados, Cath e tia Lilly, Greg, Warrick, Jim, Nick, DB e Finn, e algumas das meninas que estavam no dia do jogo de futebol que Sara me acompanhou semanas atrás.

Eu podia ver minha namorada se divertindo com as palhaçadas que Greg fazia ali. Ele conseguia divertir à todos na festa, essa era a verdade. Era impossível a gente ficar sério perto daquele garoto.

Um pouco afastado do grupo, eu sorri discretamente enquanto via Greg fazer uma imitação desastrosa de um professor nosso que era um lunático e espalhafatoso ao dar suas aulas.

—E aí, preparado pra se despedir da sua hóspede insuportável amanhã?

Virei-me pra encontrar Catherine atrás de mim. Como ela saiu do grupo e veio até mim, e eu não notei?

Vai ver que era porque eu tava tão distraído observando o grupo, mais especificamente Sara, que nem notei nada disso.

—Pior que eu não tô nada preparado pra isso. - Admiti pra minha amiga. _Vai ser complicado e difícil dizer "adeus".

—Não vai ser um "adeus". E sim, um "até breve" já que você não pretende ir visitá-la na cidade dela?

—Eu não pretendo, Cath. Eu vou visitar a Sara em São Francisco! - Afirmei com segura e firmeza à minha amiga.

—Acho que nunca te vi tão gamado numa garota, como na Sara.

—Talvez porque eu nunca tenha conhecido uma garota como ela.

—E por falar nela, sua "Julieta" está vindo aí... Romeu!

Catherine me murmurou e logo se afastou de mim indo juntar-se ao grupo enquanto vi Sara chegar em mim

—Por que ela saiu?

Sara quis saber ao estar diante de mim.

—Não sei. Talvez ela quis nos deixar sozinhos já que percebeu sua vinda.

—Hum...

—Já disse que você tá linda essa noite?

Ela usava um vestido azul marinho que ia até o meio de suas coxas e que amarrava no pescoço - gosto quando ela usa vestido. Fica mais linda ainda! - seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo que lhe deixava encantadora. No rosto nada daquele exagero de maquiagem que ela usou pra ir a festa do amigo das primas dela, somente algo leve e que deixava Sara tão bonita quanto ela já era. E nos pés o calçado que parece ser o preferido dela: o tênis. De salto ou tênis, ela ficava perfeita!

—Eu tô é? - Assenti, sorrindo. _E você também não tá nada mal essa noite, quatro olhos! - Ela bateu do meu braço.

Eu usava uma camisa xadrez - a mesma camisa que Sara usou sem me pedir no dia seguinte a sua chegada à minha casa - uma bermuda jeans escura e um tênis.

—Valeu!

—Vem, vamos voltar pra junto do pessoal. Tá divertido demais ouvi as palhaçadas do seu amigo Greg. Ele é uma comédia.

—E se der confiança, ele vira mais comédia ainda!

A gente foi então se juntar ao grupo como Sara disse.

Foi uma noite agradável e, acima de tudo, divertida. Regada a muita palhaçada - do Greg - conversas animadas e divertidas dos meus amigos.


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Notas finais do capítulo

Um beijo e até breve



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